Uma iniciativa da rainha de bateria da Unidos de Vila Isabel, Sabrina Sato, com Dam Menezes, e apoiada por Milton Cunha, mestre Casagrande, da Unidos da Tijuca, e o site CARNAVALESCO gerou 240 cestas básicas divididas entre as baterias das 12 escolas do Grupo Especial. Sabrina Sato leiloou uma fantasia que usou e estava guardada em seu galpão, produzida por Henrique Filho, e reverteu o valor para ajudar as baterias do Grupo Especial. Mestre Casagrande em consenso com os outros mestres do grupo de elite do carnaval decidiu que cada agremiação receberia 20 dessas cestas para serem encaminhadas aos ritmistas que estivessem mais necessitados. A entrega foi realizada na Cidade do Samba e teve a participação de alguns mestres que fizeram questão e tiveram disponibilidade para receber a doação pessoalmente, outros enviaram representantes, o importante é que todos vão receber a ação solidária. Milton Cunha explicou a iniciativa que ocorreu na época da realização do Baile Glam, criado e dirigido pelo artista, ao qual Sabrina Sato já foi rainha, que teve como sede em 2022 a Cidade do Samba.

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“Quando a Sabrina Sato me procurou, ela disse ‘Milton, vamos aproveitar seu baile e vamos dar visibilidade para uma ação que eu quero fazer, eu tenho um galpão com as minhas fantasias, e tem uma linda que Henrique Filho fez, e vamos fazer um leilão na internet ‘. Eu fiquei muito emocionado de usar o baile para uma ação humanitária. Já pensou que o ritmista é o grande sacrificado da escola de samba? Ele vai em muitos ensaios, ele se mata e não tem nem o dinheiro para o transporte. Então eu disse ‘Sabrina vamos ajudar os ritmistas’. Aí chamei Mestre Casão, conseguimos o dinheiro do leilão e aí fomos na Cadeg, no mercado lá longe, vimos preço e qualidade, conversamos com os outros mestres e chegamos nessa, são 240 cestas. É uma homenagem a essa gente sacrificada maravilhosa das baterias. Salve os ritmistas”, vibrou Milton Cunha.

Mestre Casagrande que sempre procurou divulgar e encabeçar esse tipo de ação solidária aos ritmistas, explicou um pouco da necessidade de ajuda e agradeceu a Milton e a Sabrina pela doação.

“É uma importância social para gente muito grande. Porque a gente ajudar o próprio ritmista, a ideia inicial é que os favorecidos fossem os mestres de bateria, mas depois a gente conversando chegamos a um consenso que era melhor reverter a doação das cestas para os ritmistas, aproveitar aqui para agradecer muito a Sabrina Sato, rainha de bateria da Unidos de Vila Isabel, que fez a doação. E pra gente está sendo muito legal a ideia, também agradecer a vocês do site CARNAVALESCO pela ajuda, e o nosso grande mentor Milton Cunha que está sempre com a gente, ajudando”.

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Outros mestres também destacaram a importância de ações como essas. Presentes a entrega das cestas, Lolo da Imperatriz, Rodney pela Beija-Flor, Caliquinho da São Clemente, Wesley pela Mangueira e Ciça, Viradouro, falaram à reportagem do site CARNAVALESCO sobre a emoção desse tipo de ação e explicaram a situação que muitos ritmistas tem passado:

Mestre Rodney – Beija-Flor
“Toda iniciativa é louvável para ajudar o próximo. E a gente está vendo o nosso lado do sambista, do ritmista, que com essa pandemia ficou muito a Deus dará. E, essa iniciativa do Milton Cunha, com o Casão (Casagrande), com o site CARNAVALESCO ajudando, sempre agradecer, que papai do céu abençoe todos vocês. Quem tem fome tem pressa, né? E isso vai vir em uma boa hora e vai ajudar muita gente”.

Mestre Lolo – Imperatriz Leopoldinense
“Isso aí ajuda para caramba, tem muito gente passando necessidade e um pouquinho que eles ganham já ficam felizes”.

Mestre Wesley – Mangueira
“Eu acho que é uma iniciativa muito boa pela pandemia, pelo um ano que a gente ficou sem carnaval, acho que essa iniciativa é boa, que você até incentiva o ritmista a participar mais, porque querendo ou não querendo, tem muito ritmista que passa dificuldade na vida, e eu acho que essa cesta básica vai ajudar bastante”.

Mestre Caliquinho – São Clemente
“É sempre importante porque a gente passou por um grande perrengue, parou foi tudo, ritmista não fez show, ritmista não fez apresentação, então não teve ensaio das escolas, todo mundo perdeu o emprego, e, é sempre importante essa ação para melhorar a vida dos ritmistas que está precisando, tem muita gente que não consegue nem ir nos ensaios, e, por não ter dinheiro da passagem, e não ter o que comer em casa, é muito ruim, a gente mesmo lá na Comunidade Santa Marta tem ritmistas meus que passaram por um sufoco ferrado, não só meu como de outros companheiros que estão aqui”.

Mestre Ciça – Viradouro
“Isso é maravilhoso, essa iniciativa da Sabrina Sato, do Milton, do Mestre Casagrande representando a gente. Tem sempre ritmistas precisando, não só por causa da pandemia, mas no seu dia a dia a situação está difícil, antes da pandemia já estava complicado, imagina na pandemia. É o tipo de iniciativa que eu apoio, pode contar sempre comigo”.

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