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Em sinopse divulgada, Imperatriz apresenta uma visão de Lampião inspirada em literatura de cordel

A Imperatriz teve seu primeiro encontro de trabalho com os compositores visando a produção do samba que vai embalar o desfile de 2022. Na noite de quarta-feira a Verde e Branca de Ramos apresentou na quadra e divulgou nas redes sociais a sinopse completa para o enredo “O arrepeio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”. Presentes na mesa estavam a presidente Cátia Drumond, o diretor executivo, João Felipe Drumond, o carnavalesco Leandro Vieira, o diretor de carnaval, Mauro Amorim, o diretor musical Pedro Miguel e um dos coordenadores de carnaval André Bonatte. Antes de entrar no tema do enredo propriamente dito, o carnavalesco Leandro Vieira fez questão de demonstrar a sua felicidade de poder produzir na Imperatriz um enredo autoral e ter esse contato com a ala de compositores. Em 2020, em sua primeira passagem pela agremiação, a diretoria da Rainha de Ramos preferiu trabalhar com a reedição do samba de 1981 “Só Dá Lalá”. * LEIA AQUI A SINOPSE DO ENREDO DA IMPERATRIZ

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Fotos: Lucas Santos/Site CARNAVALESCO

“Eu preciso falar da minha alegria de voltar a esta quadra para poder apresentar um enredo. Eu tive uma passagem aqui em 2020, que foi uma passagem muito alegre, muito feliz na minha trajetória de trabalho. Mas foi uma trajetória que talvez não tenha sido tão feliz porque eu não tive a oportunidade de apresentar um enredo para ter o privilégio de diante dos compositores da Imperatriz Leopoldinense, ouvir coisas que vocês pudessem ter escrito a partir de ideias que eu pudesse propor a vocês. E acho que traz uma frustração para qualquer carnavalesco que pensa em propor algo para a Imperatriz e que não tem a possibilidade de ouvir as propostas dos compositores da Imperatriz porque a gente está falando de uma ala que tem uma sequência de clássicos do carnaval e quem gosta do carnaval certamente gosta do que a Imperatriz Leopoldinense apresenta”, apontou Leandro.

O carnavalesco explicou antes da leitura da sinopse propriamente dita o fio condutor do desfile da Imperatriz que está baseado em dois cordéis ” A chegada de Lampião no inferno” e “O grande debate que teve Lampião com São Pedro”, de José Pacheco.

“Eu misturei alguns cordéis para que a gente pudesse vislumbrar a chegada de Lampião, uma figura histórica muito bem definida, muito presente no imaginário de todo mundo. Essa figura morreu e foi ao inferno, e foi ao céu. Não conseguiu abrigo em nenhum desses lugares. Existem dois cordéis muito famosos a respeito desse fato, que dizem que o Lampião foi ao inferno e o diabo não quis concorrência, botou ele para fora, e foi ao céu. Em função da vida de Lampião na Terra, São Pedro não deixou que ele ficasse. Nos dois ambientes ele causou uma confusão tamanha. E por não ficar no céu e nem no inferno, ele foi parar em algum lugar, esse algum lugar que ele foi parar é o desfecho do nosso carnaval”, explica o carnavalesco.

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Esse lugar citado pelo carnavalesco está explicado na sinopse no trecho em que Leandro apresenta Lampião descendo a terra e sua relação com Luiz Gonzaga. O carnavalesco também colocou aos compositores o seu pedido para que os artistas não sucumbissem a cair em um lugar comum que muitas vezes é apresentado quando se compõe para um enredo que fala de algo relacionado ao Nordeste.

“Acho que os compositores já devem ter ouvido isso ‘ah cordel, o Salgueiro já fez’ , ‘ah Lampião de novo’, ‘ o cangaço de novo’, ‘ah, é forró’. Isso é uma bobagem. Essa bobagem ela deve ser repensada, inclusive pelos compositores, porque isso que está sendo proposto não foi feito. O problema é quando o que vai ser cantado recorre a um pensamento que já foi visitado. Então, quando a gente pensa nesse tipo de universo , as pessoas pensam logo em um vocabulário muito recorrente, por exemplo “ô xente’, ‘vishi Maria’, isso é tratar o tema de uma maneira recorrente , comum, ‘misturar samba com forró’, isso é ser recorrente, isso é estar envolvido com coisas que já foram feitas, inclusive isso é tratar o Nordeste como uma coisa só, não respeitando sotaques que são próprios de determinadas regiões, não respeitando a diferenciação rítmica, achando que forró e xaxado é a mesma coisa”.

O carnavalesco também acrescentou que procurou desenvolver o texto da sinopse apresentando variedades de expressões que pudessem ajudar os compositores a entrar em um universo mais específico daquele contado no enredo.

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“A sinopse é toda construída com palavras com sabores sertanejos, com a cultura do sertão, eu quis colher na pesquisa muitas palavras com sabores específicos que é para sugerir que a gente tenha uma repertório linguístico, uma cultura oral que não se limita a um vocabulário comum, tradicionalmente associado a cultura nordestina. Acho que a Imperatriz também é uma escola muito acostumada a contar versões históricas com cunho delirante. Não seria a primeira vez que a Imperatriz iria apresentar algo que tem uma percepção delirante a respeito da história oficial”, acredita o artista.

