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Unidos de Padre Miguel recebe Imperatriz Leopoldinense e Grupo Arruda em sua feijoada

No próximo domingo, dia 16 de junho, a Unidos de Padre Miguel realizará mais uma edição da tradicional Feijoada da UPM. O evento ocorrerá na quadra da escola, localizada na Rua Mesquita, nº 8, em Padre Miguel, e promete uma tarde repleta de diversão.

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Foto: Diego Mendes/Divulgação UPM

Os visitantes terão entrada gratuita das 13h às 16h, podendo desfrutar de um prato de feijoada por apenas R$ 25,00. A programação inclui apresentação do Grupo Arruda, com um repertório que celebra os clássicos do samba.

A Imperatriz Leopoldinense também marcará presença com uma apresentação especial. Além disso, os segmentos do Boi Vermelho também marcarão presença com um super show.

Os interessados em garantir um lugar especial podem reservar mesas através do telefone (21) 99744-1223.

Serviço:
– Evento: Feijoada de Junho da Unidos de Padre Miguel
– Data: 16 de junho
– Horário: Entrada gratuita das 13h às 16h
– Local: Rua Mesquita, 8, Padre Miguel
– Atrações: Grupo Arruda, Imperatriz Leopoldinense e UPM show
– Valor da feijoada: R$ 25,00
– Reservas de mesas:(21) 99744-1223

Sinopse do enredo da Grande Rio para o Carnaval 2025

Só o mar, o rio, o Grande Rio, aqui azul, ali verde, mais distante negro, barrento além, límpido mais adiante, interessava sua curiosidade, dava-lhe o desejo de viver e ser gente.
Eneida de Moraes – Banho de Cheiro

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São elas as princesas dos segredos do Brasil encantado.
Luiz Antonio Simas – Almanaque Brasilidades

Kirimbasawayúriyí-itá / Yanéãgawara-itá
(A força que vem das águas / São os nossos Encantados)
George Borari e Keissi Borari – Suraras do Tapajós

O Carimbó é muito quente
Da cintura pra baixo eu sou peixe
Da cintura pra cima eu sou gente
Mestre Verequete – Sereia do Mar

– eu ouvi o rio
e ele falou pra mim
então eu renasci.
Mayara Yamada – Caudalosa

De todas as coisas do fundo eu vou falar um pouco. Ouvidos abertos, atentos à voz que baila. É ela quem versa o ponto, pinta o rosto, poetiza: remanso. Porque “as águas dos meus encantos… é doce!”

1.
Água doce me leva, deixa as águas me levar pra barreira do mar

No balanço, eu conto uma história de Princesas e Encantarias, areias, brumas e barro. Desfio a colcha de retalhos. Sigo em frente, mareando. Banzeiro de barco. Terceira margem, à beira. Mouros e mururés. Tudo, pois, começou no mar, em meia-viagem, nas tempestades. Tempo fora do tempo, quando a gente peregrina. Encruzillhadas cruzadas, fantasmas, mas é isso (ou aquilo): lenda, crença, reza, mito. Dizeres, letras que flutuam. Lanternas. Palavras que não afundam nas fossas abissais. Sereias e abassás, terreiros nos cantos das águas. Sangue, sal, saudade – a vida nada.

Contam de um sábio Rei, Sultão de nome afamado, cujas filhas embarcaram, fugindo das guerras santas. Eram três as Maresias, Tóias Turcas, Joias d’Água, navegando, navegando: Mariana, Herondina e Jarina. Que não conheceram a morte, uma vez que o mistério é o presente, verde, muiraquitã no peito: diante do arrebatamento, o naufrágio o inevitável, cruzaram os Portais da Encantaria e mergulharam no Espelho do Encante. O Avesso. Quando a névoa se fez incenso – e o céu, azul, azulejo.

2.
Verequete é o Rei coroado lá no mar
Coroa, coroa, coroa… brilhou no mar

Nas praias do Grão-Pará, brancas, lençóis de algodão, a Turquíssima Trindade encontrou um protetor. Verê, Averequete, Vodum poderoso, Tói, Totem das Ondas, Senhor das Espumas. Que se transforma em Pombo Roxo e pajeia, cintilante, a única das Sete Cidades que pode ser contemplada, vasta, sobre a imensidão barrenta. Marajó das revoadas, Aguaguara, vertigem! Viram, então, palácios e berçários, sementes da vida, romã-biribá-bacuri. Vida que vira mangue, mangue que oferta argila para que essa infindável vida seja traduzida em traços, ocos, vasos, dutos: olho d’água, útero do mundo. Na lama, no pântano, nasce a flor mais bonita – aprenderam, à deriva. Seguiram.

3.
Um chamado do fundo / você tem que respeitar
Assim disse um caramujo / que lá foi visitar

As águas driblam seus cursos, levam e lavam, no contrafluxo desse barco, que risca, lentamente, o arco espelhado do Encante. No fundo dos igarapés, nas bocas das matas, os bichos se transfiguram. Flecham! Cobras, sapos, peixes, caruás, o segredo em Pena e Maracá, Pajelança Cabocla. Mãe d’Água canta, Boto assovia, Boiúna se agita no lodo, Caipora e Curupira rodopiam nas clareiras. Mapinguari espia, Matinta espreita. A floresta, ela mesma, se materializa em entidade

Jurema, Quarta Conta, deusa cuja coroa, cocar tricolor, se uniu às três Soberanas. Rebatizadas, nas cascatas da Amazônia, Mariana foi Arara cantadeira; Jarina, a Jiboia vigilante; Herondina, a Onça do meu destino.

4.
Meu chão tem Encantaria, meu chão tem Encantaria
Eu não posso falar tudo, o meu pai não me ordenou

As mesmas águas que purificam, nas curvas dos descaminhos, carregam o misticismo e saciam as novas misturas. Tantas famílias chegaram, ribeirinhas; a corte se perpetua: os Dois Irmãos, Averequete e Dom José, viram o axé florescer, no Guamá. Lá e cá, Daomé. Mina-Jeje, Mina-Nagô. Babaçuê, batuques, batalhas…e mais brasa no defumador.Nobres com suas bandeiras, ciganos, marinheiros, boiadeiros, é de Légua e do Codó, é d’Oxum, Nanã e Iemanjá…
…é de Parailá, é de Parailô…

Vibra o Tambor de Mina, pulsa na pele das águas! De cuias, quartinhas, pias e garrafadas, veias de um mesmo tronco, raízes cuja seiva é também saliva, toque de abatazeiro, bouquet de patchouli. Muito forte é a fé, nas águas de Nazaré! Dançando ao luar, na Guma,as Princesas Ajuremadasofertaram os seus perfumes.Donas de toda a magia – afinal, “fizemos Cristo nascer na Turquia. Ou em Belém do Pará”. A rosa mosqueta, de frescor adocicado; a luz de azahar, em flor de laranjeira; as mais raras pétalas dos ramos da juremeira. Juntas, cantaram as suas doutrinas. Lideraram exércitos, nas trilhas Icamiabas. Passearam, festeiras. Bordaram, enfim, suas rotas divergentes.

