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Flavia Saolli, Pagode do Adame e Thiago Soares animam edição de maio da Feijoada do Salgueiro

O Acadêmicos do Salgueiro realizará neste domingo, a edição de maio da Feijoada do Salgueiro. O evento terá início às 13h na quadra do Salgueiro, localizada na Rua Silva Teles, 104, Andaraí. O público poderá desfrutar de muito samba, cerveja gelada e a Feijoada mais querida do sambista.

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Foto: Anderson Borde/Divulgação Salgueiro

As atrações musicais começarão com a apresentação da cantora Flavia Saolli, seguida do grupo Pagode do Adame e do cantor Thiago Soares, proporcionando muito samba e animação. O encerramento ficará por conta do show do Elenco da Academia do Samba, acompanhado da Bateria Furiosa.

Os ingressos para o evento estão à venda no site Guichê Web, com preços variando de R$ 60 a R$ 700.

A Feijoada do Salgueiro é um oferecimento dos parceiros: Perdigão, Brahma Cerveja, Rei da Feijoada, Chinezinho, Arroz Palmares, Guaracamp, Pitú, Vrauu Energy Brasil, e Esportes da Sorte.

Preços dos Ingressos:

– Individual: R$ 60,00
– Jirau: R$ 70,00
– Mesa (4 lugares): R$ 240,00
– Camarotes Frontais (12 lugares): R$ 1.000,00
– Camarotes Laterais (12 lugares): R$ 700,00

Mestre Zoinho projeta Império de Casa Verde ainda mais forte e vê definição dos desfiles como crucial. ‘Carnaval se ganha com estratégia’

O Império de Casa Verde é uma agremiação que gosta de desfilar aos sábados. Foi assim nos últimos três carnavais, onde o Tigre Guerreiro conseguiu grandes desfiles, sendo terceiro colocado em dois deles. Apesar do último ano ter ficado na sexta colocação, a apresentação da agremiação no Anhembi foi uma das melhores de 2024 e é aclamada por muitos como ‘campeão do povo’. Como citado, o sábado é sempre um dia preferido pela escola. Agora, no evento deste sábado, resta saber se a entidade irá conseguir pegar a segunda noite de carnaval. O mestre de bateria da escola, Zoinho, conversou com o CARNAVALESCO e opinou sobre as questões envolvendo a definição dos desfiles.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

Carnaval estratégico

O diretor está levando muito a sério a definição. De acordo com o músico, o carnaval se ganha com estratégia e a disputa já começa a partir do momento em que se define o horário de desfile. Zoinho destaca a importância de um planejamento bem feito.

“No Carnaval a gente ganha com estratégia, com planejamento e acho que essa definição dos horários é muito importante. Já que é escolha e não é sorteio, a gente tem que tomar as melhores decisões. A partir do momento em que você escolhe um bom horário para desfilar, você já começa o carnaval. Esse ano que passou foi a sexta escola, então a gente ainda veio com o carnaval à noite. Então, a gente fez todo o planejamento em cima disso e foi muito legal, porque nos preparamos para isso. Em termos de concentração, em termos de plástica do carnavalesco, tudo isso conta muito. Acho que carnaval hoje é estratégia. Tem que pensar muito no projeto. Você pegar uma avenida mais fria ou no meio da noite, acho que faz grande diferença”, declarou.

Preferência pelo meio da noite

O comandante da “Barcelona do Samba”, que vai completar 20 anos de Império no próximo carnaval, disse que prefere desfilar pelo meio da noite. O profissional também revelou que não gosta de ser o primeiro e nem o último, pois segundo o próprio, o carnaval é definido entre a terceira e sexta escola.

“A primeira escola eu não gosto. Como mestre de bateria eu nunca tive isso. Sempre foi da segunda para lá, mas eu prefiro no meio da noite. Eu acho que entre a terceira e a sexta escola é o ideal. A última também eu não gosto muito. Acho que a gente já pega arquibancada não tão cheia. Você já enxerga aqueles espaços vazios. Se você pega no meio da noite, é mais legal para o desfile. Independentemente de qualquer coisa a gente tem que se preparar, mas o horário entre a terceira e a sexta escola, acho que o carnaval se resolve ali. Sempre foi assim. Eu já fui campeão desfilando por último também. O Império já foi campeão em 2005, no meu primeiro ano. A gente foi a última escola e conseguimos o título. Nos preparamos bastante, então acho que muda todo o plano, mas o meio da noite é bem melhor para todo mundo”, opinou.

