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Rosa de Ouro empolga com enredo sobre o inhame, mas buraco prejudica o desfile

Por Anderson Madeira

Décima quarta escola a entrar na avenida, a Rosa de Ouro, do bairro de Oswaldo Cruz, entrou com 700 componentes disposta a brigar pelo título, falando da origem do inhame, na Costa do Marfim, país africano e que está ligado ao carnaval de lá, conhecido como Popo. O enredo “Inhame, a raiz do fundamento que me faz feliz! Sou Popo, sou ouro, sou Costa do Marfim no carnaval do Rio”, foi desenvolvido pelas carnavalescas Cátia Calixto e Ana Mallandro. Já o samba foi composto por Valtinho Botafogo, Robinho, Lício Pádua, Dimas Mello, Victor Rangel, Augusto Locutor, Gladiador, Jefferson Oliveira, Edson de Jesus e Deco Moratelli. A alegria foi destoada pelo carro abre alas, que travou antes da metade do desfile abrindo buraco. O desfile terminou em 39 minutos.

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Comissão de Frente

Os membros vieram fantasiados de Oxaguiã, orixá do Candomblé e a coreografia apresentou um ritual de assentamento para a entidade, em que um integrante, vestido como Ekedi, um sacerdote, prepara um alimento (no caso, o Inhame) e oferece a Oxaguiã. Isso foi muito bem mostrado pelos integrantes da CF, arrancando aplausos do público e dos jurados.

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

A fantasia de William Miranda e Aline Lima representava o continente africano. Apresentaram um belo bailado, encantando a plateia e sendo aplaudidos pelos jurados em todas as cabines da avenida. Desfilaram com leveza pela passarela do samba. A roupa, embora simples, era de fácil leitura.

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Harmonia

O canto foi forte em boa parte do desfile pelos componentes, empolgando o público. Porém, em algumas alas, os boa parte dos componentes não acompanharam todo o samba, desfilando em silêncio ou cantando apenas o refrão. Nos últimos setores, o canto estava irregular.

Enredo

O enredo teve fácil leitura em boa parte do desfile. Em alguns setores, do meio para o final, a compreensão foi de difícil entendimento para quem não conhecia o enredo. O inhame mal apareceu, com maior destaque para o Candomblé. A narrativa pareceu confusa em alguns momentos.

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Evolução

A escola começou evoluindo bem até a metade do desfile. Havia espaço para as alas evoluírem e os componentes sambarem, empolgando o público. Quando, por volta dos 15 minutos, o carro abre alas travou na pista, não conseguindo andar. O que causou um buraco de cerca de 100 metros, prejudicando a evolução. As alas à frente tiveram que parar de andar, à espera de que a alegoria voltasse a andar. Em alguns momentos do desfile, alguns componentes só andaram, pouco evoluindo.

Samba

O belo samba funcionou bem na Passarela do Samba e muito cantado por boa parte dos setores da escola e o público. Até pouco depois da metade, os componentes acompanharam o ritmo do carro de som e fizeram as pessoas nas arquibancadas cantarem alto. O intérprete Edinho Gomes manteve o tom até o fim, sendo aplaudido pela plateia.

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Fantasias

A escola apresentou belas fantasias, indo além das cores da agremiação (amarelo e branco) e de fácil leitura em boa parte da apresentação. Nas últimas alas, a qualidade não era a mesma e em uma ala, alguns componentes estavam com a parte de cima aberta e mostrando a blusa abaixo. Cada integrante com roupa comum e diferente do outro. A fantasia, um chapéu vermelho e branco com pano cor de abóbora e um saiote verde, não explicava o significado. As baianas estavam muito bem vestidas, com uma roupa azul, representando as danças folclóricas.

Alegorias

O único carro representava a savana e a floresta Nanan Wotchin, na Costa do Marfim. Mostrou atividades ritualísticas na floresta e antes do Carnaval Popo. Os rituais envolviam entrega de oferendas à árvore do inhame. A alegoria teve uma árvore, com um destaque central, Paulo José Brito da Silva, fantasiado de máscara africana. O ator Irineu Nogueira foi outro destaque, representando o sacerdote Komian. Houve ainda quatro integrantes com indumentária do Carnaval Popo. A alegoria, elogiada pelo bom acabamento, travou por alguns minutos, prejudicando o desfile. Houve ainda três tripés: o primeiro, representando Oxaguiã, o segundo, máscaras africanas e o terceiro, exaltação à beleza do povo africano. Todos com bom acabamento.

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A bateria Swing de Ouro, com 120 ritmistas, comandada pelo Mestre Wagner Muguinho, teve como rainha, Naná Ferrreira. Com um ritmo cadenciado e repleta de bossas, levantou o público nas arquibancadas.

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