Desde 2019 à frente da liga responsável pelo carnaval da Intendente, englobando Série Prata, Bronze e Grupos de Avaliação, o presidente Clayton Ferreira conversou com o site CARNAVALESCO após a apuração dos grupos que a entidade organiza, realizada na Arena Carioca Fernando Torres, no Parque Madureira. O mandatário da Superliga Carnavalesca avaliou como positivo este primeiro ano do carnaval da chamada Nova Intendente, com os desfiles sendo realizado na Avenidade Ernani Cardoso com um novo espaço e uma nova estrutura. * VEJA AQUI A CLASSIFICAÇÃO FINAL DA INTENDENTE
“O resultado final é muito bom, muito positivo. Nós inovamos esse ano, trouxemos uma nova filosofia para a Intendente Magalhães, para o carnaval da Intendente. Agora com maior estrutura, mais conforto para os desfilantes e para o público. Uma parceria inédita entre Riotur, a Prefeitura, a Superliga e o Governo do Estado. O que a gente projeta agora é só melhorias. É uma coisa que a gente vem conversando com a Riotur que a gente não pode retroceder. É do que aconteceu em 2023, para melhor em 2024”, entende o presidente.
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Clayton Ferreira revelou que agora após a apuração de todos os grupos, a Superliga já começa a organizar o carnaval do próximo ano. Sobre melhorias e novidades, o presidente não quis ainda adiantar muita coisa, mas ressaltou a intenção de enxugar mais os grupos, principalmente a Série Prata que vai contar com 30 escolas desfilando em 2024.
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“A gente já começa a projetar o próximo carnaval, já entramos em um novo ciclo, o ciclo 2024. Já vamos começar a planejar aquilo que teremos para os desfiles. Agora visando o enxugamento principalmente da Série Prata, porque ainda está grande, ano que vem vão ser 30, a gente ainda acha que uma Série Prata mais enxuta representa maior qualidade para o público, para quem vai assistir. E também para as escolas de samba receberem mais verbas. Quanto menos escolas tiverem, menos será para dividir o incentivo cultural. Estamos visando isso, visando melhorias, e vamos trazer outras novidades para 2024”, promete o gestor.
Um dos principais problemas que atingiram o carnaval organizado pela Superliga Carnavalesca em 2023, foi a segurança pública. Agora mais próximo do Morro do Fubá, os desfiles em alguns momentos pontuais tiveram que conviver com a troca de tiros na comunidade que tem apresentado nos últimos meses problemas de segurança pública. Na sexta-feira, primeiro dia de desfiles da Série Prata, principal Grupo de Acesso à Marquês de Sapucaí, as apresentações das agremiações sofreram atrasos por uma intensa troca de tiros na região. Sobre esta situação, o presidente Clayton Ferreira afirmou que o debate para a melhoria deste aspecto deve acontecer entre os órgãos responsáveis pelo carnaval, o poder público e a sociedade como um todo.
“A gente precisa conversar com todo mundo, na verdade. A gente tem que conversar com o poder público, a Polícia Militar fez excelente trabalho, foi nossa parceira neste projeto, tanto que mesmo tendo aquela coisa dos tiros, depois ela garantiu a segurança do evento. A gente tem que conversar com a associação de moradores do local, a gente tem que entender sobre a região, conversar e estar aberto para diálogos que melhorem, que traga mais segurança, mais conforto. Acredito que quem gosta de carnaval, quem gosta de assistir, eu por exemplo perguntava para as pessoas que estavam assistindo e 100% de quem eu perguntei falaram que aquilo ali estava muito melhor do que era antes. É claro que agora tem o problema da segurança, mas é um problema do estado”, avalia o presidente.
Clayton também não acredita que se fosse onde era o antigo local de desfiles,na própria Estrada Intendente Magalhães, o carnaval da Superliga teria ficado imune ao problema da segurança e ressaltou a preocupação também que deve haver com os moradores que passam pelo problema durante o ano todo.
“Foi falado que ali é inseguro, mas se fosse na Intendente, também não haveria desfile se tivesse guerra, porque ali onde acontece os desfiles hoje, antes era área de concentração dos carros alegóricos. Sem falar que é 250 metros da Intendente Magalhães. O tiro que bate ali, bate na Intendente Magalhães também. Esse não é o argumento. O que a gente tem que fazer é sentar com o poder público e o poder público tem que garantir a segurança de quem vai assistir, e principalmente garantir a segurança daquele morador da comunidade. Se é inseguro para ter um evento ali, é inseguro para as pessoas morarem ali também. A gente tem que parar para pensar isso também e pensar a coisa no macro, não só no carnaval que acontece ali seis, sete dias por ano, mas no morador que está ali 365 dias”, finalizou Clayton Ferreira.