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Sinope do enredo da Unidos de Padre Miguel para o Carnaval 2025

“Egbé Iyá Nassô”

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Foto: Divulgação/UPM

I

Agô!

É no sangue que corre a vida.

É o Axé que nos faz viver.

Orixá é cabeça da nossa força!

E do ventre da Iyá de todos nós, o Axé chegou de mãe para filha, de mãe para uma nação.
A Iyá que legou ao mundo o vermelho-sangue da fé de pretas e pretos que matiza nossa terra, nossa Vila Vintém, nosso pavilhão.

Hoje, os tambores do samba ecoam a tradição oral e um chamado ancestral, conectando o Orun dos Orixás às raízes profundas da vida Iorubá.

E, pela força do Axé, se levanta o Boi Vermelho em um cortejo mágico para buscar a exuberância de reinos encantados, filhos do ventre sagrado de Ialorixás que pairam entre divindade e humanidade e que se fundem na gênese da criação Nagô.

O vento, em seus sussurros, revela o resplandecer do vermelho ardente, enquanto grãos de areia acariciam o solo, testemunhando passos que acalentam as almas. No céu, o orvalho se ergue como lágrimas de gratidão em honra ao Alafin. Na corte do palácio, rainhas e princesas adornam o Adê do Rei com sua preciosa beleza.

Kaô Kabecilê Xangô!

Em Oyó-Ilé, a majestade resplandecia, refletindo a força dos segredos guardados pelas Iyás.

Suas vidas eram devotadas ao bem, como uma poesia eterna entoada aos deuses. Os tesouros que teceram o Adê de Xangô se espalhariam pelo Brasil, entrelaçando mistérios e ancestralidade.

II

Os raios de Oòrún e a luminosidade de Òsùpá testemunhavam os dias de esplendor e as noites de glória que banhavam Oyó. Mas o horror dos ventos de imposta mudança soprou impiedosamente com a fúria covarde de usurpadores, rasgando o tecido da existência do império.

No horizonte, uma travessia de dor, procissão ao desconhecido dos filhos e filhas que carregariam o lume de outrora em seus corações.

Nas espumas do Atlântico, onde lágrimas se confundiram com ondas, a fé se ergueu como velas a singrar os destinos através das águas turbulentas. O grivar daquelas velas destronadas de Oyó apontava na direção de outros rumos. O legado de uma África ancestral, entrelaçado com a coragem e determinação de uma princesa destemida, desembarcou nas terras sagradas de Salvador. Seus passos trouxeram consigo lembranças, afetos, saberes. Pulsava em seu peito a justiça e o Axé como um coração vibrante: Iyá Nassô, a filha de Oyó sob o Oxê de Xangô.

O tecido vermelho que outrora adornava o trono do Alafin não se esvaneceu. Iyá Nassô, guardiã e herdeira do sagrado segredo do Axé, o trouxe consigo, erguendo das cinzas uma chama ardente de esperança alimentada pela fé inabalável em seus Orixás, tornando-se um farol de resistência e resiliência para todos os seus descendentes.

III

Pela Ladeira do Berquó, Iyá Nassô, ao lado de outras princesas, protegidas pela força invencível de Ayrá Intilé, consagraram a luz da tradição nas imediações da Capela da Confraria de Nossa Senhora da Barroquinha. A fé se enraizou. Xangô, com seu trovão e tempestade de justiça, abençoou e guardou Iyá Nassô, tecendo um manto de proteção invisível, mas impenetrável.

E a resistência negra, nas vizinhanças católicas, se encontrou em irmandades, confrarias e sociedades secretas de pretas e pretos que nunca esmoreceram. Firmado um elo com suas irmãs de Ketu, Iyá Adetá e Iyá Akalá, e com a ajuda de outro venerável que permaneceu ao seu lado, Babá Assiká, Iyá Nassô teria plantado o Axé, semeando a fé primordial e dando o sopro da vida ao Candomblé no Brasil. Cada lágrima derramada foi uma prece silenciosa que ecoou pelos corredores do tempo. Entre os sussurros das noites escuras e os murmúrios dos dias sufocantes, as sementes dos Orixás foram abençoadas no solo brasileiro, carregadas de esperança e coragem.

Sementes que, nutridas pela determinação e regadas pelo suor da devoção, começaram a germinar. Cada cântico entoado, cada tambor ressoado e cada ritual celebrado foi um ato de fé que fortaleceu as raízes dessa árvore sagrada. Nos arredores da Barroquinha, o Ilê Iyá Omi Axé Ayrá Intilé se enraizou como um bastião de esperança, uma fortaleza espiritual construída com os tijolos da ancestralidade e o cimento da união de todas as nações.

