Início Site Página 885

Mayara Lima rouba a cena em ensaio do Paraíso do Tuiuti

O pré-carnaval já começou na quadra do Paraíso do Tuiuti, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio. Toda sexta-feira a agremiação realiza um ensaio com escolas de sambas convidadas. Além da apresentação das coirmãs, quem continua chamando atenção é a rainha de bateria sensação da atualidade, Mayara Lima.

mayara lima 2
Fotos: Divulgação

Com um look performático e samba no pé de encher os olhos, a jovem atrai todos os olhares na sede da azul e amarelo.

“Procuro entregar tudo de mim. Amo estar aqui com a bateria! São esses momentos em que a gente aprende a ficar ainda mais sincronizada com os ritmistas”, disse Mayara.

Os ensaios do Tuiuti acontecem toda sexta-feira, a partir das 22h. A entrada custa R$ 20. A quadra fica no Campo de São Cristóvão, 33.

mayara lima 1

No ano que vem, o Tuiuti será a primeira escola a desfilar na segunda-feira de Carnaval, dia 20 de fevereiro. A agremiação irá apresentar na Avenida o enredo “Mogangueiro da Cara Preta”, dos carnavalescos Rosa Magalhães e João Vitor Araújo.

Encontro projeta que escolas de samba pensem e se valorizem enquanto ativo cultural da cidade

O pensamento social do samba realizou seu primeiro encontro presencial neste sábado, no Museu da História e Cultura Afro-Brasileira, na Gamboa, o evento foi dividido em duas partes, a primeira, um debate com Vinícius Natal, historiador, antropólogo e um dos autores do enredo campeão do último carnaval pela Grande Rio, e Mauro Cordeiro, sociólogo e doutorando em antropologia, e atual pesquisador da Beija-Flor de Nilópolis. No debate, a escola de samba foi pauta numa discussão sobre a ocupação de determinados espaços a partir da discussão sobre classe, raça e gênero.

mauro natal
Foto: Luan Costa/Site CARNAVALESCO

Durante a discussão, assuntos como o apagamento de sujeitos negros na história do samba e a compreensão da escola de samba como um organismo vivo que está em constante transformação foram debatidos.

Com a finalidade de apresentar ao público as questões sociológicas, antropológicas e culturais que o samba carrega, o encontro foi marcado por reflexões, mostrando como o samba nasceu, suas contradições no decorrer dos anos e formas de pensar o futuro.

Após uma série de encontros virtuais, esse foi o primeiro encontro presencial realizado pela dupla, eles se mostraram felizes com a recepção do público em discutir assuntos tão pertinentes, como os rumos do carnaval carioca através da troca de conhecimento.

“Pra gente é um prazer ter a oportunidade de tá num sábado de manhã num espaço tão importante como o Muhcab, debatendo com as pessoas assuntos fundamentais a respeito da escola de samba que a gente quer. Sobretudo estimulando uma reflexão crítica sobre os sentidos, os rumos do carnaval carioca e das escolas de samba. A gente está muito feliz com a presença do público, com a participação e a gente acredita que o nosso papel é justamente esse, de instigar o debate, de provocar o debate e de reunir as pessoas pra pensar e propor novas ideias”, comentou Mauro.

“Eu acho que o nosso grande objetivo. O pensamento social do Samba é entender a história do samba enquanto esse organismo vivo, ancestral, mas que também está se pensando o tempo todo. É muito mais que pensar o sambista somente como massa de manobra, que não tem opinião própria, acho que é nossa ideia mostrar o contrário. Que nós temos opinião própria, temos nossos próprios pensamentos e vontades e projetos do que a gente quer pra escola de samba, então nosso objetivo é reunir uma galera pra gente debater sobre isso”, completou Vinícius.

Um dos assuntos abordados durante o debate foi a questão do pertencimento e de como a escola de samba é um lugar vivo, que está em constante transformação e da importância de valorizar e respeitar os mais velhos em busca de um futuro mais justo. A dupla de pesquisadores tem raízes fincadas nas escolas e reforçam a ideia de que é importante entender o passado para valorizar.

“Eu acho que tanto eu quanto o Mauro somos cria de escolas de samba antes de sermos graduados, mestres e doutores. Nós fomos criados e aprendemos a ver o mundo a partir das escolas de samba. Então, o nosso olhar é esse, o que a gente está fazendo aqui é dizer no que a gente acredita e acho que também mostrando que é uma postura muito pessoal de cada sambista, lutar pela escola de samba que ele acredita. Das mais variadas formas, mas acho que é superpossível”.