Também antes da leitura da sinopse, o diretor executivo da Imperatriz Leopoldinense,João Felipe Drumond, fez um apelo aos compositores sobre a aceitação dos resultados que vão acontecer ao final da disputa de sambas.

“Este trabalho tem um único objetivo que é ver a Imperatriz novamente campeã do carnaval. Vai ganhar o melhor samba. Para evitar qualquer tipo de fofoca, e intriga, o pedido que eu faço aos senhores e às senhoras é que a gente tenha uma disputa limpa, respeitosa e que se respeite as decisões que serão tomadas pela escola porque elas são única e exclusivamente para o bem da agremiação. Estamos muito confiantes e eu desejo boa sorte aos compositores”, finalizou João.

Em discurso, o diretor de carnaval Mauro Amorim também desejou boa sorte aos compositores e fez questão de ressaltar a qualidade da sinopse apresentada.

“Desejo sorte e sucesso a todos vocês compositores, que estejam muito iluminados, contamos muito com o trabalho de cada um nesse maravilhoso enredo, retratado nessa maravilhosa sinopse, espero que gostem”.

Datas para entrega de samba e regulamento

Durante o evento de apresentação e leitura da sinopse, também foram divulgadas informações sobre a disputa de samba. A entrega dos sambas será no dia 25 de agosto na quadra da escola de 20h às 22h. No dia 04 de setembro os sambas serão apresentados na feijoada da escola. O sorteio da ordem de apresentação acontecerá ao final da entrega das obras no próprio dia 25 de agosto. Antes destas datas a escola ainda fará cinco tira-dúvidas nos dias 12,19 e 27 de julho e nos dias 02 e 09 de agosto. A escola trabalha com oito datas para as eliminatórias, sempre às sextas-feiras.

As regras para a disputa de samba são as seguintes:

Parcerias
01 O concurso de samba-enredo do GRES Imperatriz Leopoldinense é aberto, ou seja, não é obrigatório aos autores serem membros efetivos da ala de compositores do GRESIL, assim como não é impeditivo que o mesmo tenha obras inscritas em outros concursos de Samba-enredo, no Grupo Especial ou qualquer outro grupo ou liga carnavalesca.

02 As parcerias poderão ser formadas com no máximo seis compositores, sendo facultativa a presença de, no máximo, duas participações especiais.

a) Apenas os autores qualificados como compositores terão seus nomes no CD ou em qualquer outra mídia e veículo oficial de divulgação após a escolha do samba.

b) Todas as questões financeiras são de responsabilidade exclusiva das parcerias, não cabendo ao GRESIL nenhum tipo de interferência sobre valores ou divisões orçamentárias.

Inscrição dos Sambas (25/08 de 20h às 22h)

Para inscrição do Samba as parcerias deverão apresentar, obrigatoriamente:
a) 30 cópias impressas do samba
b)10 CD’s ou pendrive com o samba gravado
c) Pagar a taxa de inscrição no valor de R$ 700,00

Escolha do Samba

01 É de responsabilidade exclusiva da presidência do GRESIL junto a sua diretoria executiva a escolha do samba-enredo. Todos os segmentos da Agremiação podem se manifestar de forma democrática em favor de qualquer samba em disputa.

02 A premiação paga ao samba escolhido será dividida entre a Agremiação (50%) e a parceria vencedora (50%).

Apresentação dos Sambas

01 Serão disponibilizados no palco um total de cinco microfones para cada parceria.
02 Todos os cantores e músicos no palco são de responsabilidade da parceria, incluindo violão, cavaquinho e o surdo de marcação do andamento (pedal).
03 Não é permitido acesso ao palco a pessoas de bermuda ou camisetas do tipo regata.
04 É obrigatória que a parceria esteja apta à apresentação do seu samba no momento em que for convocada ao palco.
05 Toda utilização de efeito especial como papel picado, fogos frios, fumaça, etc, deverá ser comunicada e, consequentemente, aprovada pela direção da escola.

Divulgação dos sambas

As obras inscritas na disputa serão disponibilizadas prioritariamente nos canais oficiais da GRESIL na internet, ficando proibido aos autores sua divulgação total ou em parte antes da liberação oficial da diretoria executiva da agremiação.

Presidente da Mocidade Alegre elogia Edson Pereira e explica escolha por Jorge Silveira

A Mocidade Alegre é a terceira escola com mais títulos do carnaval de São Paulo, são 10 conquistas, mas é a maior campeã dentre as escolas do Grupo Especial em 2023, afinal, Vai-Vai e Nenê de Vila Matilde estão no Grupo de Acesso. A presidente Solange Cruz analisou o resultado em 2022, explicou a troca no carnavalesco, e fez mistério sobre enredo e outras mudanças na escola.

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Foto: Vinicius Vasconcelos/Site CARNAVALESCO

Vice-campeã do carnaval de 2022, a Mocidade Alegre liderou a apuração quase inteira e com dois 9.9 em alegoria, acabou perdendo o título para a Mancha Verde. A presidente Solange não discordou desta nota, e sim de uma relacionada a bateria, um 9.9.

