A Mocidade Independente de Padre Miguel já está em Portugal para participar do Mega Samba, o carnaval fora de época lusitano. A agremiação, que é uma das atrações principais do evento, vem realizando shows e workshops no país.
Foto: Divulgação/Mocidade
A comitiva é composta pelo cantor Zé Paulo, o mestre de bateria Dudu e o diretor de bateria Geovani Martins, além do primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Diogo Jesus e Bruna Santos, e a cria Independente e rainha do Carnaval 2024, Gabriela Mendes. Eles foram recebidos pelo prefeito de Sesimbra, Francisco Jesus, e pelo presidente da Assembleia, João Narciso, durante a cerimônia de abertura.
“Ver o sucesso que o nosso enredo do caju causou desde o último pré-carnaval até aqui é de emocionar demais. Estou feliz em poder estar com amigos e parceiros do dia a dia nessa participação da Mocidade. O Mega Samba está parecendo Ponto Chic: onde vamos, todos falam da Mocidade. Que orgulho”, contou o intérprete Zé Paulo Sierra.
No próximo Carnaval, a verde e branca apresentará no Sambódromo carioca o enredo “Voltando para o futuro – Não há limites para sonhar”. A agremiação será a primeira a desfilar na terça-feira, dia 4 de março.
O Acadêmicos do Tucuruvi já tem seus sambas finalistas para a disputa do carnaval de 2025. Quatro obras estão na disputa para se tornar o hino oficial do enredo “Assojaba – A Busca do Manto”, desenvolvido pelos carnavalescos Dione Leite e Nicolas Gonçalves. As parcerias de número 02, 03, 13 e 77 disputarão a grande final, que acontece no próximo domingo, dia 04 de agosto.
Fotos: Felipe Araujo/Liga-SP
A agremiação da Cantareira recebeu nove sambas ao todo no concurso e chegou aos quatro finalistas depois de duas apresentações em sua quadra. O vice-presidente da agremiação, Rodrigo Delduque, destacou a qualidade das obras e um balanço da disputa.
“A nossa disputa desse ano foi muito aguardada. Tivemos um verdadeiro hino no último carnaval e precisávamos manter o mesmo nível. Temos quatro obras na final que podem representar muito bem o nosso enredo e isso nos deixa muito satisfeitos. Nossa diretoria terá uma grande missão na escolha”, revela Delduque.
A grande final da disputa acontecerá no dia 04 de agosto, a partir das 18 horas, na quadra localizada na Avenida Mazzei, 722 – Vila Mazzei, com entrada franca.
Conheça as parcerias finalistas
Samba 2 – Compositores: Edmilson Silva, Sandro Neves, Rick RGR, Biel Gomes e Renato William.
Samba 3 – Compositores: Macaco Branco, Prof. Carlos Bebeto, Djalma Santos, Chiquinho Gomes, Dr. Marcelo, Denis Moraes e Marcelo Faria.
Samba 13 – Compositores: Lico Monteiro, Leandro Thomaz, Marcelo Lepiane, Ian Ruas, Richard Valença, Jefferson Oliveira, Lucas Macedo, João Perigo, Cabeça do Ajax, Gigi da Estiva, Miguel Dibo e Telmo Augusto.
Samba 77 – Compositores: Bruno Giannelli, Turko, Cláudio Russo, Zé Paulo Sierra, Silas Augusto, Luis Jorge, Dr Elio, Fábio Souza, Rafa do Cavaco e Rodrigo Peu.
A Unidos de Padre Miguel está em busca de novos talentos para a sua Comissão de Frente do Carnaval 2025, sob a direção do coreógrafo Sérgio Lobato. As audições ocorrerão em duas datas e locais diferentes: no sábado, 3 de agosto, às 16h, no Barracão da UPM, na Cidade do Samba, e no domingo, 4 de agosto, às 10h, na Quadra da escola, na Vila Vintém.
Foto: Divulgação/UPM
Para participar os interessados devem atender aos seguintes requisitos:
– Ser mulher ou homem negro.
– Possuir experiência em algum estilo de dança.
– Ter experiência em shows, espetáculos de dança ou carnaval.
– Ser maior de idade.
– Ter altura mínima de 1,65m para mulheres e 1,75m para homens.
– Ter disponibilidade para ensaios e apresentações.
Sérgio Lobato, que acumula anos de experiência no cenário artístico e carnavalesco, promete trazer um espetáculo inovador para o desfile de 2025, ano em que a Unidos de Padre Miguel retorna ao Grupo Especial.
“Estamos em busca de talentos que não apenas possuam técnica, mas que também sejam capazes de transmitir emoção e força em suas performances. A comissão de frente é a porta de entrada do nosso desfile, e queremos causar um impacto inesquecível na Sapucaí”, afirma o coreógrafo.
A Unidos de Padre Miguel será a primeira escola a desfilar na Marquês de Sapucaí no domingo de Carnaval, pelo Grupo Especial carioca. O Boi Vermelho da Zona Oeste levará para a avenida o enredo Egbé Yá Nassô, dos carnavalescos Alexandre Lousada e Lucas Milato.
A Colorado do Brás anunciou, por suas redes sociais, o profissional que continuará o desenvolvimento do enredo “Afoxé Filhos de Gandhy no ritmo da Fé”. Trata-se de David Eslavick, que já trabalhou na Colorado como aderecista até 2021.
