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Vila Isabel faz imersão inédita para apresentar sinopse do enredo para o Carnaval 2025

A Unidos de Vila Isabel apresentou na noite da última quarta-feira a sinopse do Carnaval 2025. Em uma apresentação imersiva do enredo “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”, o público foi convidado a brincar com a imaginação e embarcar em uma aventura misteriosa e divertida na Cidade do Samba.

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Foto: Divulgação/Vila Isabel

Conduzidos por um maquinista no mínimo assustador, cada convidado tomou seu lugar no Trem Fantasma para percorrer um trajeto imersivo de mais de um quilômetro com interação com personagens e efeitos especiais. A fim de compor a atmosfera do enredo, a Vila Isabel adicionou quase 300 pontos de iluminação cênica e realizou uma parceria com a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) para desligamento de todas as luzes da Cidade do Samba.

Sinopse do enredo da Vila Isabel para o Carnaval 2025

Ao desembarcar em frente ao barracão da escola, mais escuridão, névoa e seres assustadores aguardavam os convidados no caminho até o elevador. No trajeto de subida não foi diferente: noiva cadáver, palhaço maldito, mortos vivos e fantasmas – cada pavimento revelava uma nova figura assombrosa.

A última parada do circuito foi o quarto andar do barracão, onde havia um cinema com telão de led e um buffet temático. Após a apresentação de um vídeo com a sinopse, o carnavalesco Paulo Barros instigou o sambista a preparar seu maior amuleto: a alegria.

“Todas as assombrações que vocês viram são para nossa diversão. Na avenida, o Trem Fantasma vai passar por florestas, águas, matas, redondezas, infância e vai desembarcar em um grande baile. Por que nós vamos no Trem Fantasma? Para sentir medo? Não! Para se divertir. Precisamos de um samba que seja alegre, valente e que faça a Sapucaí tremer!”, disse o carnavalesco Paulo Barros.

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Foram necessários oito dias e 48 profissionais para montagem da megaestrutura, além de dois dias de ensaios e um evento-teste. Ao todo, 35 atores participaram do elenco. Além do investimento da Vila Isabel, as coirmãs Grande Rio, Portela e Salgueiro contribuíram com elementos cenográficos.

“Nós queremos um bom samba e, por isso, entregamos não só uma boa sinopse, mas também uma imersão no nosso enredo. O Carnaval é alegria e a Vila Isabel vai transformar as assombrações em uma grande festa na Avenida em 2025”, afirmou o presidente da agremiação, Luiz Guimarães.

Sinopse do enredo da Vila Isabel para o Carnaval 2025

QUANTO MAIS EU REZO, MAIS ASSOMBRAÇÃO APARECE!

Era noite de carnaval do ano de 2025 e os foliões brincavam nos desfiles que percorriam a Avenida. Nas arquibancadas, o público cantava e dançava ao som animado das baterias.

Tudo transcorria como o esperado. De repente, na concentração, começa a soar a primeira sirene estridente, anunciando que a próxima escola vai entrar na Marquês de Sapucaí. Os componentes se preparam para incorporar os personagens de suas fantasias. Na pista vazia, o povo aguarda o próximo espetáculo sem imaginar o que está por acontecer…

“Atenção, Sapucaí! Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece! Vem aí, a Unidos de Vila Isabel!”. Atendendo ao chamado, um enorme Trem Fantasma, lentamente, vai invadindo a pista… – É chegada a hora de embarcar nessa estranha aparição para correr os trilhos de uma aventura cheia de mistério e diversão: comecem a rezar, porque a Vila vai assombrar!

Cada um que tome o seu lugar! Apavorados? No escuro, se encontram as mais temidas assombrações. Elas surgirão aos montes para animar o maior pesadelo: encontrá-las todas em um só lugar: fantasmas, almas de outro mundo, bruxas e monstros que se escondem na mente humana virão para tirar vocês do sério… Preparados? O trem se movimenta e não há como fugir!

