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Ansiosos com as novidades, segmentos do Tuiuti já pensam no sorteio para 2025; Mestre Marcão quer desfilar na segunda

Após ter ficado em nono lugar no último carnaval, o Tuiuti vem cada vez mais consolidado no Grupo Especial. Já tendo enredo definido para o Carnaval de 2025, a escola de São Cristóvão aguarda agora o sorteio da ordem dos desfiles, que ocorrerá na Cidade do Samba, no próximo dia 23 de maio. O CARNAVALESCO conversou com Raphael Rodrigues, mestre-sala da escola, e com mestre Marcão, para saber um pouco mais sobre o que eles esperam para o próximo carnaval e como estão em relação ao sorteio.

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Foto: Dhavid Normando/Divulgação Rio Carnaval

A expectativa do mestre-sala em relação ao sorteio é alta, apesar de não saber em que posição gostaria de desfilar, por conta da nova dinâmica de três dias: “Eu, particularmente, ainda não entendi essa dinâmica de três dias de desfile, de quatro escolas por dia, eu ainda estou meio perdido nisso. Quero muito entender essa dinâmica, quero ver como é que vai ser. Se você me perguntar hoje: ‘Raphael, qual é a posição e o dia que você quer desfilar?’, eu vou dizer para você que eu não sei. Eu não sei te dizer hoje qual é o melhor, se é desfilar no primeiro dia, se é desfilar no segundo, se é desfilar no último dia, eu não sei, não sei. Eu não consigo ainda ter essa visão da dinâmica de como vai ser isso. Acho interessante, porém ainda não entendi, ainda falta eu ter esse entendimento”.

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Raphael acredita que o carnaval será diferente por conta das muitas novidades: “Eu acredito não, eu tenho certeza que vai ser diferente. Tenho certeza, porque é muita novidade. Segunda eu li as matérias, as questões da própria Liesa. Segunda eu li, vai ser tudo muito diferente, até a questão de julgamento. Até sobre a questão do julgamento vai ser diferente”.

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Mestre Marcão não fica muito preocupado perante o sorteio, mas gosta de segunda-feira por ser um dia a mais de preparação, inclusive, já pensa em qual lugar o Tuiuti pode desfilar: “Se cair na segunda-feira, como a terceira escola será muito bom”.

Além disso, ele vê que os três dias de desfile serão realmente diferenciais no próximo carnaval: “Vai ser diferente sim teremos que entender e se adaptar no novo modelo”.

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Unidos da Tijuca transforma passista em musa da comunidade para o Carnaval 2025

A Unidos da Tijuca promoveu Nathanny Peres ao time de musas da azul e amarela do Borel. Nathanny que desfila desde 2014 na ala de passistas Encantos do Pavão foi convidada pelo presidente Fernando Horta para brilhar em posição de destaque no Carnaval 2025 como musa da comunidade.

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Foto: Mauro Samagaio/Divulgação Unidos da Tijuca

Em 2024, a nova musa brilhou pela Unidos da Tijuca no concurso para a escolha da Corte do Carnaval, promovido pela Riotur, chegando à semifinal. Pela amarelo ouro e azul pavão do Borel já soma 10 anos riscando o chão na ala de passistas, mas o amor de Nathany pelo pavilhão tijucano é desde 1999. A então passista show da agremiação se apaixonou pelo samba “Pedras Preciosas”, e com ele decretou seu amor pelo pavão. O samba no pé, no entanto, veio de casa. Filha de ex -rainha de bateria, a passista veterana Kelymar de Jesus, foi na mãe que Nathany se inspirou e se inspira. Apadrinhada por Ciro do Agogô (in memoriam) que colocou a musa para dar seus primeiros passos pelas quadras, iniciou na Tijuquinha do Borel, até passar para a Unidos da Tijuca. Nathany também já reinou como princesa e madrinha da Miúda da Cabuçu, madrinha da bateria da Lins Imperial e rainha da bateria da Rosas de Ouro.

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Com a Unidos da Tijuca, Nathany conheceu o Brasil e o mundo. Como passista show visitou: Suíça, Brasília, São Paulo, Costa Verde, entre outros. Foi candidata a musa do Caldeirão e candidata a passista Quem.

“Não posso conter minha gratidão ao presidente Fernando, cuja generosidade e visão me proporcionaram essa oportunidade única. É como se as estrelas do céu tivessem se alinhado para pintar o meu caminho com purpurina e confetes. Esta é mais do que minha história de sucesso, é um lembrete de que todo sonho, por mais distante que pareça, merece ser acalentado. E para cada passista que sonha, que continue sonhando, pois uma hora, como num desfile de carnaval, a realização acontecerá”, avisa a musa.

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Voo alto! Com a expectativa de brigar no topo no Carnaval 2025, Portela espera desfilar na terça-feira

A Portela voltou ao sábado das campeãs no Carnaval 2024 e a expectativa é que se mantenha no Carnaval 2025. O vice-presidente, Júnior Escafura, e o primeiro mestre-sala, Marlon Lamar, revelaram ao site CARNAVALESCO em qual dia e ordem gostariam de desfilar, suas expectativas para o momento do sorteio e o que esperam do novo formato com três dias de desfiles.