Foto: Divulgação/Colorado do Brás
Sua experiência no barracão e no ateliê da Colorado demonstraram sua criatividade e seu compromisso com a arte. O convite para ser o carnavalesco da agremiação foi uma etapa natural, segundo o presidente Ka. “O David é um menino que trabalhou muito pela Colorado e tem o que precisamos para buscar um excelente desfile”, arremata.
A apresentação oficial à comunidade acontecerá no próximo dia 25 de agosto, data em que será lançado o samba-enredo.
Mariana Ribeiro, a Mari Mola é a mais nova madrinha do Arranco. Ela chega para “amadrinhar” uma ala muito especial na azul e branca do Engenho de Dentro, a ala LGBTQIAPN+, que surgiu no carnaval de 2024.
Foto: Divulgação/Arranco
“O convite foi feito e pensado para Mari Mola por tanta representatividade que ela carrega. Sendo ela uma mulher bissexual e ícone do carnaval, a ideia é reforçar ainda mais que o Arranco é uma escola de mulheres”, disse a vice-presidente da escola Tatiana Santos.
No mundo do samba, Mari Mola não é famosa só pelo samba no pé, mas também por seu engajamento em questões políticas e sociais. Nascida e criada no Morro do Tuiuti, a jovem iniciou a sua trajetória no mundo do samba ainda criança, aos 7 anos na Mangueira do Amanhã. Na mesma época desfilou na ala das crianças no Paraíso do Tuiuti. A partir daí, nunca mais deixou a folia. Foi passista no Império Serrano, Salgueiro, Mangueira e no Paraíso do Tuiuti, essa última, onde ela foi musa. Em 2023, foi eleita a rainha do carnaval.
O clima de assombração está no ar! Com 12,1% dos votos dos leitores do CARNAVALESCO o enredo da Vila Isabel foi eleito o melhor do Grupo Especial do Rio de Janeiro para o Carnaval 2025. A escola levará para Avenida “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Paulo Barros. A escola focará nas assombrações que atazanam o imaginário popular, demonstrando como elas fazem parte do nosso dia a dia de várias formas, em diversas etapas da vida – desde a infância até a fase adulta. * LEIA AQUI TODAS SINOPSES
Foto: Divulgação/Vila Isabel
“Na avenida, o Trem Fantasma vai passar por florestas, águas, matas, redondezas, infância e vai desembarcar em um grande baile. Por que nós vamos no Trem Fantasma? Para sentir medo? Não! Para se divertir”, disse Paulo Barros, na apresentação da sinopse aos compositores.
Atual campeã do Grupo Especial, a Viradouro recebeu 11,9%. A escola apresentará o enredo “Malunguinho a o mensageiro dos três mundos”. A Beija-Flor ganhou 11,4% e terá o enredo “Laíla de todos os santos. Laíla de todos os sambas”. O Paraíso do Tuiuti e a Imperatriz Leopoldinense receberam 9,8% cada uma. A escola de São Cristóvão terá o enredo “Quem tem medo de Xica Manincongo?” e a agremiação de Ramos o “Ómi Tútu ao Alafon – Água fresca para o senhor de Ifón”.
Grande Rio, que levará o enredo “Pororocas parawaras: as águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”, Portela com “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, e o Salgueiro com “Salgueiro de Corpo Fechado”, receberam 7% dos votos cada uma.
A Unidos da Tijuca com “Logun-Edé: Santo Menino que velho respeita”, a Mocidade que terá “Voltando para o Futuro – Não há limites pra sonhar”, a Unidos de Padre Miguel com “Egbé Iya Nassô”, e a Mangueira com o enredo “À Flor da Terra – No Rio da Negritude Entre Dores e Paixões”, ganharam 6% dos votos.
O carnaval do Brasil é uma das festas populares mais conhecidas do mundo. Com a capacidade de parar o país e atrair milhões de turistas, essa grande festa é responsável por retratar a cultura, a história e os costumes da nossa sociedade.
Não por acaso, alguns dos jogos de cassino favoritos dos usuários brasileiros são
aqueles que incorporam elementos do carnaval, seja por meio das suas cores ou pelo ritmo animado dessa festividade.
Entre as comemorações realizadas por todo o país, duas cidades se destacam por terem o carnaval mais popular, Rio de Janeiro e São Paulo. Abaixo, confira quais são as principais diferenças entre elas.
Desfile das escolas de samba
Todos os anos, as escolas de samba do Rio de Janeiro oferecem um espetáculo visual na Sapucaí, enquanto as escolas de São Paulo apresentam suas performances impecáveis no Anhembi. Porém, apesar de terem vários elementos em comum, esses desfiles não são nada parecidos. Saiba abaixo o porquê.
Samba-enredo
De forma geral, o samba-enredo das escolas de São Paulo costuma ser menos crítico e provocativo. Uma das características do desfile paulistano é entregar uma apresentação que agrade aos jurados e aqueles que investiram na realização do desfile, o que cria um certo distanciamento do público.
Por esse motivo, os sambas-enredo do Rio de Janeiro geralmente se destacam mais. Ao unir competência técnica com temas que despertam a inclusão e o engajamento político, as escolhas cariocas conseguem entregar espetáculos disruptivos.
