A Independente Tricolor foi a quarta escola a desfilar no Anhembi, logo na primeira noite, dia 9 de fevereiro. Com o enredo “Agojie, a Lâmina da Liberdade!”, passou pela primeira vez sem ser abrindo a sexta de carnaval no Grupo Especial, nas outras duas ocasiões foi assim.
Após o desfile, o carnavalesco Amauri Santos contou para o site CARNAVALESCO sua análise: “Foi bem legal, agora aguardamos para saber. A nossa parte foi bem feita e aguardamos para fazer do resultado, mas pelo que nós vimos, pelo que acompanhamos, passamos redonda e passou legal”.
Destacando algo na parte visual do desfile da Independente Tricolor, o carnavalesco da agremiação ressaltou: “Gosto muito da abertura. Acho que tem abertura grandiosa, uma coisa do misticismo e o fechamento também, né? Que a gente começa numa coisa tão ancestral e termina com uma coisa futurista. Eu gosto desses dois modelos”.
Em relação a alguma dificuldade, o carnavalesco falou: “Acompanhei um pouco a escola, parei, voltei. Agora é aguardar tecnicamente aí e os jurados para saber o que acontece”.
O casal, Jeff Antony e Graci Araújo foi formado devido a gravidez da Thais Paraguaçu durante as prévias do carnaval, e a porta-bandeira relatou: “Teve acho que dançar ali na frente do recuo da bateria que a gente pega a energia ainda da monumental já entrando para um jurado. Ali foi um momento que o coração bateu mais forte, a alegria demais”
O mestre-sala Jeff disse: “Momento mais emocionante, tirando esse, para mim também a concentração, né? Onde estamos com os nervos a flor da pele, já emanando boas energias e ao cruzar a faixa amarela é sempre uma grande emoção. Mas como a Graci disse, no decorrer da pista, quando chegamos no meio tem a emoção, pois é onde tem as câmeras, tem o público maior ali, esperando, pois o público de casa consegue acompanhar melhor. Então é onde a gente sente que a gente está sendo bem vistos e todo mundo tá assistindo a gente mandando boa energia, sensação única. Nossa, escola estava linda, nós estamos muito feliz com o resultado porque é uma parceria nova e que com certeza Deus nos abençoe porque a gente é luz. A gente trabalhou muito para esse momento.
Dificuldades durante o desfile, a Graci falou: “Peguei vento principalmente ali na frente do recuo. Mas deu tudo certo, graças a Deus, tudo bem”, e o Jeff Antony: “Só esse momento do vento, mas eu vi que ela foi muito guerreira, minha porta-bandeira foi guerreira quando vi ela dominando Pavilhão, o vento ali não foi uma dificuldade e sim uma força ainda mais para ela seguir firme e guerreira com o nosso Pavilhão”.
O intérprete Chitão Martins estreou oficialmente na Independente e ressaltou sobre o ensaio“O samba é, ele é forte, né? Ele não tem um descanso. Ele é todo tempo atacando para cima, mas eu acho que a parte forte ali é quando chega no Preta.. ‘Preta tenha a cabeça sempre erguida’. Se prepara para o refrão que é uma explosão. Foi bom, a escola veio bonita, a escola veio compacto da escola, desfilou o carnaval, não vi em nenhum momento a escola parando, o tempo todo dia evoluindo, e é isso, cara. Fizemos um bom trabalho. O presidente apresentou uns belos carros aí, a bateria maravilhosa Cassiano veio muito bem no andamento e nas bossas. Agora espera terça-feira ver o resultado que eu tenho certeza que vai ser bom para nós”.
Em relação a dificuldades, o intérprete da Independente disse: “Então para mim foi só esse lance do critério de julgamento. Tenho uma característica de fazer caco, de tentar trazer a arquibancada para o desfile, tive que segurar isso. Mas não me atrapalhou, consegui me adaptar esse novo modelo e a escola veio bem, estudei onde eu tinha que fazer carco e eu acho que deu tudo certo”.
Em avaliação sobre o desfile, o mestre da Independente Tricolor, Cassiano Andrade, ressaltou: “Desfile foi técnico, né? Nós trabalhamos bastante para chegar no dia, já tem todo o preparo aonde vai fazer, onde não vai fazer. Apresentamos tudo que a gente ensaiou com muita certeza e com muita vontade. Com certeza teremos um bom resultado aí”.
O grande momento do desfile para o mestre de bateria: “Foi o momento que a bateria abaixa para o tambor tocar, da mulher tocando o tambor Agojies, é o enredo falando das mulheres pretas. Esse foi o ponto alto do desfile da bateria”.
Sobre dificuldades, o mestre Cassiano falou: “Não, a gente treina, trabalha para isso, dificuldade não, tivesse tido dificuldade estaria tenso, to aliviado, satisfeito com resultado apresentado pela rapaziada aí pela bateria e está confiante para caramba”.
O coreógrafo Arthur Rozas avaliou o desfile da Independente Tricolor: “Emocionante já é, após longos meses de ensaio, conseguir chegar aqui com um projeto assim como a gente sonhou, né? Que ele acontecesse no dia do desfile, então isso já é uma emoção maravilhosa. Passarmos nesta pista de tantos sonhos, de tantos desejos, tantos investimentos e concretizar esse projeto e agora é aguardar para que o melhor nos encontre”.
Explicando sobre a apresentação da comissão de frente, revelou: “Nossa comissão veio representando um ritual Vodu. Nosso enredo fala sobre as guerreiras Agojies e o ritual de fé que elas, um dos rituais que elas emanam, então eu acredito que é quando revelamos a nossa rainha vodu ali da nossa pequena alegoria e o escudo que você vai se abrindo em forma de pétalas de flor para homenagear as mulheres e a nossa rainha vem e convida as outras mulheres para dançar e celebrar junto com ela. Conseguimos colocar no projeto realmente sublinhar a força da mulher preta e enaltecer o ponto principal do nosso enredo”.
Sobre dificuldades no desfile, o coreógrafo disse: “Olha eu confesso para você que no dia eu fico tão concentrado com os comandos, com o tempo e tudo mais, que eu me atrevo a dizer que eu não vi dificuldades. Mas assim é o olhar do coreógrafo, da poesia também, né emocionado, mas tem que se concentrar, conduzindo o grupo com os comandos, de segurar e de avançar, eu acho que fizemos uma bela passagem”.