Quinta escola a desfilar na segunda noite de desfiles da Série Prata, a União de Jacarepaguá apresentou o enredo “De ventres Africanos, os sonhos de liberdade!”, desenvolvido pelo carnavalesco Lucas Lopes, que propunha uma reflexão crítica sobre os 150 anos da promulgação da Lei do Ventre Livre. Com destaque para seu bom conjunto estético, a escola mostrou força na Intendente Magalhães. Além disso, o samba da escola, composto por Diego Nicolau e parceiros, se destacou no desfile, impulsionando o canto. Com uma letra forte, o samba da escola, composto por Diego Nicolau, Ribeirinho e parceiros, foi um dos principais destaques do desfile da União de Jacarepaguá. De sua bela letra, se destaca o trecho “Tira Essa Mordaça Do Seu Coração / União É Raça, É
Consagração”, muito cantado pelo chão da escola.
Impulsionada pelo samba, a Harmonia da escola também teve desempenho satisfatório na noite, com muitas alas cantando a obra, sobretudo seu refrão principal. A se destacar, a ala de baianas da escola, que, com uma fantasia branca e laranja representando a Ancestralidade Africana, cantou bastante na avenida Intendente Magalhães. A evolução da escola, assim como a Harmonia, também não apresentou graves problemas.
Comandada por mestre Marquinhos, a bateria da União de Jacarepaguá teve bom desempenho na noite. Representando os Soldados Capoeiras na Guerra do Paraguai, os ritmistas sustentam com maestria o desfile da escola.
Esteticamente, a escola passou bem na avenida, com um bom conjunto de fantasias e alegorias. De destaque, o abre-alas da escola que, com muita criatividade e materiais remetentes à estética africana, passou a mensagem que propunha no enredo. Além dele, os outros elementos alegóricos da escola também passavam, de forma muito clara, o enredo.
Representando “Os negros guerreiros guardiões da mãe África”, a Comissão de Frente da União fez bela apresentação na Intendente Magalhães. Com roupa e coreografia bastante africanizadas, a Comissão cumpriu bem seu papel na avenida.
O primeiro casal da escola, Rogério Júnior e Natália Monteiro, também passou bem na avenida. Com uma roupa represetando “Negros e negras que carregam o sangue nobre africano”, o casal demonstrou muita fibra e garra na coreografia. Em sua roupa, a porta-bandeira trazia uma boneca nas costas, como um bebê.