Carros alegóricos
Apesar de muitos espectadores não perceberem isso, os carros alegóricos em São Paulo são bem maiores do que no Rio de Janeiro. No entanto, para quem assiste pela televisão, essa diferença não chama atenção, pois o jogo de câmeras e a iluminação da Sapucaí conseguem maximizar a magnitude das alegorias cariocas. Em São Paulo, ainda falta melhorar a estrutura e os equipamentos utilizados no desfile para transmitir ao vivo e pela televisão a imponência dos carros alegóricos.
Bateria
A bateria é um dos pilares de um bom desfile, e nesse sentido, o carnaval do Rio de Janeiro ainda está um pouco a frente do de São Paulo. Como as letras e melodias são compostas no coração das comunidades cariocas, o resultado final é mais autêntico do que nos desfiles paulistas, onde as letras e melodias às vezes são adquiridas de terceiros.
Blocos de rua
Outra parte fundamental do carnaval do Rio e de São Paulo são os blocos de rua. No carnaval de 2023, o Rio de Janeiro teve cerca de 100 blocos a mais do que São Paulo, considerando os cinco dias de folia, com 450 bloquinhos pelas ruas. Também em 2023, o maior bloco de São Paulo foi o Bloco das Gloriosas, comandado por Gloria Groove, o qual levou mais de 500 mil pessoas para as ruas. Já no Rio de Janeiro, o maior bloquinho foi o Fervo da Lud, liderado por Ludmilla, responsável por atrair mais de um milhão de foliões.
O site CARNAVALESCO analisou a eliminatória da chave B dos sambas da Portela para o Carnaval 2025. Abaixo, você confere os textos das parcerias classificadas. * OUÇA AQUI OS SAMBAS CONCORRENTES DA PORTELA
Parceria de Mauro Diniz: O segundo samba da noite foi composto pelos compositores Mauro Diniz, Pirique Neto, Antônio Pontes, Fabrício Fontes, Diego Nicolau, Fred Camacho e Francisco Aquino. A torcida não foi tão grande, mas isso não foi problema, porque cantaram de forma contínua do início até o fim. Os intérpretes foram Evandro Malandro e Diego Nicolau e passaram muito bem na condução mostrando uma sintonia perfeita. A obra teve um bom rendimento na quadra, principalmente no refrão principal que foi a parte que mais empolgou “Milton Nascimento//Brasileiro Vencedor//Voa nas asas da águia//Que a Portela te veste de amor”. Outra parte de destaque da apresentação foi na variação melódica “Mas é preciso ter força quilombo//Mas é preciso ter raça na vida// Rufam tambores pra te receber//É o prenúncio do amanhecer”. O curto refrão de meio funcionou bem. Talvez, o único ponto que pode melhorar para as próximas apresentações é o desfecho no final da primeira do samba, antes de entrar no curto refrão de meio. * OUÇA AQUI A OBRA
Parceria de Vinicius Ferreira: a obra assinada pelos compositores Vinicius Ferreira, Rafael Gigante, Wanderley Monteiro, Jefferson Oliveira, Bira, Hélio Porto e André do Posto 7, foi a terceira parceria no palco da Águia Altaneira. A torcida marcou presença em grande número e mostrou muito ânimo até mesmo no término da apresentação. Wander Pires conduziu muito bem com o seu talento habitual, contando também com o forte palco. O rendimento do samba foi ótimo, crescendo da semana passada para essa. A cabeça do samba foi um destaque na apresentação, começando muito bem. Na virada melódica “O sol no altar da manhã//É de oxalufã nosso celeiro” foi outro momento de destaque. O refrão principal empolgou a torcida que estava presente “Qualquer maneira de amor vale a pena//Você é um poema que a vida escreveu//O amor é por nós, tem timbre, tem voz//E nasceu Milton pelas mãos de Deus”. Vale a pena citar também que a parceria optou por seguir uma outra narrativa, não inserindo músicas de Milton Nascimento. Foi a primeira apresentação forte da noite. * OUÇA AQUI A OBRA
Parceria de Chicão do Cavaco: o quarto samba da noite foi composto pelos compositores Chicão do Cavaco, César Antunes, Edson Batista, Fagundinho, Messias Jordão, Aldo da Serrinha e Lourenço de Ogum. A torcida compareceu em um número reduzido, mostrando empolgação principalmente no refrão principal. O intérprete Fabinho conduziu de forma correta. Foi uma apresentação regular da parceria, que também melhorou comparando com a performance do domingo passado. O refrão principal foi o ponto alto “Vem de Madureira//A procissão do samba// Com tantos bombas imortais//Brilha a Portela na avenida//Com seus devotos de Minas Gerais”. Já o refrão de meio não empolga tanto. A obra poderia ter uma chamada mais forte para o refrão de cabeça, embora não tenha comprometido. Um outro ponto de destaque é o capricho que os compositores tiveram na letra. * OUÇA AQUI A OBRA
Parceria de Valtinho Botafogo: a obra assinada pelos compositores Valtinho Botafogo, Os Gêmeos, Madalena, Rodrigo Guerra, Lico Monteiro, Orlando Ambrósio e Marcelo Lepiane, foi a quinta parceria da noite. A grande torcida fez uma festa tremenda do início ao fim. Thiago Brito foi o responsável por conduzir o samba e fez isso muito bem. A obra foi muito bem cantada pelo palco e passou energia para todos que assistiam a apresentação. O refrão principal foi berrado pela torcida e teve um alto rendimento no palco “Solto a voz//Que o dia vai clarear//Meu povo em prece a cantar na procissão//Quero chorar, sorrir, viver cada momento//Feito menino, Milton Nascimento”. A obra conta com um momento diferenciado na melodia, na chamada para o refrão de cabeça “Eu caçador de mim//La la laia, la laia//Eu caçador de mim”. O refrão do meio também foi outro ponto alto passando muito bem nas três passadas. Foi uma ótima apresentação da parceria, sendo um dos destaques da noite. * OUÇA AQUI A OBRA
