O carnavalesco da Portela, André Rodrigues, compareceu no velório da carnavalesca Rosa Magalhães, no Palácio da Cidade, Zona Sul do Rio. Ele falou ao site CARNAVALESCO sobre o legado da artista.
“Eu tava falando hoje de manhã, inclusive, é muito esquisito, uma sensação estranha a gente perder uma pessoa que quando a gente já nasceu, já estava ali. E a gente cresceu com essa pessoa estando ali, se desenvolveu, criou conceito, certezas, incertezas. Tudo que nós somos hoje, nós criamos com essa pessoa ali. E tudo aquilo que essa pessoa estava fazendo, estava fundamentando também isso que a gente faz. E é esquisito, do nada, não ter mais. A gente sabe que o tempo, ele é o que é, ele tem as ações que ele tem, mas é extremamente difícil pensar o que é isso que nós fazemos agora sem a Rosa. Andei pensando também muito sobre essa partida é sobre o quão dificil vai ser e que eu espero que não seja uma luta muito árdua que a gente explique para o brasileiro em comum o tamanho que é uma artista que é a Rosa Magalhães. Eu acho que a gente luta pouco, preserva pouco algumas memórias, e acho que a gente precisa explicar ainda para o Brasil inteiro qual é o tamanho de um carnavalesco. Porque um carnavalesco, diferente de todos os outros artistas plásticos, ele tem uma obra que impacta muito a vida das pessoas. Se você for contar a quantidade de pessoas que hoje gostam de escola de samba, que foram atravessadas pelo trabalho de um carnavalesco, é muito maior do que qualquer artista que esteja em qualquer museu, em qualquer um desses tempos. A obra de um carnavalesco, e de qualquer outro artista também que faça carnaval, ela é uma obra de impacto real na vida das pessoas. É difícil mensurar, por exemplo, pensando que a Rosa é a maior de todos, mensurar o que é o trabalho dela. A gente não toca com a mão, a gente não abraça com o braço, a gente não consegue entender. Porque não cabe em nada, assim, porque o trabalho dela é a história. É difícil mesmo mensurar e entender o que está acontecendo hoje e o que vai ser daqui para frente. Muito difícil”.
O comentarista Milton Cunha compareceu ao velório da carnavalesca Rosa Magalhães, no Palácio da Cidade, Zona Sul do Rio, e falou sobre a artista.
“A Rosa era uma mulher muito emocional. Ela brincava, falava muito sério, dava muita aula, uma grande amiga, um grande ser humano. Uma vez eu levei para Campos dos Goitacazes e ela sumiu. E quando eu descobri, ela tinha ido visitar a casa onde ela tinha passado um pedaço da infância com os avós. A grande estrela, a diva, só estava procurando seus parentes, a criança que ela foi. Isso resume bem a Rosa. Uma mulher incrível. Muito inteligente, formada, com referências enormes, erudição maravilhosa, mas ela era muito simples. Ela dizia, esquece a perfumaria, esquece fantasia, esquece alegoria. A grandeza da escola de samba é o samba, o sambista, o povo. Lição final da professora valoriza a comunidade, as pessoas que fazem escola de samba. Ela sabia que ela era divina, mas que ela só era um grão de areia. Ela sabia que quem ia defender o enredo dela eram os cinco mil que estavam destilando. Grande contadora de histórias. O jegue que carrega e o camelo importado que derruba todo mundo lá no Ceará, é a cara dela, né? Porque ela, professora brasileiríssima, triunfou no mundo inteiro e mais vale uma Rosa Magalhães que nos carregue do que as erudições estrangeiras que nos derrubem.
MIlton Cunha também responde sobre o legado deixado por Rosa Magalhães.
O legado é uma janela cultural que os carnavalescos devem aproveitar para contar grandes histórias do nosso país. É preciso continuar as pesquisas, trazer novas informações para o povo brasileiro, como ela trouxe. Legado de contação de histórias, importante para o nosso povo, porque as histórias da Rosa acabam mexendo com o nosso orgulho, o nosso ufanismo, a nossa qualidade de ser brasileiro. Estamos enterrando hoje Rosa Magalhães, uma grande brasileira, uma quality woman de categoria internacional. Estamos tristes, mas foi nossa honra ter convivido com esta mulher deslumbrante, esta professora querida que tanto nos alegrou lá na Marquês de Sapucaí. Que professora divina. Olha, esta mulher deixa um colar de pérolas fascinante. A gente agora que pega as pérolas e saia usando e honrando uma carnavalesca dessa estirpe. Ela é o refinamento internacional. Então, se você pegar o arco da glória de Rosa Magalhães internacionalmente, você vai ver ela desenhando figurinos para a Shakespeare Company, no Globe, em Londres. Quer dizer, é uma grande companhia, a sede de Shakespeare no mundo, convida a professora para fazer figurino. Tem umas parcerias dela com grifes francesas, com bonecas, e tudo isso ela levava na maior brincadeira, ela contava sempre casos. Ela me arrancava gargalhadas porque ela era muito engraçada”.