Trabalhar melhor para 2025

Ganhador mais uma vez dos 40 pontos na avenida, Zoinho contou que não gostou do resultado em si. Esperava ao menos a escola no Desfile das Campeãs. Entretanto, o mestre prometeu se preparar melhor e já projeta bom enredo, samba e comunidade se engajando com o projeto do Império de Casa Verde.

“O Carnaval de 2024 foi muito bom. O Império fez um grande desfile, mas a gente não conseguiu nosso objetivo, que era ficar entre as primeiras escolas e pelo menos voltar para as campeãs. Não ficamos muito felizes com o resultado. Esperávamos pelo menos ficar entre as três primeiras, que eu acho que foi surpresa para todo mundo o Império ficar de fora. A gente fez um grande trabalho, não só de bateria como da escola inteira no geral. Não ficou legal, mas esse ano a gente vai se preparar melhor, ver se a gente consegue êxito e voltar entre as primeiras. O campeonato, a gente sabe que é consequência. Se o trabalho for bem feito, se as coisas derem certo, existe uma combinação de fatores para a gente ser campeão. A gente tem que trabalhar muito sério, escolher um enredo legal também, um samba bom, bateria trabalhando bastante. A comunidade comprando a ideia, o projeto, a gente consegue o campeonato, se Deus quiser”, completou.

Pronta para qualquer dia e horário, Tucuruvi sonha ainda mais alto para 2025

Vencedor de dois Estrela do Carnaval (premiação realizada e organizada pelo CARNAVALESCO) em São Paulo no ano de 2024, a Acadêmicos do Tucuruvi já está de olho no próximo ciclo carnavalesco. Com enredo já definido, a agremiação aparenta leveza, gratidão e força antes do evento que cravará a ordem dos desfiles das escolas de samba paulistanas em 2025. Em entrevistas exclusivas, Rodrigo Delduque, diretor de carnaval e vice-presidente da agremiação, e Sérgio Henrique Cândido, o Mestre Serginho, que comanda os ritmistas da Bateria do Zaca, focaram no orgulho após a última apresentação realizada pela agremiação.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

Incógnita

Ao contrário de muitas outras coirmãs, o Tucuruvi não deu grandes dicas sobre dias e horários para desfilar. Sétima colocada com o enredo “Ifá” em 2024, a agremiação sediada aos pés da Serra da Cantareira mostra tranquilidade ao falar sobre o tema.

Serginho relembrou os anos anteriores do Zaca (como a escola é popularmente conhecida) para justificar a posição: “Em 2022, nós abrimos o carnaval; em 2023, tomamos chuva; e, em 2024, fechamos os desfiles. O que vir, nós temos que estar preparados. Não tenho grandes preferências”, pontuou.

Já Delduque destacou a força da comunidade da agremiação para afirmar que qualquer escolha terá boa resposta: “Eu sempre me apego muito ao que a escola responde. E, hoje, nós temos uma escola totalmente tranquila para desfilar no dia e o horário que precisar. Eu estou sempre junto com a maioria da escola, eu estou sempre a favor do que eles decidem. Hoje a comunidade encara tanto a sexta quanto o sábado, tanto fechar como abrir – o que inclui tanto desfilar no meio da noite. Está tudo muito tranquilo sobre qualquer dia e qualquer horário”, comemorou.

Formato aprovado

A escolha meritocrática da ordem dos desfiles para o ano seguinte também foi elogiada pelos dois representantes do Zaca ouvidos pela reportagem. Delduque destacou, justamente, a necessidade de fazer bons desfiles para escolher o que a agremiação deseja: “Esse é um formato que te provoca a estar sempre à frente do concurso. É um formato que te dá autonomia para escolher, mas de acordo com a sua colocação no carnaval anterior. Eu concordo com ele. Estava presente no dia da plenária em que o novo formato foi votado, acho viável e foi por isso que o Tucuruvi também concordou. Eu, particularmente, gosto”, revelou.

