A Acadêmicos de Santa Cruz foi a quinta escola a desfilar na noite desta terça-feira pela Série Prata. A escola da Zona Oeste levou para a Intendente Magalhães o enredo “As Bruxas Estão Soltas”, do carnavalesco Cid Carvalho. O desfile foi marcado pela excelência na plástica, harmonia e no enredo, mas, ao final, precisou correr para não estourar o tempo.
Comissão de frente
A comissão de frente foi comandada pelo coreógrafo David Lima, que também é responsável pelo quesito na Unidos de Padre Miguel. Os bailarinos utilizaram um elemento cenográfico e chamaram atenção pela beleza das fantasias, além da coreografia sincronizada e muito bem desenvolvida.
Mestre-sala e Porta-bandeira
A dupla formada por Diego Falcão e Jaqueline Gomes foi um espetáculo à parte. Com a junção do bailado tradicional e pequenos passos coreografados com referências ao samba-enredo, o casal de mestre fez uma grande apresentação na Avenida. Em sincronicidade com o samba, no trecho “Senão feitiço eu vou jogar” a dupla simulava assoprar pó de feitiço na direção dos julgadores. Destaque, também, para a luxuosa fantasia da porta-bandeira.
Enredo
A agremiação da Zona Oeste levou para a avenida o enredo “As Bruxas Estão Soltas”, desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho. Uma espécie de tributo às mulheres, o enredo retratou como elas foram perseguidas ao longo da história. Abordando a caça às bruxas, o enredo fez um passeio aos diversos tipos de perseguições e preconceitos sofridos ao longo da história e, também, nos dias de hoje.
Alegorias
Em tons de roxo, o abre-alas, batizado de “A Era medieval e as Bruxas “, era destaque pela riqueza de detalhes e o bom acabamento das esculturas. Ao centro da alegoria, uma coroa girando representava o símbolo da escola. Na parte de trás, a escultura da bruxa chamava atenção. Já o segundo tripé fez referência às Pombagiras.
Fantasias
Em um Nível de Sapucaí, foi um dos destaques da noite. Com muitos detalhes e marcadas pela luxuosidade, as fantasias da agremiação da Zona Oeste facilitaram ainda mais a leitura do enredo. Destaque para a ala “Bruxas Medievais”.
Harmonia
A comunidade de Santa Cruz foi o grande destaque do desfile desta noite. Os componentes cantaram, com força, todos os versos do samba-enredo. Nas arquibancadas, torcedores também mostraram seu apoio. Durante o desfile, a escola foi prejudicada pelo som oficial da Intendente Magalhães, que parou de funcionar por cerca de dois minutos. Nesse momento, os componentes e o público assumiram o papel do carro de som e cantaram a plenos pulmões.
Samba-enredo
A obra é de autoria dos compositores Marquinho Bombeiro, Jorge Matias de Oliveira, Marcelo Cordeiro Ramos, Igor Gonçalves da Cruz, Fernando Antônio Menas Pinto de Lima, Jorge Valdeci Fernandes, Eduardo dos Santos Moraes, Edson Rosa, Márcio Palmeira da Silva e Roberta Patrícia da Silva Almeida. O samba-enredo teve um ótimo rendimento na Passarela do Samba suburbana e foi abraçado pela comunidade. Fruto, também, do bom desempenho do carro de som, que foi comandado pelos intérpretes Roninho e Luizinho Andanças.
Evolução
Alegres, os componentes puderam brincar carnaval. Apesar disso, o quesito foi a pedra no sapato da agremiação. Aos 35 minutos, a escola inteira ainda estava na avenida e apertou o passo. Foi preciso correr para não estourar o tempo – o que não ocorreu por pouco. A escola encerrou o desfile aos 40 minutos, tempo máximo, e comemorou bastante.