Início Site Página 335

Mancha Verde espera escolher uma posição confortável para os componentes e estratégica para desfilar

A Mancha Verde foi a sexta escola na noite de sexta-feira a passar no Anhembi no Carnaval 2024. Entretanto, a diretoria da agremiação sonha com uma posição melhor, que seja mais cedo para estratégias de desfile e promova o conforto para a comunidade. Novamente a sexta-feira já está confirmada pelo próprio presidente Paulo Serdan. Agora, resta saber realmente qual colocação a Mancha vai optar. Sempre vale ressaltar que a entidade ficou na quinta colocação no último carnaval. Sendo assim, será a quinta escola a escolher a posição desejada no próximo dia 18/05. A porta-bandeira Adriana Gomes, o presidente Paulo Serdan e o diretor de carnaval Paolo Bianchi conversaram com o CARNAVALESCO para falar sobre o que esperam da definição.

mancha capa24
Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

Iluminação favorável e conforto aos componentes

O presidente Paulo Serdan revelou que a escola que irá se apresentar no Anhembi na sexta-feira. De acordo com o gestor, a agremiação vai desfilar em uma posição melhor do que 2024, pois cruzaram a linha amarela da dispersão em um horário que não foi projetado. “Não está muito difícil de todo mundo adivinhar mais ou menos a posição das escolas. É só ver quem escolhe sempre um dia e escolhe o outro. Eu queria uma escola antes, mas a gente vai vir em uma posição de desfile melhor do que a gente desfilou esse ano. Por que eu digo melhor? Melhor porque, como não teve horário de verão, a gente até se projetou para uma coisa, mas acabou que clareou muito mais rápido até por essas ondas de calor que está tendo. Então a gente deve vir uma escola antes e vai ser bacana. A sexta-feira está confirmada”, comentou.

O diretor de carnaval Paolo Bianchi compactua com a ideia do presidente e disse ser favorável a um horário mais cedo. Ele vai além e diz que a escola desfila com muitos idosos e crianças. “Como nós somos o quinto a escolher, a gente tem a previsão de ficar com uma posição bem legal, que pegue o sambódromo mais quente, como a gente diz, e também não tanto para o final. A gente já pegou amanhecendo esse ano, nos preparamos para qualquer situação. A escola tem essa maneira de trabalhar em que a gente tem bastante controle e parceria com nossos componentes, onde eles se adaptam a qualquer situação. Mas claro que um pouco mais cedo tem a questão da luz, da iluminação e tem a questão também do cansaço. A gente sai com bastante crianças e idosos. Quanto mais cedo, mais confortável para eles. Então a gente tem essa expectativa de pegar uma posição um pouco mais para o meio e, por ser o quinto a escolher, achamos que vai ser tranquilo”, contou.

Preparação minuciosa e preferência de horário

A porta-bandeira da Mancha Verde, Adriana Gomes, se mostrou totalmente confortável em pegar um horário mais cedo e citou alguns preparos que um casal faz para desfilar bem e, segundo ela, esses padrões se adequam melhor em um desfile cujo a ordem seja próxima das primeiras. “Eu, Adriana Gomes, prefiro sempre desfilar mais cedo. A gente tem que trabalhar, além de tudo, a ansiedade, a alimentação, o descanso. Também não pode descansar demais. A gente tem que estar com o corpo sempre ativo. Eu nem posso dar como exemplo esse último carnaval que a gente desfilou muito tarde, que a gente foi a sexta escola, porque foi um carnaval adverso. Eu tive que me preparar psicologicamente de uma diversidade de trocar de mestre-sala e também estar muito tarde. Então a preparação é mais atenta. Aquilo que você come, você não pode ficar muito tempo sem comer e deve comer leve… Tem que se arrumar também sem correria. Mas eu prefiro desfilar mais cedo. Pra mim é muito melhor”, explicou.

Uma das sambistas mais experientes do carnaval paulistano, a porta-bandeira já viu de perto diversas mudanças internas. A dançarina opinou sobre o novo formato de definição de ordem dos desfiles e disse que toda nova experiência se for para o bem do carnaval é válida. “Qualquer mudança sempre é um susto no primeiro impacto, depois a gente vai criando entendimento sobre isso e eu acredito que nesse momento é o negócio mais estratégico das diretorias das escolas. Eles sabem como é a sua comunidade, como é que desfila e estrategicamente escolher o melhor horário de entendimento. Como eu vejo a mudança? Eu posso ver como uma evolução para algum lugar. Eu já estou no carnaval, como todos sabem da minha história, desde criança. Só como porta-bandeira são 25 anos e já enfrentei muitas mudanças de várias coisas no carnaval, mas essa é a primeira no método de colocação de ordem de desfile. Acho que toda experiência é válida e vamos ver no final do evento como é que vai ser esse organograma do próximo desfile. Eu sou sempre positiva para as mudanças. Eu acho que se é positivo para o carnaval, eu sou uma que vou abraçar”, disse.

