Quarta escola a desfilar na segunda noite de desfiles da Série Prata, a Caprichosos de Pilares resgatou sua veia irreverente e crítica, na Intendente Magalhães. Com o enredo “Circo Brazuca”, que mergulhava no universo circense e comparava-o ao Brasil atual, a escola apresentou um belo conjunto de alegorias, em que pese algumas com problemas de iluminação e, sobretudo, fantasias.. Além disso, a comissão de frente da escola, com trajes e características circenses, também se destacou nos 38 minutos de desfile da escola. O samba da escola, muito animado e empolgante, cumpriu bem seu papel na avenida. A obra teve o seu refrão bastante cantado pela escola, sobretudo o trecho “O Povo Espera a Caprichosos De Pilares”. No desfile, entretanto, houve alguns desencontros no carro de som, entre os cantores e os cavaquinistas da escola.
A Harmonia da escola, impulsionada pelo samba, foi satisfatória na avenida, porém irregular. Algumas alas da escolas não cantavam a totalidade do samba, apenas o refrão principal. A evolução da escola teve um desempenho regular, com um bom início, porém com uma certa “correria” do meio pro final da escola, após o encerramento da passagem do casal e da comissão de frente.
Visualmente, a escola passou muito bela na Intendente Magalhães. Apesar de o abre-alas e tripé de abertura passarem apagados, o conjunto alegórico da escola impressionou o público presente. As fantasias, destaque principal do desfile, estavam muito belos e com fácil leitura e identificação, com a ala que fazia referências às mazelas brasileiras, como juros, corrupção e outros.
A bateria do mestre Américo Teófilo teve bom desempenho na avenida. Com uma bela fantasia com estampas floridas, intitulada “Dançar como a banda toca”; os ritmistas da escola de Pilares sustentaram o ritmo por todo desfile.
Um dos grandes destaques da noite, a comissão de frente da Caprichosos, comandada por Arthur Rozas, brindou o público com uma excelente apresentação. Com os componentes vestidos de coelhos e um de mágico circense, a Comissão tinha como ponto alto um truque de mágica, no qual o mágico sumiu dentro da cartola, elemento cenográfico trazido pela escola.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Paulo e Maura, realizou boa apresentação na noite. Com uma fantasia azul com detalhes também floridos, representando “Os saltimbancos da galhofa nacional” eles mostraram sincronia e precisão nos passos.