A Mocidade Unida do Santa Marta foi a terceira agremiação a desfilar na noite desta terça-feira, pela Série Prata. A Azul e Branco de Botafogo levou para a Intendente Magalhães o enredo “#Sextou…Só Sucesso!”, uma grande exaltação à sagrada sexta-feira, além de homenagem ao mestre de bateria Tião Belo, cria da comunidade. Com um desfile alegre e marcado pelo canto dos componentes, a escola pecou em evolução e encerrou o desfile dois minutos acima do tempo regulamentar.
Comissão de frente
Com os bailarinos lembrando a malandragem, a comissão de frente fez uma apresentação interessante, mas que apresentou problemas de execução. Durante as apresentações nas cabines, o tripé esbarrava nos elementos cenográficos do quesito.
Mestre-sala e Porta-bandeira
A dupla formada por Erica Duarte e Tchetchelo se apresentou com fantasias brancas. Durante as quatro cabines, a performance foi marcada pelo bailado tradicional, com destaques para os giros da porta-bandeira e meias-voltas do mestre-sala.
Enredo
O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Arthur Paschoa, e levou uma ode de alegria para a avenida. Com uma grande exaltação ao sexto dia da semana, a obra também prestou uma homenagem ao mestre Tião Belo, cria do Santa Marta e responsável pela iniciação de vários ritmistas na comunidade e em seu entorno.
Alegorias
Destaque para a alegoria que referenciou o trecho “de bar em bar” do samba-enredo. Com a estética de boteco, a frente do carro trouxe a escultura de Zé Pilintra – que representava a malandragem. Nas pontas, garrafas de cerveja. Já o último tripé apresentou problemas na roda maluca, e causou um buraco em frente à última cabine de jurados.
Fantasias
A união da simplicidade com a criatividade. As fantasias ajudaram na compreensão do enredo. Destaque para a ala de crianças, que representou pequenos foliões. Como adereços de mão, baldes simulavam repiques. À frente da ala, a mensagem “dever de casa é brincar de carnaval”, em referência à obra.
Harmonia
Um dos destaques do desfile da Azul e Branca de Botafogo. A comunidade do Santa Marta mostrou sua força e cantou ao longo de toda a Passarela do Samba suburbana. Apesar do som oficial da Intendente falhar por algumas vezes, a comunidade abraçou o carro de som e deu conta do recado.
Samba-enredo
A obra foi assinada pelos compositores Dalton Cunha, Daniel Guimarães, Guilherme Salgueiro, Rafael Zimmermann, Raí Trovisck, Renan Ucceli, Marina Laiun e Mônica de Aquino Medeiros. Paassou bem na avenida, com destaque para o refrão final “Madrugada, malandragem” – que marcava o ápice do canto entre os componentes.
Evolução
O quesito foi a grande dor de cabeça desta noite para a Mocidade Unida do Santa Marta. O regulamento da Superliga Carnavalesca do Brasil – responsável pela Série Prata – prevê o tempo mínimo de 35 minutos e máximo 40. A escola deu bastante espaço para que os componentes pudessem brincar carnaval, mas se esqueceu do cronômetro: já no último módulo de julgadores, os componentes precisaram correr para que o tempo não não fosse estourado – e não adiantou. A agremiação encerrou o desfile com dois minutos a mais que o previsto pelas regras.