A opinião de um dos principais mandatários do Zaca vai ao encontro do que pensa Serginho: “Sim, gostei bastante do novo modelo de definição para a ordem dos desfiles. Quem ficou na frente, quem foi campeão, tem as melhores escolhas e vai pensar no melhor para realizar o seu próprio carnaval”, refletiu.

De Ifá à busca pelo manto

Perguntados sobre o desfile de 2024 e o que aguardam para 2025, os dois entrevistados deram declarações distintas. Serginho destacou o esforço de toda a agremiação para realizar uma grande apresentação no Sambódromo. “No geral, fizemos um grande desfile e tivemos um grande ano. Ensaiamos bastante e isso foi muito importante para o show que demos no Anhembi”, destacou.

Já falando sobre 2025, Delduque aproveitou para destacar que a colocação poderia ter sido ainda melhor para a escola da Zona Norte – mesmo reconhecendo o bom papel desempenhado na passarela: “Em geral, é um balanço muito positivo. É um balanço que, em números, não era o que a escola esperava. Modéstia à parte e sem demagogia, a escola esperava uma colocação muito melhor. Mas eu entendo a maturação, eu entendo que a escola vem vindo em uma transição boa. Uma mudança de pensamento em todos os setores, quesitos e componentes. E eu acho que, para o próximo carnaval, nós vamos vir mais firmes, mais fortes. Tudo isso porque o Carnaval de 2024, através de Ifá, nos trouxe muito ganho, muito conhecimento, muita vontade de estar ali no bloco das campeãs. Pro carnaval 2025, todos os segmentos, componentes, diretoria… todo mundo está muito empenhado em fazer o seu melhor para que possamos mostrar em números o que em 2024 nós não conseguimos”, bradou.

Já para Serginho, as próximas etapas do planejamento do Tucuruvi para 2025 são essenciais para um novo bom espetáculo: “Em 2025, minha expectativa é gigante. Pelo grande desfile que fizemos em 2024, temos que manter essa pegada na próxima temporada para brigar lá em cima. Escolhemos um grande enredo, vamos escolher um grande samba e vamos trabalhar para que tudo dê certo novamente”, finalizou.

Para a próxima temporada, o Tucuruvi já definiu o enredo: trata-se de “Assojaba – A Busca Pelo Manto”.

Marcelo Misailidis e Ana Botafogo fazem reestreia de espetáculo no Rio

“ST Tragédias”, aclamada obra de Marcelo Misailidis, retorna ao Rio de Janeiro no próximo dia 24 de maio, trazendo ao palco do Teatro Casagrande uma fusão artística entre as obras de Shakespeare e Tchaikovsky. Codirigida por Ana Botafogo, a produção explora temas como paixão, inveja, racismo e feminicídio, imersos na música magistral de Tchaikovsky e nas palavras profundas de Shakespeare.

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Foto: Divulgação

Marcelo Misailidis e Ana Botafogo, que recentemente colaboraram como coreógrafos na Imperatriz Leopoldinense durante o último Carnaval, unindo suas expertises na comissão de frente e no casal de mestre-sala e porta-bandeira, respectivamente, agora trazem sua parceria para o teatro. Essa conexão promete adicionar uma camada especial à produção, destacando a sinergia entre os dois artistas.

“Quando falamos de Shakespeare, estamos nos referindo a alguém que melhor capturou a essência da alma humana. Assistir a suas peças nos concede acesso a certos padrões que são essenciais revisitar, a fim de evitar cometer os mesmos erros que são parte integrante dessas questões comportamentais. Temas atuais, como o feminicídio, já estão abordados nas obras de Shakespeare. É por isso que essas peças são tão significativas e contemporâneas. Revisitar essas obras é impactante”, explica Marcelo Misailidis.

A produção revive as lendárias obras “Romeu e Julieta” e “Othello, o mouro de Veneza” através da linguagem da dança, utilizando poemas sinfônicos de Tchaikovsky. O projeto combina balé, dança, música, teatro e criação visual, com coreografias desenvolvidas por Marcelo Misailidis durante a pandemia, celebrando os 30 anos de parceria com Ana Botafogo, uma das mais ilustres figuras da dança brasileira.