Caixão com o corpo da carnavalesca Rosa Magalhães deixou o velório no Palácio da Cidade sob muitos aplausos dos presentes. #carnavalescopic.twitter.com/mpFCrHG7vZ
André Vaz, presidente do Salgueiro, sobre Rosa Magalhães: “Muita tristeza para o samba. Ela inspirou muitos carnavalescos”. #carnavalescopic.twitter.com/aTZatjX9ue
Jornalista Fábio Fabato sobre Rosa Magalhães: “Foi a melhor narradora de histórias. Nos deixou mais e mais apaixonados pelo Brasil”. #carnavalescopic.twitter.com/ceFnfBcKVe
Leandro Vieira sobre Rosa Magalhães: “A grande contribuição da Rosa, além dos aspectos visuais, é ser essa grande contadora de historias, que influencia minha geração e outras”. #carnavalescopic.twitter.com/sx2s345sBT
Cintya, porta-bandeira da Mangueira, sobre Rosa Magalhães: “É falar da representatividade feminina no carnaval. Ele um impulsinou todas. Foram anos de dedicação. O céu está ganhando um presente”.
Matheus, mestre-sala da Mangueira: “O mundo do samba está de luto. Uma perda muito… pic.twitter.com/jW6ioOhdF5
Coroa de flores enviada pela presidente da Imperatriz, Cátia Drumond, para o velório da carnavalesca Rosa Magalhães. #carnavalescopic.twitter.com/pBwF65jfUK
André Bonatte, diretor de carnaval da Imperatriz, sobre Rosa Magalhães: “Ela participou de todo o conceito de transformação do conceito do desfile de escola de samba. Teve a maturidade artística na Imperatriz. A Rosa é eterna”. #carnavalescopic.twitter.com/bsvu0SZN7b
“As melhores aulas da história do Brasil e mundo. Fico o legado dela para todos. Memória de tudo que ela fez por nós”, disse Rafa Bqueer, pesquisadora da Grande Rio. #carnavalescopic.twitter.com/2rhQDv3Hg4
Rebeca Tito, segunda porta-bandeira do Tuiuti, sobre Rosa Magalhães: “Tive a oportunidade de trabalhar com ela. O desfile dela com a gente foi histórico”. #carnavalescopic.twitter.com/41k1phL3hL
Jornalista Aydano André Motta sobre Rosa Magalhães: “Uma gigante. Ela não negociava determinados preceitos. Ela ensinava que só precisa ser bom”. #carnavalescopic.twitter.com/sTBlt0SzPg
Hugo Junior, presidente da Liga-RJ, sobre Rosa Magalhães: “Marcou história das escolas do Grupo de Acesso. Vai ser muito lembrada por muitos sambistas”. #carnavalescopic.twitter.com/wPQHDQXJ92
Handerson Big, coreógrafo de comissão de frente, sobre Rosa Magalhães: “Ela tinha muito amor com a comissão de frente da Imperatriz”. #carnavalescopic.twitter.com/dNYiGeviOS
Junior Escafura, vice-presidente da Portela, sobre Rosa Magalhães: “Fez história. O legado fica para sempre. Tantas coisas bonitas e inesquecíveis fez para nossa cultura”. #carnavalescopic.twitter.com/7SrUsNIiV3
Coroa de flores enviada pela Liga-RJ, que comanda a Série Ouro do Rio, para o velório da carnavaelsca Rosa Magalhães. #carnavalescopic.twitter.com/Q4GVuxUkpg
Patrick Corrêa, presidente da Riotur, sobre Rosa Magalhães: “O Rio perde um ícone. Destacar o legado. Gratidão eterna por tudo que ela fez”. #carnavalescopic.twitter.com/PugbK458B1
Porta-bandeira da Imperatriz, Rafaela Theodoro, sobre Rosa Magalhães: “Tive fantasia assinada por ela. Com todo o capricho dela”. #carnavalescopic.twitter.com/U6xWa2xvOT
Respeito e reconhecimento! Pavilhões da Imperatriz, Vila Isabel e São Clemente no velório da carnavalesca Rosa Magalhães, no Palácio da Cidade, Zona Sul do Rio. #carnavalescopic.twitter.com/HTcjJGNuCP
Leonardo Bora, carnavalesco da Grande Rio: “Pra mim, a arte maior artista do Brasil. Narradora extraordinária. Intérprete de muito brasis. Uma grande professora”.
