Compositores: Sereno do Cabral, João do Cazulo, Léo Barroso, William Caboclo e Anderson Pavarotti
Intérprete: Sereno do Cabral
Cantores: Léo Barroso, Déborah Óliver, William Caboclo, João do Cazulo e Anderson Pavarotti
O AMOR QUE ME FEZ
GOSTAR DE VOCÊ
É O MESMO AMOR
DA ESCOLA DO MEU CORAÇÃO
POR ISSO É QUE HOJE ESTOU AQUI
PARA CANTAR E CONTAR
DA TUA HISTÓRIA LEMBRAR
UM GÊNIO CRIADOR
RAZÃO DE SER UM BEIJA-FLOR
LAÍLA, A FONTE DA MINHA INSPIRAÇÃO
NO SAMBA DE PRETO,
CORAÇÃO PULSA FORTE,
SOPRAM OS VENTOS DE OYÁ
NASCIDO DO VENTRE DE DONA CORINA
RENASCIDO EM ORIXÁ
CIDADÃO DE VALOR
DEMONSTROU COM FERVOR
A ARTE DE SEU POVO EM “FANTASIA”
DE ENREDOS PLURAIS,
DE TANTOS CARNAVAIS,
NO CAMINHO MUITO ARDOR E MAESTRIA
UMA LUZ QUE ILUMINA A ESCURIDÃO
CLAREOU O CAMINHO DE UM CAMPEÃO
BRILHOU, LAÍLA BRILHOU
E A TODOS ENCANTOU
NILOPOLITANO AMOR
ABRAM ALAS PARA A MINHA EMOÇÃO
LAÍLA DO MEU CORAÇÃO
HOJE O MEU SAMBA É VOCÊ
NOSSO POVO TODO TE ACLAMA
LAÍLA… A BEIJA-FLOR TE AMA
Kaô meu velho!
Volta e me dá os caminhos
Conduz outra vez meu destino
Traga os ventos de Oyá
Agô meu mestre
Sua presença ainda está aqui
Mesmo sem ver, eu posso sentir
Faz Nilópolis cantar
Desce o morro de Oyó
Benedito e Catimbó
O alabá Doum
Traz o terço pra benzer
E a cigana puerê
Meu Exu
De copo no palco, a nota certeira
Regeu o sagrado toda quinta-feira
O brado no tambor, feitiço
Brigou pela cor, catiço
Coragem na fala sem temer a queda
O dedo na cara, quem for contra reza
Vencer o seu verbo
Gênio do ouvido perfeito
A trança nos versos
Divino e humano em seu jeito
Queria paz mas era bom na guerra
Apitou em outras terras, viajou nas ilusões
Deu voz à favela e a tantas gerações
Eu vou seguir sem esquecer nossa jornada
Emocionada, a Baixada em redenção
Chama João pra matar a saudade
Vem comandar sua comunidade
Óh Jakutá, o Cristo preto me fez quem eu sou
Receba toda gratidão Obá, dessa nação nagô
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Da casa de Ogum, Xangô me guia
Dobram atabaques no quilombo Beija-Flor
Terreiro de Laíla meu griô
Sopra, à noite, o vento de oiá (oiá)
E anunciou…
Lagrimas transbordam a retina
É o filho de Corina
Meu menino de Xangô
Genialidade, rege seu ori
Ancestralidade, um leve colibri
Eu levo fé no meu fio de contas,
O inimigo desmonta
Eu permaneço de pé
De todos os santos, da encantaria
Se na mão eu levo o terço
No pescoço eu levo a guia
Povo preto da baixada, vencedor!
