A data tradicional do carnaval de 2022 foi bem diferente e não teve desfile das escolas de samba na Avenida, mas deu-se um jeito do samba continuar como protagonista. A Cidade do Samba recebeu no sábado e domingo, a abertura do “Rio Carnaval”. O evento foi organizado e teve mais de 10 mil pessoas presentes na soma dos dois dias. Ao redor do barracões, as agremiações fizeram mini-desfiles e mataram a saudade dos torcedores.

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Foto: Equipe Henrique Matos/Divulgação Liesa

A organização seguiu o protocolo e cobrou o comprovante de vacinação dos foliões. O público fez bonito e acompanhou todas escolas nas apresentações que aconteciam no palco e também na pista. André Lúcio, que coreografa alas, e também participa de algumas comissões de frente, achou o evento incrível, mas sentiu falta de ter público dos dois lados do desfile. “Faz diferença para o componente que desfila, pois eles se sentem abraçados pela torcida”, explicou.

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Não só cariocas, mas muitos turistas acompanharam as apresentações. Jeferson de Souza é gaúcho e mangueirense. Está habituado a assistir aos desfiles e disse que o carnaval das escolas de samba foi interrompido a toa. “O Rio de Janeiro está com uma festa em cada esquina, faltam 50 dias para os desfiles e não havia necessidade dessa proibição, basta ver como estamos aqui dentro, estaríamos do mesmo jeito na Sapucaí”, defendeu.

povo3Outro folião que ainda está cheio de saudades é Vitor Saraiva, niteroiense, mas que morou fora do Brasil nos últimos seis anos e voltou em 2022 com a expectativa altas para o carnaval. Ele não viu necessidade para o adiamento dos desfiles, mas se disse satisfeito e feliz com o Rio Carnaval. “Depois de anos de pandemia, estou aproveitando muito. O samba é isso, festa, gente, e muita energia boa”.

Numa espécie de contraponto, a publicitária Luciane Araujo também se diz contra o adiamento dos desfiles, mas entende que se trata de uma decisão prudente dos governantes e que o brilho do carnaval continua em alta. “É incrível com o carioca consegue se adaptar, essa festa maravilhosa é o jeitinho carioca de ter carnaval, mesmo não tendo carnaval, mas em abril será ainda melhor, agora está sendo um esquenta para manter a chama do carnaval acesa”, brincou.

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Alessandra Marins foi mais longe e disse que o evento deveria ser incorporado ao calendário da cidade, para que as escolas possam receber esse carinho antes da temporada oficial do carnaval.

Outros Destaques

Babi Cruz esteve na segunda noite do Rio Carnaval e elogiou o evento. Durante 20 anos como porta-bandeira, ela recordou quando participou do surgimento do projeto da Cidade do Samba.

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“Ano diferente, o Carnaval tá, mas não tá. Eu sei que estou onde o carnaval estiver. Todos os segmentos continuaram, eventos, música, futebol, só as escolas de samba precisaram parar. O carnaval e o samba agonizam, mas não morrem e eu estou com eles e também não morro”.

Quem também esteve presente nas duas noites foi a ex-presidente do Salgueiro, Regina Celi, que disse ser necessário um evento como esse para tirar a tristeza e animar o mundo do canaval. “Agora é hora de ensaios técnicos na Sapucaí e na sequência teremos os desfiles. Saudades sempre, amo o carnaval independente de cargos”, disse.

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