Gabriel Haddad, carnavalesco da Grande Rio: “Sempre foi muito atenciosa com a gente. Está na nossa memória para… pic.twitter.com/rmEzbeRM5y
Pitty de Menezes, intérprete da Imperatriz, sobre Rosa Magalhães: “Ela trouxe enredos históricos e deu a cara para Imperatriz”. #carnavalescopic.twitter.com/6I81OSFFeD
O compositor Evandro Bocão, ex-presidente da Vila Isabel, se emociona ao falar de Rosa Magalhães, cita o título de 2013 da escola e mostra camisa feita para homenagear a artista. #carnavalescopic.twitter.com/FKBKv49aVa
Porta-bandeira, Rute Alves, da Viradouro: “A Rosa inovou em várias coisas. Era minuciosa, não achava um defeito nos seus carros alegóricos. Perfeição plástica. O carnaval teve a honra de ter a Rosa”.
Porta-bandeira Squel chega no velório da carnavalesca Rosa Magalhães, no Palácio da Cidade, na Zona Sul do Rio, com o pavilhão da Portela. #carnavalescopic.twitter.com/xsT8vXtDI1
O carnavalesco da Beija-Flor, João Vitor, que trabalhou com Rosa Magalhães no Paraíso do Tuiuti, na despedida da artista, no Palácio da Cidade, Zona Sul do Rio. #carnavalescopic.twitter.com/i2VHrWlq8C
Os carnavalescos das escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro estão pretando homenagens para a carnavalesca Rosa Magalhães, que faleceu na noite de quinta-feira, vítima de um infarto. Veja abaixto os textos.
Foto: Reprodução/Instagram João Vitor
Leandro Vieira, carnavalesco da Imperatriz
“É triste saber que a professora de toda a minha geração de carnavalescos partiu. É doloroso pensar que a artista que inspirou todos nós a sermos como somos, nos deixou. Referência do ofício, Rosa Magalhães define algo que, sem a sua história na folia, não poderia ser definido. Sua trajetória, obra e vocação definem a invenção de uma profissão. Seu nome é o verbete que explica o que faz quem realiza aquilo que ela fez. Rosa é a inspiração dos carnavalescos que ficam, incluindo, os que virão. Sobra lamento e falta palavra pra dar conta de sua partida”.
Jack Vasconcelos, carnavalesco do Paraíso do Tuiuti
“Hoje se foi a razão do rumo que minha vida tomou. Essa foto é da minha turma na Escola de Belas Artes na UFRJ. Ela só existe por causa de uma deusa chamada Rosa Magalhães. Essa foto é só um pedacinho da minha gratidão. Tenho incontáveis motivos para ser inteiro gratidão, mas, nesse momento, perdi o norte da minha bússola. Obrigado, professora, por tantas belezas e alegrias. Porém, hoje não vai dar pra ser feliz. Sempre serei um “nobre francês com girassóis” da sua corte”.
João Vitor, carnavalesco da Beija-Flor
“Te amarei para sempre! Obrigado por me permitir fazer parte do seu belo jardim. Descanse em paz, minha eterna amiga e parceira”.
Tarcísio Zanon, carnavalesco da Viradouro
“Coração partido. Nossa amada Rosa se foi. Fica o legado de uma grande artista. Pra sempre professora! Pra sempre campeã! Pra sempre ícone do nosso Carnaval”.
Sidnei França, carnavalesco da Mangueira
“Talvez minha primeira aula carnavalesca tenha sido Salgueiro 1990 (Sou Amigo do Rei). Lembro-me com 10 anos, assombrado em frente a TV. Jamais fui o mesmo. Em seguida, Rua do Ouvidor. Logo, Sassarico do Marquês. Catarina, Jegue. Leopoldina meu ápice! Rosa encapsulou os anos 1990”.