“Não respondo antes, pois a gente precisa realmente esperar as justificativas, o que foi e o que não foi. Na realidade algumas notas, a Mocidade realmente mereceu, determinadas colocações dos jurados. Em outras não, como na bateria, é claro que até a própria pessoa que deu o curso falou que estava errado realmente. E não é porque o Sombra é meu marido não, a Mocidade Alegre ela já teve várias situações diferentes disso, independentemente de qualquer coisa. Mas enfim, estamos aí e vamos em frente, firme no propósito agora é 2023”.

A Morada do Samba trocou o carnavalesco para 2023, Edson Pereira pelo Jorge Silveira. O artista Edson assinou o carnaval da Mocidade em 2020 e 2022, ambas com boa colocação, primeiro em terceiro lugar e depois o vice. Mas para 2023, acabou trocando de escola no Rio de Janeiro, assumiu o Salgueiro no Rio de Janeiro e ficará somente no carnaval carioca.

Enquanto Jorge Silveira, voltou para São Paulo em 2022, depois de três carnavais pela São Clemente. Para 2023, ele voltou à escola carioca que estará no Grupo de Acesso, e também mudou de casa em São Paulo. Foram quatro carnavais pela Dragões da Real. A presidente da Mocidade explicou a mudança.

“Na realidade, o Edson tinha que ter uma exclusividade no Rio para não ficar vindo para lá e pra cá. E a gente respeita, é um grande amigo que a Mocidade adquiriu, gosto muito dele, a gente tem um relacionamento super bom. Mas tínhamos que escolher alguém, e o Jorge (Silveira) tem referências muito boas em São Paulo, um grande carnavalesco e aí crescemos esse olho para o lado de lá, daí trouxemos ele para a Morada do Samba”.

Sobre o enredo, Solange foi misteriosa: “Olha, a única coisa que posso dizer para vocês, é um enredo do carnavalesco. A gente adquiriu, adorou, e vai dar tudo certo. A única coisa que posso dizer para vocês é que a gente pode ser o que a gente quiser”.

Assim como o enredo, as outras mudanças que a escola fez, serão divulgadas somente nesa quinta-feira: “Mudamos algumas coisas, mas no decorrer vocês vão saber, no dia 30 a gente fala tudo”.

A Mocidade foi tri campeã seguida de 2012 até 2014, de lá para cá, foram três vices em 2015, 2018 e 2022. Ou seja, a escola quer voltar ao caminho do título, já são 10 conquistas em sua história. Para isso, será a quinta escola do sábado, 18 de fevereiro.

Portela abre a ala de compositores para a disputa de samba-enredo do centenário

A Portela realizou na noite de quarta-feira a explanação da sinopse do enredo da escola para o próximo carnaval. Em 2023 a agremiação irá contar a sua história desde a fundação com os personagens que fizeram e fazem parte do centenário. Com o enredo “O azul que vem do infinito”, que será desenvolvido pelo casal de carnavalescos, Márcia e Renato Lage, a Águia Altaneira de Oswaldo Cruz e Madureira irá de encontro com as suas raízes desde Paulo Benjamin de Oliveira. * LEIA AQUI A SINOPSE DO ENREDO

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Foto: Ingrid Marins/Site CARNAVALESCO

Para a disputa de samba-enredo do centenário, a Portela decidiu dar um passo além, visando a modernidade. Sua famosa ala de compositores está aberta e todos vão poder participar da competição de sambas para 2023. Ou seja, os compositores podem assinar samba na escola e em qualquer outra do Grupo Especial. Por conta da pandemia, a disputa do último carnaval teve algumas restrições, mas para 2023 fizeram algumas mudanças.

  • Liberação da gravação de videoclipes de cada samba concorrente;
  • Número máximo de compositores: Seis compositores em cada parceria (não pode ter participação especial – a pedido dos compositores, a escola ainda estudará aumentar ou não o limite);
  • Intérprete: Cada parceria só irá poder levar um intérprete do Grupo Especial;
  • Cada parceria pode levar a sua torcida e também distribuir camisas do samba.

A entrega dos sambas será feita no dia 02 de agosto, na quadra da escola, das 18h às 22h. Se a parceria tiver três pessoas da ala de compositores Ary do Cavaco, a taxa de inscrição é de R$ 500 e se for com pessoas de fora ou tiver menos de três pessoas da ala, o valor é de R$ 2 mil. Os cortes de samba irão ocorrer aos domingos e ainda não tem uma data estabelecida de semifinal e final das disputas, pois aguardam a decisão da Liesa com a TV Globo sobre o programa “Seleção do Samba.

Em entrevista ao site CARNAVALESCO, o presidente da Portela, Fábio Pavão, explicou a decisão de abrir a ala de compositores. “A Portela era uma das poucas escolas que resistia a essa mudança, mas chegou o momento em que foi necessário. A escola não pode nadar contra a correnteza, as disputas de samba assumiram um formato e a Portela estava indo na contramão disso. O que fizemos foi se adequar ao modelo da nossa disputa com o das outras escolas”.

