‘Tem que ter muito respeito com a nossa escola’, assim o intérprete Tiganá deu o grito de guerra no início do desfile da Estácio de Sá em 2023. Em meio a diversas dificuldades enfrentadas pela escola no pré-carnaval, em entrevista ao Site CARNAVALESCO, componentes da escola afirmaram confiar na força da comunidade para superar os obstáculos. No carnaval de 2023, a Estácio de Sá apresentou o enredo
Há dez anos no Berço do Samba, a funcionária pública Michele do Carmo, estaciona de coração, acredita na capacidade da comunidade da São Carlos. Para ela, a nota 10 no quesito Harmonia já está garantida para a Vermelha e Branca.
-“A Estácio é a minha escola do coração, a comunidade segura a escola, está sempre presente todos os anos, independente de qual grupo ela esteja. Desfilar no grupo de acesso não é fácil, mas a comunidade e os integrantes são muito fies, são os mesmos todos os anos.”, afirmou.
Baiana da escola do São Carlos há oito anos, a aposentada Benedita Ferreira faz questão de frisar o papel da comunidade na escola. Vestida de “Estrela do Céu”, a carioca define a história da Estácio como diferencial.
“A comunidade sempre pode fazer a diferença, ajudando a escola, cantando do começo ao fim. A comunidade participa o ano todo, não só no carnaval, mas na quadra, para fazer a diferença na escola. O diferencial da Estácio é a posição que nós estamos, uma escola antiga, o berço do samba e, por isso, temos obrigação de fazer a diferença.”, ressaltou.
A visão de Benedita é compartilhada por sua amiga baiana Marta Arruda, há nove anos na Estácio. Para Marta, a comunidade está com garra para buscar o título da Série Ouro e conquistar o tão sonhado retorno ao Grupo Especial.
“A Estácio é o berço do samba, onde tudo começou. Nós queremos voltar para o Grupo Especial, pois é o lugar da Estácio. O Morro de São Carlos está torcendo para que o jurado possa ver aquilo que a Estácio tem de melhor. A torcida é forte para subir, a comunidade está vindo com muita garra”, frisou.
Visivelmente animada, a psicóloga Thais Michelini ressaltou com muita importância o papel da comunidade da escola no momento de dificuldade enfrentado pela Estácio de Sá. Segundo a carioca, a comunidade do Morro de São Carlos tem o poder de fazer a diferença no desfile da Vermelha e Branca. “A comunidade, com certeza, vai fazer a diferença, nós estamos aqui para isso, ganhar e levar a escola para frente. A comunidade que leva a escola para frente sempre”, concluiu.