“Eu acho que é exatamente isso que o Vinícius falou. A gente está defendendo o que a gente viveu. Então, a gente cresceu nas escolas de samba, aprendendo a respeitar os mais velhos e tendo eles como referência de sambista, né? Porque antes de tudo nós somos sambistas. Então, o que a gente está defendendo é uma prática dos verdadeiros protagonistas dessas estruturas. Que são os sambistas, os mais velhos, a velha guarda, pensar justamente que nós precisamos ter essa postura de entender de onde viemos, quem construiu a história das nossas agremiações e da festa e somente louvando eles como os verdadeiros protagonistas da nossa história, a gente consegue construir uma escola de samba que seja melhor e mais próximo dos seus sentidos originais”, completou Mauro.

Sobre as mudanças vistas nos últimos anos, pode-se observar uma nova narrativa sendo contada nos enredos, até pouco tempo os enredos patrocinados tomavam conta do carnaval, hoje essa realidade mudou, as escolas estão apostando em histórias que a conectam com suas raízes, sobre isso a dupla de pesquisadores espera que não seja algo passageiro.

“O carnaval também passa um pouco por isso. A gente espera que isso não seja só uma onda passageira. A nossa ideia é que a escola de samba a partir dos enredos elas se voltem pra elas mesmas. Elas se pensem e se valorizem enquanto ativo cultural da cidade. E não só a partir do enredo, o enredo tem que ser uma mola propulsora pra escola de samba se valorizar e valorizar suas práticas e suas pessoas, seus fundadores e todos os segmentos”, disse Vinícius.

“Eu acho que é isso, enfim a expectativa de que não seja apenas uma onda em uma fase e sobretudo entender o quanto enredo é muito mais do que um quesito de julgamento, mas é uma oportunidade, na pauta das escolas de samba das comunidades durante todo o ano um ciclo de debates e de reflexões acerca de um assunto e quanto mais interessante e próximo da experiência daquela comunidade o assunto for melhor pra o próprio desfile. Pra própria competição que no final das contas é o que move boa parte da forma como se enxerga a escola de samba”, pontuou Mauro.

Ouça o samba-enredo da Rosas de Ouro para o Carnaval 2023

Enredo – Kindala – que o amanhã não seja só um ontem com um novo nome
Compositores – Arlindo Cruz, Fabiano Sorriso, Pedrinho Sem Braço, Paulinho Sampagode e Osmar Costa
Intérprete – Royce do Cavaco

O AMOR ESTÁ EM CADA UM DE NÓS
VAMOS JUNTOS SEMEAR A PAZ
A BRASIL NDIA VEM, MOSTRAR NO SEU CARNAVAL
UM MUNDO NOVO DE IGUALDADE RACIAL

ÁFRICA!
CHEGOU A HORA DA VERDADE
DE DEVOLVER A PAZ QUE O MUNDO TE ROUBOU
KINDALA.
É UMA QUESTÃO DE REFLETIR E DAR VALOR
SE A PELE NEGRA CLAREOU
O NEGRO É O PAI DA HUMANIDADE
CIVILIZAÇÕES ORGANIZADAS,
CULTURA E FÉ DOS ANCESTRAIS
MAS VEIO A ESCRAVIDÃO DO BRANCO OPRESSOR
TRAZENDO HUMILHAÇÃO E MUITA DOR

ARRASTA PRA LÁ E FAZ TRABALHAR
A RELIGIÃO VEM BEIRANDO O MAR
O BANZO É SAUDADE
LÁ EM PALMARES UM GRITO DE LIBERDADE

EM VÁRIOS MOMENTOS DA HISTÓRIA MUNDIAL
O POVO PRETO DEU SEU TOQUE GENIAL
LUTOU, CONSTRUIU A NOSSA RIQUEZA
É DE PENSAR E ESCREVER
PRA RESISTIR, FEZ FLORESCER
MAS APESAR DO VALOR
A MAJESTADE VIROU REI DA POBREZA,
TRISTEZA E A GENTE TEM QUE REPENSAR
E ACREDITAR NA UNIÃO
É UM DEVER, UM RECONHECIMENTO
A ROSAS DE OURO TE PEDE PERDÃO

Opção inédita por samba-enredo

A Rosas de Ouro é a primeira escola do Grupo Especial de São Paulo a anunciar seu samba-enredo oficial para 2023! Em suas redes sociais, a Azul e Rosa divulgou, na noite desta sexta-feira, o videoclipe da obra que levará para o Sambódromo do Anhembi, e trata-se de uma letra bem conhecida entre sua comunidade e os apaixonados pelo carnaval.