Parceria de Jorge do Batuke: o sétimo samba da noite foi composto pelos compositores Jorge do Batuke, Neizinho do Cavaco, Feijão, Márcio Carvalho, Araguaci e Cláudio Russo. A torcida marcou presença em grande número e se manteve animada até mesmo após o término da apresentação. Pitty de Menezes e Tem-Tem Jr conduziram muito bem o samba. Aliás, foi mais um palco forte que se apresentou nessa noite. O rendimento do samba foi ótimo, levantando algumas pessoas que estavam nos camarotes. Contando com uma melodia para cima, o samba teve alguns pontos de destaques na noite de hoje: Na virada melódica na primeira parte do samba “Dobrando a esquina lá vem Madureira//É pó é poeira!//. Outro ponto de destaque foi a chamada para o refrão de cabeça “Sim, todo amor é sagrado//Sim, tudo é cantoria//Nada será como antes depois desse dia”. O falso refrão de meio levantou a torcida, principalmente no primeiro verso “Lá êh”. E não podia deixar de falar do refrão principal que contagiou a torcida e as pessoas que estavam assistindo. Foi uma das grandes apresentações da noite. * OUÇA AQUI A OBRA
Parceria de Cecília Cruz: o oitavo samba a se apresentar foi assinado pelos compositores Cecília Cruz, Cláudio Cruz, Luciano Fogaça, Binho Gomes, Osmar Fernandes e Júlio Pagé. A torcida foi uma das que mais cantaram o samba durante todo o momento. Igor Vianna foi muito bem na condução da obra, sendo um dos destaques da apresentação. Vale a pena destacar também todo o palco da parceria. O rendimento do samba foi ótimo, sendo uma das grandes apresentações da noite. Foi embalada pelos dois refrãos que são de muita qualidade, sendo que o falso refrão de meio ainda tem uma pegada diferente e que deu certo na quadra “Roda, gira, gira sol, onde mora manhã//Lá detrás do arrebol, raia a alugar de Oxalufã//Roda, gira, girassol, onde o canto foi saudar//Nas Gerais, a voz de Deus, Epa Babá”. Outro ponto de destaque foi a cabeça do samba que conta com uma melodia mais suave e que passou muito bem na quadra. A obra tem uma letra inspirada e pode brigar por algo maior nessa disputa. * OUÇA AQUI A OBRA
Parceria de Beto Martins: a obra assinada pelos compositores Beto Martins, Joseth Rodrigues, Wagner Escóssia, Adilson Franco, Serginho Cataguases, Jurema Matos e Professor Carneiro, foi a nona parceria a se apresentar. A torcida não marcou presença, mas os poucos que estavam presentes se mantiveram animados. Leozinho Nunes foi bem na condução do samba. A apresentação foi regular e contou com alguns pontos de destaques: a variação melódica na primeira parte do samba “A emoção reluzindo no olhar”. O refrão principal foi outro destaque na apresentação, sendo bem levado no palco. Uma parte do samba que fica aquém melodicamente é o refrão do meio “Ao cair da tarde no horizonte o arrebol//Coroando a procissão do Carnaval//Segue em frente sem pensar em desistir//Tão bom Minas Gerais é logo ali”. E um outro ponto que me chamou atenção foi uma quebra melódica no verso “O grande momento em fim chegou”, onde há um alongamento na palavra chegou. A parceria foi regular na noite de hoje e mostraram uma melhora do domingo passado para hoje. * OUÇA AQUI A OBRA
Parceria de Lídia Gaúcha: o penúltimo samba da noite foi assinado pelos compositores Lídia Gaúcha, Gadelha da Portela, Fernando Mendes, Robertinho Sorriso, Júlio Rocha, Madu Sylva e Nei Brito. A parceria contou com poucas pessoas na torcida. O intérprete Dodo Ananias foi muito bem na condução, sendo um dos destaques da apresentação. O ponto de maior desequilíbrio da parceria foi o refrão principal que passou bem no palco. Um ponto que chama atenção na obra, é a segunda parte do samba que é muito curta, contando apenas com cinco versos, mas que não comprometem. A primeira do samba não empolgou tanto e o desfecho poderia ter sido melhor na melodia. Foi uma apresentação apenas regular da parceria. * OUÇA AQUI A OBRA
Parceria de Claudinho DVD: o último samba da noite teve a assinatura dos compositores Claudinho DVD, Tony Matos (Farid), Vera de Jesus, Partidinho, Clarissa Mainardi, Márcia Pimentel e Serginho Raiz. Pouquíssimas pessoas na torcida da parceria não tiraram o ânimo que os compositores estavam no palco. O rendimento do samba não foi bom e precisa melhorar para poder avançar de fase. A apresentação teve um problema grande no final da primeira parte na primeira passada, onde cantaram errado, ao invés de cantarem “Com o seu canto confirma a expressão”, cantaram “Suas canções alegram os corações”. O destaque da parceria foi o ânimo dos próprios compositores, cantando bastante o samba. * OUÇA AQUI A OBRA
A Inocentes de Belford Roxo celebrou no último domingo seu aniversário de 31 anos e apresentou a obra que levará para Marquês de Sapucaí em 2025. A oção foi reeditar o enredo e o samba de 2008, ““Ewe, a cura vem da floresta”, que será desenvolvido pelo carnavalesco Cristiano Bara. O enredo tem como guia condutor o poder da cura das doenças através das plantas e a necessidade de preservarmos as florestas. Os compositores são Carlinhos do Cavaco, Claudio Russo, Nino do Milênio e Tem-Tem Jr. O samba teve uma leve alteração no refrão do meio. Ouça abaixo na versão gravada pelo intérprete Daniel Silva.