Quem é do gueto não teme nada, nem senhor
Minha alma africana é a mesma de Laila…
BEIJA FLOR…
Regente da orquestra popular
talento absoluto, maestria de griô
Dispondo ousadia ao desfilar
Nos caminhos da harmonia foi que a gente se encontrou
“Veje bem” o jeito de quem faz história
E que tem eternizado na memória
Os carnavais na Galeria dos imortais
Quando a saudade apertar
lembre que amor não tem fim
Nos somos um só você vive em mim
Quando a saudade apertar
lembre que amor não tem fim
Nos somos um só você vive em mim
Obákossôkao,kabiselê
Orum ordenou, tem festa no ayê
Laila eternamente soberano
No coração do Nilopolitano
ELE BRADOU NO ALTO DA PEDREIRA
CORPO MENINO, ALMA DE ORIXÁ
BAIXOU XANGÔ PRA VER A SUA CRIA
SOB A VENTANIA DE MAMÃE OYÁ
BLINDADO FEITO O METAL DE OXÊ
FORJADO PARA ME FAZER VENCER
O SEU ORI TEM MIRONGA
EM CADA FIO DE CONTA
A FÉ SINCRETIZADA NESSE MEU GRIÔ
É TRONCO FORTE MUZEMBA
QUE RISCA PONTO NA PEMBA
É VIGA QUE NÃO SE CURVOU
DOS IBEJIS À MAGIA CIGANA
OKÊ CABOCLO! FLECHA SOBERANA!
GANGAZUMBA Ê! LUIZ!
REPARAÇÃO DO GUETO, A MINHA RAIZ
A VOZ DAS VOZES SILENCIADAS
COMANDANTE PRETO DA NAÇÃO BAIXADA
UM MESTRE, RESOLUTO, INOVADOR
O DOM ABSOLUTO EM HARMONIA
DEIXOU SEU LEGADO POR ONDE PASSOU
JUNÇÃO DE MALANDRAGEM E POESIA
VERDADE,O SAMBA FEZ A DOR PASSAR
MAS FICA NO MEU PEITO ESSA SAUDADE
DE QUEM FEZ DE NÓS UM EXEMPLO DE COMUNIDADE
MEU VELHO, DA ENCRUZA ATÉ A QUADRA
HÁ MACUMBA ARRIADA
NÃO HÁ CHAMA QUE LHE FORJE
SAIBA,JÁ ESTÁ TUDO PREPARADO
PRA VOCÊ SER ASSENTADO
BEM AO LADO DO SÃO JORGE
A Ê BÀBÁ!
ÀJÀKÁ MÁA BÈ KAÔ
ÀJÀKÁ MÁA BÈ KAÔ
BEIJA FLOR É SEU GONGÁ
SE TENHO A HISTÓRIA QUE VOCÊ RESPEITA
QUE A JUSTIÇA SEJA FEITA “FOI LAÍLA O ORIXÁ”
ACENDE VELA PARA O REI DESSA PEDREIRA
A SUA ALDEIA HOJE EVOCA O TROVÃO
LÁ VEM O FILHO DE XANGÔ COM IANSÃ
REVIVER NESSE TERREIRO
TODA LUZ DO SEU AFÃ
E “VEJE BEM”, TODA CRENÇA É BEM VINDA
O MENINO DE CORINA PÕE O PÉ E ESPERA O CHÃO
CADA FIO NO PESCOÇO, É MANDINGA DO DIVINO
O FEITIÇO DESSE MOÇO “GUIA” A FÉ DO SEU DESTINO
PRETO VELHO ME ENSINOU A CAMINHAR
QUEM NÃO QUER GUERRA SABE GUERREAR
O VALOR DO MEU LUGAR É LIÇÃO DO PROFESSOR
NAÊ RAINHA DO MEU BEIJA FLOR
LUIZ… FERNANDO DO CARMO E DO MORRO
VESTE A SANDÁLIA DE COURO
REGE A SINFONIA DA FAVELA
O SOM DA LATA É BATUQUE NAS VIELAS
Ô DINDINHA CLAREIA O MEU LUAR
Ê NANAÊ OKÁ, Ê NANAÊ
NÃO FOI EM VÃO O CANTO DO SABIÁ
É CABOCLO INJURIADO NO AXÉ DE OGUNHÊ
(EM NOME DO PAI)
EM ORAÇÃO MEU PAI…
CORTEJO, EM REVOADA, BEIJA FLOR…
PRA RETORNAR AOS PASSOS DE UM GRIÔ!
LUZ DA NOBREZA PRATEANDO A RUA
O TEU SAMBA CONTINUA ONDE ECOA TUA VOZ
ÓH MESTRE…
MESMO PROIBIDO, OLHAI POR NÓS!
NÃO ESTAMOS SÓS!