“ST Tragédias traz a emoção à flor da pele. Juntamos Shakespeare e Tchaikovsky: o que queremos é emocionar o público. A coreografia de Misailidis se junta à genialidade desses dois grandes ícones da cultura universal”, conta Ana Botafogo.

A peça estreou em junho de 2022 no Teatro da Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, participou da noite de gala do Festival de Dança de Joinville e teve uma única apresentação no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Agora, retorna com o patrocínio master da Petrobras e apoio do Grupo Sendas, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), para uma breve temporada no Teatro Casagrande, de 24 de maio a 2 de junho.

Ingressos disponíveis em: www.eventim.com.br/artist/st-tragedias

Beija-Flor de Nilópolis promove rodas de conversa sobre protagonismo preto na história do samba

O departamento cultural da Beija-Flor de Nilópolis, sob a liderança de Selminha Sorriso, anuncia uma série de rodas de conversa dedicadas aos ícones do samba e do Carnaval. Estes eventos fazem parte do enredo em homenagem ao saudoso Mestre Laíla, escolhido para o desfile de 2025, e têm como objetivo preservar a memória e os ensinamentos dos gigantes que moldaram a história da maior festa brasileira.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

“Eu, enquanto diretora cultural, mulher preta, sambista, sei da necessidade de obter informações das quais eu não recebi enquanto criança. Eu não sabia o meu lugar de fala, eu não sabia como reivindicar porque eu não tive, infelizmente, referencial necessário para ser uma mulher esclarecida, para ser uma mulher antirracista. Eu estou aprendendo com a escola de samba. Então, compartilhar, replicar esses aprendizados é o que significa papel da mulher na sociedade, da mulher sambista, da mulher, dos personagens que tanto fizeram e contribuíram para essa manifestação, para essa cultura popular que dignifica, que promove a igualdade, que não discrimina, que resiste, que mantém viva a nossa afrodescendência”, destaca Selminha Sorriso, diretora cultural da Beija-Flor de Nilópolis.

Os encontros serão realizados quinzenalmente, sempre aos sábados, na quadra da Deusa da Passarela, em Nilópolis. O primeiro evento, marcado para o dia 18 de maio, às 13h, será uma imersão na vida e legado de Tia Ciata, a matriarca protetora dos sambistas. Reconhecida como uma figura fundamental na preservação e propagação do samba, Tia Ciata desafiou o Estado e garantiu a sobrevivência desta expressão cultural ímpar. Participa da roda de conversa a Presidente da ORTC – Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata – Casa da Tia Ciata, Gracy Mary Moreira, que também é neta da homenageada.

Hilária Batista de Almeida, mais conhecida como Tia Ciata, foi uma mulher multifacetada: mãe de santo, cozinheira e ativista. Sua incansável mobilização salvaguardou o samba da repressão policial, assegurando sua continuidade e reconhecimento mundial. Sua história é um testemunho vivo da resiliência e da força da cultura popular.

A Beija-Flor de Nilópolis considera essencial transmitir o legado de Tia Ciata e outros ícones da cultura popular às gerações futuras. Estas rodas de conversa são mais do que uma celebração, são uma missão de preservação e educação. Nomes como Haroldo Costa, Neguinho da Beija-Flor e Laíla serão temas de encontros futuros.

Serviço
Roda de Conversa da Beija-Flor – Tia Ciata
Local: Rua Pracinha Wallace Paes Leme, 1028, em Nilópolis
Horário: 13h
O evento é gratuito

Mancha Verde espera escolher uma posição confortável para os componentes e estratégica para desfilar

A Mancha Verde foi a sexta escola na noite de sexta-feira a passar no Anhembi no Carnaval 2024. Entretanto, a diretoria da agremiação sonha com uma posição melhor, que seja mais cedo para estratégias de desfile e promova o conforto para a comunidade. Novamente a sexta-feira já está confirmada pelo próprio presidente Paulo Serdan. Agora, resta saber realmente qual colocação a Mancha vai optar. Sempre vale ressaltar que a entidade ficou na quinta colocação no último carnaval. Sendo assim, será a quinta escola a escolher a posição desejada no próximo dia 18/05. A porta-bandeira Adriana Gomes, o presidente Paulo Serdan e o diretor de carnaval Paolo Bianchi conversaram com o CARNAVALESCO para falar sobre o que esperam da definição.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

