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Feijoada da Unidos da Tijuca no domingo com Toninho Geraes e Grupo Arruda

A quadra da Unidos da Tijuca abrirá as suas portas no domingo para mais uma edição da sua tradicional feijoada mensal. A combinação de samba, música boa, cerveja gelada e feijoada nota 10, acontecerá a partir das 13 horas, recebendo os shows completos de Toninho Geraes e Grupo Arruda. E mais, Grupo Rangell e Batucada abre o evento, DJ Lipe do Borel agita os intervalos e o encerramento é com a bateria “Pura Cadência” de mestre Casagrande.

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Foto: Divulgação/Liesa

Os ingressos poderão ser obtidos antecipadamente através do Sympla ou via PIX (sem taxa) no telefone 21 98165-1753. Quem optar por comprar na hora, pagará R$ 20,00 na pista. A feijoada do chef Bruno Malta é vendida à parte e deverá ser adquirida diretamente no evento pelo valor de R$ 25. A quadra da escola oferece área de alimentação com vastas opções de refeições.

Um dos maiores poetas do samba, Toninho Geraes embala os presentes com seus grandes sucessos em repertório preparado para emocionar. Estourado nas rodas de samba pelo Rio de Janeiro afora, o palco da Unidos da Tijuca receberá mais uma vez o Grupo Arruda. A grande novidade é o DJ Lipe do Borel, talento da comunidade tijucana que promete não deixar ninguém parado tocando muito charme black music e funk antigo nos intervalos.

A quadra de ensaios da Unidos da Tijuca fica localizada na Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo. Há estacionamento amplo no local.

Serviço:
Feijoada Nota 10 da Unidos da Tijuca
Atrações: Toninho Geraes, Grupo Arruda e Bateria Pura Cadência
Data: 09/06/2024
Horário: 13 às 22h
Endereço: Avenida Francisco Bicalho nº 47 – Santo Cristo
Classificação: 18 anos
Pista: R$ 20 – Camarotes a partir de R$ 200,00
Vendas On-line: https://www.sympla.com.br/evento/feijoada-nota-10-toninho-geraes-e-grupo-arruda/2456438
Televendas: 21 98165-1753

Leci Brandão é a estrela da feijoada de sábado na Mangueira

Nesse fim de semana, começa a nova temporada de feijoadas da Mangueira com toda força e axé. A Estação Primeira de Mangueira traz no próximo sábado para a Feijoada Verde e Rosa um super show da Leci Brandão.

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Leci Brandão presente na festa do Tatuapé

Para abrir a tarde de muito samba, show do grupo Samba Bom e Chacal do Sax. E para fechar o dia com chave de ouro, a Bateria da Mangueira fará sua apresentação.

Os ingressos já podem ser adquiridos antecipadamente em ingresso.mangueira.com.br e os valores correspondem ao local da quadra.

Serviço:
Feijoada Da Verde e Rosa
Data: 08/06/2024 (sábado)
Hora: 13h
Local: Palácio do Samba – Rua Visconde de Niterói, 1072
Vendas antecipadas em: ingresso.mangueira.com.br

1° lote:
Entrada antecipada: R$ 30,00 Entrada antecipada + feijoada: R$ 60,00

2° Lote:
Entrada: 40,00
Entrada + feijoada: 70,00

No dia do Evento:
Entrada no dia: R$ 50,00
Feijoada no dia: R$ 35,00

Camarote para 10 pessoas com feijoada: R$1.500,00
Mesa VIP: R$ 500,00 (04 lugares e 4 feijoadas)
Mesa:
R$ 80,00

Grande Rio apresenta novos diretores artísticos

Allan Bastos, Ananda Dias e Caroline Mota são os novos diretores artísticos da Grande Rio. O trio, que começou a trajetória na escola mirim Pimpolhos da Grande Rio, é mais uma das grandes apostas para o próximo carnaval. Eles ficarão responsáveis por toda a parte coreográfica, de movimentos, eventos e shows.

 

Jorge Silveira: ‘enredo tem o objetivo de reconectar a espiritualidade do Salgueiro’

O Salgueiro lançou a sinopse do enredo “Salgueiro de corpo fechado”, na última quarta-feira. Em evento na quadra reuniu os compositores e a comunidade para estarem juntos na apresentação onde a sinopse foi narrada para todos os presentes, enquanto ocorria a apresentação artística da mesma, com elementos que estavam contidos no texto.