GUARDA A ENCRUZILHADA, ABRE OS CAMINHOS
EXU DA BAIXADA, DE VOLTA PRO NINHO
QUEM BUSCA A VITÓRIA, NÃO TEME QUEBRANTO!
LAROYÊ! LAÍLA DE TODOS OS SANTOS!
A Unidos de Vila Isabel, em parceria com o Governo do Estado, promoverá neste sábado um mutirão de serviços gratuitos na quadra da agremiação. Serão oferecidos exames oftalmológicos, agendamento para emissão de 1ª e 2ª via da carteira de identidade e habilitação para casamento, além de isenção da taxa de certidão de nascimento, casamento e óbito.
Foto; Divulgação/Vila Isabel
Também será possível solicitar termo de união estável e segunda via do título de eleitor, obter carteira de trabalho digital e regularizar o CPF. A comunidade ainda poderá buscar orientação sobre oportunidades de emprego através da Secretaria de Estado de Trabalho e Renda.
“A Vila Isabel tem um compromisso antigo com o trabalho social. Nós acreditamos na importância de olhar para as necessidades do povo. Esse mutirão é mais uma das nossas ações de cidadania e inclusão. Espero ver não só quem é do samba, mas também quem não frequenta, na nossa quadra para aproveitar essa oportunidade”, afirmou o diretor de Carnaval da escola, Moisés Carvalho.
O atendimento acontecerá das 9h às 13h no Boulevard 28 de Setembro, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio.
Serviço
Mutirão de serviços gratuitos
Data: 27/07
Hora: 9h às 13h
Endereço: Quadra da Unidos de Vila Isabel – Boulevard 28 de Setembro, Vila Isabel
A bateria Pura Cadência da Unidos da Tijuca retoma nesta quinta-feira os ensaios de bateria visando o Carnaval 2025. Os ensaios acontecem a partir das 20h na quadra da agremiação. Faltando aproximadamente oito meses para o desfile, a bateria do mestre Casagrande vai começar a ensaiar seu ritmo a fim de conquistar a manutenção da nota máxima do quesito no próximo carnaval. A diretoria convoca todos os ritmistas para o recadastro e informações sobre o trabalho que será realizado para o Carnaval 2025, calendário de eventos, bem como a devolução das fantasias.
Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO
A Pura Cadência que é Patrimônio Imaterial do Rio de Janeiro mantém a sua identidade característica e executa a renovação e manutenção dos ritmistas, sempre imprimindo um ritmo cadenciado e com desenhos e bossas objetivas, proporcionando o canto, apresentando um bom andamento que sustente o desfile, auxiliando todos os outros quesitos.
Sob a regência de mestre Casagrande desde 2008, a bateria da Unidos da Tijuca, com o dedicado trabalho do mestre, junto aos seus diretores e ritmistas, buscará novamente atingir seu nível de excelência.
A quadra da escola fica situada à Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo.
A Viradouro, atual campeã do Grupo Especial do Rio de Janeiro, se prepara para o Carnaval 2025 com o enredo “Malunguinho: O Mensageiro de Três Mundos”. Em entrevista ao site CARNAVALESCO, o carnavalesco Tarcísio Zanon e o enredista João Gustavo Melo compartilharam detalhes sobre a origem do enredo, os momentos mais impactantes durante a pesquisa e suas opiniões sobre as escolas de samba com temas de matriz africana. Tarcísio Zanon contou como surgiu o enredo através de pesquisas e estudos ao longo da pandemia e a importância de Malunguinho como uma figura histórica e cultural, sendo um exemplo da luta do povo afro-brasileiro e indígena que atravessou gerações.
Tarcísio Zanon, carnavaelsco da Viradouro. Foto: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO
“Costumo dizer que a gente não escolheu o Malunguinho, foi o Malunguinho que nos escolheu. Eu tinha já uma pesquisa, no ano da pandemia, eu estudei muito, a gente ficou em casa e aí eu tive uma pesquisa sobre Jurema e seria uma das propostas de enredo, a árvore Jurema e esse culto a Jurema. Esse ano eu comecei a estudar mais sobre os encantados e descobri essa história do Malunguinho. E fiquei muito encantado quando descobri que ele, além de sobreviver dentro do culto da Jurema, ele foi achado em um registro policial através do professor Marcos e a partir daí ele passa a ser um personagem não somente da Jurema e sim um personagem da história do Brasil. Um dos maiores quilombolas como foi o Zumbi dos Palmares. É muito interessante a gente conseguir entender que o povo preto, o povo indígena levou essa história através dos cânticos e agora ele também entra para história e se Deus quiser ele vai chegar no lugar onde ele precisa estar que é no Panteão dos Heróis Nacional”, contou Tarcísio.