Ayrá Ponon Opukodê!

No solo abençoado, onde a dor se transformou em força e a opressão se converteu em resistência, a semente dos Orixás começou a florescer. As folhas de seus ramos abrigaram os filhos e filhas da diáspora, oferecendo sombra e consolo.

IV

Todavia, o preconceito, como uma doença, sempre estava à espreita, impregnando os ares com intolerância. As religiões ancestrais, vivas nas almas dos negros e negras, eram vistas com desdém pelos olhos cegos de brancos indoutos e desprezíveis. Diante da injustiça e pela luta, o brado dos revoltosos! O grito dos Imalês ecoou pela noite, marcando profundamente o coração maternal de Iyá Nassô.

Tendo os filhos perseguidos após a Revolta dos Malês, por professarem sua fé à Xangô, Iyá Nassô, com a bravura destemida do machado de seu Orixá, interveio bravamente por seus filhos e converteu a prisão deles em um retorno à África.

Assim, para sua terra ela voltou, levando consigo sua família, de sangue e de santo, sacramentando a liberdade dos filhos e buscando mais aprendizados sobre a tradição dos rituais dos Orixás, sua força vital.

Aqui, a semente plantada com tanto sacrifício permaneceu. Essa semente, enterrada no solo fértil da Bahia de Todos os Santos, guardou a promessa de renascimento e resistência, mistério de vida eterno que continuou a penetrar cada vez mais fundo no solo, mantendo viva a chama da ancestralidade.

V

Anos depois, o mar, testemunha viva de idas e vindas, trouxe então de volta de Uidá a sucessora filha-de-santo daquela que plantou a semente no solo baiano. Marcelina Obatossi sentou-se no trono de Xangô, dando continuidade ao legado matriarcal de Iyá Nassô, que ancestralizou em África. Obatossi, em seu caminhar, soprou a liberdade para o babalaô Bamboxê Obitikô, guardião dos segredos de Ifá e do Xirê, ancestrais que regaram o Axé plantado pela Mãe de Todos.

O terreiro foi consagrado com seu nome, agora em outra encosta, em outro morro de fé.
Reergueu-se como Ilê Axé Iyá Nassô Oká, considerado o mais antigo terreiro de Candomblé do Brasil, com a Casa para Xangô, o terreno para Oxóssi e o Axé de Oxum, a tríade que compõe seus alicerces. Foi na Casa Branca do Engenho Velho, com os assentamentos de Ayrá e de Oxóssi vindos da Barroquinha, que o Axé encontrou refúgio definitivo sob a Coroa assentada de Xangô, um santuário construído com as mãos calejadas da fé, à sombra do Bambuzal sagrado de Dankô e no acalanto das águas de Oxum. Uma Casa onde Oríkì’s sagrados ecoam pelos corredores.

De lá, as sementes continuaram a se espalhar pelo Brasil, pelo Rio de Janeiro e pela Vila Vintém, e as festas do calendário espiritual da Casa são a presença viva do matriarcado de Iyá Nassô.

VI

No próximo carnaval, essa semente dará muitos frutos em forma de homenagem àquela que é considerada a Iyá de todos os Ilês, a Mãe de todos os terreiros. Que sua história seja contada e celebrada com alegria, pois seu legado vive em cada toque dos atabaques, em cada dança sagrada, em cada gesto de devoção aos Orixás. Que sua luz continue a guiar os passos daqueles que buscam a verdadeira essência da fé e da ancestralidade.

A comunidade vai cantar o pertencimento ao Egbé Iyá Nassô. Unidos, celebraremos a força que nos guia, mantendo viva a chama do Axé e honrando o legado eterno de nossas raízes. O espírito de Iyá Nassô até hoje floresce em cada canto, fazendo ecoar a união que reverbera através dos tempos.

Assim, hoje o Egbé Vila Vintém bate seus tambores.
Somos mais uma Pequena África.
Somos mais um terreiro sagrado de Samba.
Somos o cortejo de um povo feliz.
Somos mais uma nação orgulhosa nascida do ventre do Axé.
Somos filhos e filhas das Mães Baianas.
Somos descendentes de Iyá Nassô e do machado da justiça de Xangô.
Somos Unidos nas cores das Áfricas e do nosso Orixá.
Somos o Branco de Ayrá Intilé e o Vermelho de Xangô.
Somos o Boi Vermelho que humildemente bate cabeça em reverência ao Ilê Axé Iyá Nassô Oká.
Somos parte de uma comunidade de fé.
Aguerridos, somos Egbé Iyá Nassô.