5.
Quatro Contas me protegem desde menina
A vermelha é Mariana, a amarela é Jarina
A branca é a Cabocla Jurema –Juremê, Juremá
A verde é a Cabocla Brava, é a minha Cabocla Herondina
Que não me deixa cair, não me deixa tombar

Agora, o que ouvi por aí, vivido, nas folias: contam que Mariana assumiu o navio do pai e margeou a costa brasileira, em luta; contam que Tóia Jarina, vestida na cor do pavão, pode ser vista a girar nas praias, nas dunas adormecidas; e contam que Mãe Herondina não mais deixou a floresta – lá ficou, entre as samaúmas.

Pois tudo virou Carimbó, nos cantares do povo. “Chama Verequete”, o brado em trovão do Mestre! “Chegou Dona Mariana”, ginga de Pau e Corda! Os tambores Curimbós são a voz dos Encantados – contam, comem, rufam, narram. Curimbam! Toda a gente é rio e som, num banho de chuva e cheiro.Quando o canto de Dona Onete, Rainha, beija as Contas da sua vida, louvando, faceiro e jamburano, a proteção das Belas Turcas, celebra os recados das matas, os espíritos das águas, as ervas da Jurema e o saber ancestral da cura. Era isso o que elas buscavam: a cura, macerada na mão.

Aparelhagem Astral: É noite de festa no Reino da Encantaria!

O barco que me conduz não tem porto de chegada. Sou o próprio delírio sambista, nesse Grande Rio, sou o sonho aquecido no couro, a sagração das Pororocas – elas,lume de estrelas, aquelas que nos defendeme convidam aos segredos. Estrondo!Quero ver Carimbó na Avenida, quero mais carimbolar! Abrir as letras de um Samba valente! Acordar a Cobra Grande e fazer terra firme tremer! Quero ser, para sempre, a beleza guardada nas guias de quem, ainda criança, brilhou na Lua crescente, desceu ao fundo das águas, voou nas asas de uma borboleta azul, penteou os cabelos da Uiara e brincou de se encantar.

Enredo, pesquisa e texto: Gabriel Haddad e Leonardo Bora
Pesquisadora convidada: Rafa Bqueer
Assistentes de pesquisa / equipe de criação: Patryck Thomaz, Rafael Gonçalves, Sophia Chueke, Theo Neves

Agradecimentos:
Jean Gomes Negrão, Cláudio Didimano, Claudio Rego de Miranda, Ursula Vidal, Fernando Pessoa, Luiz Antonio Simas, Fernanda Martins, Leonardo Carrato, Luis Júnior, Alessandro da Silva Abreu, Odir Lima de Abreu, Cláudia Palheta, Lucas Belo, Josivana de Castro Rodrigues, Cilene Andrade, Ronaldo Guedes, Madson Embaixador, Ju Gomes, Jane Cerdeira, Marcelle Almeida, Thiago Hoshino, Alberto Mussa, Renato Menezes, Thiago Albuquerque de Lima, Thiago Avis, Vitor Souza Lima, Filipe Almeida, Mavi Maia.

Agradecimentos especiais, de axé e carimbó:
Pai Felipe e Ilê Axé Pedra de Itaculumí, MametuNangetu e Candomblé Manso Massumbando Keke Neta, Mãe Elô e Terreiro de Tambor de Mina Dois Irmãos, Pai Elivaldo e Terreiro de Rei Sebastião e Toya Jarina, Mestra Amélia Barbosa e Grupo de Tradições Marajoara Cruzeirinho, Mãe Fátima e Terreiro de Iansã Nossa Senhora da Conceição, Pajé Dona Roxita, Mestre Griô Chico Malta e Grupo de Carimbó Cobra Grande, YáObasylé Conceição e Ilê Dará AséOyáOnira, Mãe Luiza e Ilê Axé Monadeuy, Wellen Sillva e Grupo Carimbó do Pará, Andreia de Vasconcelos e Carimbó Aturiá, Dona Onete – a Mestra que nos deu o fio de contas, o pontinho que faltava.

Músicas citadas no texto da sinopse:
KirimbasawaYúriYí-Itá (A força que vem das águas) – Suraras do Tapajós (terceira epígrafe); Sereia do Mar – Mestre Verequete (quarta epígrafe); Quatro Contas – Dona Onete (1 e 5); Verequete é o Rei – Mestre Verequete (2); Fundo das Águas – Mestre Diquinho (3); Chão de Encantaria – Mestre Diquinho (4).