André Rodrigues, carnavalesco da Portela
“Há uma sensação real de orfandade. É uma loucura isso. Parece um equilíbrio em uma única perna, a uma altura muito grande. Falta onde colocar o pé e não tem onde. De repente todos os desfiles ficaram mais longe no tempo do que sempre estiveram. Estamos no Nada. Não da pra saber onde se começa a viver momentos tão confusos como este. Tristeza, homenagem e agradecimento. Não da pra ter dimensão. Tudo fica muito inalcançável”.
Antônio Gonzaga, carnavalesco da Portela
“Rosa me fez ser carnavalesco. O Antônio de 6 anos se apaixonou por cana caiana, se encantou com a forma de contas histórias, de propor visuais, de reinterpretar o mundo. Rosa é a maior carnavalesco que esse carnaval já despertou pro universo. Não fui amigo, não convivi, mas Rosa sempre me foi um norte do que eu imaginava sobre a vida: acreditar nas histórias, na poética, na arte. O carnaval não morre, pois quem o faz é imortal. Rosa, obrigado”.
A Imperatriz Leopoldinense divulgou uma homenagem para a carnavalesca Rosa Magalhães, que faleceu na noite de quinta-feira, vítima de um infarto. A artista ganhou cinco títulos na Rainha de Ramos: 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. Veja abaixo a nota.
Foto: Reprodução/Instagram Imperatriz
“O GRES Imperatriz Leopoldinense, em nome da presidente Catia Drumond e de todos os seus segmentos, lamenta com profunda tristeza o falecimento da carnavalesa Rosa Magalhães, artista consagrada e maior campeã da Era Sambódromo.
Neste momento, faltam palavras para definir a grandeza de Rosa e de toda a sua trajetória não só no Carnaval, mas em toda a sua carreira, ao longo dos mais de 50 anos de trabalho dedicado à arte.
Falar de Rosa Magalhães é falar da história da Imperatriz, tendo em vista que, de 7 títulos conquistados pela professora, 5 foram em nossa agremiação.
Rosa promoveu desfiles inesquecíveis aos olhos do público e de toda a crítica, e sempre estará marcada por sua elegância, pela entrega magistral em seus trabalhos, e principalmente por sua brasilidade nas histórias que contou ao longo de todo esse tempo. É e sempre será referência para todos os amantes do espetáculo que ela também ajudou a construir.
‘As histórias se confundem. É impossível falar de Imperatriz Leopoldinense sem falar de Rosa Magalhães. Hoje o meu coração, e de toda a escola, chora a perda da maior de todos os tempos. O Carnaval deve muito à Rosa Magalhães e nós temos muito orgulho de saber que em nossa biografia ela sempre estará. Obrigado, Rosa. Nossa eterna gratidão e amor’, afirma a presidente Catia Drumond”.
As escolas de samba prestaram homenagem para a carnavalesca Rosa Magalhães, que faleceu na noite de quinta-feira, vítima de um infarto.
Foto: Divulgação
Imperatriz
“O GRES Imperatriz Leopoldinense, em nome da presidente Catia Drumond e de todos os seus segmentos, lamenta com profunda tristeza o falecimento da carnavalesa Rosa Magalhães, artista consagrada e maior campeã da Era Sambódromo. Neste momento, faltam palavras para definir a grandeza de Rosa e de toda a sua trajetória não só no Carnaval, mas em toda a sua carreira, ao longo dos mais de 50 anos de trabalho dedicado à arte. Falar de Rosa Magalhães é falar da história da Imperatriz, tendo em vista que, de 7 títulos conquistados pela professora, 5 foram em nossa agremiação. Rosa promoveu desfiles inesquecíveis aos olhos do público e de toda a crítica, e sempre estará marcada por sua elegância, pela entrega magistral em seus trabalhos, e principalmente por sua brasilidade nas histórias que contou ao longo de todo esse tempo. É e sempre será referência para todos os amantes do espetáculo que ela também ajudou a construir. ‘As histórias se confundem. É impossível falar de Imperatriz Leopoldinense sem falar de Rosa Magalhães. Hoje o meu coração, e de toda a escola, chora a perda da maior de todos os tempos. O Carnaval deve muito à Rosa Magalhães e nós temos muito orgulho de saber que em nossa biografia ela sempre estará. Obrigado, Rosa. Nossa eterna gratidão e amor’, afirma a presidente Catia Drumond”.
