Na noite da última sexta-feira começou a primeira parte dos novos, mas já tradicionais mini desfiles na Cidade do Samba. Tendo como show de abertura o cantor Diogo Nogueira, a noite contou com a apresentação das seis escolas do Grupo Especial que desfilarão no domingo na Marquês de Sapucaí, sendo elas: Porto da Pedra, Beija-Flor de Nilópolis, Salgueiro, Grande Rio, Unidos da Tijuca e Imperatriz Leopoldinense. As escolas desfilaram na exata ordem na qual irão se apresentar no carnaval. O espetáculo contou com a presença de diversos torcedores apaixonados indo prestigiar suas escolas do coração, como foi o caso da Thaisa Santos, cabeleireira de 58 anos e uma tijucana apaixonada.
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“Eu honestamente gostaria de parabenizar a criação do projeto mini desfiles. Desde que começu, eu sempre venho, não perco um ano se quer. O sambista não só gosta como precisa de eventos assim, e o fato de ser no dia do samba só deixa tudo mais especial. As escolas estão de parabéns, todas realizaram um belíssimo trabalho em pista. Mas apesar de ser tijucana, meu troféu favoristismo da noite vai para o Salgueiro, que com esse sambão, agitou a galera”, confessou.
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Se de um lado tivemos torcedores apaixonados, de outro também tivemos foliões de outros estados que vieram para prestigiar essa festa tão bonita. Marcus Antonio é paulista e torcedor do Vai-Vai, mas em entrevista ao CARNAVALESCO, admitiu ter ficado encantado com as agremiações cariocas.
“É a minha primeira vez nos mini desfiles do Rio e eu confesso que adorei. Em São Paulo nós também temos isso mas é de uma forma bem diferente. Achei as escolas bem equilibradas, mas se tivesse que apontar uma favorita, eu iria na Imperatriz”, disse o funcionário público de 23 anos.
Mostrando que o evento tinha espaço para todas as paixões, a torcedora Jéssica de Carvalho afirmou ser salgueirense de coração, mas também confessou ser componente da Imperatiz, escola que também tem um lugar especial na sua vida. A professora de 27 anos além de elogiar o evento, apontou sua favorita da noite.
“Essa proposta dos mini desfiles é sensacional, eles acabam servindo como termômetro querendo ou não. Aqui a gente acaba tendo a chance de sentir um gostinho do que será apresentado na avenida, então eu sempre venho. Apesar de estar aqui hoje curtindo, eu sou componente da Imperatriz, e confesso que estou muito satisfesta não só com o que foi feito hoje aqui, mas com todo esse pré carnaval que a escola está preparando. Vem coisa boa por ai”.
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Não há nada no mundo bom o bastante que não se possa melhorar, e foi baseado nisso, que o Arthur Páscoa, de 29 anos, fez algumas críticas construtivas em relação ao evento. O assistente de carnavalesco relatou que apesar da proposta dos mini desfiles ser bastante interessante, ainda há pontos a serem ajustados, e com isso, realizou algumas sugestões.
“A ideia dos mini desfiles me agrada muito, mas ainda acho que a Liesa precisa dar um jeito de acertar melhor esse formato. Por exemplo, hoje eu tive a percepção que foi tudo bem rápido, então acabou muito cedo, o que não só resulta em menos tempo de festa, mas também pode vir a prejudicar a volta para casa de pessoas que dependem de transportes públicos. Achei que a concentração deixou a desejar também, confesso que esperava mais”, desabafou.
“Minha sugestão é que talvez o tempo de cada escola pudesse ser maior. Achei também que somente três sambas para cada esquenta foi pouco, ficou muito corrido. De modo geral, gostei muito da apresentação do Salgueiro, me surpreendeu muito positivamente, mas a escola que mais me animou foi a Porto da Pedra”, completou.
Por outro lado, teve quem elogiasse totalmente a logística do evento e elegesse essa edição como a melhor até agora já realizada desde 2022.
“Gostei demais da organização de hoje, a Liesa vem se superando a cada ano. Eu sinto que o folião precisa desse tipo de evento que nos aproxime do samba. O sambista gosta de uma bagunça, a verdade é essa. Com os mini desfiles eu diria que já dá para saber mais ou menos quais escolas irão entregar mais e como cada uma está se preparando para o grande dia”, disse Hudson Brito, músico de 30 anos.
Mangueirense nato, Hudson confessou ter dificuldade em escolher somente uma escola favorita. Segundo ele, foi uma noite de belíssimos sambas e escolas que deram a vida pelas suas comunidades, entretanto, destacou duas agremiações que mais chamaram sua atenção.
“Foi uma noite de belíssimos espetáculos, mas minhas favoritas da noite sem dúvidas foram Salgueiro e Imperatriz”.
Com uma quantidade de público relativamente média na primeira noite, talvez por ter sido realizado na sexta-feira e muitos trabalharem no sábado, a expectativa é que para a segunda noite o público seja maior, além de claro a repetição de mais uma sessão de espetáculos da parte das agremiações.