Adriana, que passou por um desafio intenso na avenida no último carnaval, falou como está a preparação junto ao Marcelo para 2025. A porta-bandeira perdeu o seu parceiro dias antes devido à uma doença do mesmo. Sendo assim, o segundo mestre-sala do quadro de casais da Mancha Verde, Thiago Bispo, fez o par e juntos levaram a nota para a escola. “A gente já está preparando e conversando sobre tudo que vamos criar para o próximo carnaval. A partir do lançamento do enredo, nós temos mais ou menos ideias do que vamos representar na avenida e sobre aquilo que vai ser colocado em cima do personagem. Então a gente vai pesquisar elementos daquilo que possa ser, que a diretoria vai apresentar para a gente para o Carnaval 2025, mas vai ser uma preparação tão intensa como todos os outros anos. A gente sempre está muito focado naquilo que a gente quer, que a gente propõe, baseado nos elementos raízes da dança do mestre-sala e porta-bandeira, colocando os elementos que a proposta de critério de julgamento nos impõe para também colocar na apresentação para os jurados”, completou.

Paulinho da Viola faz show no Rio e grava registro audiovisual

Na véspera do seu aniversário de 80 anos, em 11 de novembro de 2022, Paulinho da Viola iniciou, no Qualistage, uma turnê nacional em comemoração à sua trajetória de mais de meio século na música brasileira. O show contava com a direção de Cláudio Botelho e participação dos músicos que acompanham o artista há muitos anos. Ao longo de 2023, a turnê percorreu mais de 15 cidades em 12 estados brasileiros e foi vista por mais de 50 mil pessoas.

paulinho viola
Foto: Léo Aversa/Divulgação

Agora é a hora de voltar para casa, em mais uma apresentação para o público carioca, e com direito a gravação para um registro audiovisual (aquilo que até outro dia mesmo se chamava DVD): Paulinho retorna ao Qualistage no dia 25 de maio, às 21h30, cantando samba, porque só assim ele se sente contente…

– Mas como assim 80 anos?

Pois é, o tempo passa como um rio na vida de Paulinho. O ano de 1942, que deu à MPB nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Milton Nascimento, antes de chegar ao fim viu nascer o menino de Botafogo (porém vascaíno, é claro), filho do violonista e chorão César Faria e de dona Paulina, que cresceu ouvindo o conjunto Época de Ouro, integrado por Seu César, e conheceu o samba na União de Jacarepaguá, antes de chegar à Portela.

A soma do batuque sambista com a elegância do choro, além da companhia de bambas como Monarco, Nelson Cavaquinho, Manacéa, Elton Medeiros e Walter Alfaiate, rendeu uma obra com pérolas como “Argumento”, “Coração leviano”, “Para um amor no Recife”, “Para ver as meninas”, “Eu canto samba”, “Timoneiro” e muitas outras, sempre entoadas pela voz leve, quase sussurrada – eventualmente emprestada a canções de outros autores, como na clássica versão de “Nervos de aço”, de Lupicínio Rodrigues –, do cantor e mestre no violão e no cavaquinho. Ao lado de companheiros de banda históricos como Celsinho Silva (pandeiro e voz) e Hércules (percussão), além dos filhos João e Beatriz Rabello, Paulinho registra o show dos 80 anos dando mais um presente ao Rio. Sorte a nossa.

Dia 25 de Maio/sábado
Show às 21h30
Abertura da casa às 19h30
Local: Qualistage
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3000 – Barra da Tijuca
Classificação: 18 anos. Sujeito a alteração por decisão judicial.
Bilheteria Oficial: Shopping Via Parque – Av. Ayrton Senna, 3000 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
Segunda a Sábado das 11h às 20h
Domingo e Feriados das 13h às 20h
Vendas: https://www.ticketmaster.com.br/event/paulinho-da-viola
Ingressos a partir de R$ 60,00
Classificação etária de 18 anos – menores somente acompanhados dos responsáveis
Capacidade: 9 mil pessoas em pé ou 3.500 sentadas
Informações: https://qualistage.com.br/
O espaço possui acessibilidade

Vai-Vai busca emoção e quer fechar o sábado de carnaval

Maior campeã do carnaval paulistano, com quinze títulos do Grupo Especial, o Vai-Vai está prestes a começar o ciclo do carnaval de 2025 com sensação de dever cumprido. Após alternar subidas de divisão e rebaixamentos para o Grupo de Acesso I, enfim a Saracura voltou a se estabilizar no pelotão de elite da folia em São Paulo. E, de acordo com integrantes da própria agremiação, há uma vontade em comum a se realizar na definição da ordem dos desfiles para a próxima temporada. Ao menos é o que dois dos principais nomes da instituição do Bixiga relataram ao CARNAVALESCO em entrevistas exclusivas.

vaivai capa24
Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

Fechamento com chave de ouro

Presidente da agremiação desde 2021, Clarício Gonçalves trouxe um panorama mais aberto sobre a vontade da Alvinegra: “Queremos desfilar no sábado. Seria bom ser da quinta escola em diante, mas fechar o desfile também seria interessante e emocionante”, comentou.