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Fotos: Matheus Morais/CARNAVALESCO

A apresentação ficou por conta de Paulo Pinna e Carlinhos do Salgueiro, e iniciou com Tia Glorinha e Sidclei, remetendo ao vídeo de apresentação lançado em abril. Ali, Tia Glorinha faz um fechamento do corpo no mestre-sala antes da apresentação percorrer os caminhos espirituais com uma saudação a Xangô, onde foram colocados os pedidos de todos os presentes para o Salgueiro em direção ao próximo carnaval.

Sinopse do enredo do Salgueiro para o Carnaval 2025

A apresentação seguiu com a sinopse em si, sendo proclamada por figuras como um Preto Velho, nas saudações iniciais; Sundiata Keita, fundador do Império Mali, e suas bolsas de mandinga com versos do Alcorão; um capoeirista, representando o sincretismo das práticas dos escravizados mandingos do Mali, em especial as bolsas de mandinga, com as orações cristãs e outros objetos, ocorridos no tempo da colônia; o cangaceiro Moreno, feiticeiro do bando de Lampião, e um dos “diabos dóceis” com quem ele sugeria pactos a Lampião para fechar o corpo; e um caboclo, representando o fechamento do corpo das tradições indígenas e na Jurema. Em seguida, um grupo se apresentou como iaôs na parte da narração sobre o candomblé, e outro grupo, por fim, representando Zé Pilintra e Maria Padilha na parte final da sinopse, onde se falou sobre o fechamento do corpo na Umbanda e também do próprio Salgueiro em si, pedindo proteção.

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Em seguida, ao término da apresentação, o presidente André Vaz agradeceu a todos os presentes, aos segmentos, ao carnavalesco Jorge Silveira, a equipe de criação, ao enredista Igor Ricardo, e aos compositores para que em mais um ano venha muita inspiração a eles.

Wilsinho Alves, diretor de carnaval, pediu inspiração aos compositores da escola, e elogiou o trabalho de Igor Ricardo e Jorge Silveira na elaboração do enredo e do texto. Ele relembrou então as regras e datas da escola. Além disso, destacou que fará uma audição interna antes da divulgação dos mesmos.

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Igor depois assumiu a palavra agradecendo a continuidade e a possibilidade de fazer este enredo na escola, pontuando que ele é denso e histórico, mas também popular e de fácil entendimento, indo da África, passando pela Bahia, até chegar no Rio, e com a presença de seu Zé incorporando vários setores, e encerrando com uma consagração a Umbanda carioca com uma grande exaltação a tudo que vem nos setores anteriores: “Ele agora está praça, nasceu. Não é mais meu, do Jorge, do Luan, do Wilsinho, do Ricardo. Esse enredo agora é do Salgueiro, e mais que isso, ele agora está nas mãos de vocês, compositores. Vocês tem a missão, como o Wilsinho falou, pois ano passado a gente teve uma brilhante disputa, era um enredo mais denso, mas ao mesmo tempo, vocês conseguiram fazer com que a disputa fosse a melhor disputa do carnaval”.

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Jorge Silveira encerrou falando sobre as mensagens de afeto e carinho que recebeu, e sobre a construção do enredo como uma construção de um corpo, um corpo coletivo do Salgueiro, e conclamou a comunidade a defender essa ideia, o enredo, e também ao samba escolhido. Jorge também comentou como espera que seu trabalho seja marcado na história da agremiação: “Eu sempre procuro olhar e observar a comunidade, e saber de que maneira o meu trabalho naquele ano pode contribuir acrescentando um tijolo na parede da história daquela escola. E eu, particularmente, sempre acredito que escola de samba tem identidade, tem característica, tem sua própria espiritualidade, tem sua trajetória. O enredo do Salgueiro tem o objetivo de reconectar a espiritualidade do Salgueiro. A gente está falando ao coração do salgueirense, a fé do salgueirense, para que a gente possa junto construir uma narrativa de luz para abrir os caminhos do Salgueiro”.

