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Muito mais que apenas desfilar! Festa Literária da Portela movimenta quadra em Madureira

O carnaval passou. Mas a Portela continua em plena atividade. Até o domingo, dia 15, a Majestade do Samba sedia em sua quadra a 2ª edição da FLIPORTELA, a Festa Literária da Portela. O evento conta com mesas de debate, saraus literários, encontros musicais, lançamentos de livros, stands de editoras. Um encontro da cultura do Subúrbio em torno do tema “Ancestralidade, memória e legado”, totalmente em sintonia com o enredo que a escola levou à Sapucaí.

Entre os convidados para os debates estão o historiador Luiz Antônio Simas, a jornalista Flávia Oliveira, o professor Luiz Rufino, autor do livro Pedagogia das Encruzilhadas, a doutora Helena Theodoro, profunda conhecedora da memória e legado das escolas de samba. Entre tantos outros.

Na sexta durante o dia, alunos da rede municipal de ensino tiveram diversas atividades educativas e lúdicas em torno da temática da Festa. Também ao longo do evento será aberta a exposição no Centro de memórias sobre a saudosa pastora portelense Tia Eunice.

A FliPortela conta com o apoio da Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro, da Fecomércio/SESC RJ, UERJ e amigos da Portela Cultural. A entrada é gratuita e a programação completa está disponível no site do departamento cultural da Portela. A quadra da azul e branco fica na rua Clara Nunes, 81, Oswaldo Cruz.

Veja a programação

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Mangueira anuncia renovação com intérprete Marquinho Art Samba

A Estação Primeira de Mangueira anunciou nesta sexta-feira a renovação com o intérprete Marquinho Art Samba.

“Vem comigo! Marquinhos Art’Samba segue à frente do carro de som da Estação Primeira de Mangueira. Desde 2019, Art’Samba comanda o carro de som com seu timbre marcante! Obrigado, Marquinhos por toda dedicação a Estação Primeira, vamos juntos para mais um ano buscando o título!

Unidos de Bangu contrata carnavalesco tricampeão no Espírito Santo

Visando 2023, a Unidos de Bangu tem um novo carnavalesco. Trata-se de Robson Goulart, que chega à mais antiga escola da Zona Oeste com três títulos na bagagem, a Independente da Boa Vista, do Espírito Santo. Essa será a estreia do profissional na agremiação alvirrubra.

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Apesar da carreira vitoriosa em terras capixabas, Robson Goulart tem bastante experiência no Rio de Janeiro e em São Paulo. Aqui, no antigo Grupo B, desenvolveu desfiles para Inocentes de Belford Roxo, Independente da Praça da Bandeira e Unidos da Ponte. Como figurinista, ele trabalhou na Águia de Ouro, Peruche, Mancha Verde, X9 e Camisa Verde e Branco, todas na folia paulistana.

De volta ao carnaval carioca, Robson Goulart festejou o convite recebido pela Unidos de Bangu. O carnavalesco estava desde 2013 trabalhando no Espírito Santo, somando três títulos e dois vices com a Boa Vista.

“Receber o convite da Unidos Bangu foi um momento mágico. Confesso que já estava há tempos planejando um retorno para o Rio e essa oportunidade chegou na hora certa. Estou muito feliz e cheio de garra para arregaçar as mangas e, junto a toda comunidade, fazer um grande espetáculo”, afirma o carnavalesco.

Em 2022, a Unidos de Bangu ficou na sétima colocação na Série Ouro. A escola apresentou o enredo “Deu Castor na cabeça”, uma grande homenagem a Castor de Andrade.

Marlon Flôres e Danielle Nascimento formam o novo casal de mestre-sala e porta-bandeira do Império Serrano

O Império Serrano tem um novo casal de mestre-sala e porta-bandeira para 2023. Marlon Flôres e Danielle Nascimento defenderão o primeiro pavilhão do Reizinho de Madureira no retorno ao Grupo Especial. Eles estavam na União da Ilha do Governador no último carnaval.