Apelidado de “o samba do arrasta”, o hino composto por Arlindo Cruz, Fabiano Sorriso, Pedrinho Sem Braço, Paulinho Sampagode e Osmar Costa, foi um dos finalistas na disputa de samba-enredo para o desfile de 2006 da escola, que levou o tema: “A Diáspora Africana, um crime contra a raça humana”, mas, mesmo aclamada pelo público, acabou não sendo a escolhida pela diretoria da agremiação para aquele ano.

Agora, 17 anos depois, a Roseira inova e utilizará, pela primeira vez na história do carnaval paulistano, um samba que ficou pelo caminho em eliminatórias. A decisão emocionou os compositores, principalmente Fabiano Sorriso, um dos integrantes da parceira.

“É por essas e outras que confio plenamente nas mãos divinas do Senhor. Recebi a notícia e quando desliguei o telefone eu chorava copiosamente. Confesso que até agora ainda não caiu a ficha. Este samba eu me recordo de ter feito o refrão e chorava. Ele sempre foi uma vitória pra gente, pois continuou a ser cantado e lembrado, e o que mais um compositor quer é que as pessoas curtam e cantem suas obras, independente de vencer ou perder. Será a coroação da nossa irmandade e parceria de 25 anos de música, além de significar muito para o povo preto, sendo um reparo ao tema que hoje ainda persiste”, conta o sambista.

Quinta escola a entrar no Anhembi nos desfiles do ano que vem, no dia 17/2 (sexta-feira), a Rosas de Ouro apresentará o enredo “Kindala! Que o amanhã não seja só um ontem com um novo nome”, onde exaltará a luta, a força e as conquistas do povo negro através dos tempos, desde seus ancestrais escravizados até os dias atuais, com a incessante busca por igualdade e respeito. Paulo Menezes, carnavalesco que assina o projeto, explica sobre a escolha da música, que precisou de alguns ajustes para se enquadrar perfeitamente à proposta.

“É um samba que foi escrito em 2005, onde o pensamento de luta era um. Agora, em 2022, já é outro. Mesmo assim ele se manteve em muitos aspectos bastante atual. Procuramos adequar algumas coisas para essa nova temática, mas com muito cuidado, para não perder sua essência. Já faz 10 anos que eu vinha construindo esse enredo, que aliás, será bem diferente do que a escola mostrou em 2006. E quando ouvi o samba na quadra, em um ensaio desse ano, na hora falei para nossa Comissão de Carnaval que eu tinha um tema que caberia com ele. Todos abraçaram a ideia e tenho certeza que será muito marcante, até porque é uma obra que muitos gostam, mas que nunca foi para a avenida”, comenta Menezes.

Leandro Vieira busca em enredo da Imperatriz mostrar sua versão para um Brasil mais delirante

O carnavalesco Leandro Vieira fez seis carnavais no Grupo Especial na Estação Primeira de Mangueira e sempre deixou claro a sua vontade de falar de aspectos presentes no Brasil, desde o enredo sobre os heróis esquecidos do país que suscitou no título de 2019, passando pelo “Jesus da Mangueira”, que apresentava o personagem em uma realidade que tantos jovens brasileiros passam. Além deles, em 2017 apresentou a religiosidade do país no geral e em 2016 a religiosidade e vida de uma artista tão brasileira como Maria Bethânia. E, por fim, a homenagem aos carnavais antigos com crítica social em 2018 e aos baluartes da Mangueira no último carnaval.

leandro imperatriz
Foto: Divulgação

Em uma nova casa para 2023, retornando a Imperatriz, escola a qual produziu o desfile de 2020, mas agora pela primeira vez tendo a chance de propor um enredo autoral, Leandro Vieira diz querer continuar falando do Brasil, mas dessa vez buscando uma nova face para as histórias que este país nos traz.