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Colorado do Brás comemora primeira vez na Fábrica do Samba e fala sobre o desafio de abrir Grupo Especial

A Colorado do Brás está de volta para o Grupo Especial após dois anos no Grupo de Acesso I, a escola foi vice-campeã neste ano e já tem enredo para o retorno: “Afoxé Filhos de Gandhy no ritmo da fé”. Inclusive terá a festa oficial de lançamento no próximo domingo. O presidente Antônio Carlos Borges, famoso Presidente Ka, conversou com o site CARNAVALESCO e falou sobre as expectativas no retorno para o Grupo Especial.

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Fotos: Fábio Martins/CARNAVALESCO

“A expectativa são as melhores, estou muito feliz, feliz mesmo. Até porque tivemos três anos de Grupo Especial, e não tivemos oportunidade de adentrar aqui, na Fábrica do Samba I. Fizemos três carnavais do Especial na FUPE (Fábrica do Samba II), onde o barracão de lá não é feito para o Especial. Só de estar aqui, alcançar o objetivo, e superar. Carnaval na FUPE é uma superação, no Acesso também, o acesso é muito difícil”.

A grande novidade para a Colorado é estar estreando na Fábrica do Samba, já que mesmo no Grupo Especial por longo tempo, não tiveram um espaço devido ainda estar em obra nos barracões. Agora 100% entregue, com todas as quatorze barracões presentes, e treze agremiações presentes, o presidente Ká comemorou espaço, mas em processo de organização.

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“Estamos absorvendo, para nós é gigante, comparado com a FUPE, é gigante assim, então estamos adaptando. Entendendo o que vamos usar, o que não vamos, é muito banheiro, muita sala, estamos muito felizes, não sabemos nem o que fazer. Assim, estamos nos familiarizando, tivemos a semana todinha pintando algumas salas fazendo algumas coisas para colocar nossa cara. E as expectativas são das melhores, pois guarda tudo, faz carros com oito metros de altura, para sair com oito metros, lá na FUPE saímos com quatro metros, a metade. Então virava meio que um lego, assim era muito difícil, muita peça, era um desgaste. Então assim, saímos praticamente montados. A expectativa é das melhores, estamos vivenciando isso, estamos muito feliz”.

A Colorado do Brás ficou de 2019 até 2022 no Grupo Especial, e no ano do rebaixamento, acabou perdendo -0,5 décimos, devido a merchandising em uma camiseta usada por uma composição de uma alegoria, sem essa perda ficaria em sétimo lugar. Pois o foco é no retorno da agremiação do Brás ao Grupo Especial, e o presidente falou sobre uma novidade sob sua gestão que é encomendar um samba-enredo dentro de casa.

“Então estou feliz, escolhemos o enredo, realmente, Os Filhos de Gandhy, encomendamos o samba também, é uma novidade na escola, estou indo para o décimo primeiro ano de presidente e sempre fizemos eliminatórias, sempre recebemos samba. Esse ano optou por dar oportunidade dentro de casa, temos belos compositores que são o Leo do Cavaco, nosso interprete, o Acerola que é mestre de bateria, o Jairo, nosso diretor de carnaval. Ou seja, temos o material dentro de casa, então assim, optei por isso, em um consenso com a diretoria, optamos por fazer o samba dentro de casa, mexe alguma coisa, aqui e ali, acho que vai dar um bom samba. Vamos abrir o carnaval, se Deus quiser e passar passando, sempre, com alegria”.

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Com o bom resultado e retorno ao Grupo Especial, o presidente da Colorado revelou que o time está todo renovado, duas mudanças que não afetam os quesitos da escola, já que todos foram renovados para a próxima temporada do carnaval.

O time renovado: “A escola inteira foi renovada, praticamente, tivemos poucos desfalques, na verdade, foram ciclos que se encerram como segundo mestre-sala e porta-bandeira e a chefe da ala das passistas, ponto. O resto todo mundo permaneceu, todos os setores e até porque, o time que está ganhando não se mexe. Todo mundo supriu as necessidades, as expectativas, então estou muito feliz com a Colorado, com o trabalho, com meu povo. Estávamos nos sentindo muito tristes, injustiçados, e agora temos que provar que somos capazes e que merecemos ficar no Especial”.