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Foto: Emerson Pereira/Império Serrano

Filha de Vilma Nascimento, histórica porta-bandeira, Danielle retorna ao Reizinho de Madureira. Ela conduziu o primeiro pavilhão imperiano em 2008, ano em que foi campeã do Grupo de Acesso, e 2010. De lá pra cá, venceu o Grupo Especial com a Portela, em 2017, e foi vice com o Paraíso do Tuiuti, no desfile seguinte.

Já Marlon Flôres, que forma o par com Danielle Nascimento desde o carnaval 2018, vai estrear no Império Serrano. Ele foi primeiro mestre-sala na Viradouro, Renascer de Jacarepaguá, Paraíso do Tuiuti e União da Ilha.

Com as chegadas de Danielle e Marlon, o Império Serrano soma cinco reforços para o carnaval de 2023. Anteriormente, a escola já havia contratado o carnavalesco Alex de Souza, o coreógrafo Junior Scapin e o intérprete Ito Melodia. No último desfile, a agremiação da Serrinha foi campeã da Série Ouro, retornando ao Grupo Especial após três anos.

Viradouro lança enredo para o Carnaval 2023 e projeta contar a saga de Rosa Courana, a santa africana no Brasil

A Viradouro divulgou na manhã desta sexta-feira seu enredo para o Carnaval de 2023. A escola de Niterói vai contar a saga de Rosa Courana, considerada a primeira mulher negra a escrever um livro no país, e refletir sobre importantes aspectos dessa história tão marcante. Escravizada. Meretriz. Feiticeira. Beata. Escritora. Uma santa africana no Brasil.

Ao site CARNAVALESCO, o presidente da vermelho e branco, Marcelinho Calil, falou do enredo. “É fascinante. O Tarcísio (Zanon, carnavalesco) trouxe a proposta e ficamos encantados”, disse Calil.

Nas redes sociais, a escola falou do enredo: “É preciso apresentar histórias de personagens esquecidas pelo tempo. Mostraremos todas as pétalas – e espinhos – dessa linda flor. ‘A Flor do Rio de Janeiro’: Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz”.

A história de Rosa Egipcíaca

Rosa Egipcíaca, também conhecida como Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, que nasceu no Golfo da Guiné ou Costa da Mina, de nação Coura (do grupo mahi), foi escravizada e vendida aos traficantes de escravos, sendo desembarcada no Rio de Janeiro em 1725, aos seis anos de idade.

De acordo com o projeto “Biografias de Mulheres Africanas”, da UFRGS, Rosa viveu durante oito anos em condição de cativeiro no Rio de Janeiro, quando foi estuprada pelo dono e “tratada torpemente”, vendida para uma compradora em Minas Gerais no ano de 1733, quando ela tinha quatorze anos. Nas proximidades da cidade de Mariana, permaneceu durante cerca de vinte anos, e praticou a prostituição, entregando o corpo aos escravos que trabalhavam na extração do ouro.

Quando tinha cerca de trinta anos, contraiu uma enfermidade que lhe provocava dor atroz e a prostrava no chão, seguida de uma experiência mística. Por volta de 1748 ela vendeu seus parcos bens – joias e roupas amealhadas com a venda do corpo e distribuiu tudo aos pobres. Adotou vida regrada, frequentando missas e liturgias, e ganhou fama de visionária e profetisa em Mariana, Ouro Preto, São João del Rei e depois no Rio de Janeiro, para onde ela foi em 1751.

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Logo: Criação – Tarcísio Zanon e Designer – Thiago Santos

Deu a si mesma o nome de Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz, ao que parece em homenagem a Santa Maria Egípcíaca, que segundo a lenda era também uma prostituta antes das manifestações de Santidade. Vivia acompanhada do padre Francisco Gonçalves Lopes, conhecido como padre Xota-Diabos (Enxota-Diabos) por ser exorcista, que se tornou o seu confessor.

