InícioEspecialÚltimo setor do Salgueiro pede justiça como solução para a corrupção no...

Último setor do Salgueiro pede justiça como solução para a corrupção no Brasil

Por Lucas Gomes

Após citar em seu desfile diversas características que permeiam a fé no Orixá Xangô, o “justiceiro da nação Nagô” proclamado na letra do samba do Acadêmicos do Salgueiro, a agremiação trouxe na parte final do seu desfile alguns exemplos de impunidade frequente para casos de corrupção nos dias atuais. O desenvolvimento mais crítico do enredo no quinto apresentou a lavagem de dinheiro, barões que enriqueceram com o dinheiro do povo e o andamento vagaroso da justiça no Brasil.

A ala lavagem de dinheiro trazia alusão a uma máquina de lavar com notas de dólar penduradas, criticando a prática ilícita e fazendo referência à “limpeza” de dinheiro sujo de negociata e corrupção. Aline Amaral, componente da ala em seu segundo ano de Salgueiro, falou da importância de denunciar a prática que tem se tornado comum no país.

“Acho que a ala Lavagem de Dinheiro mostra a situação que hoje nós estamos vivendo no país, entre outras coisas. Desfilar no Salgueiro, para mim, já é uma emoção muito grande, não tenho com explicar. E é essa parte final do enredo é um alerta para a população sobre corrupção.”

Já na ala “Quem rouba pouco é ladrão, quem rouba muito é barão”, a crítica esteve presente na falta de ética na administração pública, na qual governantes utilizam do poder para enriquecimento ilícito. A fantasia faz alusão aos políticos da República Velha que usavam de chantagem e troca de favores para se manterem no poder, os chamados Barões.

A catarinense Sibila da Silva, veio de Joinville para desfilar no Salgueiro, se sentiu honrada em dessa crítica que julga tão importante.

“Essa crítica que o Salgueiro está fazendo aos barões que enriquecem às custas do povo é correta. O que não é certo é o que foi feito por eles, né? Eu acho justo nós trazermos isso para a Avenida e mostrar para eles que estava errado, tentar mudar essa história.”

Ainda na parte final de seu Desfile sobre Xangô, o Salgueiro citou os agentes da justiça e os magistrados, pedindo que pratiquem o desprendimento de interesses em seus julgamentos. Na ala “Data Vênia”, a crítica foi para a morosidade dos processos judiciais. Na fantasia, a tradicional beca, com o martelo de juiz e a balança – símbolo da justiça – eram exibidas nas costas da vestimenta.

O também estreante no desfile do Salgueiro Renato da Silva pediu mais transparência para combater a corrupção no país.

“Eu acho que nós temos que pedir mais transparência nas investigações, combater a corrupção. Essa fantasia é a justiça e a balança equilibrada representa a neutralidade da Justiça, sem tender para nenhum dos lados. É como deveria ser, mas infelizmente nem sempre é, né? É uma cobrança à nossa Justiça também”.

Antes do último carro, alguns integrantes da velha-guarda vieram no chão na ala Supremo Ministros de Xangô que representavam os 12 Obás de Xangô, os mestres e o livre arbítrio.

Sandro Compositor, com 10 anos de desfile pela escola, agradeceu a homenagem à velha-guarda.

“Para gente está sendo muito legal. Estamos muito honrados da nossa fantasia ser de juízes.

- ads-

Conheça o enredo da Independente Tricolor para o Carnaval 2025

A Independente Tricolor anunciou na noite desta quarta-feira o enredo para 2025: "Gritos de resistência", que será desenvolvido pelo carnavalesco André Marins. Veja abaixo...

Daniel Silva é o novo intérprete da Inocentes de Belford Roxo

Daniel Silva volta para Inocentes de Belford Roxo como intérprete oficial. Ele fez parte do carro de som da agremiação em 2004, como apoio...

Conheça o enredo da Mancha Verde para o Carnaval 2025

A Mancha Verde apresentou na tarde desta quarta-feira o enredo para o Carnaval 2025. A escola levará para o Anhembi no ano que vem...