Intérprete alvinegro, Luiz Felipe, desde 2020 ocupando o posto de principal voz do Vai-Vai, foi ainda mais específico e sucinto: “Fechar o sábado de carnaval, com toda certeza, seria uma emoção única”, cravou.

Vale destacar que o Vai-Vai não encerra uma noite de desfiles desde 2010, quando abocanhou a terceira colocação indo ao Anhembi an sexta-feira com o enredo “80 Anos de Arte e Euforia, “É Bom no Samba, É Bom no Couro” Salve o Duplo Jubileu de Carvalho”. Já a última oportunidade na qual a Saracura fechou o conjunto de desfiles paulistanos foi no ano 2000, primeiro ano com duas noites de apresentações. E foi ano de título para a Alvinegra (empatada com a X-9 Paulistana), com a temática “Vai-Vai Brasil”.

Relutância com o novo formato

Apesar de terem opiniões (e motivos) distintos para tal, os dois ouvidos pela reportagem também não fizeram grandes elogios à nova dinâmica para definição da ordem dos desfiles. Mais prático, Clarício relembrou que o novo formato já estava definido desde o regulamento do carnaval de 2024: “Na verdade, não se trata de gostar ou não desse modelo. Mas, sim, de se adaptar às novas regras estabelecidas pela Liga-SP, decididas em comum acordo com os presidentes das escolas”, comentou.

Sem papas na língua, Luiz Felipe explicou o motivo pelo qual não é dos grandes fãs da nova diretriz: “Sendo bem sincero, eu não gostei. Preferia o modelo anterior, acho que dava mais frio na barriga. Mas tenho certeza que será feito da melhor forma, democraticamente e de modo que todas as escolas fiquem satisfeitas”, pontuou, deixando claro que a preferência pessoal do cantor nada tem a ver com a lisura de todo o processo.

Rumo ao topo

Ao falarem do carnaval passado e do próximo, os dois ouvidos, novamente, possuem opiniões semelhantes. O sentimento de gratidão ao enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano” é recíproco. Mesmo com o oitavo lugar, a colocação foi comemorada por estabilizar a Alvinegra no Grupo Especial sem susto algum e, também, por toda a repercussão que a apresentação gerou, “furando a bolha” do carnaval paulistano.

Na visão do presidente, a briga em 2025 já é por título: “Em 2024, fizemos um desfile correto, potente e nos mantivemos no Grupo Especial, que era um de nossos objetivos. Para 2025, vamos corrigir os erros e buscar alcançar nossa décima sexta estrela”, declarou Clarício, em alusão aos quinze títulos do Bixiga na folia da cidade.

Com os pés mais no chão, Luiz Felipe não falou em título, mas comentou que o Vai-Vai deve ter uma colocação melhor para a próxima temporada: “O balanço que faço de 2024 é muito positivo e acho que nos fortalece e impulsiona para buscar as primeiras posições em 2025, local onde o Vai-Vai sempre deve estar”, finalizou.

Camisa Verde e Branco comemora permanência no Especial e tem escolha de horário traçada

O Camisa Verde e Branco será uma das últimas escolas a decidir o dia e horário para o desfile no segundo ano consecutivo no Grupo Especial após o retorno. A agremiação ficou na 12ª colocação, portanto é a antepenúltima a escolher seu horário de desfile para 2025.

camisa capa24
Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

O carnavalesco Cahê Rodrigues relatou sobre a escolha e apesar de já ter uma escolha encaminhada para o horário preferido, fez mistério em conversa com o site CARNAVALESCO: “Quanto ao dia, o que for decidido estarei feliz. Nosso projeto é forte e exagerado como nosso homenageado. Acreditamos que a força e a mensagem que Cazuza traz, são ingredientes perfeitos para fecharmos com chave de ouro”.

O diretor de carnaval e vice-presidente do Camisa Verde e Branco, João Vitor Ferro, trouxe um balanço de 2024 e expectativa para 2025: “O ano de 2024 foi de superações para a escola, afinal, estávamos vindo de doze anos no Grupo de Acesso, para nós nosso saldo foi positivo, e a expectativa para 2025 é que a escola faça um grande espetáculo, seguro, forte, e emocionante!!”.

Voltando para São Paulo, o carnavalesco Cahê Rodrigues relatou: “Após 10 anos estou de volta ao Carnaval de São Paulo, está sendo um recomeço. Estou estudando o regulamento e me adaptando às mudanças. Se é para melhorar, as mudanças são sempre bem-vindas. A expectativa está a mil”.