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Foto: Alexandre Vidal/Divulgação Rio Carnaval

O vice-presidente, Júnior Escafura, contou que a sua expectativa é a melhor possível para o momento do sorteio e que será um momento de confraternização: “Acho que a expectativa é a melhor possível, acho que vai ser uma festa bem bacana, é um momento de confraternizar com todas as escolas coirmãs também“.

Quando questionado sobre as mudanças que o novo formato de três dias de desfile trará para o carnaval, o vice-presidente destacou que com menos escolas desfilando por dia, a organização e a preparação das escolas de samba precisarão se adaptar ao novo formato, o que pode resultar em uma logística mais eficiente e menos pressão nas concentrações. Essa mudança promete trazer uma nova dinâmica, potencialmente facilitando a execução dos desfiles e proporcionando uma experiência mais fluida para as escolas e os espectadores.

“Não sei se será um carnaval totalmente diferente, eu acho que é um modelo de carnaval diferente. Por ser três dias de desfile, as escolas vão se preparar, organizar, planejar de uma maneira diferente. São quatro escolas apenas por dia, a questão de concentração também muda, com apenas duas escolas de cada lado, o que melhora a logística”, destacou Júnior Escafura.

Em relação à sua preferência de ordem e dia, Júnior enfatizou que, apesar de algumas preferências, a dedicação e o empenho da Portela serão constantes, independentemente do dia ou da ordem do desfile. Ele ressaltou a importância de focar na qualidade do espetáculo e na entrega de um grande carnaval, mostrando confiança na capacidade da escola de se adaptar e brilhar em qualquer circunstância.

“Eu acho que independentemente da colocação que a Portela cair, a Portela precisa apresentar um grande desfile, um grande carnaval para fazer um espetáculo maravilhoso. Vamos torcer para que a gente caia numa posição que os portelenses desejam e o lado do correio é um lado que preferencialmente o portelense prefere, então, se a gente cair já do lado do correio, já é um pouco melhor. Nos últimos anos, a Portela tem caído muito no balança, mas eu acho que o lado e a ordem, o dia que cair para a gente vai ser indiferente porque o nosso trabalho vai ser o mesmo. Vamos trabalhar muito para fazer um grande carnaval”, enfatizou Júnior.

O primeiro mestre-sala, Marlon Lamar, também expressou grande expectativa para o sorteio da ordem dos desfiles. Para ele, essa noite de sorteio é fundamental e cria uma atmosfera especial que pode impactar todo o carnaval: “Estou com a expectativa lá em cima, acredito muito que o contexto do campeonato passa pela ordem do desfile e toda a atmosfera que se cria nessa noite tão emblemática que é a do sorteio”.

Marlon acredita que o Carnaval de 2025 será um dos mais disputados da história devido à mudança para três dias de desfile. Ele destaca que as expectativas estão elevadas não apenas por conta da novidade do formato, mas também pela incerteza em relação à avaliação dos jurados ao longo das três noites de desfile. Essa incerteza adiciona um elemento de competitividade adicional, fazendo com que as escolas se esforcem ainda mais para apresentar espetáculos memoráveis. Assim, Marlon prevê um carnaval emocionante e altamente disputado, onde cada escola buscará se destacar e conquistar o título.

“Acredito que seja realmente um carnaval com as expectativas acima da média não só pela novidade, mas por não sabermos como será avaliado pelos jurados as três noites de desfile. Eu acredito que será um dos carnavais mais disputado da história”, compartilhou Marlon.

O primeiro mestre-sala expressou sua preferência por desfilar na terça-feira de carnaval, idealmente como a terceira escola a se apresentar: “Eu gostaria muito de desfilar na terça-feira de carnaval, de preferência a 3º escola. Torço para essa posição”.

Saiba como funciona! Julgamento do carnaval de São Paulo utiliza fechamento das notas após cada dia

Na noite da definição da ordem dos desfiles para o Carnaval 2025, o site CARNAVALESCO conversou com o funcionário da Liga-SP, Alexandre Vicente, responsável por conferir e recolher as notas após o término de cada noite de desfiles. Ele, que trabalha nas noites de apresentações das escolas, explica o processo que é feito, desde o fechamento dos malotes com os jurados nos módulos, até o recolhimento no Batalhão de Choque.

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Foto: Felipe Araujo/Divulgação Liga-SP

Há uma segurança muito grande. Há escoltas de polícias e fica em um local que é difícil de ser encontrado, que é uma das sedes do Batalhão de Choque na capital paulista. O carregamento das notas até o Anhembi no dia da apuração é feito por um carro forte para reforçar que nada de pior aconteça com o resultado do carnaval.

Além disso, o produtor confirma que esse procedimento é feito todos os dias após o término de cada noite de desfiles. As notas não ficam em momento nenhum presas na Liga-SP, Sambódromo do Anhembi ou cabine de jurados.