Liesa
“A Liesa lamenta profundamente a perda de Rosa Magalhães, carnavalesca que fez história no Carnaval. A arte da professora, como era carinhosamente conhecida no mundo do samba, permanecerá como legado por meio da memória de enredos geniais, alegorias brilhantes e fantasias marcantes. Desejamos os mais sinceros sentimentos aos amigos e familiares. Que Rosa descanse em paz”.
Paraíso do Tuiuti
“Não existe preto e branco quando o seu mundo era cheio de cor. Quem perde as cores hoje somos nós. O Paraíso do Tuiuti, em nome do presidente Renato Thor e toda a diretoria, vem expressar o mais profundo pesar pelo falecimento da professora Rosa Magalhães. Em momentos como este, faltam palavras em expressar o tamanho de sua grandiosidade. Para nós, só nos resta agradecer: Obrigado por muito!”
Vila Isabel
“O G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel manifesta o seu profundo pesar pela passagem da carnavalesca Rosa Magalhães, uma das maiores artistas plásticas do Brasil. Se o carnaval carioca alcançou a primazia como grande espetáculo visual, muito se deve à Rosa. Artista completa, fez história em várias agremiações, sagrou-se a maior carnavalesca campeã da Sapucaí e projetou o seu talento e profissionalismo para além da Avenida. Nossa escola tem por ela uma gratidão imensurável por ser a gênia artística à frente do nosso último campeonato em 2013. Em sua passagem pela nossa agremiação, ela nos proporcionou três desfiles muito especiais, que culminaram na conquista da terceira estrela do nosso pavilhão, com ‘A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo’. Enviamos as nossas condolências a todos os familiares e amigos nesse momento de dor e tristeza. Viva a Professora Rosa Magalhães!”
Viradouro
“A Unidos do Viradouro lamenta profundamente o falecimento da carnavalesca Rosa Magalhães e se solidariza com a família e amigos. Ao longo dos seus 77 anos, a artista dedicou 50 deles ao Carnaval. Dona de um talento ímpar, ela contribuiu para a cultura brasileira e abrilhantou a festa com desfiles memoráveis. Seu legado é eterno, professora! Descanse em paz!”
Mangueira
“A Estação Primeira de Mangueira vem a público em nome de sua presidente Guanayra Firmino e de toda a sua diretoria manifestar seu profundo pesar com a morte da carnavalesca Rosa Magalhães, aos 77 anos. Somos solidários aos seus familiares e amigos, e aos inúmeros admiradores de seu trabalho, de valor inestimável para a cultura brasileira e para o carnaval em especial. Figurinista, cenógrafa e artista plástica, Rosa foi a maior campeã da Marquês de Sapucaí. A “Professora”, como era carinhosamente chamada no mundo do samba, atuou pela Verde e Rosa no carnaval de 2014, há exatos dez anos. Detentora de tantos prêmios de muitos títulos, seu legado e pioneirismo não serão esquecidos jamais”.
Portela
“A Portela lamenta profundamente o falecimento da Carnavalesca e Professora Rosa Magalhães, aos 77 anos. Artista Plástica e especialista em indumentária e cenografia, Rosa iniciou sua carreira como carnavalesca nos anos 70. Em 1977, assinou seu primeiro desfile na Portela com o enredo “Festa da Aclamação”, onde conquistou o vice-campeonato e deu sequência em seu trabalho na Majestade do Samba no ano seguinte, assinando o enredo “Mulher à brasileira”. Após 40 anos, Rosa retorna a Oswaldo Cruz e Madureira conquistando o 4º lugar nos desfiles de 2018 “De repente de lá pra cá e dirrepente daqui pra lá” e 2019, com o enredo “Na Madureira moderníssima, hei sempre de ouvir cantar uma sabiá”, uma homenagem a Clara Nunes. Rosa Magalhães fez uma linda história no carnaval carioca, a Professora da faculdade de Belas Artes conquistou sete títulos em 50 anos de carreira, sendo a única carnavalesca a ganhar um prêmio Emmy pela categoria figurino, nos Jogos Pan-Americanos, do Rio de Janeiro. O presidente da Portela Fábio Pavão, o Vice-presidente, Junior Escafura, junto aos carnavalescos e toda família portelense se solidarizam com os familiares e amigos nesse momento. Descanse em paz, Rosa Magalhães”.