Em um livro de mais de 250 folhas chamado “Sagrada teologia do amor de Deus luz brilhante das almas peregrinas”, descreve a experiência sensorial de contato com Jesus Menino, de quem recebera o título e o encargo de ser Mãe de Justiça. Ela própria seria a esposa da Santíssima Trindade, a nova Redentora do mundo.

Bibliografia sobre Rosa Egipcíaca

MOTT, Luiz. Rosa Egipcíaca: uma santa africana no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 1993.

GUIMARÃES, Rosely Santos. Corpo negro: entre a história e a ficção. O caso de Rosa Maria Egipcíaca da Vera Cruz. Revista Em Tese, v. 6, p. 01-25, 2003.

Marlon Flôres não é mais mestre-sala da Ilha e deve ir para o Império Serrano

O mestre-sala Marlon Flôres anunciou que não segue na União da Ilha. Nas redes sociais, ele agradeceu o carinho da agremiação no desfile de 2022. O destino dele deve o ser o Império Serrano.

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“A família união da ilha com carinho! Quero agradecer a toda família @uniaodailha que me recebeu de braços abertos, em especial ao presidente Ney Filardis por todo o carinho, acolhimento e respeito comigo e com o meu trabalho. Obrigado pela confiança, pela estrutura, por acreditar e permitir desenvolver minha arte nessa grandiosa agremiação. Desejo sucesso a união da ilha, que Nossa Senhora Aparecida continue abençoando vossos filhos com seu manto. Estarei torcendo e vibrando com a escola, obrigado ! 🙏🏿”.

Jardel Lemos é o novo coreógrafo da comissão de frente do Império da Tijuca

Após anunciar os carnavalescos Júnior Pernambucano e Ricardo Hessez, o Império da Tijuca divulgou na noite desta quinta-feira, Jardel Lemos como o novo coreógrafo da Comissão de Frente para o Carnaval 2023.

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Jardel, de 34 anos, é formado em Dança pela UFRJ, com experiência como bailarino, julgador e coreógrafo de Comissão de Frente nas séries Prata, Ouro e no Grupo Especial do RJ. Teve passagens em outros carnavais como Vitória/ES, Porto Alegre/RS e Três Rios/RJ. Em 2023 fará 10 anos trabalhando em comissão de frente.

Já atuou em escolas como Cubango, Em cima da Hora, União de Jacarepaguá, Alegria da Zona Sul, Unidos de Bangu, Acadêmicos da Abolição, Porto da Pedra e Unidos da Tijuca. Sua última passagem foi pela Acadêmicos do Sossego, nos dois últimos carnavais, além de 2017, na primeira passagem pela azul e branco.

Além do coreógrafo e dos carnavalescos, o Primeiro Império do Samba também anunciou a renovação do intérprete Daniel Silva, do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Renan Oliveira e Laís Lúcia, da comissão de Harmonia (Robson Tipaya, Renato Kort e Alexandre Rouge), do mestre de Bateria Jordan, e do coreógrafo e diretor da Ala de Passistas, Gabriel Castro.

O Império da Tijuca dará início aos trabalhos no barracão de alegorias na próxima semana e, em breve, divulgará o enredo que levará para a Avenida Marquês de Sapucaí no Carnaval 2023 na Série Ouro.

Mangueira troca o comando da bateria para o Carnaval 2023

Mudança na “Tem que respeitar meu tamborim” para o desfile de 2023. A direção da Estação Primeira de Mangueira anunciou que mestre Wesley não segue mais no comando e entram Taranta Neto e Rodrigo Explosão. Veja abaixo o comunicado da escola.

“Sob nova direção! Taranta Neto e Rodrigo Explosão chegam para comandar os ritmistas da bateria da Mangueira. Neto de um dos grandes mestres de bateria da história da Estação Primeira, Taranta Neto chega ao posto máximo da bateria ‘Tem Que Respeitar Meu Tamborim’ com muita alegria e fundamento. Nascido e criado no morro de Mangueira desfilou ao lado do seu avô como diretor mascote em 2003 e 2004; foi mestre da Mangueira do Amanhã por 10 anos, entre 2008 e 2018; ritmista da escola foi convidado a fazer parte da diretoria da bateria em 2010; em 2016, foi mestre de bateria da Abolição; depois passou pela Imperadores Rubro-Negros, em 2020; e neste carnaval, na União de Jacarepaguá, atual campeã da Série Prata.