Esquema de conferência e segurança

Alexandre explica o procedimento após o término dos desfiles. Segundo o membro da produção da Liga-SP, os jurados devem lacrar o envelope. Sendo assim, há uma conferência e as notas são levadas ao Batalhão de Choque.

“Quando acaba os desfiles da sexta-feira, o jurado lacra os envelopes com as notas, eu confiro para não ter dor de cabeça e depois a gente coloca no malote. Vou para os outros módulos e o procedimento é o mesmo. Assim que termina o último módulo, que é o quarto, a gente lacra o malote na frente de todo mundo que está ali e leva para o Batalhão do Choque. Na chegada ao local, tem todo um trâmite de se identificar, não é qualquer um que vai chegar. Eu sou militar e ajuda mais um pouquinho. Tanto para ir e quanto para vir, tem a escolta da polícia”, explicou.

Recolhimento e retirada dos malotes

Vicente deixa claro que as notas não ficam em nenhum lugar. Ele diz que há as oficiais e as de rascunho, mas há o recolhimento delas no término de cada dia dos desfiles

“A nota não fica em nenhum lugar. São dois malotes, que é o oficial e o do rascunho. Se acontecer alguma coisa, como já aconteceu, nós temos lá no Batalhão a segunda nota guardada e só é retirada depois dos Desfiles das Campeãs. A gente faz esse procedimento uma vez a cada dia. Acabou o Acesso 2, a gente recolhe e leva. Dos desfiles de sexta-feira, sábado e domingo é a mesma coisa. A gente recolhe e leva na manhã seguinte que termina os desfiles. Na terça-feira, que é o dia da apuração, nós vamos por volta de 11h30 e 12h para fazer a retirada”, completou.

Império Serrano celebra os aniversários de Madureira e Beto Sem Braço com roda de samba

Na próxima sexta-feira, a partir das 17h, o Império Serrano vai abrir as suas portas para um dia de celebração à Madureira e a um de seus maiores compositores: Laudeni Casemiro, o popular Beto Sem Braço. Com uma super roda de samba, comandada pelo músico Arifan e participação de Marquinho Sathan, o evento marca os 411 anos do bairro e os 83 do poeta imperiano, falecido em 1993 e autor de clássicos inesquecíveis dos sambas de enredo, como “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, “Mãe, baiana mãe”, dentre outros. O evento terá entrada franca.

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Foto: Pedro Siqueira/Divulgação Império Serrano

Essa será a segunda edição da roda de samba em comemoração ao aniversário de Beto Sem Braço, no Império Serrano, e que conta também com a organização do Sesc Madureira. Em 2023, festejando os 82 anos de nascimento, foi inaugurado o busto do compositor na quadra do Reizinho e reuniu grandes nomes do samba, parceiros de longas datas e uma legião de fãs de todas as idades.

Segundo a vice-presidente cultural Paula Maria, o Império Serrano tem o dever de promover eventos que celebrem o legado e a história de seus grandes nomes. Para ela, o sucesso do último ano foi fundamental para mais uma edição da roda de samba em exaltação a Beto Sem Braço.

“Para que estejamos hoje aqui, muitas pessoas passaram e ajudaram a construir a história do Império Serrano. O Beto Sem Braço, sem dúvida alguma, é um dos grandes nomes dessa constelação de imperianos, que encantou e encanta gerações através das suas músicas, sendo sambas de enredo ou não. Por isso, temos sempre que exaltá-lo, assim como a tantos ícones da nossa escola. Ano passado tivemos um evento muito bonito e, com certeza, teremos um ainda mais belo na sexta-feira. Todos estão convidados”, destacou Paula Maria.

Filha de Beto Sem Braço, Priscila Casemiro ressaltou que a roda de samba é uma forma de seguir o legado deixado pelo compositor. Para ela, o evento é uma forma de seguir levando a história para os sambistas atuais.

“O Império Serrano e Madureira consagraram meu pai como compositor de samba de enredo. Nos reunirmos para cantar Beto Sem Braço não é só um ato de resistência, mas de reviver memórias e manter suas obras vivas, contagiando a nova geração”, afirmou Priscila.

Antes do samba, haverá uma roda de conversa sobre Beto Sem Braço e o bairro de Madureira. O evento também vai contar com espaço kids para as crianças e a exposição “Mulheres”, com o DJ Orkidea tocando nos intervalos.

Serviço:
Roda de samba: 83 anos de Beto Sem Braço e 411 de Madureira
Data: 24 de maio, sexta-feira
Horário: 17h
Local: Quadra da Império Serrano
Endereço: Avenida Ministro Edgard Romero, 114 – Madureira, Rio de Janeiro
Atrações: Arifan, Marquinho Sathan e convidados
Entrada franca

Com muita confiança e esperança em Oxalá, Imperatriz Leopoldinense espera o sorteio da ordem dos desfiles

A vice-campeã do Carnaval de 2024, Imperatriz Leopoldinense, está preparada para o sorteio da ordem dos desfiles de 2025. Em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO, a presidente Cátia Drumond, o diretor executivo João Drumond, e o intérprete Pitty de Menezes compartilharam suas expectativas para este momento crucial. Eles contaram se acreditam que o carnaval será diferenciado com a inclusão dos três dias de desfiles, revelaram se possuem alguma preferência específica em relação ao dia e ordem de desfile.