Mocidade
“Ah, professora. Por muitos anos, formamos uma rivalidade incrível na avenida ao lado da minha co-irmã @imperatrizleopoldinenseoficial. Mas, muito mais que disputas de títulos, nós fizemos a história. Você fez parte de capítulos que jamais esqueceremos. Tô de luto, triste, arrasada. Daqui, seguimos por tudo que você sempre acreditou. Eu, meu Mago Renato e todos nós amantes do carnaval. Perdemos muito. Descanse em paz, Rosa Magalhães”.
Beija-Flor
“Não é só o samba que perde uma grande ícone do carnaval; a cultura brasileira perde uma grande expoente. Em 1974, Brasil ano 2000, tivemos a honra de ter a Rosa em nosso solo. Deixará saudades. Vá em paz professora!”
Grande Rio
“O samba se despede de uma de suas maiores artistas. É com imenso pesar que a Grande Rio se despede da carnavalesca Rosa Magalhães. Seu legado é marca fincada na história do nosso o Carnaval. Descanse em paz, eterna professora”.
Unidos da Tijuca
“Perdemos Rosa Lúcia Benedetti Magalhães, a carnavalesca Rosa Magalhães, maior campeã do Sambódromo, tendo conquistado sete títulos. Rosa Magalhães era professora, figurinista, cenógrafa e artista plástica. Inspirou diversas gerações de artistas e profissionais ligados à arte e à cultura. Seu trabalho como professora nas instituições de ensino de arte formou inúmeros profissionais que hoje contribuem para a cena artística do Brasil. Seu legado será importal. A Unidos da Tijuca presta condolências aos familiares e amigos. Vá em paz, Rosa!”
Unidos de Padre Miguel
“Com profundo pesar, lamentamos o falecimento da brilhante carnavalesca Rosa Magalhães. Rosa foi uma verdadeira lenda do carnaval carioca, cujas contribuições e inovações marcaram a história dos desfiles das escolas de samba. Neste momento de dor, nossos pensamentos e orações estão com seus familiares e amigos. Nossa eterna gratidão e saudade”.
Liga-RJ
“É com imenso pesar que a Liga RJ lamenta o falecimento da grande carnavalesca Rosa Magalhães, aos 77 anos. Rosa dedicou sua vida à arte e à cultura do samba, deixando um legado que ecoará para sempre em nossos corações. Sete vezes campeã do Grupo Especial, Rosa também emprestou o seu talento ao Grupo de Acesso. Em 1987, foi vice-campeã e conquistou a ascensão no então Grupo 2 com a Tradição, no enredo “Sonhos de Natal”. Em 2010, ela desenvolveu o desfile do Império Serrano, intitulado “João das Ruas do Rio”. Neste momento de dor, expressamos nossa solidariedade e nossos mais profundos sentimentos aos familiares, amigos e a fãs. Rosa Magalhães, obrigado por tudo. Sua estrela continuará a brilhar em nossos corações e na Avenida”.
União da Ilha
“O mundo do carnaval perde a sua maior expoente e referência feminina em desfiles. Faleceu na noite desta quinta-feira, a carnavalesca Rosa Magalhães, aos 77 anos, vítima de infarto. Maior vencedora de títulos na era do Sambódromo, com sete títulos, ao longo de 50 anos de carreira, Rosa assinou o enredo da União da Ilha de 2010, “Dom Quixote de Lá Mancha. O Cavalheiro dos Sonhos Impossíveis”, quando manteve a nossa escola no Grupo Especial. Que Deus conforte seus familiares e amigos neste momento tão difícil. A União da Ilha prestará um minuto de silêncio antes da apresentação dos sambas 2025, na quadra, neste sábado. Outras homenagens dessa lendária artista plástica, professora, figurinista e cenógrafa ao longo desta sexta-feira”.
Império Serrano
“Com tristeza, o Império Serrano recebeu a notícia do falecimento da carnavalesco Rosa Magalhães, aos 77 anos, nesta noite. No Império, Rosa foi campeã com histórico “Bum Bum Paticumbum Prugurundum”, em 1982, ao lado de Lícia Lacerda, e desenvolveu o enredo “João das Ruas do Rio”, em 2010. Fica aqui a nossa gratidão por tudo que você, Rosa, fez pelo Carnaval, pela contribuição na nossa história e à arte. Seja luz! Obrigado por tudo!”