O Camisa Verde e Branco lançou seu enredo nas redes sociais e será um tributo ao incomparável Poeta Exagerado, Cazuza. No dia 8 de junho terá uma festa de lançamento do enredo na Fábrica do Samba, com presenças da Rosas de Ouro e Imperatriz Leopoldinense.

Conheça o enredo da Botafogo Samba Clube para estreia na Marquês de Sapucaí

A Botafogo Samba Clube divulgou o seu enredo para o Carnaval de 2025 no início da noite desta quinta-feira, data em que se comemora o Dia do Botafogo, uma grande homenagem ao nascimento de Nilton Santos. “Uma gloriosa história em preto e branco” contará a origem do Botafogo de Futebol e Regatas, desde a etimologia do nome, passando pelos grandes ídolos e conquistas. O tema será desenvolvido pelo carnavalesco Alex de Souza, na estreia da escola na Marquês de Sapucaí, pela Série Ouro.

botafogo logo2025

Alcunha de uma embarcação, nome de propriedade, de bairro. Um nome utilizado em diversos aspectos e principalmente de onde surgem clubes esportivos, que se fundiram e deram origem ao famoso time carioca, com uma gloriosa história de craques, vitórias, curiosidades e superstições. E será esse o DNA do enredo da Botafogo Samba Clube rumo ao Carnaval 2025. Para Alex de Souza, a escola dará um presente para a torcida alvinegra, que lota os estádios dando apoio e torcendo para o Glorioso:

“Desde a primeira conversa, eu só tinha em mente esse enredo. Quando fui conversar com a direção, eu já havia feito uma pesquisa prévia. Desde o início, queria puxar por esse amor, paixão, alegria e motivação dos torcedores alvinegros. Para abrir os desfiles da Série Ouro, eu queria “apelar” para esse lado sentimental, essa coisa do coração. E é nisso que eu estou me apoiando para que a gente possa fazer um belo carnaval”, revelou o carnavalesco.

Na concepção do logo oficial do enredo, o fundo traz elementos que vão estar na narrativa da construção do enredo. Por exemplo, o remo, os ídolos – representado por Garrincha -, o futebol atual com Estádio Nilton Santos, a origem do clube etc. A arte foi baseada em uma placa antiga, com a tipografia e formato clássicos, além de contar com uma homenagem a Mário Zagallo, ícone como jogador e treinador, falecido em janeiro deste ano, trazendo 13 estrelas juntas na parte inferior.

A Botafogo Samba Clube estreará pela Série Ouro, na Marquês de Sapucaí, no dia 28 de fevereiro de 2025, sexta-feira de carnaval.

Luto! Morre o jornalista Cláudio Vieira

Faleceu nesta quinta-feira o jornalista Cláudio Vieira, que durante anos trabalhou no jornal O DIA, foi colunista do site CARNAVALESCO e trabalhou na Liesa. Ele lutava contra um câncer. Ao longo de 25 anos, ele foi editor das revistas oficiais da Liesa. A Liga publicou uma nota de pesar pelo falecimento. Veja abaixo.

claudio vieira

“Com profundo pesar, a diretoria da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro lamenta o falecimento do estimado jornalista Cláudio Vieira. Durante mais de uma década, Cláudio dedicou-se com excelência e comprometimento a comunicação da Liesa, contribuindo de maneira inestimável para o carnaval carioca.

Expressamos nossas mais sinceras condolências aos familiares e amigos de Cláudio Vieira. Descanse em paz!

X-9 Paulistana comemora retorno ao Acesso I e mira volta ao Grupo Especial

A tradicional X-9 Paulistana é bicampeã do Grupo Especial de São Paulo, e viveu um 2024 atípico quando esteve no Grupo de Acesso II, lugar que não frequentava desde os anos 80. Mas com o enredo “Nordestino sim… Nordestinado jamais!” foi campeão do terceiro grupo e voltou ao Acesso I em 2024.

Foto: Felipe Araujo/Divulgação Liga-SP

“A alegria da nossa comunidade de não só ser campeã do Acesso II, mas estar novamente no Acesso I, e começar a fazer um grande trabalho para voltar à elite do carnaval, ao Especial. É nítido ver a diferença da alegria da nossa comunidade do ano passado para esse ano”, disse o intérprete Helber Medeiros.

Em relação ao acesso, Daniel Collete parceiro de Helber e velho conhecido da X-9 Paulistana comemorou bastante: “Para todos, foi de muita alegria!!! Uma situação inusitada para quem é X9, de parar no Acesso ll, que na verdade era o grupo l da Uesp… Foi um baque. Mas o povo se uniu e deu o resultado positivo para todos!”

