Por Juliana Cardoso
Primeira escola a pisar na Marquês de Sapucaí nesta segunda, a São Clemente reeditou seu enredo de 1990. Alfinetando o grande mercado em que o Carnaval Carioca se tornou, a agremiação passou pela Avenida com alegorias e fantasias irreverentes. O quarto carro, chamado “Carnavalescos e Destaques”, retratou a grande vaidade que permeia os integrantes da festa popular.
A alegoria tinha como figura central um enorme pavão multicolorido, rodeado por componentes em cima de uma escadaria, que usavam fantasias nas cores do arco-íris e seguravam grandes leques. Nas laterais, um camarim foi retratado, com penteadeiras iluminadas e integrantes da escola vestidos e maquiados exageradamente. Na parte superior, um ringue de luta representou a disputa de egos de personalidades ligadas ao evento, como musas e rainhas de bateria.
“Esse carro representa a pura verdade dos bastidores do carnaval, onde um quer ser melhor que o outro. Virou um verdadeiro pavão, quanto mais enfeites e exagero, melhor! A crítica foi bem-feita pela São Clemente. Jorge e Thiago, responsáveis pelo carro, elaboraram belos adereços. Eu também participei da decoração”, disse Lucas Alves, que estava no carro.
Para André Lucas, que também desfilou na alegoria, a ideia foi diferente, e o tema foi acertado pela São Clemente. “A proximidade do tema com a realidade é perfeita”, concluiu.
A escola abriu o segundo dia de desfiles do Grupo Especial e levou para a Avenida a reedição do enredo “E o Samba Sambou”.