Com a determinação de conquistar no Carnaval de 2025 seu décimo título o Salgueiro passou por uma reformulação em seu elenco. Uma das grandes novidades foi a contratação do coreógrafo Paulo Pinna para comandar a comissão de frente. Em entrevista ao site CARNAVALESCO, ele revelou a honra em assumir esse papel e compartilhou suas expectativas para o próximo desfile. Ao lado do carnavalesco Jorge Silveira, Pinna espera contribuir para o sucesso do Salgueiro, destacando a importância da união de esforços e da determinação da escola em alcançar seus objetivos.

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“É uma honra, é gigante. Salgueiro é uma escola que eu sempre admirei pelos belíssimos carnavais, por ser uma escola grandiosa de tradição, por apresentar comissões históricas de colegas que já passaram por aqui. É um misto de emoções estar no Salgueiro, é uma escola que eu amo muito e que a gente só ouve coisas boas. Eu fiquei muito honrado mesmo, pela forma como a escola chegou até a mim. Estou muito animado, muito ansioso e com a expectativa a mil”, revelou Pinna.

O coreógrafo também expressou sua admiração pelo carnavalesco Jorge Silveira, com quem ele ainda não havia trabalhado diretamente, mas já admirava nos bastidores. Pinna contou que eles trocavam ideias e opiniões pela internet, e essa admiração era mútua. Para ele, foi uma surpresa muito grande quando soube que teria a oportunidade de trabalhar com Jorge Silveira no Salgueiro.

“O Jorge é um carnavalesco que eu não tinha trabalhado, mas que eu já admirava dos bastidores, a gente trocava figurinha pela internet, respondia trabalhos de um e do outro, a gente já se admirava, isso é recíproco, isso é algo que é bem legal. Isso é uma surpresa muito grande, quando estava rolando um burburinho que talvez poderia ser ele e eu apenas tinha um sonho de poder estar também, eu falei ‘caraca, imagina trabalhar com o Jorge Silveira’, que é um cara que a gente trocou figurinha já a beça nos bastidores, e hoje estar com ele, que é um cara sensacional, um ser humano incrível, antes de ser um carnavalesco incrível, é assim, de uma paz terrível”.

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Pinna expressa um sentimento misto em relação ao seu trabalho na Mocidade Independente de Padre Miguel. Ele desabafou sobre o desafio enfrentado com o tripé, uma parte do desfile que o preocupava e que acabou não correspondendo às suas expectativas. Apesar das dificuldades, ele diz estar pronto para virar essa página e se dedicar ao novo desafio no Salgueiro.

“O terror do tripé me assombra mais uma vez, infelizmente, mas assim, eu sou um cara que eu vou até o final daquilo que eu acredito, fiz o meu máximo para que o tripé fosse de uma forma melhor possível, mas infelizmente, ou felizmente, eu sou coreógrafo, não sou aderecista. É muito bom a gente ser elogiado pelo trabalho que compete a mim enquanto coreógrafo, é muito bom você virar e elogiar o meu trabalho daquilo que eu posso fazer, que eu sou competente para fazer. Infelizmente, eles montam uma coisa que mais uma vez me assombrou, que foi tripé. Mas assim, passou, foi uma nova escola, se Deus quiser, já viramos essa página”, desabafou Pinna.

Questionado sobre utilizar das luzes no desfile e como isso impactou o desfile da Mocidade, Pinna acredita que o uso da luz é uma tendência que veio para agregar valor ao espetáculo do carnaval. Ele vê a Sapucaí como um verdadeiro espetáculo e considera a luz como um elemento que enriquece essa experiência. No entanto, Pinna menciona que no ensaio técnico da Mocidade, houve problemas com a iluminação que afetaram a apresentação, mas graças às críticas recebidas, puderam corrigir os problemas a tempo do desfile oficial. Ele enfatiza que a luz é primordial quando usada corretamente e que pode contribuir para engrandecer o espetáculo.

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“Eu acho que a luz veio para somar, eu acho que é algo que realmente engrandece o espetáculo, porque hoje a gente viu que a Sapucaí é de fato um espetáculo. Acho que a luz é algo que é para agregar, eu acho que tem que saber usar. Eu acho que no ensaio técnico, inclusive eu tive várias críticas, inclusive de vocês, sobre a luz, que a gente testou. Nós testamos a nossa possível luz no ensaio técnico e deu errado, ficamos com alguns componentes no escuro, e assim, usamos errado no ensaio técnico, confirmamos graças às críticas, que eu acho que é muito favorável, engrandece o profissional, e conseguimos fazer a luz correta no desfile, até porque a minha luz se desse errado, eu não teria nada, então assim, a luz foi exata no que a gente precisava, e eu acho que a luz é primordial, sabendo usar, eu acho que engrandece o espetáculo”, comentou Pinna.

As expectativas para o Carnaval de 2025 são altas e Pinna acredita que o Salgueiro é uma escola que sempre está disposta a brigar pelos primeiros lugares e que tem o objetivo constante de vencer.

“Eu acredito que o Salgueiro é uma escola que vem para brigar sempre, é uma escola que está sempre no pódio, é uma escola que quer ganhar e que se Deus quiser iremos ganhar. Eu acho que tem que unir o útil ao agradável, tem que unir a força e a vontade de um coreógrafo querer fazer acontecer e a escola de querer fazer a coisa que ele quer. Eu acho que se unir essas duas coisas tem tudo para dar certo, e vai ser assim porque já senti essa energia”, compartilhou Pinna.