“Eu tenho essa coisa de querer falar do Brasil, de gostar de falar do Brasil. Mas, há algum tempo eu alimentava o desejo de falar de um Brasil delirante, de caminhar para uma rota que fosse mais delirante. Só que eu achava que essa rota só podia ser mudada a partir de uma mudança, o que fez essa mudança, foi a minha troca de escola. E, acho que com a mudança de escola foi possível uma mudança de rota. Eu achei que era viável na Imperatriz poder apresentar um enredo que fosse brasileiríssimo, mas que fosse um enredo brasileiríssimo do delírio. E ao vislumbrar um delírio brasileiro, eu quis mergulhar na cultura brasileira tradicionalmente delirante, que é a cultura do cordel que se baseia no delírio para construir narrativas exuberantes. Eu juntei cordel, Virgulino, Lampião e o nordeste. A partir daí nasceu o nosso enredo”.

Com a produção de um enredo sobre um personagem tão controverso da história do nordeste e do país, há quem indique Lampião como um herói revolucionário, e outros como um simples bandido. O carnavalesco da Imperatriz, no entanto, busca não entrar nessa discussão em seu enredo, apresentando uma versão de Lampião mais humanizada.

“Eu não entro nesse debate, eu entro muito mais no caminho da construção onírica desse personagem controverso. Eu acho que eu trato o Lampião com humanidade, não com ideia de julgamento “, explica o artista.

Diferente também de 2020, quando passou pela escola no Grupo de Acesso, dessa vez Leandro poderá ver seu enredo ser transformado em um samba inédito. Naquele carnaval, a escola decidiu reeditar o desfile com a obra de 1981 “Só dá Lalá”.

“Essa possibilidade de chegar aqui, de propor um enredo autoral, de ver a ala de compositores responder a esse enredo autoral com a produção artística, isso é bonito. É bonito chegar em uma escola e ver a escola se organizar para responder à chegada do carnavalesco com uma produção artística, eu estou feliz”, admite Leandro.

O carnavalesco também revela que prefere dar aos compositores a liberdade para produzirem uma obra com bastante ousadia, humor e comenta aquilo que não pode faltar no samba escolhido.

“Eu acho que o que não pode faltar no samba de 2023 é picardia. Picardia e sacode, acho que humor é importante . Mas, o compositor tem que ter liberdade. Eu não gosto que digam o que eu tenho que fazer, então não sou eu que vou dizer o que o compositor tem que fazer. O compositor é artista igual carnavalesco. Todo artista gosta de liberdade. Acho que o compositor tem que ter só o bom senso de saber que as coisas contam uma história, existe um enredo que já está sendo transformado em alegorias e fantasias e que as coisas em escola de samba caminham juntas. Então eu acho que ele tem que ter liberdade para fazer mas entendendo que existem fantasias e alegorias que caminham juntas”, avalia Leandro.

Substituição a Rosa Magalhães

De 2022 para 2023 a Imperatriz Leopoldinense fará uma troca de gerações no cargo de carnavalesco. Rosa Magalhães, multicampeã pela escola, sai após cumprir a missão principal da escola este ano: permanecer na elite do carnaval, ainda que o desfile merecesse muito mais. Com dois títulos em seis carnavais no Especial, dois títulos também no Acesso, um com a própria Imperatriz, Leandro Vieira é o nome da vez e a principal aposta da Rainha de Ramos para em 2023 voltar a brigar pelo caneco. Sobre a troca, Leandro se diz honrado em estar em um cargo que já foi de Rosa e tantos outros, mas diz não se colocar uma responsabilidade maior por isso.

“Eu não fico nessa onda de responsabilidade. Eu não penso nessa coisa de responsabilidade, eu não penso que estou no lugar da Rosa, nada disso. Eu fico alegre de caminhar pelos caminhos onde a Rosa Magalhães passou, onde o Arlindo Rodrigues passou, onde o Viriato Ferreira passou, onde o Max Lopes passou. Não com a pretensão de estar ocupando um lugar que foi dessa gente que eu admiro. Mas, com a alegria e a humildade de achar que estou pisando no mesmo lugar que essa gente pisou. Isso para mim é motivo de alegria”, entende o carnavalesco.

Leandro Vieira completa ainda o assunto relembrando o quanto o trabalho de Rosa nos anos 1990 foi importante para fazer com que o artista despertasse o interesse e a admiração pela folia.

“Eu sou alegre por pisar na escola que a Rosa Magalhães propôs as coisas que me fizeram um dia ter admiração pelo carnaval. É motivo para mim que fui jovem, criança nos anos 90 e por causa da Rosa me interessei por um negócio que passava na televisão dentro da minha casa quando era criança, isso é motivo de alegria, não com a vaidade de estar no lugar que foi dela, mas com a alegria de uma criança que hoje está fazendo alguma coisa que a Rosa Magalhães fez antes de mim”.

