O presidente da Associação das Escolas de Samba Mirins do Rio de Janeiro, a AESM-Rio, Edson Marinho, esteve no sorteio da ordem dos desfiles do Grupo Especial, na Cidade do Samba no último dia 23. O CARNAVALESCO conversou com ele sobre a situação das escolas mirins e a mudança de dias de desfiles. Marinho falou sobre a parceria com a Liesa para a realização dos mesmos, enaltecendo que ela dará uma qualidade maior para o desfile das escolas mirins. Ele citou também como a Liga pode ajudar na visibilidade e na receita dos desfiles mirins através de alguns projetos, junto da mudança de dia de desfiles.
“Rio Carnaval, a empresa, junto com o presidente Gabriel está nos apoiando, juntamente com a Liesa e a gente está muito esperançoso que realmente essa mudança, de terça para a sexta que antecede o sábado das campeãs, a gente acredita que, com toda segurança que foi combinado acordado, vai conseguir fazer um grande desfile, ainda mais com o suporte maior da Liesa, que sempre nos ajudou. Mas, que essa proposta, essa nova administração, nós estamos acreditando que vai ser bem maior a qualidade do desfile, até a questão de segurança para as crianças, as roupas, de dar uma qualidade realmente maior para o desfile e vai ter mais alguns dias para trabalhar com mais calma, já que a grande maioria que trabalha no carnaval mirim, trabalha no carnaval das escolas, seja da Sapucaí ou da Intendente. O pessoal já trabalha muito e na sexta-feira a gente acredita que vai ter um tempo maior para a gente poder trabalhar”.
Em relação a mudança para sexta, o presidente Marinho comentou que o desfile deve começar um pouco mais tarde, e que vai buscar junto a prefeitura um ponto facultativo na sexta antes do desfiles das campeãs para realizar o desfile mirim, e que isso não prejudicaria os pequenos sambistas que irão desfilar:
“A gente está almejando, junto ao prefeito, pedir o ponto facultativo sexta-feira para que tenha a possibilidade de fazer realmente o desfile com mais tranquilidade. Embora a gente tenha pretensão de começar um pouco mais tarde. Acredito que na hora que a gente começar o desfile as crianças já não vão estar mais na escola. Sobre o horário, a gente vai conversar ainda com a Liesa, juntamente com a Primeira Vara da Infância e Juventude. A gente tem uma pretensão de começar às 18h ou às 19h”.
Edson comentou também sobre a transmissão dos desfiles das escolas mirins pela Rio Carnaval, deixando inclusive uma possibilidade de ser transmitida por uma TV aberta.
“Tem essa possibilidade. A Rio Samba tem a possibilidade de transmitir no canal, Milton Cunha fazendo a cobertura, transmitindo ao vivo. E tem outros sites também que já fazem esse trabalho, a gente também não pode chegar e dispensar. Já vai ter um grupo que vai estar transmitindo sim, talvez, até tem uma grande possibilidade até de uma emissora, uma TV aberta, transmitir”.
Por fim, Edson Marinho comentou o que espera das escolas mirins e o que ele almeja para cada pequeno sambista que vive em comunidade no dia a dia das escolas:
“As escolas mães tentam dar realmente um grande apoio. Tem outras que nem tanto, não dão grande atenção. A gente sonha com o desfile mirim que tenha cada vez mais, que as pessoas realmente reconheçam o valor, que é o sambista do futuro. O carnaval mirim, eu costumo falar, a gente usa o samba como uma grande ferramenta de inclusão. Para desfilar tem que estar estudando. Então, aí a gente começa a estar se preparando, formando cidadãos. E também uma grande preocupação que nós temos realmente é com material humano para fomentar, para sustentar o carnaval. O carnaval mirim funciona como se fosse uma grande equipe. Eu costumo associar com um clube de futebol. Tem os profissionais, que no caso do samba são os adultos, e tem os juniores, que são os mirins, se preparando para poder ser um adulto, ser um grande sambista do amanhã”.