João Gustavo, em sua reflexão sobre o enredo, compartilhou a importância e o significado de Malunguinho na trajetória da Viradouro com a continuidade nos enredos de matriz africana.
João Gustavo, enredista da Viradouro. Foto: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO
“O mais importante que eu acho é que o Malunguinho veio até nós, assim como o Dangbé veio até nós, e eu acho que é uma consequência também de uma trilogia de enredos que a Viradouro vem fazendo. E agora a gente veio nessa energia da Jurema, que é algo muito poderoso, que quando a gente esteve em Pernambuco, a gente pôde entender melhor e pôde entrar nessa energia. E eu acho que a gente tem uma grande responsabilidade, mas também um grande afeto por contar essa história do Malunguinho”.
O que mais impactou o carnavalesco o durante a pesquisa do enredo foi a imersão profunda na cultura da Jurema: “Todo esse processo de imersão que a gente está tendo de poder ir nas casas, de conhecer os mestres, de conhecer os juremeiros, isso tem sido uma coisa muito interessante e intensa. E o que foi mais legal para mim nesse processo foi poder ter tomado a jurema indígena da tribo Funiô e a jurema urbana nas casas de Pernambuco. Como a gente sabe, a jurema é um remédio e é um psicoativo, isso ampliou muito a minha criatividade e com certeza a gente vai respeitar muito, fazendo o Malunguinho ser esse grande rei na Marquês de Sapucaí”.
E para João Gustavo, a descoberta sobre Malunguinho foi a parte mais marcante da pesquisa, ele destacou a profundidade e a beleza das vivências da Jurema, onde Malunguinho, além de ser uma entidade espiritual respeitada, desempenhava um papel muito importante na comunidade, atuando como um médico espiritual e ajudando as pessoas em suas necessidades físicas e espirituais, o que torna sua história ainda mais rica e inspiradora.
“Acho que a figura histórica do Malunguinho, cruzado com a entidade que ele se tornou, porque no culto da Jurema, você ser entidade de três mundos é algo raríssimo, para não dizer inédito. Então, o Malunguinho é mestre, é caboclo e é Exu/Trunqueiro. Ele é três coisas que são muito difíceis de acontecer, você ter as três entidades. Então, a gente entrar nesse mundo, poder entrar no mundo dos invisíveis, no mundo espiritual, conhecer um pouco das vivências da Jurema, que são vivências lindas, que é como o João Monteiro falou, não havia médico nessas localidades mais pobres, o doutor do mundo era Malunguinho”, destacou João Gustavo.
Ao serem questionados sobre o que não pode faltar no samba-enredo para 2025, Tarcísio Zanon e João Gustavo Melo, deixaram claro a importância de capturar a essência e o sentimento de Malunguinho como um herói não reconhecido, a necessidade de transmitir a luta e a transformação de Malunguinho de um personagem marginalizado a uma figura heroica e espiritual, dando importância na profundidade e na riqueza de sua história para o samba da Viradouro.
Tarcísio desabafou que não pode faltar esse sentimento do herói que ainda não foi reconhecido e que lutou a sua vida toda, assim como a Viradouro que segue lutando pelo próximo título: “Não pode faltar esse sentimento, que é o sentimento desse herói do avesso, esse herói que não foi reconhecido ainda, mas que a Viradouro, nesse momento, que ela poderia estar comemorando seu título, ela está lutando pelo próximo título, assim como o Malunguinho lutou sua vida toda e ainda luta através desse espírito que fala conosco, dessa energia que fala conosco”.