A Imperatriz Leopoldinense vai apresentar em 2023 o enredo “O arrepeio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”.

Gustavo Barros assume a vice-presidência de carnaval da Inocentes de Belford Roxo

A Inocentes de Belford Roxo contratou essa semana o empresário Gustavo Barros para ser o vice-presidente de carnaval para o desfile de 2023. Com passagens em várias escolas de samba, ele presidiu a Unidos da Ponte de São João de Meriti, na Série Ouro e a Liesb, estando à frente de todas as questões relacionadas aos desfiles das escolas de samba da Intendente Magalhães. Na direção de carnaval atuou na Unidos da Ponte, Império Serrano, Em Cima da Hora, Unidos de Bangu, Alegria da Zona Sul e também em vários estados brasileiros e no exterior.

gustavo inocentes
Foto: Divulgação

“Mesmo sendo amigo do presidente Reginaldo Gomes, e está sempre presente nos eventos da Inocentes, fiquei surpreso com o convite, pois sempre tive vontade de trabalhar na escola, que considero uma das grandes potencias da Série Ouro, que já esteve no Grupo Especial em 2013 e vem todo ano apresentando grandes carnavais. Estou contente por me juntar a uma equipe de profissionais que fazem um trabalho de excelência. Sei que para 2023 está sendo preparado um desfile para ficar na história e vamos brigar pelo título”, disse o novo vice-presidente de Carnaval da Inocentes, Gustavo Barros.

“Gustavo veio para somar com a família Inocentes não só por ser um bom gestor experiente, mas também por ser uma pessoa que sempre nos ajudou quando precisamos, fazendo o possível e o impossível para nos atender. Estamos montando um time para ser campeão. Seja bem-vindo!”, falou o vice-presidente administrativo Leandro Santoro.

Para 2023 foram renovados os seguintes cargos: do diretor geral de Carnaval, Saulo Tinoco; diretora geral de barracão, Sandra Dinha; diretora artística de alegorias, Luana Rios e diretora de atelier, Maria da Penha.

A Caçulinha da Baixada será a última agremiação da Série Ouro da Liga-RJ, a desfilar no sábado de carnaval na Avenida Marquês de Sapucaí com o enredo “Mulheres de Barro”, do carnavalesco Lucas Milato, que fala sobre as paneleiras de Goiabeiras, da cidade de Vitória, Espírito Santo. Elas são grandes mulheres artesãs, que produzem panelas de barro.

Com concurso aberto para todos compositores, Portela recebe terça os sambas concorrentes do centenário

Vai começar a disputa de samba mais aguardada do ano, quiçá do século! Portela dá início ao concurso de samba-enredo para o carnaval de 2023, nesta terça-feira, 02 de agosto. Pela primeira vez a disputa será aberta para compositores de fora. Isso mesmo! Você que sempre sonhou em compor um samba na nossa agremiação, chegou sua hora de participar!

enredo portela2023

Os compositores deverão entregar suas obras na quadra da escola (Rua Clara Nunes, 81 – Madureira) das 18h às 22h. Somente os concorrentes de fora do Rio de Janeiro podem efetuar sua inscrição encaminhando, até às 22h do dia 02/08/2022, comprovante bancário da taxa de inscrição; arquivo em formato Word com a letra do samba concorrente e arquivo de áudio com a gravação do samba concorrente para o e-mail: [email protected].

A disputa de samba terá início no dia 14 de agosto, no mesmo dia marcado para a final do concurso de Samba Exaltação ao Centenário da Portela. Vale lembrar que o estabelecimento de um calendário e o formato da fase final das apresentações depende de informações e normas que serão estabelecidas pela Liesa.

Em 2023, ano de seu centenário, a Portela vai levar para a Avenida o enredo “O azul que vem do infinito”, conforme explica o presidente da escola, Fábio Pavão.

“O enredo é contado a partir do olhar de cinco personagens, que, em seus períodos de vida e protagonismo na Portela e no carnaval, contemplam toda a história da nossa escola. Cada um no seu tempo. A história da Portela é a saga de gerações que se sucedem no tempo. Só assim chegamos aos cem anos”, adianta o presidente.

logo enredoportela

“O azul que vem do infinito” será desenvolvido pela dupla de carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage, que segue para o terceiro carnaval consecutivo na agremiação.

