De mudança para a Imperatriz, Patrick Carvalho está animado em trabalhar novamente com Leandro Vieira, após 2022, quando subiram com o Império Serrano para o Grupo Especial, com o enredo “Mangangá”. O coreógrafo conversou com o CARNAVALESCO sobre a nova casa na Rainha de Ramos, permanência na Maricá, e ter ganhado o Estrela do Carnaval, de melhor Comissão de Frente da Série Ouro de 2024. A festa de premiação é no dia 14 de abril, no Imperator, no Méier.

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Ao contar sobre o convite da Imperatriz, Patrick falou sobre a emoção de ser chamado por uma escola que disputou fortemente os campeonatos dos dois últimos anos, para ajudar no trabalho da mesma: “Eu senti uma emoção muito grande, porque simplesmente é uma escola campeã e vice-campeã do carnaval vindo atrás do meu trabalho para impulsionar, para ajudar a escola. Então isso me deixou muito feliz, pensa em um menino realizado: sou eu”.

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Foto: Rafael Catarcione/Divulgação Riotur

Além disso, ele se alegrou por poder trabalhar novamente com Leandro Vieira, após a passagem de ambos pelo Império Serrano em 2022, onde foram campeões com a escola da Serrinha: “Ter o Leandro longe é ter medo, então ter o Leandro perto é ter muita confiança. Acho o Leandro um gênio, acho, hoje, o melhor carnavalesco do carnaval carioca, isso sem dúvida. Fui campeão com o Leandro no Império Serrano, Leandro me deu esse presente de ser campeão e eu nunca fui campeão do Grupo Especial, então eu acredito que essa parceria com o Leandro pode me levar a finalização do meu sonho de ganhar o carnaval”.

Terminando de falar sobre a Imperatriz, o coreógrafo contou o que sentiu perante o desafio que a escola se propôs ao escolher contar o Itã que narra a ida de Oxalá ao reino de Oyó com a intenção de visitar Xangô: “Senti energia porque, na verdade, é um tema na minha área, no meu caminho. Eu sou esse cara dessa ancestralidade e vem a Imperatriz, que não é a cara dela fazer isso, se desafiar também, ali eu falei: ‘estou na equipe certa’. A equipe que se desafia todo ano para tentar conquistar o carnaval, porque ganhar o carnaval você precisa sair da tua zona de conforto. A Imperatriz já fez isso comigo: ‘vamos lá, estou saindo da minha zona de conforto e eu preciso do melhor trabalho de cada um de vocês’”.

Já em relação a Série Ouro, Patrick contou como foi o trabalho na Maricá. “Foi um trabalho muito positivo, a Maricá tem um conceitos ideológicos que eu acredito, e ela tem muito mais do que fazer carnaval. Isso eu quero experimentar dessa escola, fazer mais do que carnaval em uma escola de samba, eu acho que a Maricá é a escola que eu vou fazer isso”.

O trabalho na comissão de frente, realizado por ele, foi uma das grandes apresentações da Série Ouro deste ano, e levou o Estrela do Carnaval, de melhor Comissão de Frente da Série Ouro. Patrick falou também sobre este fato para ele, e para sua carreira, e como surgiu a ideia para a dança e a coreografia que passaram pela Sapucaí.

“Tem uma importância muito grande porque, na verdade, eu estou a mais de dez anos fazendo comissão de frente e eu nunca tive o prazer de colocar a minha dança de origem na minha comissão de frente. Já fiz sambas indígenas, já fiz tema até coreano, quando a Inocentes falou da Coréia do Sul, só que um tema de samba, vindo dos compositores de samba, da dança samba, da música samba eu nunca tinha feito, quando eu vi esse tema na Maricá pelo André, foi assim: ‘é minha área, esquece! É o meu trabalho’. Eu falei com o André: ‘André, eu quero falar da minha história’. Porque, eu estou lançando agora um espetáculo, e eu quero até lançar um livro, que se chama: ‘O som do Morro’, porque a minha dança, ela é toda baseada nas vielas do meu morro, da minha comunidade que eu nasci. Eu falei: ‘André, posso falar da minha história na comissão de frente?’, André falou: ‘Patrick, faz o que você quiser.’, fiz essa comissão de frente com a minha história”.