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Passarela do Samba: ‘Samba no cemitério’

Visitar um barracão para fazer matéria é sempre complicado. Geralmente, os carnavalescos não gostam que pessoas estranhas ao serviço vejam as alegorias antes que estejam terminadas. Fotografar, então, nem pensar.

Por outro lado, aprendi que esta curiosidade rouba o que há de mais emocionante no espetáculo: a magia da surpresa, do inesperado. Quando você já sabe o que vai acontecer, as únicas dúvidas são onde e quando. Não é a mesma coisa. Subtrai a emoção na hora de escrever ou comentar.

Por essas e outras, sempre que vou a um barracão fazer entrevistas, já entro olhando para o chão. Não quero ver nada, nem saber o que é isso ou aquilo. A não ser que o carnavalesco resolva mostrar alguma coisa, pois seria uma indelicadeza não atendê-lo.

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Fernando Pamplona foi professor de Rosa na Belas Artes e no barracão do Salgueiro – Fotos Equipe Henrique Matos

Foi assim que entrei no barracão da São Clemente para entrevistar Rosa Magalhães, olhando par o chão. Antes de chegar à porta de acesso ao segundo andar, onde ficava a sala da carnavalesca, levei um susto. Por um instante, tive a sensação de estar passando ao lado de um cemitério. Não resisti à curiosidade, confesso. Levantei a cabeça e, de fato, era um grande cemitério. Imediatamente, veio à dúvida: “Cara, o que isso tem a ver com Fernando Pamplona?” – o enredo para o Carnaval de 2015 era “A incrível história do homem que só tinha medo da Matinta Pereira, da Tocandira e da Onça Pé-de-Boi”, que contava a vida do cenógrafo, carnavalesco e mestre salgueirense.

Rosa percebeu que eu estava meio sem graça. Perguntou se tinha visto alguma coisa. Fui sincero:

– Aquele cemitério… Não entendi a ligação com o Pamplona.

Rosa explicou que, quando jovem, Pamplona morou em Botafogo, na época em que o Cemitério São João Batista passava por obras de ampliação. Era lá que ele e os amigos passavam a madrugada tomando cerveja e cantando pagodes. Arrematou:

– É o carro onde vem a turma que trabalha no barracão. Eles gostaram tanto que estão colocando os nomes de parentes mortos nas lápides e nas sepulturas, para desfilarem com eles, no carnaval.

Hoje é o aniversário de Rosa Magalhães, que está de volta à Imperatriz Leopoldinense.

pamplona
A turma do barracão se divertiu e ainda homenageou parentes mortos
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