‘Hoje é dia de festa no morro, pelo pai dele, pelo meu avô… agora nós estamos aqui juntos. Deus vai abençoar e vamos fazer um bom trabalho. Comunidade pode esperar empenho, dedicação e raça!’, comemora Taranta.

Filho do mestre de bateria Alcir Explosão, Rodrigo retorna ao posto de mestre – lugar que ocupou entre 2016 e 2018. Criado no Buraco Quente, desfilando como mascote, Rodrigo estreou na avenida campeão sob o comando de seu pai. Passou pela Mangueira do Amanhã e aos 17 anos se tornou um dos diretores de bateria da escola-mãe, permanecendo no cargo até 2016, quando assumiu com sua antiga dupla, Vitor Art, o comando geral da ‘Tem Que Respeitar Meu Tamborim’. De 2016 até 2018 foi mestre e após essa temporada voltou a ser ritmista da escola.

‘Mangueira é a vitrini, onde chegamos somos respeitados. Temos que valorizar nossos talentos e estar ao lado dele [mestre Taranta Neto] é uma felicidade sem tamanho. É com muita alegria e emoção que retorno para o posto. Vamos dar nosso melhor’, completa Rodrigo.

Sejam bem-vindos! Que todo amor e dedicação de vocês resulte no melhor para Estação Primeira”

Império da Tijuca anuncia dupla de carnavalescos para 2023

O Império da Tijuca anunciou no início da noite desta quinta-feira, a contratação dos carnavalescos Júnior Pernambucano e Ricardo Hessez, para a construção do Carnaval 2023. A informação foi divulgada após uma reunião com o presidente Antônio Marcos Teles, o Tê, e o diretor de varnaval, Luan Teles. * LEIA AQUI: Jardel Lemos é o novo coreógrafo da comissão de frente do Império da Tijuca

A parceria da dupla é uma grande novidade para o mundo do samba, mas ambos já são bastante conhecidos no meio. O primeiro, retorna à Família Imperial depois de cinco anos. O segundo, faz sua estreia na Verde e Branco Tijucana, após brilhar no último Carnaval da Intendente Magalhães. Filho de carnavalesco e fundador de uma escola de samba da Cidade de Goiana-PE, Júnior Pernambucano, de 42 anos, veio para o Rio em 2000, para realizar o sonho de trabalhar nas escolas de sambas do carnaval carioca.

Em 2006, se tornou carnavalesco na cidade de Três Rios (RJ) na escola Bom das Bocas, sendo campeão oito vezes. Em 2012, se mudou para a Capital, fazendo sua estreia no Império da Tijuca, e foi campeão logo de cara, com o enredo, “Negra Pérola Mulher”, de 2013. Em 2014, levou para o Grupo Especial o memorável “Batuk”, apresentou um enredo forte, com uma grande ligação com a agremiação, que destacava a influência de todos ritmos afros no Brasil. Em 2015, fez mais um carnaval luxuoso, com o enredo “Nas águas doces de Oxum”, e, em 2016, homenageou o ator José Wilker com o enredo “O tempo ruge e a Sapucaí é grande”.

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Em 2017, seu último ano no Império da Tijuca, desenvolveu o enredo “O último dos profetas” que apresentou a vida e morte de São João Batista, abordando o sincretismo na umbanda como Xangô e as festas pelo mundo todo.

Atuando no carnaval desde 2017, o carioca Ricardo Hessez, tem 28 anos, e começou como assistente do carnavalesco Jorge Silveira. Ele passou por escolas como Viradouro e São Clemente, além da Dragões da Real, de São Paulo. Em 2022, ele assinou o enredo em homenagem a João Saldanha na escola Botafogo Samba Clube, ao lado do ator Marcelo Adnet.