Iluminação favorável e conforto aos componentes

O presidente Paulo Serdan revelou que a escola que irá se apresentar no Anhembi na sexta-feira. De acordo com o gestor, a agremiação vai desfilar em uma posição melhor do que 2024, pois cruzaram a linha amarela da dispersão em um horário que não foi projetado. “Não está muito difícil de todo mundo adivinhar mais ou menos a posição das escolas. É só ver quem escolhe sempre um dia e escolhe o outro. Eu queria uma escola antes, mas a gente vai vir em uma posição de desfile melhor do que a gente desfilou esse ano. Por que eu digo melhor? Melhor porque, como não teve horário de verão, a gente até se projetou para uma coisa, mas acabou que clareou muito mais rápido até por essas ondas de calor que está tendo. Então a gente deve vir uma escola antes e vai ser bacana. A sexta-feira está confirmada”, comentou.

O diretor de carnaval Paolo Bianchi compactua com a ideia do presidente e disse ser favorável a um horário mais cedo. Ele vai além e diz que a escola desfila com muitos idosos e crianças. “Como nós somos o quinto a escolher, a gente tem a previsão de ficar com uma posição bem legal, que pegue o sambódromo mais quente, como a gente diz, e também não tanto para o final. A gente já pegou amanhecendo esse ano, nos preparamos para qualquer situação. A escola tem essa maneira de trabalhar em que a gente tem bastante controle e parceria com nossos componentes, onde eles se adaptam a qualquer situação. Mas claro que um pouco mais cedo tem a questão da luz, da iluminação e tem a questão também do cansaço. A gente sai com bastante crianças e idosos. Quanto mais cedo, mais confortável para eles. Então a gente tem essa expectativa de pegar uma posição um pouco mais para o meio e, por ser o quinto a escolher, achamos que vai ser tranquilo”, contou.

Preparação minuciosa e preferência de horário

A porta-bandeira da Mancha Verde, Adriana Gomes, se mostrou totalmente confortável em pegar um horário mais cedo e citou alguns preparos que um casal faz para desfilar bem e, segundo ela, esses padrões se adequam melhor em um desfile cujo a ordem seja próxima das primeiras. “Eu, Adriana Gomes, prefiro sempre desfilar mais cedo. A gente tem que trabalhar, além de tudo, a ansiedade, a alimentação, o descanso. Também não pode descansar demais. A gente tem que estar com o corpo sempre ativo. Eu nem posso dar como exemplo esse último carnaval que a gente desfilou muito tarde, que a gente foi a sexta escola, porque foi um carnaval adverso. Eu tive que me preparar psicologicamente de uma diversidade de trocar de mestre-sala e também estar muito tarde. Então a preparação é mais atenta. Aquilo que você come, você não pode ficar muito tempo sem comer e deve comer leve… Tem que se arrumar também sem correria. Mas eu prefiro desfilar mais cedo. Pra mim é muito melhor”, explicou.

Uma das sambistas mais experientes do carnaval paulistano, a porta-bandeira já viu de perto diversas mudanças internas. A dançarina opinou sobre o novo formato de definição de ordem dos desfiles e disse que toda nova experiência se for para o bem do carnaval é válida. “Qualquer mudança sempre é um susto no primeiro impacto, depois a gente vai criando entendimento sobre isso e eu acredito que nesse momento é o negócio mais estratégico das diretorias das escolas. Eles sabem como é a sua comunidade, como é que desfila e estrategicamente escolher o melhor horário de entendimento. Como eu vejo a mudança? Eu posso ver como uma evolução para algum lugar. Eu já estou no carnaval, como todos sabem da minha história, desde criança. Só como porta-bandeira são 25 anos e já enfrentei muitas mudanças de várias coisas no carnaval, mas essa é a primeira no método de colocação de ordem de desfile. Acho que toda experiência é válida e vamos ver no final do evento como é que vai ser esse organograma do próximo desfile. Eu sou sempre positiva para as mudanças. Eu acho que se é positivo para o carnaval, eu sou uma que vou abraçar”, disse.

