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Último carro da Ponte homenageia mãe Stella de Oxóssi

Por Lucas Lunus

A Unidos da Ponte encerrou o seu desfile prestando uma homenagem a uma das mais importantes mães de terreiro do Brasil: a Ialorixá, Mãe Stella de Oxóssi, que comandava na Bahia o Ilê Axé Opó Afonjá, terreiro de candomblé fundado em 1910 por Eugênia Ana dos Santos e Tio Joaquim, no bairro de Cabula em Salvador.

Famosa por ser a primeira Ialorixá a escrever livros sobre a religião, Mãe Stella foi eleita por unanimidade para a Academia de Letras da Bahia além de ter conseguido que o terreiro Ilê Axé Opó Afonjá fosse tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

No desfile, a homenagem ficou muito clara na última alegoria da escola que trazia a velha guarda e representava um terreiro, com paredes brancas destacadas em iluminação azul, com um chafariz e os diversos orixás em cima do carro alegórico.

Mãe Stella morreu em dezembro de 2018 aos 93 anos depois de 42 no comando do famoso terreiro da Bahia. A homenagem à líder religiosa causou comoção em uma das componentes da alegoria que fez sua estreia pela escola.

“Fico muito orgulhosa, porque é uma representação das religiões de matriz africana, nossa cor, toda a nossa luta e também pela intolerância que muitas vezes a gente sofre. Fico emocionada por estar aqui e pela escola trazer uma guerreira como a Mãe Stella de Oxóssi” conta Luana Ferreira.

Outro integrante da alegoria, Djalma Santos, da velha guarda da escola, que desfila na ala há 12 anos, não escondeu a alegria de fazer parte da homenagem a mãe Stella no retorno da Unidos da Ponte à Sapucaí.

“Depois de muito tempo fora da Marquês de Sapucaí, trazer um carro desses, com uma homenagem dessas, dá uma energia muito grande para os componentes novos que estão chegando e pro pessoal que está retornando agora. E, esse carro dá uma leveza muito grande para esse desfile debaixo dessa chuva toda. É sempre uma responsabilidade muito grande pela Mãe Stella, que representa uma religião tão marginalizada pela sociedade, e também é uma responsabilidade pela própria Ponte, pois o campeonato de uma escola, qualquer uma que seja, é uma responsabilidade muito grande por mostrar a garra de um povo sofrido e de uma comunidade”

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