Melhor superar o terror provocado por eles, orando para que desapareçam!! Peguem seus amuletos, usem suas rezas e mandingas, peçam a todos os santos, descubram qual é a melhor forma de se protegerem porque o trem vai correr na velocidade da imaginação e não será possível voltar atrás. Vamos juntos, cada um com sua devoção! Respiração suspensa e coração acelerado, todo mundo suando frio, todos amedrontados com a expectativa de enfrentar o desconhecido.

Preparem-se porque esse inusitado show vai começar!

Os rodeiros arranham os trilhos. O trem avança e nada mais se vê à frente. O maquinista fantasma acelera para frear bruscamente diante da escuridão!

NAS MATAS E FLORESTAS

Faz frio e o arrepio corre pela espinha ao percebermos que entramos em uma floresta onde uivos são ouvidos ao longe. Algo estranho surge entre as árvores… e se aproxima… de repente, o Curupira, protetor do mato, surge para confundir e afastar os invasores! O trem acelera de novo e para, de repente, diante do temido Lobisomem! Garras preparadas para dominar suas presas, o bicho pula uivando enquanto o trem corre em outra direção.

Ave-Maria nos livre da maldição da Lua cheia! E o livramento que nos salva desse susto não consegue afastar o Anhangá, um espírito protetor das florestas, que, segundo os filhos de Tupã, enlouquece aqueles que tentam invadi-la. Peçam proteção aos encantados! Ao percorrer as matas, o risco é encontrar, à espreita, temidos seres primordiais que desconhecemos. Na velocidade do Trem Fantasma, chegamos a uma aldeia depois de escapar dos assombros da floresta. Um alívio.

Mas que dura apenas alguns instantes porque lá vem o Boitatá, a imensa serpente incandescente, que defende os habitantes das matas contra as terríveis queimadas! Segurem o fôlego para passarmos por ela sem sermos vistos!!! Mas, cuidado, porque, logo adiante, se esconde o Saci que chegou pra perturbar!

NAS ÁGUAS

Os carrinhos trepidam levemente percorrendo um trajeto retilíneo, com um balanço que acalma dentro da escuridão. Ouve-se o murmurinho das águas ao redor, como se estivéssemos percorrendo a superfície de um rio. De algum ponto distante, é possível perceber um canto suave e envolvente. A voz se aproxima, e eis que surge a lara, uma sereia capaz de nos hipnotizar com sua inebriante beleza. A essa altura, já estamos sentindo o incontrolável desejo de nos entregar em seus braços para o último mergulho. O experiente maquinista nos livra, mais uma vez, fazendo uma curva brusca que nos tira do lugar. Mal sabíamos que, ao fugir da sereia, teríamos que enfrentar outros seres apavorantes das águas! Das profundezas do rio, surge o Yacuruna, um híbrido medonho, com a cabeça virada para trás! Ele avança sobre nós montado em seu enorme jacaré preto!

Contam as histórias da Amazônia que é ele o responsável pelo desaparecimento das pessoas… Essa foi por pouco! Ainda bem que ainda estamos todos aqui atravessando o rio velozmente! “Opará”, assim chegamos ao velho rio-mar… E quase atropelamos o Caboclo D’Água, que vinha pronto para nos derrubar! Pelo sim, pelo não, temos que pedir proteção para espantar essa atrevida aparição! Outra virada repentina para a esquerda e o rio deságua no mar. Quem nos espera em águas salgadas é o João Galafuz, um duende marinho que emerge das ondas para provocar tempestades. Melhor não arriscar, dar marcha ré e voltar ao Velho Chico, onde navega, ao longe, a Gaiola Encantada, muito iluminada, pronta para o embarque das almas afogadas. Dizem que ela nos leva aos caminhos da morte. Será?

O trem ganha mais velocidade e atravessamos uma cortina de fumaça. O que nos espera do outro lado? Almas do outro mundo, que vagam perdidas pela Terra, chegamos! Atravessamos a fronteira do pavor!

