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Rugiu! Grande Rio faz ensaio de rua com o canto da comunidade em destaque e muito entrosamento entre carro de som e bateria

Com o canto da comunidade cada vez mais forte e um ótimo trabalho entre carro de som e bateria, a Acadêmicos do Grande Rio realizou, na noite do último domingo, seu quarto ensaio de rua, e transformou a Avenida Brigadeiro Lima e Silva em uma grande Passarela do Samba. Em 2024, a tricolor de Caxias levará para a Marquês de Sapucaí o enredo “Nosso destino é ser onça”, dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, e será a quarta escola a desfilar no domingo de carnaval.

Apesar de reconhecer o grande trabalho harmônico desenvolvido pela escola e avaliar o ensaio como positivo, o diretor de carnaval Thiago Monteiro ainda quer mais. Ele destaca que a cada ensaio o nível de dificuldade aumenta, a fim de preparar ainda mais o componente para o dia do desfile.

“Estou muito satisfeito com o canto. A gente tem treinado algumas coisinhas de evolução e entrada e saída de cabine. Pela nossa conta, ainda temos mais cinco ensaios de rua – contando com o técnico. Neste tempo aplicamos o que treinamos às terças-feiras na quadra. O calor humano é importante, porque na Sapucaí sempre esperamos a pior das temperaturas. É um processo. A gente tem colocado estandarte de mão nas alas, o que não tinha no início. Isso porque o foco maior era deixar as alas mais livres e soltas, com a preocupação de interagir com o samba. Agora, dá para ser mais exigente e aumentar o sarrafo mais um pouco. Temos colocado um grau de dificuldade em algumas coisas. É tudo um processo e estou muito satisfeito com o estágio que hoje estamos”, comenta o diretor de carnaval.

A boa relação entre carro de som e bateria é um ponto fundamental no sucesso do canto da escola, mas não o único. Isso porque a agremiação conta que o trabalho em quadra, voltado para aprimorar o canto da comunidade, é fundamental e tem surtido efeitos. Para o intérprete Evandro Malandro, a expectativa é que a energia dos componentes contagie a Marquês de Sapucaí.

Fotos: Raphael Lacerda/CARNAVALESCO

“Nós temos um trabalho paralelo de canto só da comunidade. São dias separados somente para a comunidade cantar à capela mesmo. Tem vezes que não vai nem a harmonia das cordas, nem a bateria, só um surdo para a gente marcar. Temos um professor de canto, o Pedro Lima, que costuma passar alguns trechos como o ‘Werá, werá auê’ e ‘Yawalapiti’, com calma. Daí nós conseguimos vir quebrando comentários de que o samba é difícil de cantar, porque não é. Basta vir no ensaio e sentir e sentir como é que está o canto da escola. Isso vai contagiando o público, a arquibancada e tenho certeza que resultará em um ótimo efeito até o dia do desfile”, diz Evandro.

Mestre-Sala e Porta Bandeira

Mais uma vez, responsáveis por abrir o ensaio de rua, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Daniel Werneck e Taciana Couto, deram um show de carisma, leveza e conexão, além, claro, de muito samba no pé – em especial Daniel durante a simulação da apresentação aos jurados.

Harmonia

Destaque do ensaio, o canto da escola, acompanhado do bom entrosamento entre carro de som e bateria, levantou o ensaio de rua. Um dos destaques desde a largada dos treinos ele evolui a cada dia mais. Entre as alas, o destaque vai para a cinco, que cantou muito forte. Jefferson Guimarães, Clayton Bola e Andrezinho, que integram a comissão de harmonia da Grande Rio junto com Cacá Santos, avaliaram o ensaio como positivo, mas ressaltam a importância de um trabalho contínuo em busca da excelência: ‘Treino é treino, jogo é jogo’.

“A gente faz uma avaliação positiva a cada ensaio. Em todo ensaio evoluímos um pouquinho. A gente vê que a comunidade está ‘comprando’ a ideia de trazer o canto e fazer, de fato, essa escola ‘rugir’. Essa é a ideia”, diz Jefferson.

