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Presidente do Tatuapé fala sobre quarta colocação em 2023 e novos critérios de julgamento: ‘Sou super favorável’

Em 2023, a Acadêmicos do Tatuapé, mais uma vez, orgulhou toda a comunidade e a Zona Leste de São Paulo. Única agremiação da região mais populosa da cidade na divisão de elite da folia paulistana, a azul-e-branco ficou na quarta colocação do grupo com o enredo “Tatuapé Canta Paraty! Do caminho do ouro a economia azul. Patrimônio mundial, cultura e biodiversidade. Paraty, cidade criativa da gastronomia”.

Foto: Fábio Martins/Site CARNAVALESCO

Em entrevista exclusiva ao CARNAVALESCO, Eduardo Santos, um dos presidentes da escola, falou sobre o desfile desse ano e, também, sobre o futuro no dia 23 de abril, data em que a agremiação anunciou o enredo para 2024, intitulado “Uma Joia da Bahia – Símbolo de Preservação! Entre Contos e Tambores, Viva a Mata de São João!”, sobre o município da Costa dos Coqueiros, uma das regiões litorâneas do estado nordestino.

Quarta colocação

Em um primeiro momento, um dos cinco presidentes da Tatuapé foi perguntado se concordava com a colocação obtida pela escola. Eduardo foi além e falou sobre como enxerga os julgadores e os critérios de avaliação – sem deixar de fazer uma autocrítica em nome da agremiação.

“Foi por um décimo, infelizmente. As avaliações das nossas justificativas indicam duas coisas que ocorrem com muita frequência todos os anos do carnaval de todas as escolas: uma parte foi justo e tinha que ser tirado, mesmo, erramos onde não podia errar; e, em outra parte, o jurado errou porque não soube avaliar e interpretar o que o critério dizia que ele tinha que fazer. Como todo ano, isso sempre acontece. Às vezes mais para um lado, às vezes mais para o outro. Não cabe mais discutir, a gente tem que partir para o próximo e corrigir algumas coisas”, destacou.

Para 2024, na visão de um dos presidentes da escola, um dos pilares do trabalho a ser realizado é a eliminação de deslizes.

“Vamos trabalhar dentro da nossa escola para que a gente erre menos a partir de agora. Não adianta só jogar tudo aquilo que você perdeu nas costas dos jurados. Aqui, a gente analisa com toda a sinceridade e vê onde eles estão certos e nós errados. É assim que funciona, é assim todo ano. Se o jurado vai errar ou não ano que vem eu não sei, mas nós vamos procurar, pelo menos esses anos que nós cometemos esse ano, não cometer mais”, comentou.

Novos critérios

Muito polêmico e centro de diversas discussões envolvendo os resultados e a preparação dos desfiles de escolas de samba em São Paulo, o regulamento passou a ser discutido pela Liga-SP após a folia de 2023, com chances de ter alterações já para o próximo ano. A informação, de conhecimento público, também foi abordada por Eduardo – que falou de justiça ao tratar do tema.

“A Liga-SP está em um processo de reanalisar os critérios de julgamento, o que eu acho saudável. Algumas coisas a gente poderia mudar até para fazer com que o resultado fosse o mais justo possível. Vamos esperar que isso aconteça e tenha frutos, que os jurados errem menos a partir de agora”, afirmou.

Os jurados seguiram como principal tema da resposta de Eduardo em um primeiro instante, mas palmilhado com o texto de justificativas que cada agremiação entrega para os julgadores. O presidente aproveitou para destacar que a prática também tem que ser valorizada, não apenas a parte teórica do que está escrito.

“E, também, para que a gente possa fazer com o jurado o treinamento que ele precisa. Ele precisa ter tempo para ser treinado e, também, para uma possível discussão, também. O texto, em si, ajuda, mas não define o jogo. O importante não é ter um texto bonito e achar que ele elimina os erros: o que elimina o erro dos jurados é muito mais o treinamento que o texto. Eles precisam ter um envolvimento maior com o desfile de escola de samba. Capacitados, não há dúvidas que eles são. Todos eles, em todos os quesitos. São especialistas em tudo que eles julgam. Mas julgar uma escola de samba não é matéria de faculdade, não é cadeira universitária. Julgar ele aprende julgando. Ele precisa ter mais contato com desfiles, com o Sambódromo, com escolas, com o texto. É isso que vai fazer o jurado ter mais qualidade de julgamento”, pontuou

Por fim, Eduardo aproveitou para destacar como está o desenvolvimento das discussões na Liga-SP. Ele também pontuou que vê com bons olhos mudanças no regulamento, sobretudo no período de definição de enredos para 2024 – ou seja, quando o trabalho visando os desfiles estão começando.

“O trabalho que está acontecendo lá é a reunião de representantes das escolas, especialistas em cada um dos quesitos, e colhendo o máximo possível de sugestões e avaliações para tentar incorporar no texto de um novo critério. É saudável demais, sou super favorável a isso, já era até em anos anteriores, e estamos fazendo isso agora porque é importante que tudo isso seja feito nesse momento no momento em que estamos, antes das escolas prepararem definitivamente os seus desfiles”, finalizou.

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