Referências bibliográficas:
ABUFAIAD, Verena; BARROS, Líliam. Folias de São Sebastião. Belém: IPHAN, 2008.
AKSIT, Ilhan. The Mistery oftheOttomanHarem. Istambul: Aksit. 2014.
CAMPOS, Alessandro Ricardo. Tambor na Guma é festa na Mina. AntHropológicas Visual, v. 1, coleção 2, n. 2. Recife: UFPE, 2015. In: https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/revistaanthropologicasvisual/article/view/24063#:~:text=Quando%20se%20diz%20
CARDOSO DOS SANTOS, Keila Andréa. O Navio, a esquadra, os faróis e a espada: a performance da Toya Turca Cabocla Mariana, no Tambor de Mina em Belém do Pará. Instituto de Ciências da Arte da UFPA. Belém: 2009.
In: https://pt.scribd.com/document/444937192/Toya-Turca-Cabocla
CORDEIRO, Rosilene da Conceição. “Cabocla Mariana mora nas ondas do mar, faixa encarnada ela ganhou pra guerrear!” Um estudo sobre performance cotidiana e memória cultural paraense. In: ANDRADE, Simei; BEZERRA, José Denis de Oliveira (org.). Peraus da Memória. Pesquisas em Artes Cênicas na Amazônia. Belém: Paka-Tatu, 2023.
ERTEN, Oguz; ERTEN, Ozlem. Turkish Tiles. Istambul: SilkPublications, 2023.
ESPÍRITO SANTO, Max Silva do; FAVACHO, Ailton Silva. Pajé Zé Piranha: histórias de cura e encantaria no Marajó. Soure: Editora Cromos, 2021.
LARÊDO, Salomão. Remos de Faia. As mil e uma noites amazônicas. Belém: Secult, 2023.
LIMA, Zeneida. O Mundo Místico dos Caruanas da Ilha do Marajó. Belém: Cejup, 2002.
LOUREIRO, João de Jesus Paes. Cultura amazônica hoje. Uma poética do imaginário revisitada. Belém: Secult/PA, 2019.
MALCHER, Monique (org.). Trama das águas. São Paulo: Monomito, 2021.
MAUÉS, Raymundo Heraldo; VILLACORTA, Gisela Macambira (org.). Pajelanças e Religiões Africanas na Amazônia. Belém: EDUFPA, 2008.
MENEZES, Bruno de. Batuque. Belém: Sagrada Família, 2005.
MORAES, Eneida de. Banho de Cheiro. Belém: Secult, 1997.
OLIVEIRA, Odaisa. Vocabulário Terminológico Cultural da Amazônia Paraense. 6 volumes. Belém: Cultural Brasil, 2015.
PEREIRA, Anderson Lucas da Costa. A Cabocla Mariana e a sua Corte Ajuremada. Modos de pensar e fazer festa em um Terreiro de Umbanda em Santarém, Pará. Dissertação – PPGAS, Museu Nacional. Rio de Janeiro: 2017.
PEREIRA, Anderson Lucas da Costa. A festa da Princesa Mariana: a dança revelando a “Turquia Cabocla” na Amazônia. Revista de Antropologia e Arte – UNICAMP, 2018.
SAVARY, Olga. Coração subterrâneo. São Paulo: Todavia, 2021.
SIMAS, Luiz Antonio. Almanaque Brasilidades. Um inventário do Brasil popular. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2018.
SIMAS, Luiz Antonio. Umbandas: uma história do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2023.
SIMAS, Luiz Antonio. Bela Turca, a senhora do tambor. In: Pedrinhas miudinhas. Ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros. Rio de Janeiro: Mórula, 2019.
VERGOLINO E SILVA, Anaíza. O Tambor das Flores. Belém: Paka-Tatu, 2015.

Exposições:
Miriti das Águas. Realização: SECULT- PA, Belém, 2012.
Caboclos da Amazônia. Projeto, direção: Carlos Alcantarino. Rio de Janeiro, 2024.

Músicas ligadas ao universo da sinopse:
Chama Verequete – Mestre Verequete; Dona Mariana – Pinduca; Festa no Reino das Encantarias – Dona Onete; Aruanda: As Três Princesas – Geovane Bastos, Boi Caprichoso; Ciranda das Turcas Encantadas – Luiz Antonio Simas; Guiança – Jane Cerdeira e Marcelle Almeida; Sereia do Rio-Mar – Mestre Chico Malta.

Filmes:
A Descoberta da Amazônia pelos Turcos Encantados, de Luiz Arnaldo Campos – https://www.youtube.com/watch?v=kATYZK5Zp7M
Pena e Maracá – A Encantaria do Fundo, de Leonardo Carrato e Daniel Meneguelli – https://www.youtube.com/watch?v=Cman1gaUTn4&t=222s
Mina Dois Irmãos – Raiz, Tambor e Fé, de André dos Santos – https://www.youtube.com/watch?v=OtjB_0ElTcw
Dona Mariana: a Princesa Turca da Amazônia, de Zeca Ligiéro – https://www.youtube.com/watch?v=-BKqGqW6FLo&t=428s
Dona Onete – Documentários Biográficos da Amazônia – https://www.youtube.com/watch?v=iewm9wMorgY
Mariana: Histórias de Vida e Encantaria, de Luiza Braga –

Carimbó, de Eduardo Souza – https://www.youtube.com/watch?v=VlTK6yu3P6c
Boi Pavulagem é Boi do Mundo, de Homero Flávio e Ursula Vidal – https://www.youtube.com/watch?v=rjAgMkw0hMs
O Carimbó de Alter do Chão: Pau e Corda do Oeste do Pará, de Leandro Gonçalves – https://www.youtube.com/watch?v=rUoVlGU_8rA
A Encantadora de Botos – Visceral Brasil – Plataforma Looke
https://www.looke.com.br/episode/visceral-brasil-as-veias-abertas-da-musica-ep-04-a-encantadora-de-botos
Ocupação Dona Onete – Itaú Cultural

CollectionPetitesPlanètes – Dona Onete, de Vincent Moon – https://www.youtube.com/watch?v=6bv5e56vI7
Chama Verequete – Curtas Paraenses, de Luiz Arnaldo Campos e Rogério José Pereira – https://www.youtube.com/watch?v=JWiAcAzeSrY

Mocidade realiza aula prática com alunos universitários durante feijoada

A Mocidade Independente de Padre Miguel realizou, durante a feijoada que ocorreu no último domingo, uma aula prática com os alunos universitários do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Estácio de Sá.

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Foto: Divulgação/Mocidade

A aula, ministrada por Bryan Clem e Erick Baere, do setor de marketing da agremiação, teve como objetivo a troca de experiências e conhecimentos nas áreas de marketing, setor em que a Mocidade é referência no Carnaval carioca. Sob supervisão, as mídias sociais da escola ficaram sob a responsabilidade dos universitários, que realizaram entrevistas, vídeos, lives, entre outras atividades, ficando assim com toda a comunicação da escola durante o evento.

“Desde quando surgiu o convite, os alunos ficaram encantados pelo fato de ter a possibilidade de pôr a mão na massa e ver como as coisas funcionam na prática. Está sendo extremamente importante para eles essa experiência e mergulhar nesse universo digital e aprender ainda mais, principalmente em uma escola tão consolidada nessa área”, afirmou o coordenador do curso, Rodrigo Perestrelo.

A Mocidade será a primeira escola a desfilar na terça-feira de Carnaval, com o enredo “Voltando para o futuro, não há limites para sonhar!”.

Imperatriz Leopoldinense realiza recadastramento de comunidade e abre inscrições para novos componentes

A Imperatriz Leopoldinense, atual vice-campeã do Carnaval carioca, segue focada nos preparativos para o desfile de 2025. E no próximo fim de semana (15 e 16/06), a partir das 09h, na quadra da escola, em Ramos, Zona da Leopoldina do Rio, a verde, branco, e dourado começará a realizar o recadastramento obrigatório de sua comunidade.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

Até às 15h, os componentes que desfilaram em 2024 e entregaram suas fantasias deverão comparecer, munidos de um documento original com foto, para garantir a sua vaga no próximo Carnaval. Quem não puder estar presente neste fim de semana terá uma data extra aberta, no próximo dia 18/06 (terça-feira), das 19h às 22h.

