Dançando juntos há dez anos, Sidclei e Marcella, casal de mestre-sala e porta-bandeira do Salgueiro, conversaram com o CARNAVALESCO durante a apresentação da sinopse do enredo da escola. Sidclei foi um dos destaques da performance realizada. Durante a entrevista, o casal comentou sobre o último carnaval, a questão do julgamento e a preparação já iniciada para 2025.
Sidclei começou com o balanço do último carnaval, já de olho no próximo ano: “Foi satisfatório. Só não foi maravilhoso porque o Salgueiro não foi campeão do carnaval. Mas, todos os segmentos estão de parabéns, que o Salgueiro todos os anos ele vai em busca do título. Infelizmente, não veio, mas a gente espera que em 2025 a gente consiga esse título e com 40 pontos”.
Marcella comentou sobre a satisfação com o trabalho apresentado no último carnaval junto de Sidclei e como ambos conseguiram executar o que tinham planejado, na avenida: “Eu e o Sidclei somos duas pessoas muito exigentes, a gente sempre acha que no ano seguinte a gente pode fazer melhor. A gente ficou muito satisfeito que tudo que a gente se propôs em termos de ensaio, de organização, de apresentação, a gente conseguiu colocar em prática com bastante segurança, com bastante vigor. Conseguimos demonstrar tudo o que a gente se propôs a fazer, mas a gente, sem dúvida, não está sossegado, porque a gente quer superar a apresentação de 2024 no Carnaval de 2025. A gente vai trabalhar dobrado”.
A porta-bandeira continuou, falando então sobre a rotina de ensaios do casal para se preparar para o carnaval, e que já estão conversando sobre o papel deles dentro do enredo com o carnavalesco Jorge Silveira: “A gente faz o trabalho bem dividido em etapas, trabalhando a gente já está. Estudando as possibilidades, conversando com o Jorge, conversando com o Pinna. A gente já está começando a entender um pouco do que pode ser o nosso papel dentro do enredo e, diante disso, pesquisando muita coisa sobre propriamente o enredo do Salgueiro e o setor que a gente vem. Então, agora sim, com a leitura da sinopse divulgada para todo mundo a gente deu o nosso pontapé inicial”.
Concordando com Marcella, Sidclei comentou de como a preparação deles envolve anos anteriores e as justificativas: “Faço das minhas palavras a palavra da Marcella. O que a Marcella falou tem sentido, acho que somos muito exigentes em relação a performance do ano que vai vir. A gente estuda os outros anos anteriores, até porque, independentes da gente ter um resultado satisfatório ou não, a gente vê a justificativa de todos os casais, não só do Especial, mas do Acesso, até para gente não cometer o erro, porque todos nós somos seres humanos, somos passíveis de erro, mas a gente busca muito a excelência. Acho que todos os casais entram ali com 40 pontos e você acaba perdendo ali na pista, então a gente tenta executar tudo que foi programado para fazer na avenida, porque é um momento único”.
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Por fim, Sidclei falou sobre a questão dos jurados em relação aos pedidos de uma dança mais tradicional no quesito, com a concordância de Marcella: “Isso varia do gosto do julgador. Eu acho que cada julgador tem uma visão diferente de cada um deles. Teve casais que foram despontuados que foram 40 pontos nos anos anteriores. A gente não tem que dar tanta opinião, é fazer o nosso, ler a justificativa, claro, e fazer a dança tradicional que todos os casais sabem dançar. Todos os casais que estão hoje no Grupo Especial e no acesso, desde pequeno, sabem qual é o manual do julgador. Isso parte da cabeça do julgador. A gente fala sempre que é um dos quesitos mais subjetivos, que cada um tem um gosto. Infelizmente existem casais que são penalizados, casais que não são penalizados, mas isso faz parte do julgamento”.
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