Ao site CARNAVALESCO, o artista Cristiano Bara fez um balanço do desfile de 2024 e projetou o desfile do ano que vem.
“O desfile de 2024 foi bem positivo e de acordo com o que a escola queria apresentar. Poderia ter uma colocação melhor, mas faz parte do processo, a escola não pode ensaiar, porque o prefeito impediu a escola de trabalhar em Belford Roxo. Gosto bastante da ideia do enredo de 2025. Em 2008, eu participei ajudando o Caribé (carnavalesco na época). Conheço bastante e faremos uma reeleitura para os tempos de hoje, com visual plástico diferente e sem perder a essência do enredo. A escola já sabe o samba e gosta dele. Todos sabem cantar. Podem esperar uma Inocentes comprometida em fazer carnaval, rica visualmente e contar a história com a mesma maestria que o Caribé fez em 2008”.
Carnavalesco Cristiano Bara
Reginaldo Gomes, presidente da Inocentes, explicou a opção pela reedição e também falou sobre a questão com a prefeitura municipal, que não permitiu ensaios da escola em Belford Roxo.
“A gente tinha uma preocupação de ter enredo vitorioso. Estamos falando de tema atual, que é a natureza. Estamos juntando o útil ao agradável. Estamos fazendo os protótipos e vamos começar a reprodução. Pedimos autorização para fazer os ensaios em Belford Roxo, o prefeito não liberou e vamos para Mesquita. O prefeito vai ter que aprender a respeitar a cultura de Belford Roxo”, afirmou o dirigente.
Presente na quadra, o intérprete da União de Maricá e compositor do samba da Inocentes, Nino do Milênio, fez declaração de amor para escola de Belford Roxo e citou que o samba vai ajudar ao desfile da agremiação no ano que vem.
“Representa muito ter o samba novamente na Avenida. A Inocentes é minha vida e história. Sou Inocentes e Belford Roxo. Esse samba é da época que estava começando no carnaval, quando conheci o Claudio Russo e parceiros. Estou muito feliz aqui. Revendo amigos e muita gente que não encontrava há muito tempo. O samba de 2025 é muito bom. A Inocentes está com grande obra para o desfile do ano que vem. A escola está muito bem servida. O refrão principal mexe comigo, o meu coração é Inocentes”.
Felizes com o trabalho em 2024, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus e Jaçanã, projetou o trabalho para o desfile de 2025 e celebrou a reedição do enredo e do samba. “Foi um carnaval maravilhoso e perfeito. A gente trabalhou bastante e gostamos muito do resultado. Vamos trabalhar mais para 2025. Eu amo esse samba e enredo”, afirmou a porta-bandeira.
“Fizemos o que a gente queria em 2024. Foi excelente para gente. Agora, é trabalhar bastante para Inocentes voltar ao Especial. Adorei a ideia da reedição”, completou o mestre-sala.
Contratação da Inocentes para o desfile de 2025, o intérprete Daniel Silva celebrou a chegada na escola e falou da parceria com a bateria. “É um novo ciclo. Chego feliz na escola. Doido para trabalhar e estar junto da comunidade. Conhecer o jeito da Inocentes. Temos um samba lindo e vai dar tudo certo. Acho que foi uma sacada maravilhosa reeditar o samba. É forte! Falou da religiosa e africanidade pode esperar um desfile maravilhoso e grandioso. A bateria estamos nos conhecendo, tenho carinho enorme com mestre Washington, vai ser mais fácil o entrosamento”.
Comandante da bateria, mestre Washington Paz fez balanço do desfile de 2024 e prometeu novidade para 2025. “A gente teve pouco tempo para ensaio para 2024 devido aos problemas que tivemos no município. A bateria se apresentou bem e perdemos um décimo, mas faz parte e agora é melhorar para 2025. Vamos trabalhar para voltarmos a ser ousados, não queremos ser tão simples. Estamos preparando algumas surpresas e tenho certeza que vamos surpreender. O Daniel Silva (intérprete) é um sonho antigo trabalhar com ele. Sou muito fã dele. Com a Darlin (Ferrattry, rainha de bateria) vai ser uma parceria bacana e de sucesso. Aguardem”, disse.