Para o vice-presidente, Júnior Escafura, foi preciso se modernizar, pois todas as escolas têm as suas alas de compositores abertas e na Portela não poderia ser diferente. “Compositor de todo o Brasil quer participar da disputa e a gente entende que é um ano especial, é o centenário da Portela e todos estão convidados a participar”, informa.

A Portela foi por muito tempo conhecida em não abrir a sua ala de compositores, mas para o presidente Fábio Pavão esse novo modelo vai ser produtivo para a disputa da escola, em que terão sambas de qualidade. E que isso também não é fugir da tradição.

“A tradição não pode ser uma âncora que nos prenda ao passado, ela tem que ser o farol que ilumina o nosso futuro. Temos que usá-la, mudar sim, pois o mundo muda e as escolas de samba não são as mesmas que eram na década de 1950, 1960, 1970, 1980 e por aí vai. As escolas de samba estão em constante transformação e a tradição pode ser mantida no sentido em que vamos permanecer sendo a Portela. Com os nossos valores, preservando nossos baluartes e a nossa história. A gente entende que o carnaval mudou, foi para um outro caminho em relação às disputas e nós estamos nos adequando a essa mudança. Tudo se transforma”, afirma Pavão.

Protesto? Barracão da Beija-Flor amanhece pichado e intriga torcedores da escola

O barracão da Beija-Flor, localizado na Cidade do Samba, Zona Portuária do Rio, amanheceu pichado nesta quinta-feira. Uma das entradas do local, que dá acesso à lojinha da escola, foi interditada com um tapume grafitado com palavras de protesto: “Direitos iguais”, “O Brasil está com fome”, “Reforma agrária”, “Educação” e “Trabalho digno” foram alguns dos dizeres escritos. Ainda não há informações completas sobre a intervenção.

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Até mesmo o banner com o enredo da agremiação para o Carnaval 2022 (“Empretecer o pensamento é ouvir a voz da Beija-Flor”) foi pichado. Em cima da imagem, foi escrito “BF 23”, o que parece ser uma alusão ao próximo enredo da azul e branca.

Vale lembrar que a azul e branca de Nilópolis ainda não anunciou o tema do desfile do ano que vem. Nos últimos dias, a escola vem dando pistas do que levará para a Avenida em 2023 com uma série chamada “A Beija-Flor em movimento”, relembrando seus desfiles de temática crítica ou social. Somente publicações com conteúdos desse tipo estão disponíveis na página oficial da agremiação no Instagram — o resto desapareceu.

Relacionado ou não à intervenção no barracão, o mistério em torno do enredo da “Deusa da Passarela” deve chegar ao fim neste sábado, durante feijoada na quadra da escola. O anúncio foi feito pelo presidente Almir Reis, que participou do podcast “Só Se For Agora”, comandando pelo presidente da Liesa, Jorge Perlingeiro, na última segunda-feira, 27.

Xangô Aganjú é o enredo da Unidos de Bangu para 2023

A Unidos de Bangu já tem enredo para 2023. Sob o título “Aganjú… A visão do fogo, a voz do trovão no Reino de Oyó”, de autoria do carnavalesco Robson Goulart, a escola da Zona Oeste vai contar a história de uma qualidade de Xangô, o orixá da justiça. O tema foi revelado na noite desta quarta-feira, 29, dia de São Pedro, que é sincretizado com a entidade nas religiões de matriz africana, em evento para convidados, na Zona Oeste.

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Robson Goulart explica um pouco sobre o enredo. Para ele, a escola vai caminhar por curiosidades sobre o orixá, entrando nos ritos e festejos que são pouco conhecidos pelo grande público.

“A escolha de falar de uma qualidade do orixá já se torna um diferencial na leitura, pois Aganju, por ser um Xangô menino, apresenta fatos e lendas relacionadas que pouco foram mostradas. Na nossa construção narrativa, vamos focar muito nos costumes e danças, deixando de lado o tradicional. Focaremos nos festejos relacionados a Aganju, passando pelo sincretismo, que é relacionado às festas de São João e São Pedro”, sintetiza o carnavalesco.

Em 2022, a Unidos de Bangu terminou a Série Ouro na sétima colocação ao homenagear Castor de Andrade. Desde que voltou à Sapucaí, este será o terceiro enredo com temática afro da escola. Anteriormente, foram apresentados “A travessia da Calunga Grande e a nobreza negra do Brasil”, em 2018, e “Memória de um Griô: a diáspora africana numa idade nada moderna e muito menos contemporânea”, em 2020.

Sinopse do enredo da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval 2023

Enredo: “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”

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Cheiro de pólvora perfumando as ventas. O parabelo carregado e a bala cortando os ares. O calango rabisca o chão, a boiada se inflama, o cavalo galopeia aperriado. O rifle balança como menina na mão do cangaceiro. A faca talha. Fura. Mata gente.