João Gustavo complementou, destacando a figura do herói não convencional que foi Malunguinho: “Eu acho que não pode faltar no samba-enredo é um sentimento de Malunguinho como esse herói do avesso, quando a gente fala herói do avesso é justamente o anti-herói, o cara que era perseguido, que só estava documentado nas páginas policiais e que o povo fez dele um herói e uma entidade de três mundos, como o caboclo e o ,estre Exu/Trunqueiro. Você desenvolver esse novelo, contar essa história, é o grande barato do samba”.
João também compartilhou sua visão sobre esse momento das escolas de samba do Rio escolhendo enredos que abordam a matriz africana. O enredista acredita que o cCarnaval é uma força para contar histórias importantes e esquecidas do Brasil, especialmente, em um momento em que o racismo e a intolerância religiosa estão tão visíveis.
“O nosso futuro é ancestral e a gente tem responsabilidade, o carnaval das escolas de samba, como evento midiático, ele tem responsabilidade de contar histórias que falem sobre o Brasil profundo. Contar histórias que não só sejam também um elemento de reflexão e que reverbere nas escolas, nas universidades, porque o Brasil está, nós estamos sob ataque. As religiões de matriz africana estão sob ataque. O racismo nunca esteve tão exposto no Brasil como agora. As escolas têm um dever como entidades que recebem dinheiro público de levar histórias com responsabilidade, de levar histórias com esse Brasil profundo. Eu acho que as escolas, no geral, têm tido esse compromisso, o que não inviabiliza outros tipos de enredo e outra diversidade de enredo. Mas nós, da Viradouro, estamos assumindo, junto com outras escolas também estão contando isso, mas de trazer elementos de um Brasil desconhecido e que tem uma responsabilidade, uma reverberação para atacar fogo no Brasil”, destacou João.
Os gritos da torcida na quadra da Imperatriz Leopoldinense e nas redes sociais da escola já apontavam para uma nova estrela: Rosimary do Nascimento Freitas, 63 anos, ou “Tia Rose”, como ficou conhecida na noite da última terça. A manicure, moradora de Campo Grande, participou da audição para a ala de passistas da Rainha de Ramos e viralizou com o seu carisma e samba no pé, levando os outros participantes e as mais de 2 mil pessoas que acompanhavam pela internet, ao delírio.
Foto: Arquivo pessoal
Com o número 77 em sua blusa, Rose não se preocupou com o preconceito que poderia surgir pela sua idade. Pelo contrário.
“Antes de tentar essa vaga, eu tentei para as alas de comunidade. Como as vagas esgotaram, fiquei na reserva. Foi quando eu vi o anúncio para ser passista, e não pensei duas vezes. Só perguntei se havia algum limite de idade. Como disseram que não, me joguei!“, conta Rose.
A manicure sempre foi uma apaixonada por samba. Desfilou em algumas escolas, até começar a acompanhar a filha Roberta, que mora em Irajá e desfila na Imperatriz. Se encantou pela verde, branco e dourado da Zona da Leopoldina.
“Eu senti muito afeto desde que pisei lá em Ramos pela primeira vez. E agora então, ainda mais. Foi tudo muito carinhoso”.
Rose, agora tenta assimilar toda a repercussão.
“Ainda tô entendendo o que tá acontecendo. O samba sempre bateu em mim muito forte, o Carnaval, a alegria. E é assim que eu gosto de encarar a vida”.
É ELA, TIA ROSE | Confira a apresentação completa que conquistou o coração de toda a internet.
A presidente da Imperatriz Leopoldinense, Cátia Drumond, destacou a alegria de Rose, e garantiu um lugar especial para ela no desfile de 2025, diferente da ala de passistas.
“Como eu fico feliz em ver as pessoas realizando sonhos e sendo felizes, por isso eu amo cada dia mais o Carnaval. Tia Rose estará com a gente na avenida em 2025”.
Os diretores artísticos da escola, Márcio Dellawegah e Sabrina Sant’Ana, também convidaram Rose para fazer parte dos shows artísticos da atual vice-campeã do Carnaval.
Rose dá uma lição para quem acha que o samba não é espaço para pessoas mais velhas.
“Nós estamos vivos, a idade é só um detalhe. O que importa é o que está dentro de nós. Idade não impede nada! É nossa mente e nossa energia que progridem o sucesso”.