O derretimento das calotas do Ártico já estava comprometendo seriamente o futuro das renas quando a Unidos de Vila Isabel decidiu dedicar um enredo ao Rio Grande do Sul. Se, em 1970, a Azul e Branca levou para a Avenida o “Glórias Gaúchas”, a proposta, 26 anos depois, seria fazer “A Heroica Cavalgada de um Povo”, assinado pelo carnavalesco Max Lopes.
Com o orçamento apertado, a direção da Vila decidiu partir para os Pampas na tentativa de conseguir algum patrocínio do empresariado.
O presidente Válter Lopes e o tesoureiro Valdir Galhardo foram para as Serras Gaúchas, conversar com os produtores de vinho. Max Lopes viajou para Pelotas a fim de se reunir com donos de indústrias, sobretudo os das prósperas fábricas de produtos de couro.
Diante de um auditório lotado, Max procurou ser simpático e fez o que ele chamou de “uma brincadeirinha amigável”, para descontrair o ambiente:
– Contam, lá no Rio, que quando chega o Natal, o Papai Noel tem que fazer uma parada obrigatória aqui em Pelotas – comentou o carnavalesco, misterioso.
Um gauchão quis saber o motivo:
– Essa eu não sabia. Mas por que será, tchê?
O carnavalesco respondeu, naturalmente:
– Dizem que é aqui em Pelotas que ele faz a troca dos veadinhos do seu trenó…
O encontro terminou antes de começar.
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