O cabra grita, o suor desce pelo gibão de couro. O líder do bando canta e os bandoleiros se colocam a arrastar as chinelas. A poeira laranja sobe sobre o xique-xique ainda verde. Criança de colo corre. O gato late. O cachorro solta um miado fino e a turma se põe a xaxar. Xaxando, me ponho a contar, nome por nome do time que Lampião comandava: tinha Corisco e tinha Dadá. Tinha Pilão Deitado, Beato e um homem brabo, com nome de cobra, vulgo Jararaca, que, ao morrer, dizem ter virado santo. Tinha também Graúna, Zé Baiano, Azulão e Cirilo Antão. Não me perdoo se esquecer o nome de Cansanção. Canário, companheiro de Adília, Pé de Peba e Pé de Pato. Pajeú, Volta Seca e Zé de Julião. Juntos, essa turma esquentava como pitú com pimenta ou o sol que arde, queima e castiga o sertão. Arruaça, rebuliço, Deus nos acuda e, no meio disso, reluz – como a chama do candeeiro – a estrela de Salomão, que brilha no chapéu de um cangaceiro, rei e capitão.

Contado nas palavras rimadas do cordel, cantado pelas cordas das violas do repente, tema para o gracejo do boneco mamulengo. Ele tá na boca e na reza dos beatos; nos aboios dos vaqueiros; na bagagem dos tropeiros; no motivo da lágrima que molha o rosto da carpideira. Tá lá o nome dele: Virgulino Ferreira da Silva. Vulgo Lampião, que morreu aos quarenta anos tiroteado numa emboscada que lhe separou a cabeça do cangote, no raiar de um dia vinte e oito, quando o calendário marcava o mês de julho, no ano de 1938.

Morto, Lampião foi direto aos portões do inferno. Morada do Encardido, Capiroto, Arrenegado, Peba, Excomungado. De nome Filhote e sobrenome Danado. A casa do Tinhoso onde pensava ser tratado e aceito como bom moço. Barrado no portão, fedendo a enxofre, montado em seu cavalo – agora, só de osso – se aperreou com a demora pra entrar, fruto da discussão com um diabo ainda moço.
O certo é que Satanás, dono daquela morada, por saber de quem se tratava, não queria confusão. Se desse ingresso a um cabra com a fama de Lampião, logo, sem demora, lhe chegava a desmoralização. Diante da negação, Virgulino Ferreira se inflamou e, acredite o senhor ou não, fogo no inferno o sujeito tocou.

Em brasa, morreu pra mais de cem cão queimado. Morreu Desgraça Pouca e Bananinha. Morreu Propina. Morreu um cão chamado Preguiça. Morreu Luxúria e Avareza. Saudades deixou o cão Safadeza. Gemendo, morreu Ypsilone. Em chamas morreu Furico. Morreu Belzebu muito apreciado por Satanás.

Sabendo do alvoroço, o Bicho ruim mandou chamar Lubisome, gritando por Aucapone – este, com o pau da prensa – gritou por Ritlê e Moléstia. Veio uma Diaba boa e braba chamada Quem Me Dera. Uma velha, famosa como Língua de Sogra. Soltaram a Onça Caetana da coleira e foram, com a tropa armada, pro meio do tiroteio, onde o cacete batia, o filho chorava e a mãe não via. Em boa luta, pra mais de duas horas, Lampião ainda de pé, com uma caveira de boi, arrebentou um cão, puxou do oitão, incendiou o mercado e lançou brasa no armazém de algodão. Prejuízo sem tamanho, matemática de se danar: perdeu-se todo o dinheiro que o Diabo ganhou com a rachadinha, queimou-se o livro de ponto, o Excomungado perdeu pra mais de vinte contos e Lampião, vendo que não era bem quisto, teve de se retirar.

Com a má-querença do excomungado, Capitão Virgulino montou-se nos costados de um azulão e arribou rumo ao portão do céu. Naquela morada, de cadeado bem trancado, bateu palmas dizendo querer entrar. Foi então que Pedro, santo carrancudo, largou do café que bebia, pra ver quem, na santíssima morada, queria estadia.

Sem crer no que via, São Pedro tratou de enxotar Lampião. Na mão esquerda, sua chave; na direita, um papel de pão. Nele, escrito toda sorte de judiação: filho da gota serena, ladrão, furador de bucho e assassino ferino. Amancebado, marcador de gente, bandoleiro perigoso metido com rapariga. É pirangueiro que bulinou mulher casada. Meteu galho na testa do pai de família.

“Não seja dedo-duro”, respondeu Lampião e, com o rifle na mão, fez a exigência: “me leve até o pai, pois é ele quem sabe de tudo. Sou filho do homem. Por ele parido e não sou bastardo. Tu até parece brabo, mas, nessa santíssima mansão, tu não manda, tu é mandado”.

Diante da ousadia, São Pedro tocou o sino. Vejam vocês, chamou uma tropa de anjo menino. Mandou São Jorge selar o cavalo e ordenou a São Gonçalo Ivo: “Chame Antônio e São Miguel. Chame também por Gabriel. Diga a Santa Rita que venha. Apresse Nossa Senhora da Penha. Diga à Bárbara que cesse a macumba; que São Longuinho apareça; que João menino traga o triângulo e a zabumba”.