O primeiro domingo olímpico de 2024 foi de felicidade na porção abaixo do Centro de São Paulo – e não apenas por conta das medalhas conquistadas por atletas brasileiros. Neste domingo (28 de julho), o Barroca Zona Sul apresentou o samba-enredo que levará para a avenida no ano de 2025. Composto por Thiago Meiners, Sukata, Claudinho, Cacá Camargo, Fernando Negão, Morganti, Jairo Roizen, Léo do Cavaco, André Valencio, Mineiro, Júlio Alves e Marco Moreno, a obra embalará o enredo “Os Nove Oruns de Iansã”, idealizado por Pedro Alexandre, o Magoo, carnavalesco da verde e rosa. Além da apresentação do samba-enredo, o evento teve mais atrações. Antes do anúncio, houve espaço para os shows de Douglas SP, Resenha dos Brothers e DJ Fabiano. Depois da apresentação de segmentos e da canção verde e rosa para 2025, o Vai-Vai também se apresentou. * OUÇA AQUI O SAMBA-ENREDO PARA 2025
Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO
Lapidando a joia
O Barroca, há alguns anos, confia em um grupo de compositores para criar o samba-enredo. Alguns desses compositores são da própria escola. Cacá Camargo, por exemplo, é diretor musical de agremiação. Fernando Souza, o Fernando Negão, escreveu a canção e também é o comandante da Tudo Nosso, bateria da escola. E, de acordo com ele, o fato da temática afro ser conhecida e querida pela escola foi um dos motivos pelos quais o trabalho dos compositores foi inspirador: “Sem dúvida o enredo nos favorece, porque a gente já está vindo com esse costume de cantar sempre sambas afro – com algumas exceções. Agora, voltamos para o que a gente sempre faz”, relembrou – com destaque para as exceções, já que, em 2024, a agremiação cantou o Jubileu de Ouro da instituição (“Nós nascemos e crescemos no meio de gente bamba. Por isso, que somos a Faculdade do Samba. 50 anos de Barroca Zona Sul”), e em 2023, o enredo foi indígena (“Guaicurus”).
De acordo com ele, não foi o cargo que ele possui na instituição que deixou a vida mais fácil: “A gente criou um grupo no WhatsApp, todos os compositores foram trocando informações. Demorou um pouquinho (uns um mês e meio, dois meses), mas chegou no que a gente queria. Nesse tempo, o samba mudou umas cinco ou seis vezes. Na realidade, até depois de gravado a gente teve algumas mudanças na letra que o Magoo pediu, mas chegou onde a gente queria”, detalhou.
Flávio Morganti, o Sukata, revelou mais alguns detalhes do processo criativo do grupo: “O nosso grupo funciona da seguinte forma: nós temos uma parceria básica – que eu, o Thiago Meiners, o Jairo Roizen, o Fernando Negão e o Cacá Camargo. A gente começa a fazer tudo por internet. O negócio vai nascendo, crescendo, vai mudando, cada um vai dando uma opinião. Quando o negócio encaixa, a gente apresenta para a escola. A escola pede algumas alterações e a gente muda aqui, muda ali… vamos mudando. Quando a escola aprova, o negócio está pronto”, destacou, antes de comentar que a rede mundial de comunicação é fundamental por conta da distância entre cada um dos compositores – além de paulistas, fluminenses, sulistas e baianos estão na parceria.
Como compositor e mestre de bateria, Fernando não nega que a imaginação já começa a borbulhar conforme os versos vão sendo escritos: “Algumas bossas e convenções já aparecem na hora, porque fica mais fácil compondo o samba. Para mim, participar do andamento do samba, da letra e da melodia é importantíssimo. Os caras já vão me mandando, eu já vou pensando em bossa, em passagem, virada. Fica mais prático”, confessou.
Outros integrantes, porém, também são ouvidos pelos compositores, afirma Sukata: “Montamos uma peça e apresentamos, ouvimos de cada um o que está legal e o que pode ser melhorado. Vemos com o presidente, com os intérpretes, vemos o tom para eles, a parte de ritmo e andamento com o Fernando Negão… vamos assim”, revelou.
Elogios
Foi perceptível a empolgação da comunidade logo após a primeira passada do samba. Além do refrão de cabeça, a repetição de versos inteiramente afro (“Akoro mina dewa aê, akoro mina dewá/Epahey oyá! Oyá Oyá”) também agitou os presentes na quadra – que, pouco a pouco, começaram a evoluir na quadra tal qual um terreiro e um ensaio já rumo ao carnaval 2025.
Para muitos integrantes da agremiação, não foi por acaso. A obra foi elogiada por todos os ouvidos pela reportagem. O mais impactante dos elogios foi feito por ninguém mais, ninguém menos que Ewerton Rodrigo Ramos Sampaio, o Cebolinha, presidente da instituição: “O samba, realmente, é um dos melhores dos últimos cinco anos. Eu sou fã do samba de Oxóssi (“Okê Arô”, de 2019), e a canção de 2025 eu acho que é o melhor samba que a gente vai apresentar desde então”, empolgou-se.