Carnavalescos: Alexandre Louzada e Lucas Milato
Enredistas: Clark Mangabeira e Victor Marques
Texto da Sinopse: Clark Mangabeira e Victor Marques
Gratidão e devoção sempre à presença viva do Axé da tradição da Casa Branca do Engenho Velho, que tanto nos ensinou e ensina, e agradecimento pelo auxílio e colaboração mais do que especiais da pesquisadora pós-doutora e Ekedy Lisa Earl Castillo.

___
Glossário:
Egbé – comunidade
Agô – pedido de licença
Iyá – mãe
Orun – céu
Adê – coroa
Oòrún – sol
Òsùpá – lua
Oxê – machado de duas pontas, símbolo de Xangô
Oríkì’s – saudações aos Orixás e frases portadoras do Axé
Dankô- Orixá Senhor dos Grandes Bambuzais
Ayrá Ponon Opukodê – saudação: “Assim Ayrá ficará muito feliz”.
Kaô Kabecilê Xangô – saudação: “Venham saudar o Rei Xangô!”
Oyó-Ilé – capital do Império de Oyó.
Alafin – título do rei do Império de Oyó

Referências:
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CASTILLO, Lisa Earl. Entre memória, mito e história: viajantes transatlânticos da Casa Branca.
In: J. J. Reis e E. Azevedo (orgs.). Escravidão e suas sombras. Salvador: Edufba, 2012.
CASTILLO, Lisa Earl e PARÉS, Luis Nicolau. Marcelina da Silva e seu mundo: novos dados para historiografia do candomblé ketu. Afro-Ásia, no 36, 2007.
CASTILLO, Lisa Earl e PARÉS, Luis Nicolau. José Pedro Autran e o retorno de Xangô. Religião e Sociedade, n. 35(1), 2015
CASTILLO, Lisa Earl. A “Nação Ketu” do Candomblé em contexto histórico: subgrupos iorubás na Bahia oitocentista. In: Reginaldo, Lucilene e Ferreira, Roquinaldo (orgs.). Áfricas, margens e oceanos – perspectivas históricas. Campinas: Editora Unicamp, 2021.
CASTILLO, Lisa Earl. O Terreiro do Gantois: redes sociais e etnografia no século XIX. rev. hist., São Paulo, n.176, 2017.
CASTILLO, Lisa Earl. Bamboxê Obitikô e a expansão do culto aos orixás (século XIX): uma rede religiosa afroatlântica. Tempo,| Vol. 22, n. 39, 2016.
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LAW, Robin. The Ọyọ Empire, c.1600-c.1836: a West African imperialism in the era of the Atlantic slave trade. Gregg Revivals, 1991.
LIMA, Vivaldo da Costa. Ainda sobre a nação de queto. In: C. Martins e R. Lody (orgs.). Faraimará: o caçador traz alegria. Rio de Janeiro: Pallas, 1999.
LIMA, Vivaldo da Costa. A família de santo nos candomblés jeje-nagôs da Bahia. Salvador:
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OLIVEIRA, Ana Luiza da Silva. As iyabás no Candomblé: as mulheres de terreiro e uma descrição dos itans das orixás. Dissertação submetida à avaliação no Exame de Defesa de Mestrado, no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Alagoas, como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Psicologia. Alagoas: UFAL, 2023.
OLIVEIRA, Rafael Soares de. Feitiço de Oxum Um estudo sobre o Ilê Axé Iyá Nassô Oká e suas relações em rede com outros terreiros. Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal da Bahia como requisito para obtenção do título de Doutor. Bahia: UFBA, 2005
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VERGER, Pierre. Orixás. Salvador: Corrupio, 1981.

Conheça o enredo do Vai-Vai para o Carnaval 2025

Em 2025, o Vai-Vai traz pra avenida o enredo “O xamã devorado e a deglutição bacante de quem ousou sonhar desordem”, homenageando o grande José Celso Martinez Correa, o Zé Celso, ícone do teatro e da cultura brasileira.

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A Saracura do Bixiga tem como idealizador do desfile de 2025 o carnavalesco Sidnei França, acompanhado de uma Comissão de Carnaval, composta por Ezequiel Nascimento, Fernando Romano, Luiz Robles e Paulo Rogério.

A disputa, para o próximo ano, tem novas regras, visando ampliar a participação, simplificar as etapas e reduzir os custos dos compositores. Ou seja, um modelo mais acessível e que valoriza tanto os compositores quanto suas obras.