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Foto: Nelson Malfacini/Divulgação Imperatriz

A presidente Cátia enfatizou que não tem uma posição preferencial em mente e está aberta para desfilar em qualquer dia da semana. Cátia ressaltou a importância de estar preparada para qualquer cenário e disse que o mais importante é entregar um belo carnaval, independentemente do dia ou da posição no desfile.

“Com essa mudança de três dias de desfile, eu não tenho posição, não tenho dia. Eu acho que a gente vai ter que ver como é que vai se formar lá e ver como é que vai ser essa experiência de desfilar, mesmo que seja no domingo ou na segunda-feira, porque todo mundo vai dizer que é a terça-feira, porque seria a nossa segunda-feira. Eu acho que a escola tem que estar preparada para qualquer dia e para qualquer posição. E entregar um belo carnaval, e seja o que Oxalá quiser”, compartilhou Cátia.

Em relação à expectativa para o momento do sorteio, o intérprete Pitty de Menezes revelou que, apesar do frio na barriga, está confiante: “Estou com muita confiança. Acreditamos que iremos tirar a posição que Deus destinar para nós. Estamos preparando um lindo carnaval, independente da posição, mas ainda dá aquele friozinho na barriga”.

Pitty também demonstrou confiança no novo formato de desfile decidido pela Liesa e expressou sua preferência em relação ao dia para desfilar: “Estou acreditando muito na proposta da Liesa, teremos três dias para curtir o que mais amamos, que é o carnaval. Gostaria muito de desfilar como a terceira ou a última escola na terça-feira”.

João Drumond expressou sua opinião sobre a mudança para três dias de desfiles e suas expectativas para o carnaval de 2025. Ele destacou que a decisão de mudar para três dias foi tomada por todas as 12 escolas e que acredita que será benéfica para elas. Em relação ao julgamento, também observou que foi uma decisão praticamente unânime. João disse ter esperança de que, independentemente do dia em que cada escola desfile, aquelas que apresentarem bons espetáculos serão bem avaliadas. Ele está ansioso e acredita que será o maior carnaval de todos os tempos, esperando que a Imperatriz possa fazer o seu melhor desfile também.

“A primeira coisa que tem que ser dita é o seguinte, foi uma decisão tomada por 12 escolas. Se 12 escolas votaram a favor da mudança para os três dias, é claro que eu acho que vai ser bom para as escolas. Em relação ao julgamento, também foi uma decisão praticamente unânime. Espero e acredito que independente da escola que desfile no domingo, na segunda e na terça, as escolas que apresentarem bons espetáculos vão ser bem avaliadas. Essa é a esperança e em relação a se vai dar certo ou não vai, eu também acredito que vai dar muito certo. Estou muito ansioso, acho que vai ser o maior carnaval de todos os tempos. Espero que a Imperatriz também possa fazer o maior desfile de todos os tempos”.

Confira a sinopse do enredo da Imperatriz Leopoldinense para o Carnaval 2025

O texto que apresento como enredo é fruto da escuta. Ele nasce da condição de ouvinte da sabedoria ancestral daqueles que guardam nas palavras que falam uma espécie de escrita que dá conta da memória. A narrativa carnavalesca que agora apresento se respalda na possibilidade de acesso a uma biblioteca de bocas que guardam um tipo de livro raro.

Aquilo que escrevo a seguir, ouvi de ekedes e babalorixás. De mogbás e ialorixás. O que agora se mostra com contorno carnavalesco não é exatamente aquilo que um só deles disse. O que escrevo é a soma de tudo o que foi dito, incluindo o que um não disse, mas que o outro acrescentou. Nas culturas marcadas pela oralidade, vale o dito popular: “Quem conta um conto aumenta um ponto.”

Nas linhas que virão, apresento-lhes aquilo que ouvi, acrescentando “um ponto” que é fruto da minha imaginação carnavalesca para o mito ioruba que narra a visita de Oxalá – senhor de Ifón – à Xangô. Com isso, conto-lhes as peripécias de Exu e o desfecho da saga incluindo os ritos que ainda hoje – em terras brasileiras – são realizados em memória da jornada que transformo em material artístico e desfile.

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Foto: Wagner Rodrigues/Divulgação Imperatriz

SINOPSE DO ENREDO ÓMI TÚTÚ AO OLÚFON – ÁGUA FRESCA PARA O SENHOR DE IFÓN.

Estamos em continente africano. Mais precisamente, em IFÓN. O que se ouve é o som dos elefantes que parecem abrir caminho para o cortejo. Todos – bicho e gente – exibem marcas de EFUM e são embelezados com pratas e marfins. A cor branca que veste a maioria dos corpos se derrama. De frente, em seu trono, como escudo, reina Oxalá. Ele é o senhor de Ifón, orixá FUNFUN e pai da criação.