Em relação a abrir o carnaval, não é novidade para a Colorado quando em 2019 terminou na 11ª colocação, o presidente Ka ressaltou sobre a estrutura: “Então, abrimos o carnaval no Hakuna Matata, sabemos a logística, que não é fácil reunir mais de mil e quinhentas pessoas, que é o mínimo, então sabemos que não é fácil, pessoas trabalham, é dia normal, mas é usar o estímulo. São dois anos no Acesso, então vamos fazer a nossa parte, vamos se envolver, se juntar, pedir para sair um pouco mais cedo do serviço, vamos trocar uma folga, não sei, vamos dar condições. Sair aqui da Fábrica é uma coisa muito legal, pois tem estação da Barra Funda, sair daqui é uma logística que pensamos e é isso, vamos sair daqui. O mais difícil é a infra, a logística de sair daqui e abrir o carnaval às 23 horas, tem que estar às 21h30 pronto. Então o mais obstáculo e dificuldade será essa”.

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Finalizando o papo com o CARNAVALESCO, o presidente da Colorado do Brás falou sobre o que esperar da agremiação voltando ao Grupo Especial e aposta no enredo: “Pode esperar um carnaval alegre, um carnaval feliz, a gente vem falando dos Filhos de Gandhy, que abre o carnaval da Bahia. Então estamos felizes com esse enredo, muito mesmo, agradecer os Filhos de Gandhy por dar oportunidade de falarmos sobre esse enredo, autorizar de falarmos de um bloco que tem mais de 70 anos, para nós é uma honra e vamos falar com perfeição para fazer um carnaval maravilhoso e passar passando”.

A Colorado do Brás será a primeira escola da sexta-feira de carnaval, dia 28 de fevereiro de 2025, e terá o enredo “Afoxé Filhos de Gandhy no ritmo da fé”.

Bateria da Botafogo Samba Clube inicia ensaios nesta sexta-feira

Dando o pontapé inicial na temporada, a bateria da Botafogo Samba Clube, a Ritmo Alvinegro, iniciará os seus ensaios nesta sexta-feira. Os encontros semanais acontecerão no setor oeste do estádio Nilton Santos, a partir das 20h. Após semanas de oficinas, o segmento, comandado pelo mestre Branco Ribeiro, dará início na busca dos 40 pontos na Marquês de Sapucaí.

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Foto: Wallace Lima/Divulgação Botafogo Samba Clube

“Estávamos contando os dias para dar início aos nossos ensaios, pois no próximo mês teremos pela frente a disputa de samba, e logo após os ensaios, então só paramos após o desfile. Eu, minha diretoria e todos os ritmistas não mediremos esforços para incendiarmos a Marquês de Sapucaí”, revela o mestre Branco.

Os ensaios também são abertos para todos que queiram integrar a bateria, mas para isso os mesmos devem saber já tocar algum instrumento.

Paraíso do Tuiuti realiza batizado de escola mirim neste domingo

O futuro começa agora e está garantido. O Paraíso do Tuiuti criou sua própria escola de samba mirim. Nas cores da escola raiz, azul e amarelo, O Grêmio Recreativo Escola de Samba Mirim Os Netinhos do Tuiuti teve a fundação no último dia 13 de maio. A cerimônia de batismo ocorre neste domingo, dia 9 de junho, com uma festa no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão, a partir das 15h.

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Foto: ImaginaRio/Divulgação

Como manda a tradição no mundo do samba, em que todas as escolas têm uma madrinha, Os Netinhos serão apadrinhados pela Mangueira do Amanhã, agremiação mirim da Verde e Rosa.

“Eu tinha essa vontade de criar uma escola mirim há 16 anos. E nada como ser pelo tempo de Deus. Agora, nasceu a nossa escola mirim para formar os futuros sambistas da escola-mãe. Teremos casal de mestre-sala e porta-bandeira, passistas, mestre de bateria… O amanhã começou!”, afirmou Renato Thor, presidente do Paraíso do Tuiuti.

Neste primeiro momento, Os Netinhos desfilarão com 500 componentes.