Porto da Pedra
“O sentimento instantâneo que surge no peito de cada sambista neste momento é de saudade. Estamos desolados com a partida de Rosa Magalhães. Uma das grandes artistas de nossa festa, contribuiu para a formação de uma geração de foliões e artistas, além de enfileirar títulos e prêmios. Que seu legado seja sempre celebrado por todos nós. A eterna rosa do carnaval. Desde já, saudade, Rosa”.
Arranco
“Recebemos com imensa tristeza a notícia do falecimento da Mestra Rosa Magalhães. Responsável por embalar carnavais memoráveis, ela seguirá viva em nossos corações e memórias por encantar diversas gerações com sua arte. Condolências da família Arranco aos amigos e familiares”.
Acadêmicos de Niterói
“Hoje o carnaval perde a professora. A maior vencedora do Sambódromo nos deixa, mas seu legado e ensinamentos serão imortais. Descanse em paz, Rosa Magalhães”.
Faleceu na noite desta quinta-feira, aos 77 anos, Rosa Lúcia Benedetti Magalhães, a carnavalesca Rosa Magalhães, maior campeã do Sambódromo, tendo conquistado sete títulos: 1982 (antes da Marquês de Sapucaí), 1994, 1995, 1999, 2000, 2001 e 2013. Ele foi vítima de um infarto fulminante. O velório será no Palácio da Cidade, em Botafogo, Zona Sul do Rio. O início ao meio-dia e término às 16h30. Aberto ao público. O sepultamento será ás 17h, no cemitério São João Batista, apenas para familiares e amigos. Além de carnavalesca, Rosa Magalhães foi figurinista, professora e cenógrafa. Fora do carnaval das escolas de samba, Rosa Magalhães teve a responsabilidade de fazer a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016. Em 2007, ela foi a responsável pela cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e recebeu o mais importante prêmio da televisão mundial, o Emmy de melhor figurino. Em 2021, a artista recebeu o título de Doutora Honoris Causa da Uerj.
Foto: Divulgação/Tuiuti
O trabalho de Rosa Magalhães começou no Salgueiro na década de 1970. Na Academia do Samba, ela trabalhou com Fernando Pamplona, Arlindo Rodrigues, Maria Augusta, Lícia Lacerda e Joãosinho Trinta.
O primeiro título veio em 1982. Com Lícia Lacerda, ela assinou o histórico “Bumbum Paticumbum Prugurundum”, do Império Serrano, e terminou com a conquista inicial de sua carreira.
Rosa Magalhães brilhou demais na Imperatriz Leopoldinense, conquistando cinco títulos. Na Rainha de Ramos, ela ficou 18 anos e ganhou em 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001. Além das conquistas, ela fez inúmeros desfiles inesquecíveis, como “Marquês que é marquês do saçarico é freguês” (1993), “Catarina de Médicis na corte dos Tupinambôs e Tabajeres” (1994), “Leopoldina, Imperatriz do Brasil” (1996), “João e Marias” (2008).
Em 2010, Rosa Magalhães fez história. Abriu os desfiles do domingo de carnaval com a Uniã da Ilha e conseguiu manter a escola no Grupo Especial. O último título da artista foi em 2013. Ela fez o enredo “A Vila canta o Brasil celeiro do mundo – água no feijão que chegou mais um…” na Vila Isabel.
Último desfile em 2023
A artista ficou fora do Carnaval 2024. Após os desfiles de 2023, Rosa Magalhães conversou com a Mais Carnaval sobre estar fora da folia no ano seguinte.
“A gente se aposenta quando quer. Calhou de não fazer, não ser chamada e não querer. Juntou. É muito cansativo. Foi difícil fazer certas coisas. Quando libera a verba é em cima da hora. É estressante. Essas verbas deveriam ser mais organizadas”, afirmou Rosa.
Tema de documentário
Rosa Magalhães foi tema do documentário “Rosa – A narradora de outros Brasis”, de Valmir Moratelli, em parceria com Libário Nogueira. Temas como o machismo e o preconceito com a cultura popular estão presentes na obra, que intercala falas da própria homenageada com depoimentos de quem conviveu com ela e imagens de desfiles que marcaram a carreira da artista.
Formada em pintura, pela Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro e em cenografia, pela Escola de Teatro da Uni-Rio, foi também professora de cenografia e indumentária na Escola de Belas Artes da UFRJ e da Faculdade de Arquitetura Benett.