“Jogo é jogo e treino é treino. Nós estamos no 60%, mas tenho certeza que lá em fevereiro nós vamos chegar a 100%. Quando o povo caxiense entra na Marquês de Sapucaí, chega com sangue nos olhos para fazer sempre o melhor para a Grande Rio e o chão de Caxias”, comenta Clayton.

“Sempre tem um negócio para acertar. Cada dia tem um ‘negocinho’, mas na semana seguinte já melhora – é assim que funciona. A cada vez tem algo para fazer”, completa Andrezinho.

Evolução

O treino começou às 21h46 e teve aproximadamente 1h10min de duração. A Avenida Brigadeiro Lima e Silva, local do ensaio, é larga em boa parte de seu trecho – o que contribui para uma boa evolução da agremiação. Duas ruas paralelas chegaram a ser usadas como recuo da bateria. No início, o carisma e a popularidade da nova musa da escola, Deolane Bezerra, agitou o público presente, que chegou a entrar na área de desfile para tietar a artista. Apesar disso, o ensaio correu bem e não foi prejudicado.

Samba

Se inicialmente os críticos consideraram que o samba-enredo possui uma letra difícil, o chão caxiense provou o contrário. Além de cantarem a canção inteira, uma explosão do canto entre os componentes ocorria no refrão “Werá, werá auê, naurú werá, auê// A Aldeia Grande Rio ganha a rua// No meu destino a eternidade // Traz no manto a liberdade// Enquanto a onça não comer a Lua!”.

“Estamos muito felizes e motivados. O que aconteceu aqui hoje é a prova do que vem ocorrendo na quadra – este ótimo entrosamento que eu tenho com a bateria e o mestre Fafá. A nossa comunidade, a cada semana que passa, tem uma vontade de cantar cada vez mais. A nossa harmonia trabalha muito nisso. Realmente estou muito feliz pelo rendimento que nós tivemos e esse canto maravilhoso que tivemos hoje apenas comprovou tudo isso. O Fafá é meu irmão e major. A bateria é muito boa e ele é um cara muito educado para lidar com a bateria – muito musical. Isso só encaixa muito bem, Graças a Deus, com o trabalho que realizamos juntos”, avalia o intérprete Evandro Malandro.

Outros destaques

Destaque para a bateria da Grande Rio. Sob o comando de mestre Fafá, os ritmistas evidenciaram a excelência do quesito e o entrosamento com a equipe de Evandro Malandro. Ao CARNAVALESCO, Fafá comentou o desempenho do samba e da bateria, além da relação com o carro de som.

“Sabemos que janeiro é muito curto, então estamos trabalhando muito em cima do nosso samba e fazendo grandes ensaios para que ele seja bem trabalhado. Eu tenho acompanhado muitos comentários na internet sobre os sambas. Acredito que no carnaval, hoje, não existe mais samba ruim. Quando isso é falado, a comunidade abraça ainda mais. Temos vários exemplos sobre isso. Eu e o Evandro temos feito um trabalho junto com a comunidade. Tem momentos, às terças-feiras (ensaios de quadra), que deixamos somente a bateria e a comunidade para ela destacar a força no canto – e vem fluindo muito bem. O Evandro é um cara que dispensa comentários, te deixa super confortável e acredito que hoje é um dos top três do carnaval. A bateria está encaixada com o samba e o canto da comunidade, todas as ‘paradinhas’ são feitas em cima da melodia. Está fluindo muito bem, mas sabemos que é um dia e um passo de cada vez para, se Deus quiser, chegarmos bem afiados na Marquês de Sapucaí”, disse Fafá.

Nova musa da Tricolor da Baixada, Deolane Bezerra marcou presença no ensaio de rua e já se tornou queridinha dos caxienses. Na abertura do ensaio, a advogada e influenciadora agradeceu à comunidade e prometeu dar o seu melhor: ‘O samba no pé está meio durinho ainda, mas prometo melhorar’.

“É muita emoção. Estou arrepiada desde o começo. É muito gratificante ver que a comunidade me recebeu assim. Só tenho a agradecer a Deus e a todos”, declarou a musa da Grande Rio.

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