Ricardo foi homenageado com a medalha de honra da Escola de Belas Artes em 2018 pela pesquisa do enredo sobre os 200 anos da instituição. Ele também foi premiado em 2020 pela coautoria do enredo “O conto do Vigário” na São Clemente.

Além do anúncio dos carnavalescos, o Primeiro Império do Samba também anunciou a renovação do intérprete Daniel Silva, do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Renan Oliveira e Laís Lúcia, da comissão de Harmonia (Robson Tipaya, Renato Kort e Alexandre Rouge), do mestre de Bateria Jordan, e do coreógrafo e diretor da Ala de Passistas, Gabriel Castro.

O Império da Tijuca dará início aos trabalhos no barracão de alegorias na próxima semana e, em breve, divulgará o enredo que levará para a Avenida Marquês de Sapucaí no Carnaval 2023 na Série Ouro.

Mangueira perdeu meio ponto em samba-enredo e uma das justificativas cita ‘linha melódia muito semelhante à sambas de outros anos’

A Estação Primeira de Mangueira homenageou Cartola, Jamelão e Delegado no desfile de 2022. A escolha do samba-enredo gerou debate no pré-carnaval, mas a obra teve um bom resultado no mini-desfile na Cidade do Samba e no ensaio técnico. No desfile oficial, os julgadores do quesito pontuaram algumas falhas. A Verde e Rosa recebeu apenas uma nota 10, dada por Felipe Trotta. Dos outros jurados ela ganhou 9.8 e 9.9, 9.9 e 9.9. Na apuração, as notas 10 e 9.8 foram descartadas do somatório geral para classificação do Grupo Especial do Rio de Janeiro.

Para o julgador Alessandro Ventura, o samba-enredo da Mangueira é nota 9.8. Ele explicou: “As notas do trecho que inicia em “nesse solo sagrado…” e se estende até ‘três iluminados reis do carnaval’ são bastante alongadas e em região baixa, o que acabou por acarretar perda de consistência do canto. Justifica-se pelo uso desde expediente, a despontuação de 0,1 (melodia)”. “O extra que se orgina em ‘é verde e rosa…’ até o fim da estrofe em ‘tem aos seus pés…’ discorre sobre a escola titular da obra sem que se faça menção ao eixotemático central da composição, que é a homenagem aos baluartes da escola: Cartola, Jamelão e Delegado. O trecho não interage com o bloco temático principal e, por esta razão, está justificada a despontuação de 0,1 (letra).

O jurado Clayton Fábio Oliveira deu 9.9 para Verde e Rosa. Ele citou: “Todo o samba é muito bom, mas o refrão ‘só sei que Mangueira… Jamelão e Delegado’ possui uma linha melódia muito semelhante à sambas de outros anos e, em comparação às estrofes e o primeiro refrão, as rimas óbvias destoam”.

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Foto: Allan Duffes/site CARNAVALESCO

Alfredo Del-Penho também deu nota 9.9 para o samba-enredo da Mangueira. Ele justificou: “O samba não gera maiores contrastes entre as partes, o que faz com que a chegada nos refrões não tenha o efeito crescente. Além disso, há trechos com clichês melódicos como ‘só sei que Mangueira….’ ‘valei-me’, e trechos menos inspirados como ‘lustrando sapato vendendo jornal’ (-0,1 melodia).

O outro 9.9 para o samba-enredo da Mangueira foi da julgadora Alice Serrano. Ela disse: “Faltou enriquecimento à letra com utilização de um universo mais amplo de vocábulos e expressões mais diversificadas, e que acrescentasse ao samba outras informações dos homenageados, ao invés de repetir verbetes a expressão ‘Mangueira’ somado às expressões ‘Verde Rosa’ e ‘Estação Primeira’. A expressão do vocáveulo, propiciaria o enriquecimento das rimas, que se mostraram pouco criativas e já muito utilizadas, sem supresa ou novidade (-0,1)”.