Adriana, que passou por um desafio intenso na avenida no último carnaval, falou como está a preparação junto ao Marcelo para 2025. A porta-bandeira perdeu o seu parceiro dias antes devido à uma doença do mesmo. Sendo assim, o segundo mestre-sala do quadro de casais da Mancha Verde, Thiago Bispo, fez o par e juntos levaram a nota para a escola. “A gente já está preparando e conversando sobre tudo que vamos criar para o próximo carnaval. A partir do lançamento do enredo, nós temos mais ou menos ideias do que vamos representar na avenida e sobre aquilo que vai ser colocado em cima do personagem. Então a gente vai pesquisar elementos daquilo que possa ser, que a diretoria vai apresentar para a gente para o Carnaval 2025, mas vai ser uma preparação tão intensa como todos os outros anos. A gente sempre está muito focado naquilo que a gente quer, que a gente propõe, baseado nos elementos raízes da dança do mestre-sala e porta-bandeira, colocando os elementos que a proposta de critério de julgamento nos impõe para também colocar na apresentação para os jurados”, completou.

Paulinho da Viola faz show no Rio e grava registro audiovisual

Na véspera do seu aniversário de 80 anos, em 11 de novembro de 2022, Paulinho da Viola iniciou, no Qualistage, uma turnê nacional em comemoração à sua trajetória de mais de meio século na música brasileira. O show contava com a direção de Cláudio Botelho e participação dos músicos que acompanham o artista há muitos anos. Ao longo de 2023, a turnê percorreu mais de 15 cidades em 12 estados brasileiros e foi vista por mais de 50 mil pessoas.

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Foto: Léo Aversa/Divulgação

Agora é a hora de voltar para casa, em mais uma apresentação para o público carioca, e com direito a gravação para um registro audiovisual (aquilo que até outro dia mesmo se chamava DVD): Paulinho retorna ao Qualistage no dia 25 de maio, às 21h30, cantando samba, porque só assim ele se sente contente…

– Mas como assim 80 anos?

Pois é, o tempo passa como um rio na vida de Paulinho. O ano de 1942, que deu à MPB nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Milton Nascimento, antes de chegar ao fim viu nascer o menino de Botafogo (porém vascaíno, é claro), filho do violonista e chorão César Faria e de dona Paulina, que cresceu ouvindo o conjunto Época de Ouro, integrado por Seu César, e conheceu o samba na União de Jacarepaguá, antes de chegar à Portela.

A soma do batuque sambista com a elegância do choro, além da companhia de bambas como Monarco, Nelson Cavaquinho, Manacéa, Elton Medeiros e Walter Alfaiate, rendeu uma obra com pérolas como “Argumento”, “Coração leviano”, “Para um amor no Recife”, “Para ver as meninas”, “Eu canto samba”, “Timoneiro” e muitas outras, sempre entoadas pela voz leve, quase sussurrada – eventualmente emprestada a canções de outros autores, como na clássica versão de “Nervos de aço”, de Lupicínio Rodrigues –, do cantor e mestre no violão e no cavaquinho. Ao lado de companheiros de banda históricos como Celsinho Silva (pandeiro e voz) e Hércules (percussão), além dos filhos João e Beatriz Rabello, Paulinho registra o show dos 80 anos dando mais um presente ao Rio. Sorte a nossa.

Dia 25 de Maio/sábado
Show às 21h30
Abertura da casa às 19h30
Local: Qualistage
Endereço: Av. Ayrton Senna, 3000 – Barra da Tijuca
Classificação: 18 anos. Sujeito a alteração por decisão judicial.
Bilheteria Oficial: Shopping Via Parque – Av. Ayrton Senna, 3000 – Barra da Tijuca, Rio de Janeiro – RJ
Segunda a Sábado das 11h às 20h
Domingo e Feriados das 13h às 20h
Vendas: https://www.ticketmaster.com.br/event/paulinho-da-viola
Ingressos a partir de R$ 60,00
Classificação etária de 18 anos – menores somente acompanhados dos responsáveis
Capacidade: 9 mil pessoas em pé ou 3.500 sentadas
Informações: https://qualistage.com.br/
O espaço possui acessibilidade