Já as inscrições para novos componentes irão acontecer toda terça e sábado, a partir do dia 22/06. Às terças, o horário será de 19h às 22h, e aos sábados, de 09h às 13h.

A quadra da Imperatriz Leopoldinense fica na Rua Professor Lacé 235, em Ramos. Mais informações nas redes sociais da escola.

Identidade e fé! Barroca Zona Sul aposta no enredo da ‘guerreira dos ventos e das tempestades’ para o Carnaval 2025

O domingo teve mais um lançamento de enredo na cidade de São Paulo – agora, na Arena Neguinha, no Jabaquara. A tradicionalíssima verde e rosa da Zona Sul paulistana revelou a todos os amantes do carnaval qual será a temática a ser apresentada em 2025: o Barroca investirá, mais uma vez, em um tema ligado a minorias – no caso, um enredo afro. Intitulado “Os Nove Oruns de Iansã”, a agremiação falará sobre a entidade que, na religiosidade, é a guerreira dos ventos e das tempestades. A reportagem do CARNAVALESCO esteve presente no evento para o lançamento do enredo, que teve uma feijoada para todos os presentes, apresentações da Tudo Nosso (bateria da agremiação), da Cia Soli (grupo de dança com participação de PcDs) e das passistas da instituição. Três shows também tiveram destaque: DJ Fabiano, Resenha dos Brothers e Terreirão do Sobral – capitaneado por Renê Sobral, intérprete da Dragões da Real. Também foi apresentado Mauro César, novo segundo mestre-sala da agremiação – que, em 2024, defendeu o pavilhão principal da Unidos de Vila Maria. Com dengue, Pedro Alexandre, o Magoo, carnavalesco da escola, deu um rápido discurso à comunidade após o anúncio da temática.

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Fotos: Will Ferreira/CARNAVALESCO

Origem

Em entrevista exclusiva ao CARNAVALESCO, Ewerton Rodrigo Ramos Sampaio, o Cebolinha, presidente da agremiação, destacou como surgiu a ideia de falar sobre a entidade religiosa: “Alguma intuição minha que pediu para ser esse enredo. Nisso, fizemos a definição da temática e acabou acontecendo. O Magoo desenvolveu – está desenvolvendo, na realidade. O processo ainda está acontecendo. Acho que é um belo enredo, que falar de uma entidade no carnaval tem uma energia a mais. E é isso que o Barroca gosta! O Barroca gosta de falar de temáticas assim, é a cara do Barroca”, empolgou-se o mandatário.

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Alex Ferreira, um dos integrantes da Comissão de Carnaval do Barroca, detalhou um pouco mais o trajeto para que o martelo fosse batido em torno da temática: “A gente tinha algumas linhas de plano, e sabíamos que queríamos fazer um enredo afro e voltar para as raízes da escola. Haviam algumas outras propostas de enredo, tanto os religiosos quanto os de determinados grupos, algo com temática nordestina… trabalhamos em cima de alguns desses, o Magoo fez algumas sinopses, mas optamos por essa linha mais religiosa principalmente por uma contribuição do João Neguinho [vice-presidente e um dos diretores de Harmonia da agremiação], que fez uma explanação super detalhada para a gente. Quando o Magoo trouxe a ideia de falar de Iansã por uma outra linhagem, tentando trabalhar com a ideia histórica e tentar mostrar a entidade de outra forma (de como ela se consolida, o caminho aos céus e etc), pensamos que trabalhá-lo na avenida, com um pantone de cores gigantesco, é possível fazer uma modificação nas cores ao longo do desfile… isso é importante para nós, e nós abraçamos a ideia”, comentou, aproveitando para novamente destacar o carnavalesco da agremiação e outro importante baluarte barroquense.

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A história se repete

Em 2024, o Barroca comemorou o Jubileu de Ouro da Faculdade do Samba com o enredo “Nós Nascemos e Crescemos No Meio de Gente Bamba, Por Isso Que Nós Somos a Faculdade do Samba. 50 Anos de Barroca Zona Sul” e relembrou alguns dos grandes desfiles da própria história. Tal retorno também pode ser visto na apresentação da temática para 2025, de acordo com Alex: “Trazemos contribuições de outros enredos que já tivemos: Oxóssi (padroeiro da escola, enredo do Barroca em 2019), que vai estar em um pedaço do enredo de 2025; valorização da mulher, que é cada vez mais trabalhado no carnaval… retomamos essa ideia, também. Para a nossa comunidade, essa ideia ainda é válida, principalmente porque a gente volta às origens da escola e tenta agregar todos da nossa comunidade. Claro que é um enredo religioso, mas a proposta principal é a de agregar a comunidade em nosso entorno. Nosso ultimo desfile foi sobre o Jubileu de Ouro, tentamos contar nossa história em 65 minutos; agora, queremos unir nossa comunidade em prol dessa história”, afirmou.

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Sobre a presença feminina, é necessário relembrar que, em 2020, quando a verde e rosa voltou ao Grupo Especial após quinze anos, o enredo era “Benguela… A Barroca clama a ti, Tereza!”, contando a história da líder que comandava o quilombo do Piolho, no atual Mato Grosso.

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Ligação com minorias

Desde 2019, quando a escola cantou “Okê Arô” para exaltar Oxóssi (padroeiro da agremiação), o Barroca investe em temáticas ligadas a povos afrodescendentes e originários – com exceção do já citado desfile de 2024, quando a Faculdade do Samba cantou os próprios cinquenta anos. Na visão de Cebolinha, nada disso é por acaso: “Acho que é uma característica do Barroca como um todo. A escola tem uma linhagem mais voltada para temas ligados a assuntos de grupos minoritários. O Barroca gosta de falar disso e o componente gosta de enredos assim. É uma escola mais trabalhada nessa linha, e eu acho que essa energia… o Barroca é muito uma escola de energia! Quando você trabalha todas essas questões (ou seja, tudo que vem de energia, energia, energia e energia), a gente tem a cara do Barroca. O Barroca é aquela escola de vibração e energia”, refletiu.