Seguindo a mesma linha, o presidente Mestre Adamastor reforçou sobre a redenção da comunidade e mira o Grupo Especial: “Eu só tenho que agradecer, porque foi um trabalho muito árduo. A régua do Acesso II cresceu demais. Nós termos conquistado o título é um motivo de muito orgulho. Por incrível que pareça, nós demos 10 passos para trás para dar um passo muito forte para frente. Isso faz com que uma comunidade muito desacreditada, nos dê a possibilidade de disputar o título para subir ao Especial”.

De volta para casa, Collete relembra anos 90 e 2000 da X-9

Com história xisnoveana, Daniel Collete participou de carnavais da X-9 Paulistana fim dos anos 90 e durante o anos 2000 no Grupo Especial. Retornou a agremiação no Grupo de Acesso II, e ajudou na conquista do título. Mas ressaltou que não tem muito o que trazer daqueles carnavais para a atualidade.

“Na verdade, ao passar dos anos o nosso carnaval evoluiu muito. Aquele trabalho que era contando muito com o nome da agremiação, já não existe mais… E a consciência da escola hoje é fazer um carnaval pensando fora do grupo que está, assim como foi neste ano de 2024”.

O experiente intérprete complementou: “A X9 sempre primou por fazer um Carnaval grande e organizado. Isso vem dos antigos gestores que comandavam nos anos 90 e 2000. Claro que hoje é tudo mais disputado, bem parelho… Sempre decidido nos detalhes”.

Seu parceiro, Helber Medeiros, dividiu o microfone com Collete em 2024, e ressaltou sobre o trabalho projetando 2025: “O trabalho está intenso já. Segunda-feira, dia 29, já lançou enredo… Então a escola está empenhada, empolgada em fazer um ótimo carnaval, e vamos fazer um ótimo carnaval. Como costumo falar, vamos fazer um carnaval de Grupo Especial para subir ao Grupo Especial. E a ala musical não para, sempre temos reuniões para definir repertório de ensaio, em ensaios, temos bastante saídas, com essa questão de ser campeã do carnaval, saímos bastante. Terça agora, temos X-9 de Santos, que foi aniversário, vamos participar no dia 18/05 do sorteio, então nosso trabalho está bem intensificado, nossa ala musical vai continuar com a mesma do ano passado. O trabalho foi bem feito, temos uma ala musical, além de entrosada, somos amigos e isso ajuda bastante a concluir o trabalho, e quando chega no meio do ano começa a fazer ensaio em estúdio, para elaborar algumas coisas, provavelmente em julho já temos uma noção de como vai ser. Não sabemos ainda se vai ser um samba encomendado, não sabemos se vai ser disputa de samba-enredo, mas estamos preparados para o que vier e fazer um bom trabalho”.

Como está o projeto para 2025

O mestre Keel contou um pouco sobre o projeto para 2025: “O projeto da escola esse ano já está a todo vapor, praticamente não tivemos férias, o Carnaval começou logo quando 2024 acabou, e acredito que tem que ser assim, já temos enredo, acredito que as outras questões também já estão encaminhadas. E a bateria, já vamos começar a escolinha 2024 nesse mês de maio para formar novos ritmistas e componentes para a X9 e assim fortalecer a nossa base. Para o próximo Carnaval nosso foco segue sendo de sempre fazer o melhor para a escola, fazer uma bateria consistente, uma bateria que faça a escola pulsar e ousar nos pontos chave do samba. Em conjunto com o Mestre Adamastor alinhamos as ideias e o planejamento da bateria para que possamos fazer o melhor pela X9, e irmos em busca do nosso maior objetivo.

A X-9 Paulistana já tem enredo definido para 2025: “Clareou! Um novo dia sempre vai raiar”. É uma inspiração aos versos da música “Clareou” no ritmo do cinquentenário carnaval da escola.

Luiz Antônio Simas: ‘vejo pluralidade e diversidade nos temas afro-brasileiros’

O professor, pesquisador e comentarista de carnaval, Luiz Antônio Simas, defendeu os enredos do Grupo Especial do Rio de Janeiro para o Carnaval 2025. Em publicação no X, antigo Twitter, ele citou os enredos afro para os desfiles do ano que vem. Escolas que vão apresentar enredos com temática afro em 25: Viradouro, Imperatriz, Salgueiro, Portela, Mangueira, Beija-Flor, Tuiuti, Unidos da Tijuca e Unidos de Padre Miguel.

desfile24 portela
Foto: Alexandre Vidal/Divulgação Rio Carnaval

“Sou absolutamente contra quem aponta uma onda de enredos afros como uniformização, carnaval monotemático ou coisas do tipo. Ao contrário: vejo pluralidade e diversidade nos temas afro-brasileiros.