A santaria veio num pinote. Lampião corria, parecia uma festa junina, quando ele então, pendurou-se num balão e clamou ser levado à presença de “Cíço” Romão. “Isso é golpe baixo”, berrou São Judas Tadeu, interrompido por Santa Luzia que lhe advertiu: “Se tem padrinho, não morreu pagão. Deixe que o balão suba e leve o moço até os aposentos de Padre Ciço Romão”.

Lampião bem que tentou. Padim Ciço advogou. Mas São Pedro, o pé não arredou: “és um sujeito malcriado e o diabo também não lhe quis. Desça daqui pra terra. Vá vagar pelo sertão. Torne-se assombração, mas suma, antes do fim do barulho de meu trovão”.

Mal quisto no inferno e sem a guarida do santíssimo, Lampião desceu à terra em busca de alguma morada. Astucioso, querendo a eternidade, o homem que em vida perdeu o coco para ser sabedor do que havia depois da morte, queria habitar agora o quengo que pertencia aos outros.

Primeiro, andou fazendo assombro ao abrigar-se por de trás do dente canino e pontiagudo de uma carranca que navegava no São Francisco. Na sequência, foi morar no breu do olho direito e cego de Patativa do Assaré. Esteve abrigado na sombra de cada palavra dita e escrita pela pena do poeta. Em dia de festa, esteve de tocaia na sanfona de oito baixos de mestre Januário. Durante anos, seu paradeiro foi o gibão de Luiz Gonzaga. Com ele, foi ao Sudeste, ao rádio, exibiu-se na televisão. Esteve sob a coroa de couro de outro rei, o do baião.

Astucioso, buscando uma morada que não lhe fosse perene, deixou-se amassar pelas mãos de Vitalino. Misturou-se então – pra sempre – nas entranhas de corpos sem osso e sem costela. Tá em toda sorte de gente, ainda hoje, feito de uma mistura que cozinha um bocado de barro mágico, pouca água e o fogo que arde feito o sol desfeito em brasa.

Pesquisa, desenvolvimento e texto: Leandro Vieira.

*Inspirado nos Cordéis “A Chegada de Lampião no Inferno” e “O grande debate que teve Lampião com São Pedro” de José Pacheco.

Cinco personagens contam o enredo do centenário da Portela; leia a a sinopse

A Portela anunciou nesta quarta-feira, o enredo que levará para a Avenida em 2023, ano do centenário da escola. “O azul que vem do infinito” será desenvolvido pela dupla de carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage, que segue para o terceiro carnaval consecutivo na agremiação. A Majestade do Samba também divulgou um vídeo com a apresentação do enredo que conta com participações especiais de portelenses ilustres, entre eles, Paulinho da Viola e Mauro Diniz.

O enredo para 2023 não era exatamente uma novidade já que todos esperavam que a Portela falasse de seu centenário no próximo carnaval, nem por isso, o anúncio foi menos impactante. O público estava ansioso para saber de que forma o centenário será apresentado na Avenida. O presidente da azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira, Fábio Pavão, comemora o resultado e conta como foi difícil chegar a este recorte.

“O enredo é contado a partir do olhar de cinco personagens, que, em seus períodos de vida e protagonismo na Portela e no carnaval, contemplam toda a história da nossa escola. Cada um no seu tempo. A História da Portela é a saga de gerações que se sucedem no tempo. Só assim chegamos aos cem anos”.

Mais uma vez, a Portela promete mexer com os sentimentos dos apaixonados pela escola e dos sambistas, além de fazer história na Sapucaí, é o que afirma o vice-presidente, Junior Escafura.

“Um enredo emocionante com a alma portelense. Espero que nossos padroeiros e ancestrais protejam nossa escola rumo a um carnaval inesquecível! ”, frisa o vice-presidente da escola.

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Ainda falando em sentimentos, o carnavalesco Renato Lage adianta que se sente grato por poder fazer parte desse momento histórico da Portela e porque não, do próprio carnaval, afinal esta será a primeira agremiação a completar 100 anos de existência.

“Acho muito interessante participar com a nossa arte de um projeto dessa magnitude Portela 100 anos. Uma passagem de grandes bambas do samba que fazem parte da cultura do nosso país. Nos sentimos muito honrados. Parabéns Portela! ”, exalta Renato, que vai comandar o projeto em parceria com Márcia Lage.

SINOPSE DO ENREDO DE 2023

O azul que vem do infinito

Era o inicio da década de 1920 quando cheguei ao vale do rio das Pedras, na localidade há pouco tempo conhecida como Oswaldo Cruz. Desembarquei de um trem vindo da Saúde, acompanhado de minha mãe e minha irmã. Eu ainda não sabia, mas trazia comigo uma missão. Um propósito que se iniciava ali, nas terras do antigo engenho do Senhor Miguel Gonçalves Portela, mas que não conheceria os limites geralmente impostos pelo tempo e pelo espaço. Seria algo perene, imortal, como parecia ser a alegria nas concorridas festas de Dona Esther, onde entendi que deveria elevar o samba e a cultura popular a um patamar jamais alcançado. Então, com as graças de Nossa Senhora da Conceição e São Sebastião, ou, como queiram, Oxum e Oxóssi, eu, Caetano e Rufino unimos nossas mãos e tivemos um sonho. Imaginamos um mundo azul e branco que não teria fronteiras, que se estenderia para além dos limites de nossas vidas terrenas. Fundamos o “Conjunto Carnavalesco Oswaldo Cruz”, primeiro nome de nossa criação. O primeiro nome da Portela! Era algo simples, pequeno, mas, logo no primeiro desfile oficial, fomos campeões deixando uma mensagem que, na verdade, tratava-se de uma profecia: “O samba dominando o mundo”. Isso foi há muito tempo. Hoje, Caetano, o que abre nosso cortejo no carnaval celestial é o bater das asas do Divino Espírito Santo. Lá embaixo, eles ainda fazem águia de isopor.

