Imperatriz02 3Com a fantasia representando “Lampião: Um diabinho nordestino” a bateria da Imperatriz Leopoldinense desfilou na Marquês de Sapucaí com a responsabilidade de dar um show na parte rítmica, além de representar o principal personagem do enredo.

Em entrevista ao site CARNAVALESCO, os componentes da Swing da Leopoldina elogiaram a fantasia e comentaram sobre a importância de representar Lampião.

Alexandre Araujo, restauranteur de 50 anos, é ritmista da Imperatriz há sete anos. Para ele, a fantasia era um pouco quente, mas uma das melhores nos últimos anos e tranquila para tocar ao longo da Passarela do Samba.

Imperatriz03 3“A fantasia veio super rica. Não tem como não ser algo quente, mas é uma coisa rica. Tem muitos adereços e muita cor. Está super tranquila e conseguimos ter muito movimento. Aliás, é uma das melhores fantasias dos últimos anos”, disse o ritmista da Rainha de Ramos.

Para ele, os bateristas apenas colocaram em prática o que fizeram ao longo do ano. “A gente vai fazer o que a gente aprendeu e ensaiou. Sofremos e suamos para fazer um bom carnaval e representar a nossa escola que está precisando”, falou.

Filipe Lázaro, estudante de educação física de 27 anos, a fantasia estava ótima e os adereços completam a beleza dela. Ele também falou sobre a bateria vir representando o principal nome do enredo da Imperatriz Leopoldinense.

Imperatriz01 3“A fantasia está muito bonita. Óculos para completar. Está perfeita. Ela está tranquila, não está me apertando e tem um espaço para entrar vento, que é o mais importante. É muito interessante estar representando o homenageado, porque eu gosto muito das histórias do Lampião. O pessoal do nordeste tem umas histórias bem interessantes, e traremos essa aqui. Vai ser divertido e bem legal de fazer. Estamos ensaiando desde o meio do ano – com carro de som, ensaio de rua e etc”, disse o ritmista da escola.

Neste ano, o samba da Imperatriz Leopoldinense conquistou até mesmo os estrangeiros. Estadunidense, Courtney Danley, de 47 anos, desfilou na bateria da escola de samba tocando repique. Ela contou que a energia e o carinho da comunidade da escola encantou ela.

“Esse é o meu primeiro ano desfilando aqui na Imperatriz. Quando eu cheguei eles me abraçaram, é uma comunidade muito forte, muito linda e eles cantam muito. É um grande privilégio para mim poder desfilar aqui com eles”, disse a ritmista Courtney.

A estadunidense disse conhecer a história de Lampião. Ela destacou que o personagem do enredo é visto por algumas pessoas como alguém bom e por outras, mau. Entretanto, é um grande personagem da história popular brasileira.

“Lampião é uma figura muito complicada. Algumas pessoas pensam que ele é bom, outras pensam que ele é mau. Mas todo mundo é um pouco disso, não tem nenhuma pessoa completamente boa. É muito interessante para nós poder representar Lampião, que tem muito significado aqui no Brasil. É uma coisa muito interessante”, disse Courtney Danley.

Estreando na Swing da Leopoldina, Weverson Veríssimo, psicólogo de 34 anos, disse que é um máximo desfilar vestido de Lampião. Segundo ele, a fantasia estava legal para impactar o público.

“Eu acho que é o máximo. É estar realmente dentro da história do enredo e podendo compartilhar isso com a Avenida. A fantasia está tranquila, são muitas camadas, mas é bem bacana e tem um visual bem bonito para a gente conseguir tocar e fazer a nossa arte na Sapucaí. Aliás, a escola inteira está com um visual bem legal para impactar a Avenida”, contou.