Laíla, Milton Nascimento, Yá Nassô, Xica Manicongo, a jurema de Reis Malunguinho, os ritos de fechamento de corpos, a cultura bantu, Logunedé e um itan de Oxalá são a mesma coisa onde? Tem muita, mas muita, diferença aí.

Essa crítica me lembra o equívoco dos que veem a África e as culturas dela oriundas como unidade, quando o que há é um mosaico de histórias, personagens, mitos, filosofias, culturas, tecnologias de extrema riqueza e sofisticação.

É ótimo que surjam enredos futuristas, brincalhões, sacanas, inusitados… Ótimo! Mas é fundamental que o Brasil oficial seja escovado a contrapelo. E tem muita, mas muita coisa, pra ser contada, lembrada, festejada, carnavalizada, das culturas não brancas brasileiras.

Dá pra fazer mais 100 anos de enredos diversos, plurais, que bebam em fontes afro-indígenas. E quanto mais eles sejam concebidos, pensados e realizados por artistas e intelectuais afro-indígenas ou comprometidos com as histórias que a História não conta, melhor”.

Unidos da Tijuca mexe na equipe de direção de carnaval e harmonia para o Carnaval 2025

Mudanças na Unidos da Tijuca. A amarelo ouro e azul pavão do Morro do Borel terá para o Carnaval 2025 o retorno de Fernando Costa na Direção de Carnaval da agremiação e a estreia de Allan Guimarães no comando da Direção Geral de Harmonia. Ambos são pratas da casa e já trabalham juntos rumo ao próximo desfile.

fernando allan
Foto: Geissa Evaristo/Divulgação Unidos da Tijuca

Descendente de portugueses, Fernando Costa está no samba desde os tempos de criança. Fascinado por instrumentos musicais, sobretudo os de percussão, em 1988, começou a frequentar, na companhia de amigos, os ensaios da Unidos da Tijuca. Em pouco tempo, passou a pertencer ativamente à família tijucana, quando, por três anos seguidos, desfilou na bateria, tocando caixa. Dali em diante, estreitou relações com outros segmentos da escola, até que, em 2000, foi convidado pelo presidente Fernando Horta a fazer parte da harmonia da agremiação. Fernando Costa levou a sério a função que assumiria no carnaval carioca, sendo convidado, em 2006, a comandar a Harmonia do Salgueiro, fato que o fez encarar o trabalho no samba como profissão. De volta à Unidos da Tijuca, comandou o Departamento de Harmonia, no Carnaval campeão de 2010, no vice-campeonato de 2011 e no campeonato de 2012, consagrando-se campeão como diretor de carnaval no Carnaval de 2014. A determinação e a dedicação são as principais marcas do seu trabalho em busca de mais um título para escola de samba da comunidade do Borel. Em 2025, Costa passará a se dedicar exclusivamente a direção de carnaval da agremiação.

“É uma ‘nova parceria antiga’. Mais um integrante da harmonia da Unidos da Tijuca passa a alcançar voos mais altos e eu fico muito feliz. Ao lado do Allan já são dez anos de parceria. Falamos a mesma língua e temos certeza de sucesso no trabalho em conjunto”, avisa Costa.

Allan Guimarães é tijucano de coração. Só na harmonia tijucana são 16 carnavais dedicados, dez deles como braço forte do Fernando Costa. O novo diretor nunca desfilou no Grupo Especial em outra escola que não fosse a do Borel. No Grupo de Acesso, reforçou o quesito na Acadêmicos do Cubango e Vizinha Faladeira. O diretor já iniciou o planejamento de equipe e ensaios diversos, bem como analisa as necessidades do quesito para que a Tijuca volte a conquistar as notas máximas no próximo carnaval.

“Esperei muito por esse momento e na hora certa ele chegou. Durante todo esse ano me preparei e agora vou aplicar na prática tudo que aprendi ao lado do Fernando. Costa. O trabalho de base continuará o mesmo, mas mudaremos alguns pontos estratégicos necessários. A total parceria com a direção de carnaval também será fundamental para a excelência do nosso trabalho”, avalia o novo diretor.

A Unidos da Tijuca será a primeira escola a desfilar na segunda-feira de carnaval, dia 03 de março de 2025 na Marquês de Sapucaí com o enredo “Logun-Edé santo menino que velho respeita” de autoria e desenvolvimento do carnavalesco Edson Pereira.

Confira a sinopse do enredo da União da Ilha para o Carnaval 2025

logo ilha2025 2

Segundo populares das ruas do Rio:

Ba.der.na.

Substantivo feminino.