Confira as principais mudanças:
• A primeira entrega dos sambas será uma audição interna, na Fábrica do Samba, com a
presença somente das parcerias e da comissão julgadora
• Nas audições internas serão permitidos: até 4 cantores, 2 cavacos e 1 violão
• Não será permitida, na audição interna, a participação de intérpretes oficiais de SP e RJ
• Os sambas classificados serão comunicados à parcerias individualmente
• A segunda entrega do samba será, agora sim, gravada, podendo ser em estúdio ou não.

Confira o calendário:
• 6, 13, 20 e 27 de junho – sessões de tira-dúvidas na Fábrica do Samba
• 13 e 14/7 – audições internas
• 30/7 – divulgação dos aprovados
• 8/8 – entrega das gravações dos sambas aprovados
• 18/8 – apresentação dos sambas aprovados na quadra
• 25/8 – Semi-final da Disputa de Samba
• 1/9 – Final da Disputa de Samba

Conheça o enredo da Grande Rio para o Carnaval 2025

Fim do mistério e das especulações. De autoria dos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, em parceria com a pesquisadora convidada Rafa Bqueer, o enredo de 2025 da Acadêmicos do Grande Rio propõe um mergulho nas águas amazônicas e uma jornada mística que mistura palácios, pajelanças, incensos, igarapés, Encantarias e terreiros de Tambor de Mina. Tudo isso perfumado com ervas e conduzido pelo som inconfundível de maracas e tambores.

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Foto: Vitor Souza Lima/Divulgação Grande Rio

“O Carimbó está em tudo. É uma síntese cultural muito poderosa, assim como o Tambor de Mina e a Pajelança Cabocla. É uma mistura fascinante. As Belas Turcas são as mais queridas entidades da Mina paraense, influenciando o cotidiano das pessoas (tanto que a gente vê os nomes delas nas bancas de ervas e banhos de cheiro) e sendo traduzidas em letras de Carimbós. Os tambores do Carimbó são os Curimbós, que possuem nomes próprios e expressam a voz dos Encantados. Os tambores têm alma. O enredo costura isso e viaja pelo mundo do Encante, que não está ligado à morte. Quem se encanta não morreu, mas entrou em um portal e acessou um plano que coexiste com o nosso, um espelho invertido. O encantamento norteia a vida, em busca da cura. Já fomos ao espaço sideral e agora vamos ao fundo das águas!”, explica o artista Gabriel Haddad.

Para Leonardo Bora, o enredo dá sequência às propostas criativas anteriores, destacando uma letra em específico: “As Princesas são madrinhas e protetoras de Mestres e Mestras. Falamos de realezas. Quando nos deparamos com uma composição inédita de Dona Onete, “Quatro Contas”, entendemos que o fio do enredo estava ali. Era um fio de contas. Saudando as águas da Encantaria, as “Águas de Nazaré”, ela homenageia as suas protetoras: Mariana, Jarina e Herondina, as Belas Turcas; e a Cabocla Jurema, que personifica a própria floresta. Durante a primeira conversa com Dona Onete, nos bastidores de um show, tudo se desenhou com mais clareza. Foi um momento encantado, traduzido no subtítulo. O título, por sua vez, evoca a ancestralidade indígena. A pororoca é um motivo recorrente. As Princesas se confundem com a pororoca e são saudadas dessa forma, nas doutrinas (modo como são chamados os “pontos” do Tambor de Mina). Tudo está amarrado numa mesma trama. A percepção das conexões entre o vodum Averequete e o Mestre de Carimbó Verequete é prova disso. Visitar terreiros e dialogar com Dona Onete foram movimentos essenciais para a construção dessa narrativa”.

Haddad complementa, traçando novas conexões: “A palavra “Parawara”, numa tradução livre, quer dizer “habitante do rio” ou “oriundo do rio”. Se “pororoca” é “estrondo”, algo que arrebenta, falamos da voz de quem mora nos rios, dessa voz que vem do fundo. Falamos dos Encantados. Entendemos que os rios são ruas, vidas, memórias, os rios são as próprias pessoas com quem conversamos e as Encantarias que elas saúdam. “Grão-Pará” quer dizer “Grande Rio”. Continuamos, nesse sentido, acionando a memória e a identidade da escola de Caxias, cujos tambores do Samba vão se misturar aos Curimbós”.

Todo o processo de pesquisa do enredo foi documentado em áudio e vídeo pelo cineasta paraense Vitor Souza Lima. Para o desenvolvimento da pesquisa, Bora e Haddad convidaram a multiartista Rafa Bqueer, também paraense, que trabalha imaginários amazônicos nas suas criações. Os carnavalescos reforçam, com isso, a tendência de trabalho com parceiros e colaboradores, algo destacado por Haddad.

