Clique nos nomes das escolas para ter cada análise
UNIÃO DA ILHA
BANGU
NITERÓI
MARICÁ

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UNIÃO DA ILHA
BANGU
NITERÓI
MARICÁ
Uma apresentação excelente da bateria da União da Ilha do Governador, comandada por mestre Marcelo Santos. Num ritmo pautado pelo equilíbrio entre os naipes e uma equalização privilegiada, nem mesmo o dilúvio torrencial tirou o ânimo dos talentosos ritmistas da União.
Foi possível perceber uma afinação de surdos extremamente acima da média na parte de trás do ritmo, que obviamente foi se modificando pela pista, já que uma chuva forte desabou de forma ininterrupta. Marcadores de primeira e segunda foram seguros e principalmente educados durante todo o ensaio. O preenchimento dos médios esteve simplesmente impressionante. Com repiques técnicos altamente coesos e um naipe de caixas de guerra com qualidade absurda, pode ser dito que o casamento musical entre os médios serviu como plataforma musical, dando base de amparo aos demais naipes.
Na parte da frente do ritmo, um naipe de tamborins de altíssimo nível tocou de forma integrada a uma ala de chocalhos soberba. O “Tamborilha” culturalmente é uma ala referência no carnaval brasileiro, mas o que tem feito o naipe de chocalhos da agremiação insulana merece uma menção pra lá de positiva. Complementando a sonoridade da cabeça da “Baterilha”, um naipe de agogôs com um ressoar metálico diferenciado esteve impecável, junto de uma boa ala de cuícas. Na primeira fila do ritmo foi possível notar ritmistas com atabaques, que inclusive se encaminhavam corredor adentro para executar bossas.
Bossas altamente musicais e profundamente eficientes foram apresentadas. Todos os arranjos se aproveitavam da melodia do samba insulano, consolidando o ritmo através das nuances. Na paradinha do refrão do meio, agogôs entravam na bateria junto dos atabaques, possibilitando um toque afro virtuoso. Já na bossa do refrão principal, atabaques tocavam com baquetas, fazendo ilusão ao toque sagrado do Aguidavi, enquanto ritmistas erguiam os braços pedindo respeito e igualdade durante a primeira passada do estribilho. Uma paradinha potente, tanto pela sonoridade, quanto pela questão energética. Provavelmente será um dos momentos de impacto positivo no aspecto da interação popular.
Uma exibição que mostrou uma “Baterilha” de mestre Marcelo pronta para ir atrás da almejada nota máxima, quiçá sonhar com premiações. Um bateria da União da Ilha que manteve o andamento cadenciado com excelência e executou suas bossas de maneira funcional. Vale mencionar positivamente a adição de atabaques, que contribuíram tanto em ritmo quanto principalmente em paradinhas, além de atrelar toques afros à sonoridade, demonstrando ser um acerto cultural em relação ao tema da Ilha.
Um ensaio técnico muito bom da bateria da Unidos de Bangu, sob o comando de mestre Laion. Atual ganhador do Estrela do Carnaval com a bateria “Caldeirão da Zona Oeste”, Laion e os ritmistas da CZO tiveram uma exibição que confirmou a boa fase. Um ritmo pesado e plenamente integrado à obra da agremiação de Bangu.
Na cozinha da bateria da Unidos de Bangu, uma boa afinação foi percebida, que deixava a bateria relativamente pesada, puxada num timbre mais grave. Os marcadores, tanto de primeira, quanto de segunda foram corretos e firmes durante o ensaio. Já os surdos de terceira foram os responsáveis pelo swing da parte de trás do ritmo. Que ainda contou com caixas de guerra com bom volume e repiques coesos.
Na parte da frente do ritmo, uma ala de tamborins de nítida técnica musical executou uma convenção rítmica de elevado grau de dificuldade, contribuindo com a sonoridade em um toque entrelaçado com um valioso e talentoso naipe de chocalhos. O ressoar de ambos se mostrou bastante integrado. Um naipe de agogôs correto também auxiliou no preenchimento musical da cabeça bateria, junto de cuícas seguras, que auxiliaram com valor sonoro, além de exibirem uma capa vermelha nas cores da agremiação, para proteger o couro do instrumento da chuva persistente.
Bossas atreladas ao samba-enredo foram notadas. Arranjos que se aproveitavam a todo o tempo da afinação mais pesada da bateria, gerando impacto sonoro. Numa concepção arrojada, uma paradinha na cabeça do samba simulava uma marcha, com a bateria virando para o julgador na execução, atrelando culturalmente o ritmo da Bangu ao enredo da escola. Promete ser um momento musicalmente e até energeticamente impactante no desfile oficial.
Uma apresentação contundente e consistente da bateria “Caldeirão da Zona Oeste”, de mestre Laion. Um ritmo enxuto foi exibido, contando com impacto sonoro da boa afinação de surdos e criações musicais com certo refino. Um treino que mostrou uma bateria da Unidos de Bangu praticamente pronta para o Carnaval 2024.
