InícioSérie OuroSão ClementeSem medo de acreditar: carro de som da São Clemente levanta comunidade

Sem medo de acreditar: carro de som da São Clemente levanta comunidade

Trio de intérpretes da amarelo e preto da zona sul demonstrou entrosamento e animação durante o ensaio de quadra desta terça-feira

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Por Guilherme Ayupp e Victor Amâncio

Depois de amargar injustamente a décima segunda posição no carnaval de 2019, a São Clemente mostrou em seu ensaio, nesta terça-feira, vontade de buscar uma posição melhor em 2020. Com um samba para cima, a bateria do mestre Caliquinho e o carro de som comandado por Bruno Ribas, Grazzi Brasil e Leozinho Nunes apresentou muito entrosamento e qualidade durante todo o tempo de ensaio. Abaixo, você confere a análise do site CARNAVALESCO.

Samba-Enredo

O samba, com um tom crítico, aparenta ser o grande trunfo do clementiano para 2020. A obra teve ótimo rendimento no ensaio de comunidade. Os intérpretes estão levando muito bem o samba, com um andamento primoroso. Apesar de serem três cantores oficiais não há qualquer conflito na hora de conduzir a obra. São diversas passagens de muita interação com os componentes, que se divertiam cantando a composição como indica o objetivo da composição.

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Harmonia

Desempenho satisfatório do canto, mas há alguns pontos a melhorar. Há ainda muitas pessoas necessitando ler a letra no celular ou prospecto. Com o carnaval ainda distante há tempo para todos se familiarizarem com a canção, porém há clara quebra de conjunto quando alguém para e lê o samba. De positivo o fato de o início do ensaio ser realizado só com o canto dos componentes para só depois entrar o peso da bateria. Dessa forma os integrantes ensaiam melhor. O samba explode nos refrões e em alguns momentos o canto cai, mas ainda assim, a escola teve um aproveitamento positivo durante o ensaio.

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“O mais importante nesse tipo de ensaio é compreender que não estamos ensaiando bateria e carro de som, mas a escola. Por isso peço os cantores para cantarem cerca de dez passadas sem o peso da bateria, numa levada mais lenta, para que o componente vá se acostumando com a obra, pois quando sobe a bateria ela engole o canto. Graças a Deus conto com a parceria dos ritmistas e de nossos três cantores”, afirmou o diretor Marquinho Harmonia.

Evolução

É preciso observar com atenção este quesito. Primeiro no aspecto do número de componentes. São poucas pessoas ensaiando, o que pode ser um complicador no dia do desfile, como já ocorreu em anos recentes na São Clemente, em 2018 por exemplo. Os integrantes ficam fixos em um local o que não facilita que brinquem e evoluam. O intérprete Bruno Ribas, inclusive, cobrou mais dança dos desfilantes, que depois ficaram de fato mais soltos. Ficou em evidência a animação com coreografias em alguns trechos do samba, principalmente durante os refrões.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Fabrício e Giovanna fizeram uma evolução rápida na quadra, mas o suficiente para perceber alguns detalhes. Como, por exemplo, marcação de jurado. Durante uma passada do samba, entre um momento e outro da coreografia, olhavam para o alto, simulando a presença de jurados durante a apresentação. Destaque para o mestre-sala, Fabrício, que dançou muito bem durante o ensaio, sem tirar os olhos da sua porta-bandeira. Giovana, por sua vez, precisou acertar um problema com seu talabarte. O casal está bem entrosado e dançou com alegria, fazendo coreografia simples, mas muito bem executada.

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Bateria

Caliquinho vem mostrando a cada ano porque deixou de ser uma promessa para se tornar uma realidade. A bateria novamente parece ser um dos principais quesitos da São Clemente. A Fiel Bateria ensaiou com poucas bossas o que da a entender que deve optar por uma apresentação mais conservadora no desfile. Execução sem erros.

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“A nossa bateria vem ensaiando de 3 a 4 bossas e eu acho mais que suficiente para o nosso desfile. No momento que o samba fala da laranja teremos uma paradinha mais ousada no desfile, mas eu não posso revelar nada ainda, pois nem os ritmistas sabem como será. Nosso andamento ficará entre 144 e 145. Não adianta iniciar lá no alto e depois cair. Embora não sejamos obrigados a parar, vamos parar, claro se não tiver nenhum problema no desfile, mas se Deus quiser não vai ter”, explicou o mestre.

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