“Estamos reunindo muito material. Queremos que esse processo seja o mais plural possível, vivo e festivo. A comunidade caxiense precisa vestir, viver e incorporar esse enredo tão vibrante, poético e mágico. Navegar por ele e mergulhar nele. As festas dedicadas às Princesas são muito aguardadas. Nosso desejo é que o Encantamento se faça presente nos menores detalhes. Com essa energia, vamos brigar pelo campeonato”.

A sinopse do enredo da Grande Rio será divulgada em breve. Em 2025, a tricolor de Caxias será a terceira escola a desfilar na terça-feira de carnaval.

Integrantes da Mangueira aprovaram a escola fechar o domingo de carnaval

A Estação Primeira de Mangueira fechar o domingo de carnaval em 2025. A Verde e Rosa desfilará no dia da Unidos de Padre Miguel, Imperatriz e Viradouro. A data, até o momento, é considerada a mais aguardada para o ano que vem. Ao CARNAVALESCO, a presidente Guanayra Firmino, conto que esperava encerrar a terça-feira.

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Foto: Nelson Malfacni/CARNAVALESCO

“Como eu disse quando eu cheguei (na Cidade do Samba), para gente claro, já pensou na Mangueira encerrando na terça? Seria maravilhoso. Mas qualquer dia para gente é dia”.

Diretor de carnaval da Mangueira, Dudu Azevedo, comemorou fechar a primeira noite dos desfiles.

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“Ah, é sempre bom fechar carnaval. E, agora, com o fechamento dos envelopes no mesmo dia, nós vamos fechar o carnaval, vamos fazer o carnaval que o povo de Mangueira gosta, que todo sambista gosta de ver a Mangueira fechando o carnaval, e foi uma ótima posição”.

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O intérprete Marquinho Art Samba também comentou o sorteio da ordem do desfile da Mangueira.

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“Poderia ser segunda ou terça-feira, é lógico. Mas, entre mortos e feridos, se salvou sendo a última escola de domingo. A gente tem a esperança de chegar na Marquês de Sapucaí no horário e arrastar aquele povão”.

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Dando início ao pré-carnaval de 2025, representantes das 12 escolas do Grupo Especial definiram a ordem dos desfiles, na noite da última quinta-feira. Com um dia a mais e mudanças nos critérios de avaliação, os sambistas comemoram as posições e divergem sobre o melhor dia para se apresentar na Marquês de Sapucaí.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

No domingo, a Unidos de Padre Miguel, recém chegada à elite do carnaval carioca, é a primeira agremiação a entrar na Marquês de Sapucaí. Na sequência, Imperatriz Leopoldinense, Viradouro, e Mangueira.

Já o segundo dia de desfiles terá Unidos da Tijuca, Beija-Flor, Salgueiro e Vila Isabel. Para fechar o carnaval com o novo dia de espetáculos, a Mocidade Independente de Padre Miguel abre a noite, seguida por Paraíso do Tuiuti, Acadêmicos do Grande Rio e Portela – que vai fechar o carnaval.

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De bem com a vida, os portelenses já criaram expectativas para 2025. Após ficar em quinto lugar e retornar nas Campeãs em 2024, os torcedores da Azul e Branca acreditam que o pré-carnaval começou com o pé direito, como afirma Mariana Oliveira, publicitária de 35 anos.

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“Ficou tudo maravilhoso, porque vamos fechar o carnaval com chave de ouro. Não há o que melhorar, está perfeito. Somos a última escola e vai ser lindo. Começamos 2025 com o pé direito”, avaliou a portelense.

Antecessora da Portela na Passarela do Samba, a Grande Rio viveu clima de festa com a ordem sorteada. O caxiense Luis Valentim, de 26 anos, lembra que no primeiro campeonato, a Grande Rio foi a penúltima a entrar na Passarela do Samba no último dia de desfiles.

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“A Grande Rio poderia fechar a terça-feira, mas como não aconteceu, acredito que será igual a Exu. Isso porque a escola veio antes da Vila Isabel e gabaritou lá no final. É melhor não fechar e ter a responsabilidade de gabaritar do que fechar e não cumprir”, disse o torcedor da Tricolor da Baixada.

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Caxiense Luis Valentim

Se por um lado a terça-feira virou o novo xodó dos sambistas, por outro, o temido domingo promete ser acirrado, graças ao protagonismo de Imperatriz e Viradouro nos últimos carnavais, além da paixão e força do mangueirense e o chão da Unidos de Padre Miguel.