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Quando perguntado, Alex fez questão de ampliar a questão e trazê-la para a própria instituição: “Quando a gente pensa no Barroca Zona Sul em específico, a gente tem uma questão de minorias, mas também de identidade da própria escola. Com exceção desse ano, que a Estrela do Terceiro Milênio volta, que está lá no Grajaú, o Barroca vem sendo o representante dessa região. A Milênio subiu, desceu e a gente continua. Pensando na história, no tempo, na identidade, nós somos o grande representante da Zona Su. Outras escolas tem muita história, como a Lavapés, a Imperador… mas, nesse exato momento, o Barroca é a minoria da Zona Sull. Olhamos para a geografia do carnaval da cidade de São Paulo e ela está muito ligada aos outros locais. Nós não nos sentimos estranhos porque somos cofundadores da Liga-SP, mas, na ideia de estarmos na elite do carnaval e sendo representante da Zona Sul, gostamos de trazer questões identitárias como instrumento e argumento para a nossa comunidade: falar que nós representamos eles”, comentou.

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Calendário definido

A metade do ano será especialíssima para a verde e rosa. No dia 07 de agosto, a agremiação comemorará os tão falados e exaltados cinquenta anos do Barroca Zona Sul. Até lá, entretanto, outro importante evento acontecerá, comenta Alex: “A ideia é, no final de julho, apresentar o nosso samba para a comunidade, que já está quase pronto. Estamos adiantados nisso. Como trabalhamos fechados, estamos bem adiantados. E, em agosto, comemorarmos os cinquenta anos do Barroca. Nossa dúvida, pelo tamanho da festa, é se será feito na quadra ou em outro local. Passando o aniversário, aí já começam os ensaios para valer – e, uma semana depois do samba apresentado, já começam os ensaios. No segundo semestre, teremos festas específicas – como a da bateria, por exemplo. E, nesse ano, como o carnaval será praticamente em março, teremos mais tempo… em 2024, ficou tudo muito espremido: após a virada do ano, tivemos meia dúzia de ensaios para colocar a festa na avenida”, aproveitando para dar a dimensão da festa do Jubileu de Ouro e destacando a organização e o planejamento da instituição.

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Sem mudanças na escolha

Há alguns anos, o Barroca opta por não fazer eliminatórias de samba. A escolha, lamentada por muitos, vem garantindo pontuação máxima para a verde e rosa desde quando a agremiação voltou para os grupos organizados pela Liga-SP – em 2018. E, visando o carnaval de 2025, nada será alterado em um processo que já dá certo, de acordo com Alex: “Desde 2017 nós montamos um grupo, que não é pequeno, e optamos por fazer uma mescla entre grupos que estavam ganhando sambas e sendo finalistas e pegando pessoas do nosso time musical, de bateria e do carro de som, para, em conjunto, fazer o samba de forma customizada. Nunca contratamos um samba, temos essa mescla com o pessoal de pesquisa e de poetas. E isso vem dando certo: o samba sai com a cara da escola, com o melhor timbre para o cantor, com o melhor andamento para a bateria. A junção da letra e da parte musical com os profissionais aqui de dentro está gerando ótimas canções e evita problemas como versos fora da sinopse, estranhamento dos ritmistas e dos cantores. A mudança é a saída do Pixulé, o Cacá Camargo [diretor musical] estará participando juntamente com o Cris Santos e com o Dodô Ananias, nossos novos intérpretes, como compositores. Fazemos testes, mudamos palavras, pedimos para cantar… tem tudo dado certo. Não temos a ambição de mudar isso, e a crítica está recebendo nossos sambas muito bem. O Barroca não perde nota de samba-enredo excetuando as notas mínimas desde 2018. Dessa maneira, ganhamos muito tempo nos ensaios: o samba nasce com a nossa cara, o pessoal pega muito mais rápido… e aproveitamos para, também, afinar com outros quesitos – sobretudo Harmonia, onde não temos grandes desafios”, finalizou.

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Tem-Tem Jr. assume a responsabilidade de ser o novo intérprete da Ilha

Novo intérprete da União da Ilha para o Carnaval de 2025, Tem-Tem Jr. conversou com o CARNAVALESCO e falou sobre a chegada à escola, a relação com a Ilha, e como vai ser o trabalho em parceria com a bateria da agremiação. Ele começou falando como se sentia em estar como intérprete da Ilha, posto que já foi ocupado por grandes nomes do samba como Aroldo e Ito Melodia, além de Quinho, e como encara essa confiança da escola.

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Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO

“É muita responsabilidade, motivo de muita responsa. Eu já venho de uma escola de grande tradição, grandes cantores passaram pelo Império Serrano. Eu não corro de desafio nenhum. Estou aqui para mais esse desafio. Nas propostas que eu tive, a Ilha foi a minha escolhida. Agradeço o presidente Ney e a diretoria por depositar confiança no meu trabalho. E é aquilo: trabalhar com seriedade, humildade. Buscar o ponto positivo do projeto que o sucesso vem. Só trabalhar, trabalhar e trabalhar, a gente vai ter tempo para isso, torcer por um grande samba e vai dar tudo certo, se Deus quiser”.

O intérprete falou, então, sobre como recebeu o convite da Tricolor Insulana para ser a sua voz no próximo carnaval, ressaltando a tradição, e realização em estar aceitando este desafio.

“Acho que é o sonho de qualquer cantor na minha idade, estar cantando numa União da Ilha, o tamanho dessa escola, a tradição que a escola tem é gigante e só me fortalece. Isso me mostra que meu trabalho vem sendo bem aceito pelo mundo do samba, vem sendo reconhecido. Eu vou lutar para conquistar o coração do povo insulano. Eu sei que é um pouco difícil. A gente já falou aqui da tradição, o tanto de cantores maravilhosos que passaram por aqui, mas eu carrego isso comigo. Carrego o legado do meu pai de sempre estar buscando novos desafios. E a Ilha me presenteou com esse convite e eu vou torcer para ficar aqui por muitos anos. Eu estou muito feliz. E eu estou aí para isso, para novos desafios, para encantar e se Deus quiser conquistar o tão sonhado título, que é o que a União da Ilha vem buscar para esse ano”.

Marcus Ferreira abraça alegria da Ilha na preparação para o próximo carnaval

O cantor citou então alguns dos sambas da Ilha que mexem com ele, porém afirmando que diversos dos sambas são antológicos e da dificuldade em escolher algum em específico, dada a discografia da escola.

“A Ilha tem grandes sambas. É sensacional! Tenho certeza que para escolher um vai ser difícil. Mas sem dúvida hoje o que mais contagia se soltar numa quadra ou então for numa escola convidada, num show fora, é o ‘Brinquedo Brincadeira’, que é um sambão da escola. Acho que traz um pouco de mim, traz a minha alegria, eu tenho isso na minha identidade. Ainda tem muita coisa boa, ‘Fatumbi’, ‘É Hoje’. Se eu ficar aqui falando, a gente vai falar de vinte sambas e ainda tem muito samba antológico”.