  1. Situação em que reina uma alegria ordeira.
  2. Coloquial: alvoroço, anarquia, auê, bafafá, bambochata, bando, banzé, baralhada, berzabum, beberrona, caterva, divertimento, ejó, farra, furdúncio, folia, forrobodó, fubá, fuzarca, gandaia, gritaria, malta, manada, miscelânia, pândega, patuscada, pepineira, trança, rebuliço, rega-bofe, reinação, salseiro, sororó, súcia, turundumdum.
  3. Transcrevo: “Franca Anna Maria Mattea Baderna ou popularmente, Marietta Baderna. Desembarcou no Rio de Janeiro com 55 artistas da Orquestra Lyrica Italiana, sob a regência de um amor que conhecera a bordo: o maestro Gioachino Giannini. Primeira bailarina do Teatro Scala de Milão, aluna do Maestro Carlo Blasis. Sua presença no Rio de Janeiro, em 1849, desencadeou tamanhas demonstrações de entusiasmo que deu origem à palavra como sinônimo de súcia de rapazes e moças.” Pelo jornalista Moacir Werneck de Castro. (Jornal do Brasil, sábado, 11/07/87)
  4. Sinônimo injusto de confusão, quebra-pau, pouca-vergonha, depravação.

[Ilha Encantada]

Um estandarte, escrito BADERNA, prenuncia um sonho de carnaval:

Pena delirante ao descrever um Cenário Tropical. Aporta no coração da Ilha Encantada, o Bergantim Andrea Dorea. Levita com suas asas libertárias, sobre a bruma das Águas da Guanabara. Menina das sapatilhas de ponta, transforme a Avenida em seu eterno palco. Continue a plainar no céu da Cidade Maravilhosa. Se quiser ver o seu nome na minha eterna Ópera/Samba-Enredo. Visão que desperta o aplauso nativista de José de Alencar para o Lago das Fadas, a se apresentar no Teatro São Pedro de Alcântara, a sílfide é recebida com uma chuva de flores tropicais.

 ATENÇÃO, abolicionistas!

Pretos, indígenas. Mestiços – caboclos, cafuzos, mamelucos.

Sobreviventes nativos de Pindorama; Cativos de Passeio; Quituteiras da Praça do Cais; Quitandeiras da Rua do Mercado; Lavadeiras do Carioca; Amas de Leite; Escravizados Fugitivos – Verdadeiros Reis da Orquestra Popular e Rainhas do Corpo de Baile de Maxixes e Lundus. Mãos calejadas que ditam uma Congada de Timboris, Marimbas e Guzungas. Passos que embalam requebrados, meneios, mesuras saltitantes de canto viril. Tablado da liberdade das ruas cariocas calçadas em pedra-sabão.

[Febre Dançante]

O Rio de Janeiro, até então Capital do Império, vive uma Febre Dançante. Baila orquestrado pelo cotidiano de ladainhas e picuinhas daqueles que dizem prezar os “bons costumes”. Mero engano, Cortês! Os folhetinistas dos jornais revelam o cotidiano urbano através de crônicas, notas e charadas infâmias. Os olhares culposos denunciam a fofoca e a maledicência nas coxias dos palacetes – é a fétida elite, os maltrapilhos sociais.

Caixeiros ambulantes liquidam partituras da Biblioteca Musical na Rua dos Ourives.  Elite que encalhou a popularidade de pianos na quebrada Alfândega. Vestes que amarguram a realidade no comércio da Ouvidor. Até o palhaço do Circo Equestre, vejam só, não armou sua lona! Em meio ao surto da febre mmarela: Pasmem! O Rio se agita com o Grande Bailado de Dom Pedro II no Teatro Imperial. O Imperador atravessa o passo e a memória dos artistas da Companhia Lírica, dizimados pela epidemia da Febre Amarela. Se vão italianos, franceses, polacas e quase todos os brasileiros. Sai, da cena da vida, um ilustre sonhador: Antônio Giannini, seu Pai – Principal entusiasta artístico dessa viagem Atlântica.

[Pateada Baderneira]

Maria foi protagonista da greve salarial que agravou a relação dos artistas italianos com o Teatro Imperial. O destino os levaria a um novo palco: o recém-inaugurado Teatro Santa Isabel. Recife respirava os ares da resistência abolicionista. O baile da vida seguiu no ritmar das violas à beira do Rio Capibaribe. Mascarados se misturavam a Odaliscas, espanholas bailavam a cachucha. O palco iluminava a roda aberta, evocava os terreiros. Convite feito em requebrares e dançados com as mãos nas cadeiras. Bastava somente uma perna para que o Lundu d`Amarrua dominasse a cena. A Umbigada provocava a plateia, que em delírio, cobriu o palco com uma enxurrada de aplausos e camélias.

