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Quarta alegoria da Mangueira enaltece os blocos afro do carnaval da Bahia

Mangueira01 3Com o enredo “As Áfricas que a Bahia Canta”, desenvolvido pela dupla de carnavalescos Annik Salmon e Guilherme Estevão, a Estação Primeira de Mangueira pisou forte na passarela do samba para exaltar toda a negritude e ancestralidade baiana. A quarta alegoria da Verde e Rosa de São Cristóvão foi batizada de “Blocos Afros – A África que a Bahia Criou”, encerrando o quarto setor: “O Florescer da Reafricanização do Carnaval de Rua”.

A alegoria enalteceu a revolução estética, política e racial dos blocos afro do carnaval baiano. Uma grande escultura de uma mulher negra com o rosto pintado e uma roupa de estamparia de zebra ocupava o centro da alegoria, que trazia muitos búzios e referências aos orixás. A parte inferior do carro veio em estilo tribal, com as cores do bloco Olodum: preto, vermelho, amarelo e verde.

Mangueira05 2Thayneise, de 33 anos, é gerente de projetos e desfilou como composição do carro, juntamente com outras mulheres negras que representaram as ‘Deusas de Ébano’ do bloco Ilê Ayê. “Nós somos um grupo que regularmente sai em blocos afro do Rio de Janeiro como o Òrúnmilá e o Lemi Ayò. E aqui a gente tem a oportunidade de unir os dois melhores mundos, que é o bloco afro e o carnaval da avenida”.

Laiza Bastos, de 37 anos, foi outra mulher negra que desfilou de composição no quarto carro, com a fantasia denominada ‘Resistir é Lei, Arte é Rebeldia’. “Esse é um carro de muita representatividade para exaltar a beleza da mulher preta, que os traços negróides são bonitos, o cabelo crespo, a pele retinta, o nariz mais largo”. Elas vieram reproduzindo na avenida os passos do Ilê Ayê.

Mangueira02 3O destaque central Cristiano Morato, de 50 anos, é designer e desfilou na parte frontal da alegoria com a fantasia ‘Muzenza: O Leão Indomável’. “Na verdade esse carro vem representando vários blocos afro do carnaval da Bahia, e um dos blocos mais importantes que tem em Salvador é bloco Muzenza do Reggae”.

Há mais de dez anos desfilando na Mangueira, Roberto dos Santos, de 55 anos, confessou que estava ansioso para entrar na avenida. “Mesmo depois de dez anos é sempre uma coisa nova, é sempre uma magia, é como se fosse a primeira vez”. Ele veio como destaque da parte traseira da alegoria, vestindo uma fantasia inspirada em Oxalá.

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