Por fim, Tem-Tem Jr. contou como espera trabalhar com a “Baterilha”, comandada por mestre Marcelo, e que acredita que será um casamento perfeito entre eles.

Confira a sinopse do enredo da União da Ilha para o Carnaval 2025

“Eu conversei muito com o Marcelo, a gente está muito unido. Espero que essa união permaneça até o final do projeto, que é de muita importância. Eu venho de um trabalho de união mesmo, irmandade, eu cito sempre ele nas minhas entrevista, porque é muito importante pra mim. O Vitinho foi um alicerce para mim no Império Serrano. O Vitor enfrentou no começo da trajetória dele no Império, muita dificuldade, porque o Império é uma escola muito rígida. Eu passei por lá, eu enfrentei isso também. Quem me deu todo suporte foi o Vitor, ali ele já me mostrou parceria. A gente fez um grande trabalho, foi reconhecido, ganhamos diversos prêmios. Eu acho que a receita disso tudo é a união. A palavra já diz a união, união da Ilha. Eu venho buscar isso com o Marcelo, a diretoria dele está me recebendo muito bem, rapaziada, a bateria. Eu já sou fã do trabalho deles. Eles também são muito dedicados. Nota máxima do carnaval que passou, quarenta. Acho que vai ser um casamento bonito, perfeito. Eu espero agradar também a rapaziada dele, casar essa sintonia, que é de máxima importância para que o projeto da escola possa ser realizado”.

Porto da Pedra faz no sábado a feijoada do Tigre

Não há melhor programa para um fim de semana do que almoçar em família e, pensando nisso, a Porto da Pedra realiza, no dia 15 de junho, a partir das 14h, mais uma edição de sua tradicional feijoada tendo como ingredientes principais, a alegria e o sorriso de sua comunidade.

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Foto: Ana Cristina Victória/Divulgação Porto da Pedra

Para agitar a tarde, o Pagode do Europeu comanda a roda de samba que terá participação especial de Wantuir, a voz oficial do Tigre já confirmada para o carnaval 2025. Nos intervalos, DJ Renan Pimenta agita o público tocando todos os ritmos.

Com entrada franca, a Feijoada do Tigre já faz parte do calendário da vermelha e branca, paixão e orgulho de São Gonçalo. Nesta edição, o valor antecipado da feijoada sai a R$15. No dia do evento, o prato da iguaria servida com o tempero especial do sorriso das baianas de São Gonçalo, custará R$20. Mesas com 4 lugares podem ser reservados no valor de R$40.

A cerveja gelada é garantia da casa com balde de latão a R$45. Mais informações e vendas pelo telefone (21) 98531-5102. A quadra da escola fica na Travessa João Silva, 84 , Porto da Pedra.

Serviço: Feijoada do Tigre
Data: 15 de junho, sábado
Horário: a partir das 14h
Atrações: Pagode do Europeu e Wantuir; DJ Renan Pimenta nos intervalos
Valores: feijoada antecipada R$15; no dia do evento R$20; mesas R$40; balde de latão R$45
Entrada: franca
Classificação: livre
Informações e vendas: (21) 98531-5102

Novo presidente da Superliga quer aprimorar logística e experiência do público na Intendente Magalhães

Em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO, o novo presidente da Superliga, Luiz Vinícius Macedo, revelou planos ao assumir o comando das Séries Prata e Bronze. Desde 2016 trabalhando na Intendente Magalhães, quando fez parte da diretoria de carnaval, ele falou sobre a marca que deseja deixar em sua administração e quais mudanças planeja implementar para o carnaval de 2025, aprimorando a logística e a experiência do público. Vinícius enxerga sua nova posição como uma oportunidade para continuar fortalecendo e aprimorando o carnaval, preservando suas tradições e promovendo um ambiente de celebração e união.

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Foto: Maria Clara Marcelo/CARNAVALESCO

“Para mim é gratificante demais, me sinto honrado, faço parte daquele carnaval desde 2016 e hoje ser presidente para mim é um orgulho. Sou conhecido em todas as escolas, sempre me dediquei aquele carnaval, sou muito grato pela oportunidade que os presidentes me deram de estar hoje liderando esse carnaval, que para mim é o melhor carnaval do Brasil”, destacou Vinícius.

O presidente da Superliga destacou sua experiência e integração com administrações anteriores e demonstrou um forte compromisso com o crescimento e valorização das escolas, assegurando que a Intendente Magalhães continue a prosperar e a oferecer um carnaval de alta qualidade.

Conheça a ordem dos desfiles da Série Prata para o Carnaval 2025

“Eu quero deixar a marca do trabalho, a marca que fez com que a Intendente Magalhães crescesse, que as escolas se sentissem valorizadas, é a marca do trabalho, a marca da dedicação. Eu particularmente fiz parte das outras duas administrações, estou muito integrado com essas outras duas administrações, tenho certeza que a gente vai fazer um trabalho muito gratificante para a Intendente Magalhães também”, enfatizou Vinícius.

Para o Carnaval de 2025 na Intendente Magalhães, Vinícius explicou que o regulamento ainda será definido, que as mudanças são necessárias devido à limitação de espaço na nova Cidade do Samba 2, que conta com apenas 14 barracões e ressaltou que estão em negociações para minimizar o impacto dessas mudanças na Superliga. Seu objetivo é garantir o melhor para as escolas envolvidas.

“Interessante a gente falar sobre isso, porque isso vai ser deliberado em regulamento ainda, em Assembleia, para gente definir o regulamento. Só que um spoiler já para vocês, é que a Liga-RJ, ela vai ter a Cidade do Samba 2 e só tem 14 barracões. A gente já viu o projeto. Precisaremos nos adequar, eu estou conversando com a diretoria da Liga-RJ, para que esse impacto não seja muito agressivo na Superliga, mas vai sim existir mudança em data futura. A gente vai estar passando para imprensa, estamos fazendo um comunicado para vocês de como vai ser, mas eu tenho certeza que a gente vai fazer o melhor para as escolas”, explicou Vinícius.

Conheça a ordem dos desfiles da Série Bronze para o Carnaval 2025

Vinicius também compartilhou que não haverá mudanças significativas no tempo de apresentações e no número de alegorias para o Carnaval de 2025. Ele destacou a importância de manter o nível alto para que as escolas estejam bem preparadas caso ascendam para a Liga-RJ. Com isso, o objetivo é assegurar que as escolas estejam prontas para a transição para a Marquês de Sapucaí, caso avancem para a Liga-RJ, evitando dificuldades e mantendo o carnaval competitivo e vibrante.