Faz muito tempo, Professor, mas eu lembro que tu me deste a honra de defender o pavilhão daquele primeiro campeonato. Eu também estava ao seu lado quatro anos depois, quando a Praça Onze se encantou com “Teste ao samba”, a primeira vez em que uma escola de samba apresentava fantasias, alegorias e samba representativos do enredo. Sua missão passou a ser a minha, e o sonho de vocês, fundadores, aos poucos ganhava forma. Eu vivi intensamente os “sete anos de Glória”. Sete vitórias seguidas, algumas delas em meio às incertezas dos carnavais de guerra. Eu vi os sambistas se dividirem, brigarem, formarem Associações diferentes, mas depois se unirem novamente. Vi as confusões de 1952, ano em que não teve apuração, e, no carnaval seguinte, conquistarmos o supercampeonato com as “Seis datas magnas”, tirando nota máxima em todos os quesitos. Hoje, em nosso carnaval celestial, quando rodopio movimento as nuvens brancas, que em forma de espiral rajam o azul do céu. Lá embaixo, eles ainda usam bandeiras de cetim.

Para rodar com o nosso pavilhão, menina, eu trouxe Vilma Nascimento, o Cisne da passarela, que está lá por baixo. Comigo não tinha malandro que se criava. Eu herdei esta
missão e honrei cada dia da minha vida para cumpri-la. Fui tetracampeão, de 1957 a 1960. Quando cantamos “Legados de D. João VI” e “Brasil Panteão de Glórias”, os sambas eram de sua autoria, Candeia. Fomos campeões festejando o pintor “Rugendas” e usando violinos para ilustrar o “Segundo casamento de D. Pedro I”. Nós apresentamos a obra “Memórias de um sargento de milícias”, cujo samba foi escrito por aquele rapaz que está lá embaixo, o Paulinho da Viola. Lembro-me da festa ao conquistarmos o título de 1970, “Lendas e Mistérios da Amazônia”. No ano seguinte, Ary do Cavaco, você escreveu uma bela poesia homenageando a Lapa. Então, logo após exaltar “Macunaíma”, minha parte nesta missão se cumpriu. Vai, Betinho! É hora de um rufar de trovoadas. Lá embaixo, eles ainda fazem som batendo no couro de um surdo.

O Senhor sabe que eu fui o autor de Macunaíma, não sabe? Eu e a Clara cantamos juntos na avenida. Esta também foi a minha missão. Eu compus “Hoje tem marmelada”, samba com o qual fomos campões, e o antológico “Das maravilhas do mar fez-se o esplendor de uma noite”, sucesso absoluto. Tudo bem, eu passei por outras escolas, mas sempre que partia deixava meu coração na Portela, e para ela retornava. Nas minhas andanças, vi o carnaval atrair turistas. Vi surgir o sambódromo! Aquilo que um dia foi pequeno se tornava as Escolas de samba S. A. Eu vi Silvinho ser campeão cantando “Contos de Areia”. Em um lindo amanhecer de carnaval, vi Dedé cantar a “pombinha da Paz”, e depois, anos mais tarde, arrepiar a todos com um belo “Tributo à vaidade”. Vi o “azul” ser cantado em todas as suas tonalidades! Eu vi o Noca, que está lá embaixo, sacudir a avenida com seu “Gosto que me enrosco”. Hoje, para o nosso carnaval celestial, componho orações unindo os sentimentos daqueles que expressam saudade. Lá embaixo, eles ainda estão limitados pelas letras escritas num papel.

Eu sei como se compõe, aqui e lá embaixo. Fui o último a chegar cá em cima. Vivi o que vocês só viram à distância. A parte que me cabia nesta missão foi levar a Portela para o século XXI, batendo suas asas em um novo milênio. Eu vi nossa escola cantar o “Amor”. Vi Madureira “subir o pelô” e revolucionar o gênero samba-enredo. Eu estava ao seu lado, Falcon, quando você apontou para frente e todos o seguiram. Eu vi a imponência da Águia redentora. Vi nossa escola cantar as “viagens”, e, em 2017, conquistar sua vigésima segunda estrela: “Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar”. Liderei por décadas a minha velha guarda, levando o nome de nossa escola para todo o planeta. Canta, Surica! Canta que o samba dominou o mundo, cumprindo a profecia de nossos fundadores. O sonho deles é realidade. Inspira cada jovem que agita suas bandeiras nas arquibancadas. Hoje, sinto-me leve. Minha voz ecoa livremente pela eternidade. Lá embaixo, eles ainda usam microfone e caixa de som.