Fã da eficiência, Magoo também aprovou: “Gostei muito do samba! Sem enrolação, sem falação, tem toda a sinceridade sobre o tema. Os compositores foram muito felizes, eles pegaram os pontos centrais, eles tiveram uma riqueza poética, uma melodia muito legal, muito legal mesmo. Tenho certeza que todo mundo que ouvir vai gostar. Samba empolgante, vai ajudar bastante a gente no nosso projeto”, orgulhou-se.
Um dos três diretores de Harmonia do Barroca, Célio Souza foi mais um importante componente do Barroca a falar bem da canção: “Gostei do que ouvi! Acho que o samba que vem aí vai ter uma crescente muito grande. Ele vai ser muito bom para o nosso carnaval, para o nosso chão, que é o nosso forte aqui no Barroca Zona Sul. Eu acho que a tendência do samba é que ele cada vez mais crie corpo, cresça e se fortaleça. Vai chegar na avenida com um peso muito grande para a gente fazer um carnaval de qualidade, de primeira”, projetou o profissional, que atua em parceria com César Souza e João Neguinho – este último, também vice-presidente da agremiação.
Mestre-sala da verd e rosa, Marcos Costa, o Marquinhos, deu mais detalhes sobre o que mais o cativou na obra: “Alguns integrantes da escola ouviram o samba essa semana pra poder, na apresentação de hoje, já estar por dentro. Eu gostei muito da segunda parte, principalmente. É uma parte que é mais do estilo que eu gosto, que é mais melodiosa – e é diferente do ano passado. Apesar do samba do ano passado ser bem melodioso (ele era inteiramente assim, todo melodioso), esse ano a primeira parte é de um jeito, a segunda cai pra uma parte mais de melodia que eu gosto. Acho que tem tudo pra dar certo”, revelou.
Por fim, responsáveis por executar a obra, a dupla de intérpretes do Barroca, Dodô Ananias e Cris Santos, também elogiou a canção: “A gente gravou o samba na quarta-feira, e passamos o samba para a comunidade em tempo. A surpresa foi ver que, em pouco tempo, a comunidade já pegou o samba. O bom da escola, com essa comunidade vigorosa, é que, quando fazemos tudo junto, o resultado é como vimos hoje. Parece que o samba já está há mais de mês sendo escutado, executado… mas, não: foi uma gravação, um ensaio – e, agora, no ensaio geral, a comunidade cantou junto”, comentou Cris, dando mais alguns detalhes sobre os últimos dias da agremação. Dodô foi pela mesma linha: “Gostei muito do resultado final do samba. Eu estou muito feliz com a obra. Quero dar os parabéns aos compositores, acertaram mais uma vez, a caneta caiu de pé. A recepção e o acolhimento da comunidade com o samba também foi muito bom. A gente só fez um ensaio e a escola ainda nem ouviu a gravação oficial, que deve ir para a rua amanhã, e já foi assim! Estou muito feliz, muito contente. Acredito que esse samba vai impulsionar muito o nosso trabalho e o desfile da nossa escola”, comentou.
Como dois dois músicos da instituição, ambos revelaram algumas partes que consideram como favoritas na canção: “Auando a gente escutou para gravar, o samba inteiro é emocionante. Tem umas partes que tocam mais, como o segundo refrão, da estrofe para baixo. Mas o samba em si, desde o refrão de cabeça até o final da estrofe, é lindo. Ele é lindo de ponta a ponta e não tem uma parte que a gente vá dedicar mais: o samba já se dá por ele mesmo, ele é lindo por ele mesmo”, apaixonou-se Cris. Dodô preferiu outra parte, entretanto: “Eu, particularmente, acho o samba maravilhoso. Mas eu acho que ele tem um refrão muito forte, que vai tocar o Anhembi… a segunda do samba, que o Cris citou, também é muito emocionante. Quem tem devoção à Santa Bárbara, quem é filho de Iansã, de Oyá, vai se tocar, vai se arrepiar. E, quem não é, quem aprecia um bom samba-enredo, também vai se emocionar com esse samba”, destacou Dodô.
O processo como ele é
Quem também elogiou a obra foi Angélica Barbosa, uma das diretoras de carnaval do Barroca. Ela, porém, não deixou de fazer alguns apontamentos sobre o processo criativo em relação à primeira ouvida na canção original pensada pelos compositores: “quando a gente ouviu o samba pela primeira vez, eu, tecnicamente, fiquei junto com a diretoria fazendo as análises do que possivelmente poderia ser um problema na hora do julgamento. Aconteceu com a gente nesse ano, então a gente ficou fazendo, procurando essas questões pra ajustar – tanto que a gente teve que fazer alguns ajustes. A gente tem uma equipe que de compositores que faz o samba pra gente e acho que até ficou meio cansativo pra eles porque eles faziam, mandavam, a gente analisava, e voltávamos com novas melhorias. O produto final eu amei, mas até consolidar foi um processo meio demorado, de uns quarenta e cinco dias. Às vezes eles mudavam alguma coisa pra encaixar alguma letra, aí a gente pedia pra eles gravarem e cantarem, aí eles cantavam e mandavam, por vezes pedíamos para voltar ao que estava… teve esse tempo, mas o resltado final foi fantástico”, abordou.