NAS REDONDEZAS

Gritos, lamentos e gemidos horrendos revelam a presença macabra do Corpo-Seco, um morto-vivo que vaga pelas estradas e aterroriza quem se atreve a cruzar o seu caminho!

Cruz credo! Corre o trem sem direção até atravessar as pesadas portas de um castelo mal-assombrado que se fecham atrás de nós! Teremos como fugir do assombroso salão onde vampiros se divertem ao som de um batuque irresistível? Comandando o ritual de sedução, está o temido Conde Drácula, personagem que não perde uma noite de carnaval!

Não se entreguem, porque esses lascivos anfitriões estão famintos! O condutor encontra a porta dos fundos. Ainda inebriados pelo ritmo quente da bateria, lá fora, o silêncio ensurdecedor de um cemitério retorna atemorizante… Das tumbas, emerge a Mulher de Branco, assustadora aparição que quer capturar nossas almas! Socorro! Esses arrepios insuportáveis pelo corpo nos levam a crer que ela vai conseguir! O pio da coruja Rasga-Mortalha anuncia que a morte nos espreita. Medo, pânico, não vamos escapar!

Minha mãe, nos tire daqui!!

NA INFÂNCIA

A vida passa como um filme diante da iminência do fim. E o trem nos conduz aos tempos de infância, quando tivemos nossos primeiros sustos. A cada curva, vamos encontrando assombrações inesquecíveis de quando éramos crianças: o Bicho-Papão, sempre à espreita, pronto para carregar os que desobedecessem aos pais; a Bruxa terrível, que queria nos colocar no caldeirão! Cuidado, a Cuca vai te pegar! O homem do saco, ameaçador, dessa vez nos leva sem piedade! E o Lobo Mau, pronto para nos engolir?

NA FOLIA DO DIA DAS BRUXAS

No último trecho, descobrimos o nosso maior amuleto: a alegria! É chegado o fim da linha! O Trem Fantasma faz seu desembarque na Avenida. Vamos brincar com a imaginação e transformar nossas assombrações num incrível Dia das Bruxas, onde palhaços assustadores, feiticeiras horrendas, bonecos medonhos e tantas outras criaturas tomam conta da folia!

Vistam suas fantasias porque, agora, a Vila vai nos assombrar de alegria!

Fredy Vianna se diz honrado em defender a Mancha Verde pelo décimo terceiro ano: ‘Se tornou minha família’

Uma relação duradoura entre um profissional e escola de samba é raro de acontecer nos dias de hoje. Porém, o casamento de Fredy Vianna e Mancha Verde segue cada vez mais forte. O intérprete chegou na agremiação no ano de 2012 e, até então, permanece defendendo as cores da entidade. Entre quedas para o Grupo de Acesso, voltas para o Grupo Especial, Desfiles das Campeãs e dois títulos, o cantor continua forte à frente do carro de som da Mancha Verde. Vale ressaltar que Fredy já trabalhou com mais de cinco mestres de bateria e outros grandes profissionais que compôs sua ala musical. Entretanto, a confiança da diretoria no seu trabalho sempre se manteve intacta. O intérprete conversou com o CARNAVALESCO e falou sobre o carinho recíproco que há entre ele e a escola.

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Foto: Felipe Araujo/Divulgação Liga-SP

Família Mancha Verde

Fredy, que é o intérprete mais longevo dentre todas as escolas de samba do Grupo Especial e Acesso, declarou seu amor pelo pavilhão da ‘mais querida’. ”Na verdade a Mancha Verde já se tornou uma parte da minha família, a extensão da minha família. É como eu sempre digo, toda vez que eu entro na Mancha parece que é a primeira vez, porque a recepção é tão boa com a minha pessoa, que eu fico muito honrado em defender as cores do pavilhão verde e branco, mais uma vez. A Mancha Verde está no meu coração já”, disse.