Vai-Vai busca emoção e quer fechar o sábado de carnaval

Maior campeã do carnaval paulistano, com quinze títulos do Grupo Especial, o Vai-Vai está prestes a começar o ciclo do carnaval de 2025 com sensação de dever cumprido. Após alternar subidas de divisão e rebaixamentos para o Grupo de Acesso I, enfim a Saracura voltou a se estabilizar no pelotão de elite da folia em São Paulo. E, de acordo com integrantes da própria agremiação, há uma vontade em comum a se realizar na definição da ordem dos desfiles para a próxima temporada. Ao menos é o que dois dos principais nomes da instituição do Bixiga relataram ao CARNAVALESCO em entrevistas exclusivas.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

Fechamento com chave de ouro

Presidente da agremiação desde 2021, Clarício Gonçalves trouxe um panorama mais aberto sobre a vontade da Alvinegra: “Queremos desfilar no sábado. Seria bom ser da quinta escola em diante, mas fechar o desfile também seria interessante e emocionante”, comentou.

Intérprete alvinegro, Luiz Felipe, desde 2020 ocupando o posto de principal voz do Vai-Vai, foi ainda mais específico e sucinto: “Fechar o sábado de carnaval, com toda certeza, seria uma emoção única”, cravou.

Vale destacar que o Vai-Vai não encerra uma noite de desfiles desde 2010, quando abocanhou a terceira colocação indo ao Anhembi an sexta-feira com o enredo “80 Anos de Arte e Euforia, “É Bom no Samba, É Bom no Couro” Salve o Duplo Jubileu de Carvalho”. Já a última oportunidade na qual a Saracura fechou o conjunto de desfiles paulistanos foi no ano 2000, primeiro ano com duas noites de apresentações. E foi ano de título para a Alvinegra (empatada com a X-9 Paulistana), com a temática “Vai-Vai Brasil”.

Relutância com o novo formato

Apesar de terem opiniões (e motivos) distintos para tal, os dois ouvidos pela reportagem também não fizeram grandes elogios à nova dinâmica para definição da ordem dos desfiles. Mais prático, Clarício relembrou que o novo formato já estava definido desde o regulamento do carnaval de 2024: “Na verdade, não se trata de gostar ou não desse modelo. Mas, sim, de se adaptar às novas regras estabelecidas pela Liga-SP, decididas em comum acordo com os presidentes das escolas”, comentou.

Sem papas na língua, Luiz Felipe explicou o motivo pelo qual não é dos grandes fãs da nova diretriz: “Sendo bem sincero, eu não gostei. Preferia o modelo anterior, acho que dava mais frio na barriga. Mas tenho certeza que será feito da melhor forma, democraticamente e de modo que todas as escolas fiquem satisfeitas”, pontuou, deixando claro que a preferência pessoal do cantor nada tem a ver com a lisura de todo o processo.

Rumo ao topo

Ao falarem do carnaval passado e do próximo, os dois ouvidos, novamente, possuem opiniões semelhantes. O sentimento de gratidão ao enredo “Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano” é recíproco. Mesmo com o oitavo lugar, a colocação foi comemorada por estabilizar a Alvinegra no Grupo Especial sem susto algum e, também, por toda a repercussão que a apresentação gerou, “furando a bolha” do carnaval paulistano.

Na visão do presidente, a briga em 2025 já é por título: “Em 2024, fizemos um desfile correto, potente e nos mantivemos no Grupo Especial, que era um de nossos objetivos. Para 2025, vamos corrigir os erros e buscar alcançar nossa décima sexta estrela”, declarou Clarício, em alusão aos quinze títulos do Bixiga na folia da cidade.

Com os pés mais no chão, Luiz Felipe não falou em título, mas comentou que o Vai-Vai deve ter uma colocação melhor para a próxima temporada: “O balanço que faço de 2024 é muito positivo e acho que nos fortalece e impulsiona para buscar as primeiras posições em 2025, local onde o Vai-Vai sempre deve estar”, finalizou.