Quem também destacou as idas e vindas no processo de criação foi Magoo: “A nossa relação com os compositores foi uma conversa bem aberta, bem franca. A gente conversou e a gente estava diariamente em contato. Eles faziam alguma parte e perguntavam o que achávamos. Foi assim com o próprio presidente! A gente criou um grupo no WhatsApp e a gente ia dando pitaco, ia mexendo. Se pegar o primeiro que foi escrito até o último, teve uma diferença muito grande. Teve a participação direta do pessoal da diretoria, tudo certinho. Foi uma coisa prazerosa de trabalhar, foi um trabalho em conjunto. E, é claro, a genialidade e a competência dos compositores foi algo fantástico. Foi muito legal esse processo”, detalhou.
Sobre o formato
Muito se fala sobre o quanto a encomenda de samba-enredo em detrimento às elimiantórias é positiva ou negativa. Cebolinha defendeu o método de construção de samba com uma única parceria: “Esse formato tem agradado. A gente está trabalhando nessa linha há alguns anos, e por isso eu acho que é uma linha que deu certo. Acho que o Barroca, nos últimos cinco, seis, sete anos, vem trazendo grandes sambas. Acho que está dando certo, a linha a se seguir é essa e a gente está bastante contente com isso”, vaticinou.
Eventos e passos
O cinquentenário do Barroca Zona Sul será comemorado no dia 07 de agosto, e a agremiação fará não uma, mas duas festas para comemorar – uma no dia 18 de agosto, com participação da Mocidade Alegre, Resenha dos Brothers e Um Toque A Mais; e outra no dia 15 de setembro, com participação do Doce Encontro e do Fundo de Quintal. Mas a agremiação não irá parar por aí. Cebolinha pontuou que, um dia após o evento de apresentação do samba-enredo, a verde e rosa anunciará uma festa com uma grande escola de samba convidada.
Ao ser perguntada sobre próximos eventos, Angélica se ateve aos quesitos: “Pensando no desfile, a gente vai fazer uma reunião com os chefes de ala para poder mostrar os pilotos prontos – porque, até o momento, a gente só mostrou em desenho. Está muito legal, surpreendeu, o Magoo é magnífico, surpreendeu bastante. E, agora, a gente está focado em ensaio. O próximo passo é ensaio, ensaio, ensaio e ensaio”, brincou.
Célio foi na mesma linha de Angélica: “A primeira coisa que a gente faz é reunir todos os chefes de ala, fazer uma reunião, pegar a impressão também deles, do que eles acharam do samba. É muito importante a comunidade estar envolvida e estar interagindo com a gente o tempo todo, porque são eles que vão fazer a diferença na pista. Não adianta o Célio gostar ou o João gostar: quem tem que gostar é a nossa comunidade. Pelo o que eu vi ontem, no primeiro ensaio que a gente teve com o samba, a impressão foi muito boa. Acho que eles gostaram, vi muitos elogios sobre o samba, acho que tem tudo para dar certo. Depois fazemos ensaio com alas, e aí a gente vai fazendo o samba crescer com cada uma delas. Cada componente vai vir, tirar dúvidas de letra, ver se não entendeu ou aonde precisa ir. Tem algumas partes do samba que você vai aprimorando para a pessoa não cantar errada no dia do desfile. Mas eu acho que a comunidade aqui é sensacional, vai dar tudo certo e é um samba que, como eu falei, vai chegar na avenida muito forte”, prometeu.
Acompanhando de longe
Embora estivesse presente, Marquinhos dançou menos que outros casais do Barroca por um motivo especial: Lenita Magrini, primeira porta-bandeira da escola, está em um compromisso profissional na Coreia do Sul e retorna no próximo mês para o Brasil. Ao falar sobre como está ensaiando para o desfile, Marquinhos citou a parceira de dança: “A mente de casal funciona bem assim: a gente fica ansioso para ouvir o samba, já para começar a imaginar que parte que o corpo pede para dançar. Como tivemos uma apresentação aqui, fechada para a escola, os intérpretes estavam cantando, eu fiquei ouvindo e já falei quais partes do samba me dá vontade de balançar, por exemplo. Aacho que eu e a Lenita vamos muito por isso: é o feeling do que o nosso corpo sente, para onde o samba pede para o nosso corpo ir. Tem coisas bem interessantes que dá para a gente fazer”, comentou.
Perguntado sobre como está a rotina de treinamentos á distância, Marquinhos tratou de tranquilizar os torcedores do Barroca: “A gente ainda está bem tranquilo. Eu também trabalho com dança, a gente estava bem focado: ela lá no trabalho dela na Coreia e eu aqui, com os meus trabalhos na escola de dança – tinha um espetáculo que eu estava coreografando, que era itinerante. A gente estava bem tomando conta da nossa vida profissional e ela falando que estava voltando, que estava a milhão, que quando ela voltasse eu estava ferrado. A gente está guardando esse gás porque, quando ela voltar, o bicho pega. É mais ou menos o que acontecia nos anos anteriores, quando eu estava nos programas de TV que eu fazia: você trabalha com dança quase o dia inteiro, eu chegava para ensaiar com as porta-bandeiras e eu estava voando. Nesse ano, eu quem vou sofrer: ela está no rendimento total e eu quem vou ter que acompanhar”, finalizou.