Vice-campeã do carnaval de São Paulo em 2023, a Mancha Verde buscou o terceiro título do Grupo Especial da história da agremiação com o enredo “Do nosso solo para o mundo: o campo que preserva, o campo que produz, o campo que alimenta”, idealizado pelo carnavalesco André Machado. Estreando novos mestres de bateria e um novo porta-bandeira de última hora, já que Marcelo Silva contraiu dengue e quem dançou ao lado de Adriana Gomes foi Thiago Gomes, a agremiação falou sobre as impressões em relação ao desfile na Dispersão do Anhembi.
Mestres de bateria
Cabral e Viny: “O ponto alto foi resgatar o clima da bateria. A gente veio com um clima bastante leve, estava tudo tranquilo entre a gente no Esquenta. a gente conseguiu cumprir com todos os requisitos para ajudar a Mancha Verde. A gente foi super tranquilo”
Marcos dos Santos, coreógrafo da comissão de frente
“Não teve erro nenhum na pista. Também é importante destacar a comissão feita com a Evolução da escola: entregamos trinta e oito minutos de exibição na pista, tanto que a gente terminou bem tranquilo em 2024 – uma grande diferença em relação ao ano passado, que terminamos muito em cima do nosso quesito. Foi incrível!”
Fredy Viana, intérprete
“Eu nunca tinha me emocionado tanto como emocionei dessa vez! Sou um cara que já tem muitos anos de vida e, mesmo assim, eu acho que foi a energia, a alegria do povo que me deixou assim. Meu presidente me abraçou umas cinco vezes no recuo vendo que estava correndo tudo bem. Na hora do Apagão, o meu carro de som estava muito dinâmico: todo mundo sabendo o que fazer dentro de um sincronismo perfeito. Eu estou muito satisfeito! Acho que o canto da comunidade foi o ponto alto hoje. Sempre falo para não deixar para amanhã o que você pode cantar hoje – e eles respondem. É impressionante. Em qualquer lugar e apresentação que a gente faz, por menor que seja a comunidade, eles cantam muito. Sobre a fantasia, minha mulher me perguntou porque eu não poderia ir de espantalho, já que eles protegem a plantação e eu protejo a colheita da Mancha”
Paulo Serdan, presidente
“Tivemos que mexer na nossa estrutura todinha, colocar o Thiago para ensaiar com a Adriana das 10h às 00h, foi muito difícil organizar esse aspecto nessas últimas horas. Nós temos um povo maravilhoso, é impressionante a disposição da rapazeada que está aqui a essa hora da manhã, com a vontade de estar aqui, de fazer uma coisa legal, contagiar o público que está assistindo. É gostoso, é um ingrediente à parte porque eu acho que o carnaval de São Paulo pode entrar mais na vida cultural da cidade como é no Rio de Janeiro. Sentir mais as escolas, bater palmas para elas… isso faz um pouco de falta. Olha o nível que o carnaval de São Paulo chegou, olha que legal”
“É o primeiro carnaval do Cabral e do Viny como mestres da Puro Balanço, é uma imensa honra. Para mim, o Mestre Louro desceu a avenida junto com eles. É sinal que a Mancha está conseguindo ultrapassar barreiras no samba, isso me deixa feliz porque desde que chegamos ao carnaval nós sempre respeitamos a festa. Nunca houve um problema envolvendo a Mancha no carnaval. Os sambistas, de uma forma geral, começam a enxergar a gente para falar de samba”