Sua imagem é um monumento erguido em chumbo incrustado de pedras preciosas e CAURIN catado nas águas do Atlântico. Os tambores tocam em seu louvor e o chão está coberto com folhas frescas. O ALÁ esticado por seus súditos faz sombra ao corpo do rei. O OPAXORÔ, majestosamente erguido pela mão do rei, dá sombra e abriga seus súditos.

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Arte: Antonio Vieira/Divulgação

Em certa ocasião, em um tempo que não carece precisão, Oxalá deseja visitar outro OBÁ. Um fraterno companheiro, quarto ALAFIN do trono de Oyó; o fogo que arde vivo no casco de um AJAPÁ que rasteja tal qual brasa incandescente: Xangô. Como é costumeiro e conveniente aos soberanos, antes de seu deslocamento, Oxalá busca saber de forma antecipada informações sobre a jornada que estava disposto a realizar, consultando o BABALAÔ de Ifón e a tábua sagrada (o OPOM-IFÁ).

Jogo feito e búzios caídos. O IEROSSUM marca um ODÚ que antecipa desgraça e ruína. O sacerdote tenta – em vão – convencer o soberano a desistir da viagem. Irredutível, ele diz que irá. Diante da negativa e da insistência de contrariar seu odú, é então orientado de forma imperativa: “como bagagem indispensável para a viagem, leve três mudas de roupas brancas (AṢO FUN FUN) e sabão da costa (ÒSÉ DUDU). No percurso, para afastar a morte, mantenha-se em silêncio absoluto e, em nenhuma hipótese, não se negue a realizar qualquer coisa que lhe for solicitada.

Antes da partida, para reduzir o dano que se mostra real, ofereça à Exu – aquele que anda na frente e é o senhor dos caminhos – um agrado traduzido em generosa oferta”.

A orientação dada pelo sacerdote não foi aceita. Logo ele, rei coroado da corte funfun, criatura modelada pelas mãos de OLORUM, o dono dos olhos que tudo vê e pai da criação do homem, precisaria agradar Exu como forma de obter menor dano? A proposta do babalaô era inadmissível.

Comprometendo-se apenas com as roupas brancas, o sabão da Costa, o silêncio e a resignação de tudo atender, partiu rumo a Oyó sem o EBÓ de Exu. No primeiro passo da jornada, por certo, ele desconhecia o porvir. Exu, todavia, era sabedor. Sua boca aberta à espera do agrado – qualquer que fosse – estava vazia. E sua boca vazia dizia que algo estava em falta. A falta era uma pendência. A pendência, uma dívida. E a dívida seria cobrada onde ele é soberano: no caminho.

De branco, Oxalá dá o primeiro passo de seu trajeto. O primeiro passo é o início do caminho. O caminho, como se sabe, tinha dono. A partir de então, é Exu quem comanda. Ele é a sonora gargalhada disposta a romper o silêncio. A travessura da travessia. O fiscal que ri enquanto cobra a quem deve.

O fato é que Exu pôs-se no caminho de Oxalá como um guarda que cobra o pedágio da cancela fechada. Irônico e galhofeiro, em sua primeira aparição, colocou-se diante do Senhor de Ifón com um fardo de carvão. Pediu-lhe auxílio para carregá-lo e, sem que o velho rei pudesse negar qualquer solicitação, viu Oxalá pôr o fardo sobre as costas. Foi quando a gargalhada de Exu rompeu o silêncio, enquanto “o dono da boca que tudo come” fazia com que o conteúdo do fardo se derramasse sobre o rei.

Tingido de preto, Oxalá se dirigiu ao rio mais próximo. Banhou-se com ÒSÉ DUDU e vestiu nova roupa branca – a primeira das três que levou – para seguir a jornada. O fato é que Exu repetiu o feito de encardir o traje do soberano pedindo-lhe auxílio para carregar fardos por mais duas vezes.

Depois da traquinagem com o carvão, derramou sobre Oxalá um tonel de vinho de palma. Na sequência, fez o mesmo ao lambuzar as vestes do senhor de Ifón com a vermelhidão oleosa do azeite de dendê. Em ambas as ocasiões, Oxalá banhou-se com ÒSÉ DUDU e realizou a troca das roupas até não mais haver a possibilidade de trocar-se.

Seguiu seu caminho sem poder mais impedir que os últimos dias de travessia não causassem dano aos seus trajes soberanos. O trajeto porvir inevitavelmente macularia suas roupas brancas. Cansado da longa caminhada e das demandas recorrentes, adormeceu. Exu, por sua vez, seguia espreitando e, durante o sono de Oxalá, pregou-lhe sua última travessura: amarrou-lhe um fardo de sal sobre as costas dando-lhe aparência corcunda.

Ao acordar, o velho rei pôs-se a caminhar. Àquela altura, ele já se aproximava de seu destino: o palácio do Alafin. Bastava atravessar o pasto para que, antes do anoitecer, pudesse ser recebido como rei, comer como rei e desfrutar do conforto destinado aos reis. No exato momento em que o portão que dá acesso à morada de Xangô pôde ser visto à distância, Oxalá avista também o cavalo branco que ele mesmo havia ofertado ao senhor daquele território como um presente símbolo de apreço e amizade entre os dois soberanos.