Presidente da Mancha Verde fala sobre escolha de enredo, carnavalesco e desfile de 2023 encaminhado

A Mancha Verde, atual campeã do carnaval, já está desenvolvendo o seu desfile. Antes mesmo do desfile oficial deste ano, a escola alviverde apresentou o seu enredo para 2023. O tema tem como título: “Oxente – Sou xaxado, sou Nordeste, sou Brasil”, que vem sendo desenvolvido pelo carnavalesco André Machado. A escolha do samba acontece neste sábado. * OUÇA AQUI OS SAMBAS FINALISTAS

mancha primeiroet2022 17

O presidente da agremiação, Paulo Serdan, falou sobre a escolha do carnavalesco André Machado. “A gente já tinha uma vontade de querer trabalhar com o André. Antes de bater o martelo com o Jorge Freitas, eu já tinha conversado com o André também, mas ele acabou fechando com o Rosas. Conversei com o Edson Pereira que estava na Mocidade, e depois veio a situação do Jorge. O André desde a época do Pérola, tive vontade de trabalhar. Ele fez trabalhos legais e despertou a nossa vontade e agora chegou o momento certo”, comentou.

Serdan também comentou o enredo para o próximo carnaval. “Assistindo o canal Futura, eu assisti o documentário ‘Sou Xaxado’ a uns dois ou três anos atrás. Anotei em um pedaço de papel e ele ficou guardado. Depois, 40 dias antes do carnaval de 2022, eu estava no barracão pensando no próximo projeto. E aí, eu estava na minha empresa mexendo nas coisas e o papel apareceu do nada e eu entendi que é um prenúncio. Depois eu assisti de novo o documentário, mandei para a minha diretoria, todo mundo gostou, o enredo é bom, o André desenvolveu de uma maneira muito boa e acho que a gente vai conseguir fazer um grande projeto”, contou.

Segundo o presidente, o desfile está encaminhado. “Nosso barracão está andando e o André já está definindo o que ele quer. Está tudo bem e estamos trabalhando”, revelou.

Histórico de lutas e resistência dos negros é enredo da Rosas de Ouro para Carnaval 2023

Acabou o mistério! A Rosas de Ouro anunciou, na noite desta quinta-feira, o enredo que levará para o Sambódromo do Anhembi em 2023. “Kindala – que o amanhã não seja só um ontem com um novo nome” exaltará a luta, a força e as conquistas do povo negro através dos tempos, desde seus ancestrais escravizados até os dias atuais, com a incessante busca por igualdade e respeito. O tema será desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Menezes, que segue para o segundo carnaval consecutivo na escola.

rosas enredo23

Para o anúncio oficial, a Roseira divulgou um vídeo em suas redes sociais narrado pelo ator Aílton Graça, onde declama frases fortes como “…deram-lhe a sombra, o tronco, o castigo, mas ainda assim, não se calou…”, que ajuda a ilustrar a proposta que será abordada.

“Ao longo dos anos sempre existiu e segue existindo a tentativa por uma parte da sociedade de mascarar tudo o que o negro sofreu e precisou enfrentar. E hoje ainda sofre e enfrenta. É uma luta diária. É por isso que vamos colocar o dedo na ferida. Será um desfile com cunho social e de manifestação racial. Resgataremos inclusive as próprias raízes da escola, o bairro da Brasilândia. Podem esperar polêmica, por que vai ser impactante. Uma obra aberta, que será finalizada somente pouco antes de entrar na avenida, já que qualquer caso que possa ocorrer até lá será agregado ao projeto”, afirma Menezes, que também fala sobre o conceito adotado para a escolha do nome do enredo.

“A gente queria uma palavra forte e chegamos em kindala, que no idioma bantu significa “agora”. Mas como a proposta é mostrar desde a ancestralidade até os dias de hoje, também buscamos algo atual, e agregamos a frase “que o amanhã não seja só um ontem com um novo nome”, que é uma referência à música AmarElo, do Emicida, um artista que tem muita coisa pra falar e precisa ser ouvido”, explica o carnavalesco.

A presidente da Rosas de Ouro, Angelina Basílio, destaca a importância da temática escolhida pela agremiação, já que as escolas de samba são representantes históricos de resistência da cultura negra.