Para o leopoldinense Marcelo Abreu, estudante de 23 anos, o primeiro dia de desfiles promete ser o melhor do carnaval. Apesar de ser a segunda agremiação a entrar na Avenida, ele acredita que o novo modelo pode ser um facilitador na briga pelo título.

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“São três escolas grandes e com muito chão – além da UPM, que está estreando, mas tem muita garra e chão. O domingo será o mais acirrado. Esse novo modelo é uma surpresa para todo mundo. Agora, como as notas vão ser fechadas por dia, acredito que há chances de voltar como campeã ou nas campeãs. Acredito que cada vez mais as coisas serão definidas na Avenida – muito mais do que antes. Agora é mostrar que temos samba no pé e comunidade para poder se dar bem com essa colocação”, analisou o torcedor da Rainha de Ramos.

torcedor imperatriz
Marcelo Abreu, estudante de 23 anos, torcedor da Imperatriz

Já em Niterói, a expectativa é de mais um ano de briga por título. Pelo menos para a torcedora Kaka Reis, de 36 anos, que lembra o campeonato de 2020, vencido em um domingo de carnaval. Apesar disso, o novo modelo traz um pouco de incerteza para ela, que não aprovou o formato.

Opinião: Carnaval 2025 é diferente e imprevisível

“Domingo quase ninguém gosta, mas em 2020 ganhamos num domingo. Acredito que a Viradouro fará um desfile muito bom, mas ainda não tenho ideia de como vai ser. É tudo novo. Como antiga frequentadora da Sapucaí, acho um absurdo, no sentido de não consultar o sambista. Tiraram a tradição do samba de manhã. A ordem ficou bem distribuída, mas acho que pode esvaziar a Sapucaí”, enfatiza Kaka.

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Torcedora Kaka Reis

Em 2025, as escolas de samba do Grupo Especial carioca entram na Marquês de Sapucaí nos dias 2, 3 e 4 de março. Já o desfile das Campeãs será em 8 de março.

Leandro Vieira confiante: ‘Quem quer disputar título faz carnaval para ser campeão qualquer dia’

A Imperatriz Leopoldinense, vice-campeã do Grupo Especial em 2024, será a segunda escola a desfilar no domingo de carnaval no ano que vem. A Rainha de Ramos está no mesmo dia da Unidos de Padre Miguel, Viradouro e Estação Primeira de Mangueira. Após o sorteio, realizado na noite da última quinta-feira, na Cidade do Samba, o clima foi de disputa pesada no primeiro dia dos desfiles de 2025.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Em conversa com o CARNAVALESCO, Leandro Vieira citou a importância de desfilar com concentração no “Balança”, local preferido por ele, e ainda cravou que “quem quer disputar título faz carnaval para ser campeão qualquer dia”.

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“Cara, eu queria vir no Balança mesmo, é a minha concentração preferida. Eu já estou bem acostumado. Quem quer disputar título faz carnaval para ser campeão qualquer dia. O que eu tinha preferência mesmo era vir pelo balança, que é onde eu preparo sempre os meus carnavais e acho que concentrar no Balança que deixa a escola mais quente. E o que eu quero é a Imperatriz quente”, disse o artista.

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A presidente Cátia Drumond também falou sobre o dia e ordem do desfile da Imperatriz no Carnaval 2025.

“O dia é um dia bem forte. Foi a ordem que Oxalá mandou para gente. A Imperatriz está preparada pra fazer com qualquer dia e qualquer ordem. E não muda nada. E o lado da concentração é o Balança. Eu já estou acostumada. Era até o que a gente queria mesmo”.

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Superliga marca desfiles da Série Prata na Intendente Magalhães para os mesmos dia do Grupo Especial

A Superliga, que comanda a Série Prata e a Série Bronze, anunciou na noite de quinta-feira, que após reunião plenária, ficou decidido que os desfiles do ano que vem da Série Prata, divisão de acesso ao Sambódromo da Sapucaí, vão acontecer domingo, segundo e terça de carnaval, mesmas datas do Grupo Especial. Os desfiles da Série Prata vão acontecer na sexta (véspera das campeãs) e no sábado das campeãs. Veja abaixo a publicação.

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Foto: Alexandre Loureiro/Divulgação Riotur

“Na plenária de hoje da Superliga, foi definida uma importante novidade para os desfiles na Intendente Magalhães. A Série Prata terá seus desfiles distribuídos em três dias: domingo, 2 de março; segunda-feira, 3 de março; e terça-feira, 4 de março. Já a Série Bronze desfilará na sexta-feira, 7 de março, e no sábado, 8 de março. Essa reorganização visa melhorar a logística e a experiência tanto para os participantes quanto para o público”.

