O desfile no Carnaval 2020 ficou na história da Acadêmicos do Grande Rio. Na vice-campeã do Grupo Especial, o clima ainda é de muita garra e foco no sonhado desfile e título no ano que vem. O site CARNAVALESCO acompanhou a volta do samba na quadra da escola, em Duque de Caxias, na quarta-feira, e ouviu integrantes da tricolor. * OUÇA AQUI OS SAMBAS QUE SEGUEM NA DISPUTA
Para Marilene dos Anjos, de 65 anos, baiana da Grande Rio, que desfila há mais de 30 anos na escola, a volta ao samba é um alívio.
“Estamos com a esperança muito grande do desfile de 2022. A sensação é maravilhosa. Queria que fosse plena, mas ainda é mediana. Sabemos precisamos estar com toda segurança. Estou trabalhando na linha de frente da saúde. Vou deixar o tempo para saber se teremos ou não desfiles”, disse.
Luzinete Pereira, 56 anos, torcedora fervorosa da Grande Rio, confia nos desfile e já espera o sonhado título. “É a volta que põe a gente feliz, mas respeitando tudo. Primeiro, vamos usar máscara e seguir todas medidas sanitárias. Acredito e peço a Deus que a gente tenha os desfiles em 2022. Espero ser campeã”.
Vinícius Albudane, 23 anos, ritmista da escola há 11 anos, que começou na escolinha de percussão com mestre Fafá. “A Grande Rio está atrelada na minha vida. Sou completamente apaixonado por essa escola. Ritmista costuma reclamar de ensaio durante o ano, mas só estamos longe para percebemos que no final gostamos é do processo. Não só do dia do desfile. A vontade de estar era muito grande. Hoje, eu voltei para casa. Isso é maravilhoso. Ainda é muito arriscado falar sim ou não sobre os desfiles, mas estou confiante que podemos ter carnaval. Confiante muito mais na Grande Rio, porque estamos vindo de um desfile incrível, com uma equipe coesa e preparando mais um espetáculo”.
Maria de Fátima, integrante da ala de passista, desfilante desde os seis anos de idade da agremiação, voltar após o turbilhão da pandemia traz muitas sensações.
“Foi um misto de emoções. Perdemos muitas pessoas queridas e importantes na escola. Tenho certeza que se elas estivessem vivas a felicidade seria muito maior. Foram momentos tristes. Hoje, eu agradeço que a quadra está aberta e torcendo para variante não nos atacar mais. Peço muito para Deus que a gente tenha os desfiles. Nós, do carnaval, estamos muito órfãos. Além disso, a gente tem um nó na garganta para sermos campeões. Nossa comunidade é muito aguerrida e vamos com tudo para 2022”.