“Meu coração ficou extasiado com o enredo e com a mensagem que vamos passar na avenida. Lá atrás as escolas foram refúgio para uma cultura que era perseguida. Então nós, como sambistas, temos o dever de abraçar essa luta contra a intolerância, a desigualdade e o preconceito”, diz Angelina.

A Rosas de Ouro será a quinta escola a desfilar no Sambódromo do Anhembi, no dia 17/2 (sexta-feira) pelo Grupo Especial do carnaval de São Paulo.

Fora da disputa do Império Serrano, Arlindinho pede ‘melodia inusitada’ aos poetas da Serrinha

Tricampeão de samba-enredo no Império Serrano, o compositor Arlindo Neto optou por não participar da disputada na verde e branco para o desfile de 2023. O motivo é mais que justificável. Filho do poeta Arlindo Cruz, que será homenageado pelo Glorioso na avenida no ano que vem, Arlindinho se retirou da disputa para curtir cada etapa da homenagem ao pai.

arlindo imperio2023 2
Foto: Lucas Santos/CARNAVALESCO

Arlindinho atendeu a reportagem do CARNAVALESCO para falar sobre a decisão. Vencedor na escola em 2012, 2015 e 2018, o sambista acredita que sua presença poderia esvaziar a disputa. Mesmo de fora ele pretende participar até de clipes se for um desejo das parcerias.

“Foi uma decisão muito difícil, mudei de ideia muitas vezes. Quero ter uma relação feliz com esse enredo. Uma disputa pode interferir nesse sentimento, rolar um desgaste. Se eu participasse a gente poderia ter um esvaziamento da disputa e eu penso ser importante a gente ter muitas opções. Estou a disposição das parcerias para opinar e até participar de clipes”, declarou.

Um dos autores do samba campeão da Grande Rio em 2022, Arlindinho tem a opinião de que a melodia do samba que vai homenagear seu pai precisa ser inovadora como aquelas que seu pai criou para sambas da escola.

“O samba tem de ter uma melodia vibrante, diferente, inusitada, com novidades. Eu acho que tem que ser por aí. Meu pai se doou ao Império. É muito importante essa homenagem enquanto o meu pai está aqui. Será um dos grandes momentos da vida dele”, opinou.

Arlindo Cruz venceu um samba pela primeira vez no Império Serrano em 1989. Depois disso ganhou outras 12 vezes, a última em 2016. O homenageado retornou para a casa após um período internado, como confirma à reportagem Arlindinho.

“Arlindo Cruz acabou de voltar para casa. A recuperação dele tem sido boa dentro do possível. Estamos muito felizes com a volta dele para casa. Eu já fui procurado por alguns compositores, eles cantaram o samba pra mim. Escutei coisas muito bonitas. Tenho certeza que vamos ter muitas possibilidades na escolha desse samba. Acho que será um desfile do tamanho da grandeza do Império Serrano com um grande samba”

O Império Serrano será a primeira escola a desfilar no domingo de carnaval em 2023 com o enredo “Lugares de Arlindo”. A verde e branca retorna ao Grupo Especial após quatro anos. O carnavalesco Alex de Souza conduz o projeto.

Mocidade divulga enredo para o Carnaval 2023

A Mocidade Independente de Padre Miguel divulgou o enredo para o Carnaval 2023. ‘’Terra de meu Céu, Estrelas de meu Chão’’ é o título do tema que abordará o legado dos artistas do Alto do Moura, discípulos de Mestre Vitalino, pertencentes ao maior Centro de Artes figurativas das Américas. Marcus Ferreira é o carnavalesco. A sinopse será entregue aos compositores na próxima quarta-feira, a partir das 20h, na quadra histórica da Vila Vintém.

mocidade enredo23 1

Vale lembrar que a disputa de samba da agremiação será aberta. Não é necessário ser membro da ala de compositores para participar. A agremiação iniciará sua disputa de samba-enredo no dia 11 de setembro. A verde e branca da Zona Oeste será a terceira escola a desfilar no domingo de carnaval.

Nas redes sociais, a escola divulgou um texto e vídeo do enredo. Veja abaixo.

“Serei o Brasil que nós queremos ser!

Levaremos para a Avenida o legado dos artistas do Alto do Moura, discípulos de Mestre Vitalino, pertencentes ao maior Centro de Artes figurativas das Américas.

Pessoas do povo!
Estrelas de nosso chão!
Artistas da terra de nosso céu!”