“A gente hoje está conversando com as agremiações para entender como eles vão sentir esse impacto e juntos vamos desenhar um modelo para que seja seguido. Acredito nesse primeiro momento que as escolas, pelo que elas me passaram, pelo que os presidentes falaram comigo, eles confiam nas suas comunidades, confiam no potencial de fazer carnaval e, por enquanto, ninguém quer alterar não. Vou explicar porque também. Quando uma escola sai da Série Prata e ela vai para Liga-RJ, ela sai da Intendente Magalhães e vai para Marquês de Sapucaí, se ela não tiver preparada para essa diferença, ela acaba sofrendo muito com esse impacto. As escolas querem colocar o seu carnaval nivelado para cima, para que elas possam já, a escola que acender para Liga-RJ, chegar preparada para ter aquele carnaval. Vejo os presidentes conversando comigo, todo mundo quer deixar para cima o sarrafo. Eles não querem ir para baixo não. Mas eu tenho certeza de que a gente vai encontrar o meio termo para que as escolas consigam desempenhar bem o seu carnaval, eles sabem que podem contar com a Liga, nós seremos um facilitador no caminho do carnaval, nós não vamos atrapalhar. Pelo contrário, vamos buscar soluções práticas para que as escolas sejam bem recebidas no nosso carnaval”, compartilhou Vinícius.

União de Jacarepaguá lança enredo e apresenta equipe

Um domingo de muita emoção para ficar registrado nos corações dos sambistas da verde e branca de Campinho. Com casa cheia, a União de Jacarepaguá fez festa para lançar o seu enredo e apresentar a sua diretoria e segmentos para o Carnaval de 2025. Reeditando o ano de 2002, a escola vai trazer para a Intendente Magalhães “Asas: sonhos de muitos, privilégio de poucos, tecnologia de todos”, sobre os infinitos desejos do homem de voar.

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A curiosidade é que, para 2025, o carnavalesco e o coreógrafo da comissão de frente são os mesmos. Jorge Mendes retorna à agremiação relembrando um desfile tão querido pela comunidade: “Eu comecei aqui em 1998 e meu último carnaval foi em 2002. Estou muito feliz em voltar 23 anos depois. Esse enredo vai ganhar uma nova leitura e já estou trabalhando nele desde fevereiro. Vamos reviver a saga de Pégaso e mostrar que o homem venceu”. Na abertura do desfile, Márcio Vieira também vai recriar esse momento, desta vez, ao lado de Fabrício Ligiero.

Os compositores Luizinho Oliveira, Alexandre Valle, Henrique Guerra, Hélio Sabino e Ulisses estiveram presentes e a letra do samba ganhou algumas adaptações na segunda parte. Em um discurso aguerrido, o intérprete José Paulo Miranda, pediu que os componentes dessem as mãos e repetissem juntos “quero ganhar o carnaval 2025 e preciso de você”. Outro ponto alto da noite foi a bateria de mestre Marquinhos e as performances do rei de bateria John Avelino e de Amanda Mattos, madrinha vitalícia da agremiação.

De olho na Sapucaí, a escola investiu em novos contratados que também foram apresentados durante o evento. Júlio Fonseca assume a direção de carnaval, em duplo expediente com a Portela; Alexandre Magrão assume a direção de harmonia, também em jornada dupla com a Vila Isabel; e Fábio Júnior chega para formar o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, ao lado de Natália Monteiro. Há quase 30 anos à frente da gestão da União de Jacarepaguá, o presidente Reinaldo Bandeira fez um um discurso esperançoso ao lado dos presidentes de honra Leandro Campos e Gustavo Teixeira.

A festa ficou completa com o show das escolas convidadas. Portela, Estácio de Sá, Tradição e Vizinha Faladeira encerraram a noite em grande estilo. A União de Jacarepaguá será a quinta a desfilar, no domingo de carnaval, pela Série Prata na Intendente Magalhães

Paz, amor e alegria é o que a Colorado do Brás pretende levar com o Afoxé Filhos de Gandhi

A Colorado do Brás promoveu um grande evento para a sua comunidade neste último domingo. Uma festa junina na Rua Itaquí, começou pela tarde e durou até a noite com brincadeiras e comidas típicas, além de shows e outras diversões. Porém, a atração principal foi o encerramento, onde o carnavalesco Anselmo Brito discursou sobre o tema para a comunidade e o segundo pavilhão de enredo foi apresentado com show da ala musical da escola. O desfile irá homenagear o bloco Afoxé dos Filhos de Gandhi e já havia sido divulgado pelas redes sociais. Contudo, vale destacar que a alegria resume o sentimento da Colorado do Brás. Nitidamente a comunidade está bastante feliz com o retorno para o Grupo Especial e com o enredo que será apresentado na avenida em 2025.

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Fotos: Gustavo Lima/CARNAVALESCO

Samba quase pronto

O presidente Antônio Ka, revelou que o enredo partiu do enredista da agremiação. A princípio a escola tinha outro tema inteiramente pronto, mas não deu certo e, devido a isso, a entidade do Brás preparou tudo para homenagear o afoxé. “Na verdade, esse enredo a gente trouxe para nós foi o Thiago Morganti, que é nosso enredista e mora em Salvador. A gente tinha uma outra opção de tema que não deu não deu certo, estava até desenhado, algumas coisas já tinham feito tudo certinho, mas não deu certo e eu acho que não era para ser. A gente conseguiu ir para esse caminho que o Thiago tinha na manga, ele fez um primeiro contato com o presidente dos Filhos de Gandhi, ele aceitou, porque não é fácil, tem mais de 70 anos de tradição. Conseguiu falar com o pai maior de lá também. Foi um marco, porque a gente gosta do afoxé e segundo que não é uma coisa robotizada”, contou.

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Uma novidade na Colorado do Brás é que para 2025 a escola não irá fazer eliminatórias para escolher o samba-enredo. De acordo com Ka, isso se deve ao fato de que ouviu muitas coisas desnecessárias e quer poupar desgaste. Com isso, uma obra encomendada está sendo providenciada e quase pronta.