Camisa Verde e Branco comemora permanência no Especial e tem escolha de horário traçada

O Camisa Verde e Branco será uma das últimas escolas a decidir o dia e horário para o desfile no segundo ano consecutivo no Grupo Especial após o retorno. A agremiação ficou na 12ª colocação, portanto é a antepenúltima a escolher seu horário de desfile para 2025.

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Foto: Felipe Araújo/Divulgação Liga-SP

O carnavalesco Cahê Rodrigues relatou sobre a escolha e apesar de já ter uma escolha encaminhada para o horário preferido, fez mistério em conversa com o site CARNAVALESCO: “Quanto ao dia, o que for decidido estarei feliz. Nosso projeto é forte e exagerado como nosso homenageado. Acreditamos que a força e a mensagem que Cazuza traz, são ingredientes perfeitos para fecharmos com chave de ouro”.

O diretor de carnaval e vice-presidente do Camisa Verde e Branco, João Vitor Ferro, trouxe um balanço de 2024 e expectativa para 2025: “O ano de 2024 foi de superações para a escola, afinal, estávamos vindo de doze anos no Grupo de Acesso, para nós nosso saldo foi positivo, e a expectativa para 2025 é que a escola faça um grande espetáculo, seguro, forte, e emocionante!!”.

Voltando para São Paulo, o carnavalesco Cahê Rodrigues relatou: “Após 10 anos estou de volta ao Carnaval de São Paulo, está sendo um recomeço. Estou estudando o regulamento e me adaptando às mudanças. Se é para melhorar, as mudanças são sempre bem-vindas. A expectativa está a mil”.

O Camisa Verde e Branco lançou seu enredo nas redes sociais e será um tributo ao incomparável Poeta Exagerado, Cazuza. No dia 8 de junho terá uma festa de lançamento do enredo na Fábrica do Samba, com presenças da Rosas de Ouro e Imperatriz Leopoldinense.

Conheça o enredo da Botafogo Samba Clube para estreia na Marquês de Sapucaí

A Botafogo Samba Clube divulgou o seu enredo para o Carnaval de 2025 no início da noite desta quinta-feira, data em que se comemora o Dia do Botafogo, uma grande homenagem ao nascimento de Nilton Santos. “Uma gloriosa história em preto e branco” contará a origem do Botafogo de Futebol e Regatas, desde a etimologia do nome, passando pelos grandes ídolos e conquistas. O tema será desenvolvido pelo carnavalesco Alex de Souza, na estreia da escola na Marquês de Sapucaí, pela Série Ouro.

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Alcunha de uma embarcação, nome de propriedade, de bairro. Um nome utilizado em diversos aspectos e principalmente de onde surgem clubes esportivos, que se fundiram e deram origem ao famoso time carioca, com uma gloriosa história de craques, vitórias, curiosidades e superstições. E será esse o DNA do enredo da Botafogo Samba Clube rumo ao Carnaval 2025. Para Alex de Souza, a escola dará um presente para a torcida alvinegra, que lota os estádios dando apoio e torcendo para o Glorioso:

“Desde a primeira conversa, eu só tinha em mente esse enredo. Quando fui conversar com a direção, eu já havia feito uma pesquisa prévia. Desde o início, queria puxar por esse amor, paixão, alegria e motivação dos torcedores alvinegros. Para abrir os desfiles da Série Ouro, eu queria “apelar” para esse lado sentimental, essa coisa do coração. E é nisso que eu estou me apoiando para que a gente possa fazer um belo carnaval”, revelou o carnavalesco.

Na concepção do logo oficial do enredo, o fundo traz elementos que vão estar na narrativa da construção do enredo. Por exemplo, o remo, os ídolos – representado por Garrincha -, o futebol atual com Estádio Nilton Santos, a origem do clube etc. A arte foi baseada em uma placa antiga, com a tipografia e formato clássicos, além de contar com uma homenagem a Mário Zagallo, ícone como jogador e treinador, falecido em janeiro deste ano, trazendo 13 estrelas juntas na parte inferior.

A Botafogo Samba Clube estreará pela Série Ouro, na Marquês de Sapucaí, no dia 28 de fevereiro de 2025, sexta-feira de carnaval.