Confiança do presidente

O cantor contou da relação que a diretoria tem com ele, especialmente o presidente Paulo Serdan, que, segundo Fredy, sempre diz que só sai da Mancha quando quiser. “Vejo um elo muito forte. Ele é engraçado, ele fala uma frase assim: ‘Você só sai daqui quando você quiser’, porque já faz parte da família e a Mancha já é acostumada comigo. A gente já tem um estilo e a escola gosta, graças a Deus; Não posso perder esse prêmio”, afirmou.

Enredo sensacional e espera por um ótimo samba

Fredy disse que está bastante feliz com o enredo que a Mancha Verde escolheu para o Carnaval 2025. De acordo com o intérprete, o ritmo da Bahia influencia bastante nisso e citou a coirmã Tatuapé, dizendo que a agremiação verde e branco terá dor de cabeça ao escolher o samba-enredo. “Eu acho sensacional, primeiro porque eu gosto do ritmo. O ritmo já ajuda muito, vocês viram com o Tatuapé esse ano. Não foi diferente, acho que vai ser um enredo balançado, nós vamos ter muitos sambas-enredo de qualidade e vai ser uma dor de cabeça boa para escolher. Eu gosto muito. É a festa com a religião, tudo misturado. A Bahia é assim, então nós vamos mostrar essa parte da Bahia com muito orgulho”, completou o músico.

Porto da Pedra convoca segmentos e comunidade para anunciar o enredo de 2025

Motivada para o trabalho rumo ao carnaval de 2025, a Unidos do Porto da Pedra já tem enredo para sua próxima apresentação na Marquês de Sapucaí. A vermelha e branca representante do município de São Gonçalo, será a quinta escola a se apresentar no sábado, 01 de março e, para conquistar o público e entrar na briga pelo título da Série Ouro, apostará, mais uma vez, no talento e na experiência de Mauro Quintaes, que seduziu a direção da agremiação com um enredo autoral para a Avenida.

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Foto: Ana Cristina Victória/Divulgação Porto da Pedra

“É uma característica da Porto da Pedra, usar o carnaval como maneira de mostrar temas culturais e relevantes na Avenida e não iremos fugir disso. Tivemos algumas possibilidades muito interessantes, mas o martelo foi batido, particularmente, com uma proposta que eu queria muito”, diz o carnavalesco que completará 30 anos à serviço do carnaval sempre levando enredos que foram destaque, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Para anunciar o tema, o presidente Fabrício Montibelo convocou a comunidade e todos os segmentos, inclusive a ala de compositores, para uma explanação que acontecerá nesta sexta, às 20h.

“A maior força que temos está na nossa comunidade que sempre esteve conosco em todos os momentos. Nada mais justo do que ser ela, a primeira a saber como desfilaremos em 2025”, diz o dirigente.

Para construir a narrativa do enredo, Mauro Quintaes conta, mais uma vez, com a parceria de Diego Araújo, enredista que, nos últimos três anos, vem trabalhando com o artista.

“É sempre um momento de muita ansiedade o lançamento de um enredo, até porque, é ali que começa a nascer a motivação do componente, dos segmentos para a realização do trabalho”, comenta Mauro.

O evento acontecerá na quadra da escola que fica na Travessa João Silva, 84, no bairro Porto da Pedra.

Carlinhos Salgueiro é coroado rei do carnaval de Atlanta nos Estados Unidos

Carlinhos Salgueiro, diretor artístico e dos passistas do Salgueiro, foi coroado rei da escola Unidos de Atlanta no último final de semana, em Atlanta, nos Estados Unidos. O coreógrafo, que todos os anos comanda workshops de samba em diversos países do mundo, recebeu o convite da agremiação para apresentar ao público americano o carnaval do Brasil.

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Foto: Divulgação

“Todos os anos eu divido um pouco da minha arte com as pessoas pelos países que passo no mundo e quando essa arte é reconhecida isso me emociona muito”, comentou Carlinhos.