“Eu estou indo para o 11º ano como presidente e sempre foi eliminatória, só que você vai cansando de ouvir algumas piadas. Coisas como ‘já imaginava’, ‘já esperava’. Isso foi me atrofiando e também a gente tem hoje compositores preciosos na escola, como o próprio Léo do Cavaco, mestre Acerola, se precisar opinar ele opina, porque ele é de bateria. Você pega o próprio Jairo, diretor de carnaval, que faz samba. Então a gente tem pessoas na escola que são capacitadas para fazer grandes sambas. Por isso, já temos um samba 99% pronto. Também foi mais por falta de paciência para ser sincero. A gente escutou muita coisa nesse ano. A Colorado é mais uma das escolas de São Paulo que recebe mais sambas, sempre foi assim, e aí quem conhece a gente sabe. A gente escolhe junto com a comunidade, junto com a bateria e com todos os diretores”, declarou.

Pedido de paz, felicidade e amor

Com muita empolgação, o carnavalesco Anselmo Brito disse que a principal característica do enredo é a paz. A tônica do desfile da Colorado é o amor e felicidade que Gandhi pregava. “A Colorado do Brás, eu digo que ela não propõe um enredo, mas sim um tributo a um dos maiores blocos afoxés do mundo, que é os Filhos de Gandhi. Eu falo para a minha comunidade o seguinte: Não existe o acaso. Nós vamos abrir o carnaval em uma sexta-feira, que é dia de Oxalá. O bloco Filhos de Gandhi abre o Carnaval da Bahia, e ele tem como patrono Oxalá, porque ele traz a bandeira da paz. E aí, para este ano, qual é o propósito da Colorado nesse tributo? No momento onde todo mundo fala de guerra e de tantas coisas ruins, nós vamos levantar a bandeira de Gandhi e do Afoxé Filhos de Gandhi. Todos os anos o seu tema, que é escolhido para as aberturas do carnaval da Bahia, é sempre pedindo amor, paz e alegria. Nós vamos fazer isso daí, entrar no carnaval de São Paulo abrindo o desfile pedindo paz”, contou.

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O artista celebrou o fato de ter conseguido o acesso com a escola e aproveitou para dar mais detalhes do enredo. “É muita felicidade e gratidão aos deuses indianos e aos deuses africanos. Eu vivencio junto com a nossa comunidade, um momento muito especial. E poder contar a história desse afoxé desde o seu início… porque todos sempre me perguntam: Por que filhos de Gandhi? O que tem a ver Gandhi? Tudo a ver. Porque eu venho retratando no meu primeiro setor como foi constituído o bloco. Um grupo formado por estipadores que trabalhavam no Porto de Santos, eles resolvem formar um bloco, e o primeiro nome era o Bloco do Coentro, que logo depois, um dos seus líderes, presidente, percebeu que eles queriam algo a mais, um nome muito mais forte, e aí, assistindo um dos filmes de Gandhi, eles viram que Gandhi era um personagem que tinha tudo a ver com aquele bloco, porque emitia e transmitia a paz”, explicou.

Em discurso de explanação do enredo para a comunidade, Anselmo soltou o grito de ‘Ajayô’ dizendo que seria a força da escola. De acordo com o carnavalesco, é um pedido de tudo o que há de bom. “Esse grito já é específico. Hoje ele é conhecido pelo poeta Carlinhos Brown, que também faz parte do desfile. Ele desfila há muitos anos com o Afoxé Filhos de Gandhi. Esse grito é de Gandhi, ‘Ajayô’ é o pedido de amor, de paz, de igualdade, de felicidade, tudo que é bom é a ‘Ajayô’. É isso que a nossa Colorado vai fazer, nós vamos dar o nosso grito de guerra lá dizendo ‘Ajayô’, mas é pedindo licença, amor, paz”, concluiu.

Preservar as características da escola

O intérprete Léo do Cavaco concorda com o projeto da escola e projeta bom resultado. O cantor diz que o desafio é se manter no Grupo Especial. “Eu acho que a escola acertou muito. É um enredo popular, que mistura ali a religião afro com o axé da Bahia. Pelo pouco que eu vi do projeto, vocês podem esperar que a Colorado vai fazer um grande espetáculo. O samba também, esse ano a escola optou por fazer a encomenda, já está encaminhado e a expectativa é a melhor possível. Se Deus quiser, conseguir um bom resultado, manter a escola mais um ano no Especial, que é o nosso principal desafio”, disse.

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Léo está fazendo parte da composição do samba e diz que a obra encomendada ajuda na parte de ter a cara da escola. “Eu gosto da eliminatória, porém eu acho que a encomenda ajuda muito na questão de fazer sem pressão. A gente consegue acertar um samba melhor dentro das características da escola e do que ela precisa. Às vezes na eliminatória o compositor faz o samba pensando em ganhar, e não muito pensando no estilo da escola, no desfile. Acho que com a encomenda a gente tem essa vantagem. Podemos fazer um samba com a cara da Colorado. Eu sou um dos parceiros junto com o Thiago Meiners, Claudio Matos, Rafael Tubino e o Sukata também, que são compositores que já ganharam samba na escola, vêm ganhando em escolas do Rio e aqui em São Paulo também. Nós apostamos nessa parceria e tenho certeza que o resultado vai ser muito bom”, comentou.

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Tema feliz

João Daniel, diretor de harmonia, comparou o enredo para 2025 com o “Hakuna Matata” de 2019. Desfile esse no qual a agremiação se apega bastante para abrir uma sexta-feira de carnaval. “Esse enredo, a gente veio buscando a mesma base do que fizemos quando voltamos três ou quatro anos atrás para o Especial. É um tema alegre que vai trazer com certeza o povo junto para a gente, e é o que estamos buscando. A escola é isso. É alegria, é felicidade e a gente tem buscado sempre isso em cima disso”, afirmou.

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Dando a sua visão de um samba encomendado, o diretor exaltou os compositores dentro da escola e mostrou-se aberto ao novo. “Buscar algo novo também, porque a gente sempre vai no caminho da eliminatória, que é muito bom. Sempre temos muitos concorrentes. Sempre vem muita coisa boa e a gente fica com a cabeça cheia porque é um trabalho enorme fazer isso. A gente tem pessoas boas e compositores dentro da casa, inclusive o nosso cantor Léo e outras pessoas. Nós demos esse problema para eles resolverem e vai vir algo muito bom, com certeza”, disse.

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Daniel elogiou a festa junina e disse que o caminho é levar atrações, pois a comunidade está gostando. “Eu estou indo para o meu sexto ano. A gente sempre fazia umas festas pequenas. De três anos para cá a gente resolveu trazer atrações, fazer algo diferente e é o que a gente tem feito com outros eventos, trazendo shows e artistas. Dessa vez tivemos algo um pouquinho menor de atração e de artistas, mas é algo que a comunidade pede. Deu acima de 500 pessoas aqui ou mais de 1000 no rotativo durante o dia, que a gente começou às 14 horas”, celebrou.