Novo presidente da Riotur cita aumento na procura por hotéis com mais um dia de desfiles no Especial

Patrick Correâ é o atual presidente da Riotur, após ter assumido o cargo dez dias atrás, no lugar de Gustavo Mostof. O novo presidente da autarquia que cuida do turismo carioca esteve na última quinta-feira, na Cidade do Samba, para acompanhar o sorteio da ordem dos desfiles das escolas. O CARNAVALESCO conversou com Patrick para saber mais sobre a nova gestão.

patrick Riotur
Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

Ao começar falando sobre os três dias de desfile, o novo modelo adotado para o Carnaval de 2025, Patrick elogiou a novidade, principalmente em relação a economia da cidade: “É uma decisão aprovada em plenária na Liesa, que a gente tomou conhecimento. A ideia da Liga é que a gente tenha mais um dia para poder promover mais um dia de carnaval, gerando mais emprego e mais renda. E hoje, pela manhã, tivemos uma reunião com Hotéis Rio e eles já sinalizam com essa procura das pessoas por mais um dia de diária. Essa iniciativa da Liesa, já surtindo efeito na economia da cidade, gerando mais emprego e renda durante o carnaval”.

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Sobre o concurso Rainha do Carnaval 2025, Patrick disse que quer dar continuidade a todas as iniciativas que fizeram sucesso na Riotur durante a gestão de Eduardo Paes: “A ideia é dar continuidade a todas as iniciativas que foram um sucesso. É uma continuação da gestão do prefeito Eduardo Paes através desde o início da Dani Maia, do Ronnie, do Gustavo Mostof. O Patrick, o presidente, continuará com as iniciativas que deram certo no Carnaval e todas as atividades de carnaval”.

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Ainda sobre o concurso, o presidente falou que a ideia é manter o mesmo cronograma, que será divulgado em breve, para a disputa de Rainha do Carnaval, para o próximo: “A ideia é manter o mesmo cronograma, a gente em breve vai estar divulgando todo esse cronograma de carnaval. A gente está cuidando do Réveillon, o caderno de encargos já está na rua e logo a gente também colocando o bloco na rua do carnaval. Já estamos tratando disso. Em breve teremos a divulgação do calendário e de todas as atividades do carnaval”.

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Sobre a parceria com a Liesa para a realização do próximo carnaval, o presidente reforçou que há ideias em torno de dentro da continuidade, e o quanto o carnaval é o cartão-postal do país: “São duas entidades que fazem coprodução do carnaval. O carnaval, que é o maior espetáculo do planeta. A minha ideia, junto com a do Gabriel, até o que a gente conversou, é dar continuidade, é inovar, é continuar produzindo essa alegria para o mundo todo, que é o carnaval. Gera emprego, renda e é o cartão postal do Brasil para o mundo”.

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As escolas do Grupo Especial se reuniram na noite da última quinta, para fazer a festa do sorteio da ordem dos desfiles, e descobrir em que dia e posição irão desfilar no Carnaval de 2025. Numa festa com shows do grupo S.E.R., de Pretinho da Serrinha, e com a apresentação de cada intérprete do Especial defendendo os sambas deste ano, além de show da campeã do Carnaval de 2024, a Viradouro, o ponto alto da noite foi a escola dos dias e posições pelo sorteio das bolinhas. O público em geral gostou muito da noite, e o CARNAVALESCO conversou com alguns dos sambistas presentes na Cidade do Samba para ouvi-los a respeito da festa.

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Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval

Michel Cavadas aproveitou muito a festa do sorteio das escolas, tendo achado emocionante, a noite onde estavam reunidos os sambistas, para ver onde cada escola do Grupo Especial iria desfilar: “Eu achei que foi maravilhoso, foi perfeito. Eu me amarrei. Eu achei que o sorteio foi emocionante. Foi a primeira vez que eu vim no sorteio, que foi aberto ao público. Eu achei que foi emocionante, mas eu acho que tem que melhorar os preços. Eu achei os preços muito elevados do público que vem. Mas, de resto, eu achei perfeito. Foi emocionante”. Portelense, ele gostou muito da colocação da escola para o Carnaval: “Eu acho que a Portela tem total condição de ser campeã do Carnaval de 2025”.