O coreógrafo que tem status de estrela pelos países onde passa, esbanjando simpatia e talento, já está com a agenda deste ano cheia, com compromissos na Alemanha e no Canadá.

“O trabalho não para. Estou aqui nos Estados Unidos representando meu país, vou para a Alemanha participar de um congresso e depois para o Canadá para mais um workshop, mas sigo dando aulas on-line, pois acredito na formação de novos sambistas”, declarou o coreógrafo.

Carlinhos também possui um espaço dedicado a ensinar a arte do samba no pé, no Rio de Janeiro, e revelou que todo valor arrecadado com o trabalho no exterior será destinado a aulas gratuitas à adolescentes na sua Casa do Samba.

Coreógrafos afirmam que o tripé na comissão de frente abre leque de possibilidades para elucidação do enredo

O seminário “Harmonia em evolução”, que reuniu, no último sábado, profissionais renomados de algumas escolas de samba do Rio, na quadra da Viradouro, em Niterói, abordou alguns pontos que precisam ser aprimorados tanto na produção do espetáculo quanto na pista de desfiles.

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Foto: Divulgação/Viradouro

A utilização dos tripés nas comissões de frente que teve a funcionalidade questionada recentemente e que, por decisão das escolas, serão mantidos para o Carnaval de 2025, foi tema na mesa que reuniu os casais de mestre-sala e porta-bandeira Daniel Werneck e Taciana Couto, da Grande Rio, Julinho Nascimento, Rute Alves, Thiaguinho Mendonça e Amanda Poblete, 1º e 2º casais da Viradouro. Do debate do qual participaram, ainda, pela Viradouro, Alexandre Moreira, apresentador de casal, e a ensaiadora Juliana Meziat foi feita a defesa do elemento cênico.

Os casais revelaram que o tripé “os protege” de um eventual imprevisto nas fantasias, por exemplo, possibilitando que seja corrigido fora do campo de visão dos julgadores, enquanto a comissão se apresenta em frente às cabines.

Os coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Negri, da Viradouro, Karina Dias, da Mangueira, e Marcio Moura, da União da Ilha do Governador, concordaram que os tripés ajudam na compreensão do que será mostrado pela escola e lembraram que o pedido para extingui-los não partiu dos julgadores e nem da Liesa. Todos, no entanto, afirmaram serem capazes de criar uma grande comissão sem tripé, mas reforçaram que o “cenário”, além de ser importante para o espetáculo, abre um leque de possibilidades para melhor elucidação do enredo.

Sambistas alegam que mudança na avaliação do quesito Harmonia desvalorizou os departamentos das escolas

O seminário “Harmonia em evolução”, que reuniu, no último sábado, profissionais renomados de algumas escolas de samba do Rio, na quadra da Viradouro, em Niterói, abordou alguns pontos que precisam ser aprimorados tanto na produção do espetáculo quanto na pista de desfiles. A mudança no critério de avaliação dos julgadores do quesito Harmonia foi questionada na mesa que encerrou o seminário e que teve como debatedores os diretores musicais Hugo Bruno, da Viradouro, Alemão do Cavaco, do Salgueiro, o diretor de harmonia da Portela Julinho Fonseca, e Júnior Escafura, vice-presidente da Portela, integrante da comissão de carnaval da azul e branco, e que, na recém-empossada diretora da Liesa, ocupa o cargo de secretário.

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Foto: Divulgação/Viradouro

De acordo com os debatedores, de uns anos pra cá, o carro de som virou protagonista do quesito Harmonia, com foco no desempenho dos cantores e músicos, e o canto dos componentes praticamente deixou de ser avaliado. Eles apontam que a mudança acarretou a desvalorização dos departamentos de harmonia das escolas. A solução seria a criação de um novo quesito para avaliação exclusivamente do desempenho dos profissionais do carro de som.

Um outro seminário vai acontecer no dia 3 de agosto, com a participação de carnavalescos, enredistas, profissionais de gestão de ateliê, de iluminação, de assessoria de imprensa e de redações.