Desviou-se por alguns instantes do trajeto e aproximou-se do animal com a intenção de reconduzi-lo para junto do amigo. O que ele não previa era que aquele animal estava dado como roubado e o furto do cavalo do rei, artigo muito estimado por Xangô, era o motivo da fúria do Obá durante os últimos dias.

Junto ao cavalo do rei e sujo em função das demandas da jornada, foi visto pelos guardas da cavalaria do reino. Estes, sem supor de quem se tratava, acusaram aquele homem de roubo. Como prometido ao babalaô antes de deixar Ifón, Oxalá manteve o silêncio absoluto. Preso, foi levado para Oyó. Não como rei, mas sim como ladrão. Não houve festa para recepcionar o respeitado soberano. Tampouco pôde aproximar-se de Xangô. Sujo e encardido pelas demandas do caminho, foi levado para o cárcere. Lá, permaneceu por sete anos.

No período encarcerado, talvez como punição contra a injustiça que acometia aquele inocente, a ruína se espalhou pelas terras de Xangô como um sauro enfurecido que cuspia miséria, morte e seca. Tamanha decadência sem aparente razão fez com que Xangô buscasse um babalaô que, após consultar o oráculo, sentencia que há um homem preso injustamente no reino do Obá famoso pelo apreço à justiça.

Sabedor do que ocorria, Xangô parte em busca de encontrar o tal homem com a intenção de corrigir a arbitrariedade. Para seu espanto, encontra Oxalá, (rei e amigo fraterno) aprisionado e quase irreconhecível. Para a remissão, ordena que todos os seus súditos se dirijam para as nascentes mais límpidas em busca de água fresca para o banho que traria alívio ao senhor de Ifón e, por consequência, reestabeleceria o vigor da vida coletiva.

Enquanto o líquido dos vasilhames era derramado, Oxalá recuperava o caráter imaculado de seu traje funfun em meio às águas frescas como gotas de orvalho. Águas de remissão. Águas pra apartar qualquer dor. Água de rio, fonte e cachoeira. Água que ninguém pode amarrar.

Este gesto – das águas que foram derramadas para que Oxalá pudesse se banhar – jamais foi esquecido e o pedido de que aquilo fosse feito em memória do grande orixá também não. Séculos se passaram e essas águas ainda seguem sendo derramadas sobre o orixá. Hoje, Oyó ainda transborda nas quartinhas que guardam as águas que nascem em terras brasileiras. Oxalá agora é um OTÁ. Um axé de pedra guardado no IBÁ e, anualmente, banhado com veneração pelos filhos de santo.

Em seu louvor, em procissão, por três fins de semana, todos vestem AṢO FUNFUN (roupas brancas) e suas águas frescas (ÓMI TÚTÚ) são recolhidas antes que o primeiro raio de sol possa tocá-las. Quando a noite cai, as EKEDES auxiliam os orixás que vem dançar. IABÁS e OBORÓS estão na terra. O ALÁ é estendido enquanto o soberano se manifesta no corpo do OMO ORIXÁ que enverga. As mãos dos ALABÊS dão vida ao couro que vibra enquanto as IABASSÊS carregam o ACAÇÁ cozido e o EBÔ de milho branco para o salão. No ILÊ, qualquer ABIÃ sabe que naquelas cumbucas não se bole nem com sal nem com dendê.

O OTÁ está de volta ao ILÊ ORIXÁ. Limpo e banhado de axé. Os pratos de louça branca circundam o assentamento. Nele, os IGBINS, as moedas, os marfins, a penca com as pombas de latão e os OBIS. No centro, escondendo o AWO (o segredo e o mistério), a coroa de prata. Um ADÊ (coroa) de IRIN (metal) onde o CAURIN (búzio) vale tal qual adorno precioso.

Enredo, pesquisa, roteiro, desenvolvimento e texto: LEANDRO VIEIRA.

Unidos de Bangu anuncia enredo em homenagem à resistência da Aldeia Maracanã no Carnaval de 2025

Símbolo de resistência na cidade do Rio de Janeiro, localizada nas proximidades do antigo Museu do Índio e ao lado do estádio do Maracanã, a Aldeia Maracanã é um território ancestral que abrigava a aldeia Jabebiracica, a mais importante aldeia Tupinambá da Guanabara.

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Em 2006, a aldeia urbana foi refundada por indígenas de diferentes etnias e, em 2013, foi alvo de disputa com o governo do Estado do Rio de Janeiro que tentou desocupar o terreno, derrubar o prédio histórico e construir um estacionamento do estádio do Maracanã para receber as partidas da Copa do Mundo de 2014.

Hoje, a Aldeia luta pela preservação de sua identidade, cultura e território no contexto urbano, além do tombamento do prédio histórico e do reconhecimento da Universidade Indígena Pluriétnica na comunidade.

O enredo que será apresentado no Carnaval de 2025 é de autoria dos carnavalescos Raphael Torres e Alexandre Rangel.