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Michel Cavadas, portelense

Rodrigo Tarsitano e Marcela Carnaval também gostaram de participar da noite, ficando na torcida pelas escolas de coração. Rodrigo gostou de estar presencialmente no momento: “Eu acho que primeiro de participar do sorteio, que era o momento que a gente ficava assistindo em casa, e acho que foi emocionante, foi legal de torcer ali pelas bolinhas, secar outras escolas, foi bom”.

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Rodrigo Tarsitano e Marcela Carnaval

Marcela, além de ter gostado muito da noite, ainda a enxergou como o start para o carnaval do ano que vem: “Também achei que a oportunidade de participar finalmente, que a gente tanto aguardava, veio, e achei o evento muito bem estruturado, as atrações, enfim, foi muito emocionante estar aqui, acompanhar isso tudo, e foi meio que um start para o Carnaval, então agora já tocou o sininho e bora para o Carnaval 2025”.

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Em relação a estrutura da noite, Rodrigo gostou bastante, apesar de ter achado um pouco longo todo o caminho até a hora de sortear as bolinhas: “Eu achei um pouco longo, talvez. Até chegar ao sorteio, acho que arrastou um pouquinho”. Manuela, por sua vez, complementou: “Além disso, acho que na estrutura, acho que o público ficou muito longe não do sorteio, que foi ali no meio, mas das atrações lá na frente. Então talvez colocar o público um pouquinho mais perto. Mas achei que já foi uma ótima estreia”.

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Por fim, eles falaram sobre como as escolas de coração se saíram no sorteio, com Rodrigo muito feliz pela Portela: “Ah, eu adorei. Para o portelense… Eu queria fechar o carnaval mesmo”. Já Manuela viu positividade na posição em que a Mangueira ficou: “Eu como mangueirense, já não fui tão sortuda assim. Fiquei no primeiro dia, mas pelo menos estou só a última do primeiro dia. Mas é isso, faz parte do jogo também”.

Tadeu Gomes Moreira gostou muito da festa, e do povo reunido para acompanhar onde a escola do coração desfilará: “Olha, o carnaval é uma festa que é popular, ou seja, é a festa do povo. E, sabe, eu, por exemplo, eu uso a camisa da Vila de Isabel, mas eu sou mangueirense, mas eu tenho respeito a todas as histórias que são. Cara, foi legal, é legal, o povo aqui está para assistir o sorteio da ordem dos desfiles. Gostei, gostei, achei que foi muito bacana”.

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Tadeu Gomes Moreira

Ele continuou comentando sobre os três dias de desfile, dando um voto de confiança à novidade: “Olha, eu vou dar aqui minha opinião. Eu achei muito estranho domingo, segunda e terça. Vamos ver como é que vai ser, mas assim, eu achei estranho, mas tudo tem novidade. Acho que assim, vamos ver, se vai dar certo, beleza, se não deu certo, paciência”.

Por fim, ele discorreu sobre as posições das escolas após o sorteio, e acreditou que o evento foi um sucesso: “Mangueira, que é a minha escola do coração, aliás, Mangueira, Vila e Portela. Eu gostei delas encerrando, acho que são escolas muito fortes. Como eu falei, eu sou mangueirense, mas eu faço percussão na Vila e na Portela. Ah, foi legal! Eu gostei, acho que o negócio aqui foi um sucesso. é o meu modo de pensar”.

Divisão do público entre diversidade e falta de originalidade nos enredos para o Carnaval 2025

Inocentes de Belford Roxo reedita enredo de 2008 no Carnaval 2025

A Inocentes de Belford Roxo levará para a avenida a reedição do enredo campeão do carnaval de 2008, “Ewe, a cura vem da floresta”, tema idealizado pelo carnavalesco Jorge Caribé, que terá uma nova plástica assinada pelo carnavalesco Cristiano Bara. O enredo tem como guia condutor o poder da cura das doenças através das plantas e a necessidade de preservarmos as nossas florestas, temas que após 17 anos ainda são atuais e discutidos em todo mundo.

logo inocentes25

“Resolvemos trazer de volta esse enredo por ser uma questão muito séria e um alerta para que as pessoas tenham consciência da importância da floresta para o ser humano. Vamos celebrar a vida com a sabedoria de negros, índios, orixás, caboclos, curandeiros, pajés, médicos e bioquímicos, trazendo um novo desenvolvimento apresentado, fantasias e alegorias com materiais modernos. Vamos fazer um grande carnaval”, disse o carnavalesco da Inocentes de Belford Roxo, Cristiano Bara.

A Inocentes deverá realizar a festa de lançamento do enredo no mês de julho, no aniversário da agremiação.