Mestre de bateria questionam: ‘técnico que equaliza o som dos desfiles desconhece as características dos instrumentos’

Durante o seminário “Harmonia em evolução”, que reuniu, no último sábado, profissionais renomados de algumas escolas de samba do Rio, na quadra da Viradouro, em Niterói, a deficiência do som nos desfiles, reclamação que se arrasta há décadas, foi unanimidade entre os debatedores como um ponto que precisa ser solucionado.

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Foto: Divulgação/Viradouro

O assunto foi tema da terceira mesa que reuniu os mestres do ritmo: Ciça, da Viradouro, Macaco Branco, da Vila Isabel, e Marcelo Santos, da União da Ilha. Uma das queixas é que o técnico que equaliza o som desconhece as características dos instrumentos. A possibilidade de todas as escolas poderem contar, nos ensaios técnicos da Sapucaí, com os carros de som do desfile seria uma das formas de tentar minimizar as falhas.

Um outro seminário vai acontecer no dia 3 de agosto, com a participação de carnavalescos, enredistas, profissionais de gestão de ateliê, de iluminação, de assessoria de imprensa e de redações.

Carnavalesco Bruno Oliveira não segue na São Clemente para o Carnaval 2025

O carnavalesco Bruno Oliveira publicou um texto de despedida da São Clemente, na noite desta terça-feira, e anunciou que não seguirá para o Carnaval 2025. Ele explicou a saída: “ser completamente alijado no processo de concepção de um tema que caberá a mim, mais tarde, dar formas e contextualização vai na contramão do meu entendimento do que é fazer carnaval”. A escola anunciou o enredo na próxima sexta-feira e não se pronunciou sobre a saída do carnavalesco.

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Foto: Reprodução/Instagram

Veja abaixo o texto completo

“Quando penso no papel de um carnavalesco e na imensa cadeia de produção de um desfile de escola de samba, sempre me vejo como um artesão popular, aquele que compõe um coletivo de apaixonados que direcionam sua arte em prol do que definimos como o maior espetáculo do planeta.

Fazer parte dessa imensa família que compõe a São Clemente me proporcionou um ano de grandes desafios e realizações no ofício de fazer carnaval, consolidando ainda mais o meu entendimento de que um desfile se faz com a soma dos saberes, com a troca de ideias e num conjunto de esforços para que um sonho, como mágica, se realize.

Como profissional, entendo e apoio a necessidade das agremiações de firmarem parcerias que tragam maior investimento e possibilitem uma melhor realização de um projeto carnavalesco, no entanto, ser completamente alijado no processo de concepção de um tema que caberá a mim, mais tarde, dar formas e contextualização vai na contramão do meu entendimento do que é fazer carnaval.

Deixo aqui meu carinho e agradecimento à imensa comunidade Clementiana. Quando a Escola mais precisou vocês foram gigantes em abraçar o Pavilhão Preto e Amarelo. Obrigado!”

Denadir não é mais porta-bandeira da Porto da Pedra

A porta-bandeira Denadir anunciou nesta terça-feira que não seguirá na Porto da Pedra para o Carnaval 2025. Segundo ela, a decisão foi da escola.

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Foto: Nelson Malfacini/CARNAVALESCO

“O desejo do meu coração era seguir com você, de mãos dadas, recomeçando juntos. Mas nem sempre as vontades coincidem… Por uma decisão da escola, me despeço hoje da Porto da Pedra. Obrigada a toda comunidade! Desfilar com vocês e pra vocês foi incrível! Levo cada abraço e cada demonstração de carinho comigo! Vocês são gigantes!”, disse a porta-bandeira.

A Porto da Pedra fez uma publicação informando a saída de Denadir, mas sem anunciar o nome da nova porta-bandeira.

“Hoje nos despedimos de Denadir Garcia, grande porta-bandeira do carnaval, que honrou as cores do Tigre em mais uma passagem pela escola. Obrigado, Denadir!”