A pauta nas escolas de samba de São Paulo tem sido sobre melhorias no regulamento e critério de julgamento para os próximos anos. O presidente da Acadêmicos do Tatuapé, Eduardo Santos, fez um balanço geral sobre o desempenho da sua escola, elogiou o nível altíssimo do carnaval de São Paulo e deu sua opinião do que faltou para sagrar-se campeão, após o quarto lugar.
Analisando o desfile da escola e elogio pelo alto nível do carnaval
Um dos presidentes da Acadêmicos do Tatuapé, Eduardo Santos, fez um balanço geral sobre o carnaval da agremiação da Zona Leste, como também ressaltou o nível apresentado no carnaval de São Paulo desde a terceira divisão até o Grupo Especial.
“Foi um desfile para nossa avaliação, impecável, quando fechou o nosso portão, a gente sabia que tinha feito um grande desfile da nossa vida. Sabia que tinha cumprido nossa meta, nosso objetivo, e infelizmente os jurados enxergaram algumas pequenas falhas, que acabou tirando os décimos que nos impediram de ser campeão do carnaval. Mas como sempre digo, ganhar o carnaval depende de uma série de detalhes, inclusive esses. Depende do trabalho maravilhoso que outras treze escolas também fizeram, enfim, mas fazer o grande desfile da nossa vida é o que está na nossa mão e isso tenho certeza que fizemos. Estou muito feliz pelo desfile do Tatuapé, e estou feliz pelo desfile do carnaval, foi de um nível altíssimo, começando pelo Acesso II, uma semana antes, depois dois dias de Grupo Especial, mais um dia do Acesso I, quem viu, aqui ou na TV, tenho certeza que viu o espetáculo de altíssimo nível, então estão de parabéns”.
No detalhe, o quarto lugar é comemorado, mas o que faltou?
A Tatuapé saiu de um 2022 com problemas na alegoria e escapou do rebaixamento, para 2023 foi bem diferente, o enredo foi Paraty, e o quarto lugar, um décimo da campeã Mocidade Alegre. Analisando sobre o que faltou para o título, Eduardo Santos deu sua opinião em conversa com o site CARNAVALESCO.
“Faz parte, tem algumas notas, penalidades, que a gente não concorda, outras que percebemos depois do desfile que realmente aconteceram. Como todo ano, é um contingente muito grande, quase duas mil pessoas, fantasiadas, então isso é muito difícil, você deve ter, mas às vezes escapa do nosso controle. No geral, acredito que tem questionamentos, evidente, mas não é o caso de ficar falando disso agora, importante é que voltamos para as campeãs, três escolas empatadas, teve que ter desempate ali. Um décimo atrás da escola campeã, todas as escolas fizeram desfiles impecáveis, maravilhosos, nada a questionar sobre o resultado dos outros. Mas enfim, o nosso resultado, dependeu de algumas coisas que a gente poderia ter cuidado um pouco melhor, e certeza que se tivéssemos feito isso, hoje estaria desfilando como última hoje, mas é assim todo ano.
Mudança no critério de julgamento e começo de 2024
Logo após o desfile das campeãs, Eduardo Santos também comentou sobre melhorias na escola e também no critério de julgamento, um pedido quase unânime das escolas e já confirmado que acontecerá pela Liga-SP.
“Alguém tem que ganhar, alguém tem que perder e temos que procurar sempre renovar, aperfeiçoar, não só a escola que é o que procuramos a cada ano, mas também os critérios de julgamento, tudo isso, precisamos estudar direitinho e ver tudo que aconteceu. Tentar melhorar, mas o Tatuapé, semana que vem começa a fazer o carnaval de 2024, e vamos embora”.
Planejamento para 2024
Preparando o carnaval de 2024, a Acadêmicos do Tatuapé anunciou a manutenção do carnavalesco Wagner Santos, do intérprete Celsinho Mody, de mestre Higor Silva para o comando da bateria, do coreógrafo Leandro Helmer para comissão de frente, Edu Sambista para direção de harmonia e do casal de mestre-sala e porta-bandeira Diego e Jussara.