Neste carnaval do centenário, quando a sirene da avenida tocar, não deixem de olhar para cima. Nós estaremos na claridade que emana da lua, no brilho de cada estrela do firmamento, no vento suave que toca seus corpos. Nós estaremos fantasiados daquilo que vocês costumam chamar de natureza. A Portela é o nosso legado. Iluminaremos seus caminhos, mas a missão agora é de vocês. A história da Portela é uma jornada atemporal. É a saga de gerações que se sucedem no tempo. É um sonho que nos une ao infinito. Os
próximos cem anos nos aguardam.

Zeca Pagodinho testa positivo para Covid-19

Com sintomas gripais leves, Zeca Pagodinho fez hoje, dia 29 de junho, um teste de Covid que apresentou resultado positivo. Por isso, infelizmente, está cancelada a participação do artista no Festival Turá, no dia 02 de Julho, no estádio do Ibirapuera, em São Paulo.

zeca

Esta é a segunda vez que Zeca é diagnosticado com o vírus, a primeira foi em agosto de 2021. Na ocasião, os sintomas também foram leves.

Na próxima semana, ele fará um novo teste para assegurar o prosseguimento de sua agenda de shows.

Sports betting Brasil e as probabilidades: de que dependem as condições de ganho?

Muitos informantes estão interessados na questão dos ganhos máximos. Não é apenas a previsão de sucesso que a influencia. As sports betting Brasil são as mais importantes para o evento. Depende principalmente da probabilidade do resultado. Se for previsto pela grande maioria dos analistas, a aposta é baixa. Quanto menor a probabilidade de um determinado resultado, maiores as chances de um livro de esportes. A probabilidade é estimada pelos analistas do agente de apostas com base na análise das estatísticas de uma determinada equipe ou jogador e seus próprios conhecimentos sobre eles. Os eventos atuais são importantes, por exemplo, o fato de que o melhor jogador não irá jogar em um determinado jogo devido a uma lesão.

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Foto: Divulgação

Sports betting Brasil, probabilidades e margens – o que eu preciso saber?

Os ganhos também dependem das margens do agente de apostas. Este valor pode ser diferente. Como regra, as empresas legais têm grandes chances, o que diminui suas margens. Há também outros fatores que podem afetar as probabilidades, tais como a popularidade das apostas on-line no país ou quantas apostas já foram aceitas para uma determinada partida. Temos que lembrar que as tarifas são dinâmicas: cada operador está acompanhando os desenvolvimentos e está constantemente mudando sua oferta.

Por exemplo, se tivermos uma aposta sobre se a equipe X ganhará a medalha de ouro na Copa do Mundo, isso significa que cada partida subsequente ganha naquele torneio diminuirá as chances daquele evento, e cada derrota poderá resultar em um aumento das chances. Importante saber: as mudanças só se aplicarão às apostas a serem feitas. As probabilidades de apostas já feitas são fixas e não mudarão.

Devemos acrescentar que as probabilidades são mais freqüentemente apresentadas em forma decimal, portanto, quanto mais próximas as probabilidades forem de 1,00, mais provável o resultado e mais baixos os possíveis ganhos. Tenha em mente que os livros esportivos com chances inferiores a 1,50 não são muito lucrativos, enquanto uma vitória com chances de 1,20 resultará apenas em um pagamento mínimo. Os cupons para tais resultados não são realmente lucrativos: mesmo um grande negócio trará um retorno mínimo quando você ganha.

Como os livros esportivos definem as probabilidades?

Os escritórios dos corretores empregam muitos especialistas, que são responsáveis pelo cálculo da aposta em um determinado evento. Para fazer isto da maneira mais correta possível, é preciso levar em conta toda uma série de fatores. Quais são essas variáveis?

➔ Status da equipe ou do jogador — dependendo do que você estiver apostando.
➔ As circunstâncias do jogo — é um jogo em casa ou fora? Houve uma mudança de escalação no time e alguém está jogando como substituto porque uma “estrela” se retirou devido a uma lesão ou cartão vermelho?
➔ O significado da partida é um jogo de promoção ou um amistoso? O que os jogadores podem ganhar e o que os jogadores podem perder?
➔ A história com os adversários – os adversários gostam uns dos outros, existe algum conflito? Ou talvez um dos jogadores tenha se transferido para outro time antes desta partida?
➔ Forma de equipe/jogador – há lesões ou um retorno de lesão? Há algo interessante acontecendo na vida pessoal do jogador que possa afetar a qualidade de seu jogo?
➔ Estatísticas gerais dos jogos – como a equipe está se saindo em comparação com outras. Eles costumam ganhar ou perder? Eles jogam melhor em seu campo quando estão cercados pela maioria dos fãs, ou quando não estão em casa?

Há tantos fatores, cada um deles é crucial e pode determinar o destino de um negócio. A comparação de probabilidades em diferentes empresas de apostas desempenha um papel importante. Várias contas em diferentes casas de apostas esportivas são uma boa maneira de encontrar condições favoráveis para as apostas.