Diretor fala do pioneirismo da Mocidade ao abrir a nova terceira noite de desfiles do Grupo Especial em 2025

A Mocidade foi a décima colocada no carnaval deste ano. A expectativa para o próximo carnaval era de participar normalmente do sorteio da ordem dos desfiles, que ocorrerá na próxima quinta-feira, dia 23 de maio, na Cidade do Samba. Entretanto, a novidade dos três dias de desfile, acabou fazendo a Estrela Guia de Padre Miguel ser incumbida de abrir o novíssimo terceiro dia de desfiles do Grupo Especial. O CARNAVALESCO conversou com Mauro Amorim, diretor de carnaval da escola, para saber um pouco melhor sobre como ela está se preparando perante a novidade.

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Foto: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO

Mauro começou falando sobre como foi positivo para a escola ser a primeira do novo dia de desfiles: “Foi bom termos sido a primeira escola de terça feira, ficamos satisfeitos por abrir o um dia inédito no Rio Carnaval e ser a pioneira. Com toda certeza os Independentes virão com mais garra, com o trabalho que estamos desenvolvendo”.

União perfeita! Casal da Mocidade celebra trabalho feito em 2024 e projeta desfile com o casal Lage

Ele não acredita que tenha alguma vantagem ou desvantagem ser a oitava na ordem geral, num terceiro dia: “Não, não acredito que tenha nenhum tipo de vantagem ou desvantagem em nenhum tipo de posicionamento de desfile, ordem de desfile. Acho, tendo em vista o nível que as escolas apresentam na pista, então não vejo nenhum tipo de vantagem nisso”.

Confira a sinopse do enredo da Mocidade Independente de Padre Miguel para o Carnaval 2025

Por fim, o diretor comentou o que podemos esperar da Mocidade para o Carnaval de 2025, especialmente na força da comunidade: “O que esperar da Mocidade? Uma Mocidade forte, uma Mocidade unida, uma Mocidade alegre, uma Mocidade aguerrida, com a força da sua comunidade, uma Mocidade que entendeu que precisava de mudanças, fez as mudanças necessárias, fortaleceu seu quadro profissional e essa equipe, através dessa paixão, desse amor que tem pela escola e com o apoio da sua comunidade, vai trazer, vai levar a Mocidade de volta ao seu devido lugar”.

Tijuca está tranquila em abrir o segundo dia de desfiles do Especial

A Unidos da Tijuca já abriria a noite de segunda-feira, ainda que permanecessem dois dias de desfiles. Décima-primeira colocada no último carnaval, a escola do Borel buscou se reestruturar para o ano que vem, e, apesar de não participar do sorteio que acontecerá na próxima quinta-feira, dia 23 de maio, seus segmentos estão confiantes no carnaval que levarão para a avenida. O CARNAVALESCO conversou com mestre Casagrande e Fernando Costa, diretor de carnaval da escola. Ambos estão muito animados com a preparação para o ano que vem, e veem as vantagens de abrir o segundo dia de desfiles do Grupo Especial.

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Artista do cartaz:Thiago Morganti

Abrir a segunda-feira

Mestre Casagrande tem sempre uma preferência em relação à posição que gosta de desfilar, e ser abrir o desfile não está entre elas. Entretanto, vê com bons olhos abrir o desfile do ponto de vista do componente, em especial, da bateria “Pura Cadência”, pela qual é responsável.

“Não foi opção nossa, décima primeira não tem jeito, você tem que abrir segunda-feira. A minha preferência sempre é terceira, quarta escola, de preferência de segunda, mas se eu for pensar por outro lado não é a primeira escola, vai ser a quinta escola na verdade a desfilar, que também a gente já viu a galera de domingo e agora também tem terça-feira o novo grupo e a gente tem que ver. Esperar primeiro como é que vai ficar o sorteio, porque na verdade são quatro, agora não são mais seis, são quatro, e a gente tem que ver quem vai colar com a gente, enfim, uma série de coisas. Mas, o que é legal é que é cedo, bateria está tranquila, galera está ansiosa para tocar. Você já sai de casa sabendo que não tem ninguém na sua frente, você pode fazer o esquenta que você quiser, enfim, tem as vantagens também, tem as desvantagens, mas sendo a primeira tem as suas vantagens também”.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

O mestre ainda aponta que a montagem da escola seria um facilitador sendo a primeira a desfilar na noite, na visão dele, que preferiu abrir os desfiles, ao invés de fechar a noite:

“Você pode chegar cedo, pode montar com tranquilidade. Aquele problema que você tem de um ou outro beber e chegar cansado, você não tem esse problema. Eu prefiro desfilar de primeira do que desfilar por último. O último você fica lá, o cara já sai ansioso, o cara já sai de casa sete, oito horas da noite e vai desfilar quatro, cinco da manhã, está morto. Você não consegue controlar o componente no geral, tem sempre um que dá uma escorregada, bebe, sai fora da norma e isso é muito complicado. Sendo a primeira a gente foge disso tudo”.