A volta triunfante ao Rio de Janeiro foi coroada por um passeio ao Morro do Corcovado, todos embriagados pelo silêncio da noite. Cerimoniada pela saudade da gente carioca, a batucada embalou as trilhas da Floresta da Tijuca. A visão do alto era a de um Pão de Açúcar dançante (como descrito por Gonçalves Dias) e não revelaria, tão logo, a tragédia que abalaria os sinos de Nossa Senhora do Lampadário. As almas purgantes incendiavam-se junto ao Teatro São Pedro de Alcântara. A Companhia transferiu seus espetáculos para o incipiente Teatro Provisório. Rosina Stoltz – a nova prima-dona da Orquestra – traria, com a sua fama babilônica, ares quentes e libidinosos. Sucesso dantesco, como as chamas que consumiram em poucas horas o maior palco lírico da cidade.

Conduzidos pela batuta do Maestro Gioacchino Giannini nascem a Orquestra e o Teatro Nacional, sob olhar atento do escritor Machado de Assis. Na ópera O Brasil e o Paraguay, Maria encena a vitória dos Zuavos brasileiros e o amor por nossa pátria, ao selar um beijo na bandeira brasileira. Dando lugar ao antigo incendiário São Pedro, o Teatro Lyrico é invadido, em apoteose, por uma juventude romântica e cheia de ideais. Levam às ruas carruagens testemunhas da Marcha das Pateadas. No mesmo palco, dias após, acompanham a assinatura da Lei do Ventre Livre. Uma bilheteria estrondosa alforriou um cativo de dois anos. Caminhos iluminados por lampiões e louros conquistados com a vitória.

E, que viveu para ver a Lei Áurea ser decretada.

 [República dos Badernistas]

ATENÇÃO! Republicanos, Liberalistas e Feministas!

A República Badernista será formada! Conclamo à serenata: Poetas ébrios; Viventes de cafés; Mariposas dos logradouros; Cocotas em uma nova moda – o Can-Can parisiense. Quem sabe, uma volta à Loja do Chá? Ou, que tal um banho de mar à fantasia? De repente, nos porões dos Salões de Baile, perambula a alma fúnebre desses amores platônicos. Faço das “Folias” uma Sociedade Recreativa para uma Baderna Infernal. Guerreiros que defendem os ideais da liberdade em seu nome, na Ala Quilombo das Camélias. Rastro de flores, pétalas de rosas e limões de cheiro. Venham participar desse grande encontro entrudesco! BADERNA – Protagonismo de Rainha desse estandarte. Nome de rua. Quis o destino findar sua ribalta, nos “Enganos de um arlequim”. 

Querida e eterna Maria,

Quimera imortal.

Continue a pairar, sobre nós.

A sua alteza: o povo!

Que agora vibra com os Baderneiros Insulanos de uma outra Ilha Encantada.

A Ilha do Governador.

– BA-DER-NA! BA-DER-NA! BA-DER-NA!

[Carnavalesco] Marcus Ferreira

*Dedico esse enredo às pesquisas de Marília Giannini e ao livro BADERNA – O memoricidio no dicionário, escrito por Paula Giannini e às suas memórias matriarcais emocionantes.

[Texto e Desenvolvimento] Marcus Ferreira e Paula Giannini (tetraneta de Marietta Baderna).

[Pesquisa] Marília Giannini (trineta de Marietta Baderna).

[Revisão Textual] Prof. Henrique Pessoa.

                        

Óperas Líricas citadas: As Folias (1864); As Odaliscas (1851); Enganos de um Arlequim (18xx); Ilha Encantada (1880); O Lago das Fadas (1849);

 

[Glossário Badernista]

Andrea Doria – Veleiro armado tipo Galé, que trouxe a Companhia Lírica Italiana ao Rio de Janeiro;

Biblioteca Musical – Grande depósito de música e instrumentos musicais da Rua da Alfândega;

Cachucha – Dança sapateada de origem espanhola;

Caixeiros – Pretos e mestiços – Vendedores ambulantes para comerciantes;

Circo Equestre – Circo itinerante de Bartholomeu Corrêa, dos tempos do Segundo Império;

Corbélias – Cestos ou ramo de flores tropicais de tipos variados;

Crônicas, Notas e Charadas – O furo dos caguetes do cotidiano das ruas aos Cronistas dos Matinais;

Febre Dançante – Movimento de dança carioca que se associou à epidemia da Febre Amarela;

Lundu d´Amarruá – Dança de pretos e mestiços evocada nas ruas brasileiras – Amarruá, sinônimo da expressão “por baixo dos panos”;

Pateada – Bravo dos pés, aclamação do público;

Prima-dona – Primeira cantora lírica de uma Ópera;

Quilombo das Camélias – Quilombo do bairro do Leblon, Zona Sul carioca;

Rua dos Ourives – Rua de comércio musical na Região Central;

Sílfide – Ser feminino adorado;

Sociedade Recreativa Baderna Infernal – Bloco Recreativo do Recife-Pernambuco;

Timboris, Marimbas, Gazungas – Instrumentos primitivos de percussão;

Zuavos – Soldados pretos brasileiros da Guerra do Paraguai.