A bateria da Acadêmicos de Niterói esteve bem no ensaio técnico, comandada pelo consistente mestre Demétrius. Uma apresentação que mostrou o bom ritmo da “Cadência Niterói”, principalmente nas afinações e nos trabalhos sólidos envolvendo os médios.
Na parte traseira do ritmo, foi possível notar uma bateria “Cadência de Niterói” muito bem afinada. Os marcadores de primeira e segunda se mostraram precisos e educados. O balanço dos surdos de terceira embalou o ritmo da azul e branca de Niterói de forma sólida. O preenchimento da sonoridade por parte dos médios exibiu qualidade musical, com repiques de boa técnica e caixas de guerra com volume acima da média.
Já na cabeça da bateria, uma ala de chocalhos de alto nível técnico tocou de forma interligada a um naipe de tamborins de inegável qualidade musical, que executou uma convenção rítmica simples, mas pautada pela melodia do samba. Para auxiliar no complemento das peças leves, uma ala de cuícas bastante ressonante também adicionou valor sonoro à bateria da Niterói.
Com bossas musicais que se aproveitavam das nuances melódicas do samba-enredo, a bateria da Acadêmicos de Niterói apresentou um conjunto bem satisfatório de paradinhas. Algumas ajudaram a evidenciar a diferença entre os timbres das afinações de surdos, se aproveitando inclusive do balanço irrepreensível das terceiras nos arranjos. É possível dizer que a precisão e boa educação dos marcadores esteve em alta na realização das bossas e também nas retomadas.
Um ensaio técnico produtivo e que mostra uma bateria “Cadência de Niterói” de mestre Demétrius cada vez mais pronta para o desfile oficial. Um conjunto de bossas simples, mas bastante funcional e musical foi apresentado. Certamente a musicalidade das bossas ajudou a impulsionar os desfilantes da Acadêmicos de Niterói, num ensaio que foi realizado integralmente sob chuva forte. Entretanto, nem o tempo ruim desanimou a galera do ritmo, que se manteve discipinada e focada durante todo o cortejo, além de produzir invariavelmente um bom ritmo.
A bateria “Maricadência” fez um ótimo ensaio técnico, sob o comando do mestre Paulinho Steves. Um ritmo que se destacou pela profunda integração musical, dando ao samba o que ele pede, tanto em andamento, quanto em paradinhas.
Foi possível perceber uma bateria “Maricadência” bem pesada, com um afinação com boa distinção entre os timbres. O agudo dos surdos de segunda tinha um ressoar que impressionou. Os marcadores de primeira e segunda pulsaram com firmeza. Os surdos de terceira foram responsáveis pelo balanço, que se manteve correto. O complemento dos médios foi consistente e de qualidade. Repiques se mostraram coesos e exibiram boa sonoridade. Assim como as caixas de guerra executaram um trabalho bastante sólido contribuindo com volume.
Na parte da frente do ritmo, uma ala de tamborins se destacou com um desenho rítmico simples, mas pautado pela melodia do samba. Junto dele, quem também brilhou foi um naipe de chocalhos bem integrado, apresentando bom volume e técnica. Uma ala de cuícas correta e um naipe de agogôs eficiente também contribuiu com a musicalidade da cabeça da bateria da Maricá.
Com bossas que se aproveitavam das variações melódicas, quase intuitivas, o impacto sonoro era provocado pela pressão dos surdos. Inclusive, em dois arranjos foi possível notar o balanço criado nas paradinhas pela diferença de timbres entre as afinações de primeira, segunda e terceira. Um trabalho que resultou em uma musicalidade enxuta e uma sonoridade destacada, revelando bom gosto.
O ótimo trabalho da bateria da União de Maricá no seu primeiro ensaio técnico na Sapucaí impressionou o público presente, que caiu dentro do ritmo por onde ele passava, mesmo com uma chuva insistente. Importante ressaltar que nem isso murchou ritmistas ou mesmo fez cair a afinação das marcações, numa noite em que a galera do ritmo e seus diretores se doaram de forma integral para o bom treino da “Maricadência”, de mestre Paulinho Steves.
A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro apresenta neste domingo (14), durante os ensaios técnicos de Portela e Unidos da Tijuca, o projeto piloto daquele que será o novo carro de som da Liesa. O plano, que está sendo desenvolvido em parceria com o Estúdio Century, estará totalmente finalizado até o próximo Carnaval.
O novo carro de som representará um investimento de aproximadamente R$ 800 mil, entre elementos técnicos modernos e estrutura, com microfones de alta qualidade que visam proporcionar uma vivência única.
Vale ressaltar que, para otimizar a experiência sonora dos ensaios, ainda neste ano, estão sendo utilizados componentes de última geração, garantindo não apenas um volume potente, mas também uma reprodução cristalina.
Além dos equipamentos, uma equipe profissional, com vasta experiência na área, está sendo montada para assegurar o sucesso da iniciativa, oferecendo suporte dedicado para operar o sistema.
“Os novos investimentos em tecnologia e na equipe de profissionais proporcionarão uma maior qualidade sonora, o que ressalta o nosso compromisso com as escolas de samba do Rio Carnaval e com o público”, destaca o vice-presidente da Liesa, Helio Motta.