A festa de batismo será gratuita e vai acontecer na quadra do Quebra Tudo, no Morro do Tuiuti, bairro de São Cristóvão, Zona Norte do Rio.

Arranco leva comitiva para visitar Salvador e projetar desfile do Carnaval 2025

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Foto: Divulgação/Arranco

Em comitiva especial por Salvador, na Bahia, o Arranco está visitando lugares específicos em busca de inspirações e vivências para contar o enredo do Carnaval de 2025 “Mães que alimentam o sagrado”. Com a presença da carnavalesca Annik Salmon, da presidente Tatiana Santos e demais profissionais da escola, a viagem faz parte do roteiro de pesquisa de aprofundamento do enredo.

Sinopse do enredo do Arranco para o Carnaval 2025

Conheça o enredo da Acadêmicos de Santa Cruz para o Carnaval 2025

Em evento realizado na noite da última quarta-feira, a Acadêmicos de Santa Cruz recebeu seus segmentos e a comunidade e apresentou o enredo para o Carnaval 2025. A verde e branco da Zona Oeste levará para a Avenida “Os Sagrados Altares Tupiniquins”, de autoria e desenvolvimento do carnavalesco Cid Carvalho.

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“Este enredo é o fechamento de uma trilogia que iniciei em 2023, que começou com a degradação do território Yanomami, passando pelo último carnaval abordando o machismo como mal histórico, através do enredo sobre as bruxas, e agora com os altares Tupiniquins, que vai falar de três principais aspectos: Da fé católica e as crenças dos povos originários e negros escravizados, mostrando como elas se misturaram resultando em diversas manifestações culturais, nos levando a conscientização de que é fundamental respeitarmos a fé de cada um, independente dos dogmas impostos pelas religiões”, disse o carnavalesco.

No domingo, a partir das 14h, será realizada a primeira feijoada da temporada, com a apresentação da nova equipe de carnaval e participações das coirmãs Unidos de Bangu e da atual campeã da Serie Ouro, Unidos de Padre Miguel. A entrada custará R$ 2,00 ou 1kg de alimento não perecível. O prato de feijoada será vendido a R$ 15,00 e aluguel de mesas, com feijoada inclusa sai a R$ 60,00. A quadra de ensaios fica na Rua do Império 573 – Santa Cruz.

Confira a sinopse

Benditos sejam os ventos do progresso que dispersaram as nuvens da ignorância e fizeram resplandecer a luz do Renascimento sobre as trevas medievais, revelando a nova era do conhecimento, da valorização da ciência e da razão que, como uma poderosa onda, banhou o “Velho Continente”, embebendo-o da necessidade de navegar e desvendar os mistérios para além do “Mar Tenebroso”.

Então, abençoados por Nossa Senhora da Esperança, destemidos navegadores se aventuraram nas águas do Oceano Atlântico, que a desgastada imaginação medieval ainda acreditava serem habitadas por misteriosos seres marinhos.

Depois de 44 dias enfrentando os próprios medos, tormentas, calmarias e doenças, desembarcaram no “Novo Mundo” intocado e fascinante. Naquele cenário edênico, ergueram a cruz, montaram o altar e, diante do espanto dos navios, rezaram ali a primeira missa em nome do Deus cristão e do Reino de Portugal. Para aquela gente de pele avermelhada, aquele ritual estranho não fazia o menor sentido, porque eles acreditavam em Tupã, o Deus dos trovões; o seu altar era a própria natureza.

Eram aos rios, aos espíritos dos animais, ao poder curativo das plantas e à energia do sol, da lua e das estrelas, que os Pajés Anciões recorriam em seus rituais para conter doenças, para clamar por boas colheitas e fartura na caça, para vencer inimigos nas guerras e para celebrar os antepassados.

E os nativos, desnudos, livres e felizes, cantavam e dançavam para os seus deuses, despertando o velho imaginário europeu que, alimentado pela crença na existência de um Paraíso Terrestre e de um Inferno, se manifestou entre o encantado e o assustado.