Já Fernando Costa acredita que que a escola vem preparada para abrir o os desfiles de segunda:

“Eu estaria mentindo se eu falasse que eu não queria estar no sorteio, mas a gente tem que estar muito satisfeito em abrir a segunda-feira. A gente não queria abrir o domingo. Mas, abrindo segunda, ou se fosse na terça, sem problema nenhum. A gente está bem satisfeito e estamos fazendo carnaval para abrir os desfiles”.

Três dias de desfile

Também falamos com eles sobre como os três dias de desfile podem impactar a Sapucaí, e como eles receberam a mudança. Fernando comenta sobre as mudanças que ocorreram também em julgamento:

“Diferente vai ser. Primeiro que os envelopes vão ser fechados no dia. Segundo que está para acontecer uma votação de uma outra mudança, que não sei se vai mudar ou não. Se mudar já é mais uma mudança, então eu acredito que sim. Só de ser três dias já é diferente. Vamos ver como vai ser depois, mas vai mudar com certeza”.

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Ele complementa falando dos impactos que essas mudanças trazem ao cenário do campeonato entre as escolas, em especial, a questão o fechamento do envelope de cada escola após a passagem da mesma, e que o número de escola por noites não deve influenciar muito no resultado:

“Isso para mim é independente, desfilar com seis, três, acho que isso aí não influi. Acho que o que vai influenciar mais é o fechamento dos envelopes, outras mudanças que podem vir a ocorrer ou não. Agora, desfilar com quatro, com seis… Acho que vai ser bom para o público que não vai ser tão cansativo, vai dar umas três horas, três e pouquinho já vai estar acabando. Tu vai para casa e descansa para vir outro dia e curtir de novo. Acho que foi uma boa ideia do Gabriel, acho que foi dele a ideia. Está de parabéns. E vamos aguardar, só depois que a gente vai ver se foi bom. Vamos ver os prós e os contras, sempre tem, toda mudança ocorre”.

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Já Casagrande comenta sobre como esses três dias podem impactar trazendo mais pessoas para a Sapucaí, visto que os ingressos esgotaram rápido no último carnaval, e, como a mudança já ocorreu, abraçar a ideia de um dia a mais:

“É um sistema novo. É mais um dia de desfile, então eu, particularmente vou falar por mim como amante do carnaval, que além de ser mestre de bateria eu gosto de ir todos os dias, eu vou ter que optar por dois dias, que eu como amante do carnaval não tenho grana para comprar os três dias de carnaval. Mas, também você abre um leque para as outras pessoas, mais oportunidade para as pessoas irem. Ano passado você viu, os ingressos acabaram rápido, então você colocando mais um dia eu acho que é legal. Eu acho que é bem válido os três dias. Agora vamos ver como é que a galera vai receber isso, como é que vai ser a venda de ingressos, mas eu acho que vai ser bem aceito. O Gabrielzinho está fazendo um grande trabalho. O que ele está fazendo é muito bom para o carnaval. Todas as escolas concordaram e a gente tem que abraçar a ideia, tem que abraçar a ideia, não tem jeito, tem que abraçar. Não adianta agora falar: ‘não vai dar não’, vamos abraçar, vamos deixar trabalhar, ele é um garoto muito trabalhador, estudioso e vamos abraçar a ideia”.

O que esperar da Tijuca em 2025?

Já sobre o que esperar da escola para o ano que vem, mestre Casagrande aponta que a escola está se reestruturando em busca de fazer um bom carnaval em 2025, e que a organização do carnavalesco Edson Pereira e o cuidado com a preparação do enredo chamaram a atenção dele:

“A gente está em um momento de reflexão, reestruturação da escola. A gente veio de um carnaval muito ruim e agora a gente está se abraçando, a própria escola está procurando se abraçar. O Edson chegou muito bem dentro da escola. O enredo escolhido é um enredo de segurança, um enredo muito bom. Já agraciado até por vocês mesmo como um dos melhores do carnaval, senão eu não me engano um dos três melhores junto com outras escolas coirmãs. E a gente está nessa, reestruturando todo o departamento de Harmonia, de carnaval. Bateria a gente tem a bateria bem estruturada. Agora, o que está me impressionando mais no Edson é a organização que ele está tendo dentro do barracão. A escola tendo todos aqueles cuidados que anteriormente a gente não tinha. Além da confecção do enredo, os enredistas, quatro enredistas especialistas para a gente não cometer os erros que a gente cometeu no passado”.

Fernando Costa por sua vez destaca a vontade da Tijuca para o próximo carnaval, com o engajamento da comunidade junto ao enredo que era esperado há muito tempo, e que vai trazer muito axé no ano que vem:

“Aguardem uma Tijuca com muita vontade. A gente fez um enredo que a comunidade vinha pedindo há muito tempo e logo quando a gente anunciou a comunidade foi uma felicidade só. É muita gente ligando, falando, querendo desfilar, então acredito que o enredo vai movimentar muito, vai dar muito axé para a escola esse ano. Aguardem que a gente vem. Já estamos fazendo protótipo, já estamos fazendo carros. Fantasias lindas, carros… Aguardem!”.