Na carta de batismo das terras “descobertas”, Caminha, o escrivão da frota de Cabral, envolve os povos originários numa atmosfera de candura e ingenuidade, comparando-os a Adão e Eva, e as paragens, aos Jardins do Éden; já as crônicas escritas posteriormente, qualificariam os indígenas, como luxuriosos e pecadores, criaturas sem leis, sem alma e sem rei; polígamos, com suas “vergonhas à mostra”, portanto “selvagens” ao ponto de representar quase a não-humanidade.

Diante dessa visão religiosa equivocada e preconceituosa, para os católicos portugueses não havia pecado em escravizar os indígenas em nome do lucro a qualquer custo. Porém, os “gentios”, que viviam em total liberdade, fugiam do trabalho forçado se embrenhando nas matas e, protegidos pelos deuses da natureza, jamais retornavam ao cativeiro.

Então, a crescente necessidade de mão de obra para as fazendas de cana-de-açúcar, fez a ganância colonial lusitana virar-se, então, para o continente africano.

Arrancados à força da terra natal, transformados em prisioneiros e jogados nos tumbeiros, os africanos atravessaram a Calunga Grande em viagens longas e desumanas onde muitos não resistiam e tinham os corpos jogados no oceano.

Ao chegarem aqui, os sobreviventes escravizados de distintas regiões da África traziam consigo diversas crenças que se entrelaçaram no terreiro colonial, modificando totalmente o cenário religioso com as suas divindades. Não raro, os representantes da Igreja Católica tentavam reprimir aqueles rituais que aconteciam nas senzalas, com seus batuques, cantos danças e rezas, diante dos “assentamentos” e altares improvisados.

É bem verdade que no caso da escravidão, a terra, assim como o mar, também tragou os corpos de milhares de cativos. Mas, Calunga Grande é o mar de Iemanjá, é a mãe que acolhe, é a enormidade de seu destino e de seu horizonte; Calunga Pequena é a terra de Omolu, o guardião da vida e da morte, e onde os corpos voltam a ser sementes.

Assim, mesmo diante de severa perseguição, as crenças dos negros escravizados e dos povos originários, encontram meios para sobreviver à imposição da fé cristã pelos colonizadores. E, mais ainda, se misturaram, tecendo uma religião sincretizada, com alma brasileira.

Mas, quem já passou pelas encruzilhadas sabe escolher os caminhos!

Com o tempo, essa mistura de crenças passou a fazer das ruas, os seus altares mais originais, manifestando-se nas tradições populares, no folclore, nas festas dos santos padroeiros, numa simbiose entre o sagrado e o profano, revelando através da festa do Divino Espírito Santo, do Reisado, da Cavalhada, dos Maracatus e dos Caboclinhos, essa extraordinária riqueza cultural.

E é em nome dessa riqueza, símbolo da miscigenação do povo desse país, que rogo aos deuses que abençoem a nossa agremiação para que a sua bandeira continue tremulando em nome de todos os perseguidos de ontem e de hoje, consagrando-a como guardiã desse imenso santuário tupiniquim.

Que a sua coroa, símbolo da sua história, resplandeça junto à coroa de Mãe Senhora de Aparecida e, juntamente com o poder das Yabás e os mistérios da Mãe D’água, nos guiem como matriarcas que são, porque toda mãe carrega o eterno; e façam de cada um de nós, filhos bem-aventurados e mensageiros da liberdade de credo.

É chegado o momento de colocarmos o que foi quebrado pela intolerância e pelo racismo religioso; de unirmos os retalhos, os pedaços sagrados de fé e esperança, e então entoarmos o nosso samba como um hino de paz, composto com a força dos versos sonoros de uma “Carta de Amor”.

Porque nós não andamos sós!
Eu, eu não ando só!

… “Eu tenho Zumbi, Besouro
O chefe dos Tupis, sou Tupinambá
Tenho os erês, caboclo boiadeiro, mãos de cura
Morubixabas, cocares, flechas e altares
A velocidade da luz, o escuro da mata escura
O breu, o silêncio, a espera
Eu tenho Jesus, Maria e José
Todos os pajés em minha companhia
O menino Deus brinca e dorme nos meus sonhos
O poeta me contou”…

O poeta me contou que foi esse mesmo menino Deus, que brincando e dormindo nos meus sonhos, me levou aos pés da Santa Cruz e me fez acreditar que é possível.

Cid Carvalho
Carnavalesco