AXÉ!…. SALVE OS DEUSES AFRICANOS
COM AS BENÇÃOS DE OXALÁ E A FORÇA DO AMOR
BAILANDO VEM A NOSSA BEIJA FLOR
NOS BRAÇOS DA HARMONIA
UM BRAVO GUERREIRO DA PAZ
SEMEOU VITÓRIAS EM SUA JORNADA TÃO FUGAZ
O SEU ORI GEROU A FÉ,
E O SEU LEGADO ESTÁ AQUI
ESSE TURBILHÃO DE ALEGRIA E FANTASIAS
RELUZ A SAPUCAÍ
BATENDO LATA O GURI, SE CONSAGROU
TEM NO DESTINO SUA PAIXÃO
A INDEPENDENTE PRIMEIRA ESCOLA
LÁ NA FAVELA REVELOU SEU DOM
EPARRÊI IANSÃ… KAÔ KABECILÊ….
NO ECOAR DO SEU TAMBOR BIS
O NOSSO MESTRE FOI UM VENCEDOR
NESSA FESTA TRIBAL
A MAGIA DO GRIÔ É COLOSSAL
CONDUZIU COM MAESTRIA,
MUSICISTAS, CORAIS E ARTISTAS
CADENCIOU NOSSAS BATERIAS
GENEROSIDADE, SAGACIDADE, LEALDADE
E IGUALDADE RACIAL,
SEM DISCRIMINAÇÃO, MUITA DEDICAÇÃO
ABRAÇOU O NOSSO PAVILHÃO
E NA EVOLUÇÃO PRINCIPAL
FOI MAIS UM GÊNIO TRIUNFAL,
QUE FAZ BRILHAR O NOSSO CARNAVAL.
VEM TREMULAR SUA BANDEIRA …
EM TRIBUTO A UM GRANDE BAMBA BIS
LAÍLA DE TODOS SANTOS!
LAÍLA DE TODOS OS SAMBAS!
“Veje bem!”
o menino nasceu lá no morro
Cresceu entre raios de fogo
Na pedreira de Xangô
Forjado nos ventos de Iansã
Fez do samba seu Afã
Guiando seu Orí
Nas rodas e terreiros
Devotado e Mandingueiro
Na mata recebeu toda cura
Ibejis na doçura dos brincantes
Preto velho então lhe disse “meu fio” vai ser comandante!
No chão sagrado banho de cheiro
No peito guias e lagdbás
Quilombola feiticeiro
Guardião dos ancestrais
Genioso e tão divino
O dom de ouvir o tom no ar
Regente do seu destino
Maestro da orquestra popular
Não temeu assombração
odisseia de um herói
Na sua imaginação
O que é novo se constrói
Só queria ver a sua gente feliz
Um novo amanhã no seu país
Revoou entre beija flores
Num cortejo folia de cores
Comunidade bate no peito
impõe respeito
Como o mestre ensinou
Oh mago e o Griô , olhai por nós!
Soberana seja a nossa voz
Rodeia, rodeia
Não me mexe com a beija flor
Deixa a gira girar
Vibra o tambor
Teu filho vai baixar
Laila renasceu em orixá
Laroyê ê Mojubá… Agô!
O samba me chamou
Um filho de Xangô… Kabecilê Obá!
Eparrey Oyá, ventou
A força que emana o Orixá
Bradou pro sonho da ladeira incorporar
“Veje bem:” agora baixei no terreiro
Eu que sempre fui macumbeiro
Confiei na minha fé
O axé do tambor me estendeu a mão
Na coragem firmei o pé
O sagrado me deu o chão
Saravá, meu povo preto!
Muita guia no pescoço!
Meus caminhos vêm do morro
Eles têm que respeitar!
Saravá, meu povo preto!
Descendente africano
Sangue nilopolitano preparado pra lutar!
O tom de harmonizar, o dom de emocionar
Vêm de lá… de África
Com sabedoria, insistir, revolucionar
Na ousadia, unir o samba
Sabe aquele meu temperamento?
Foi só um jeito de expressar o sentimento
Em cada escola, aprendi pra ensinar
Promessa paga… Odoyá!
Nilópolis, canta pra manter acesa a chama
Tá eternizado esse legado
Eu e minha Deusa Soberana!
Lebalarô, João… Que sonho lindo retornar aqui
Ver nosso povo gritar meu nome
Para o mundo ouvir
Laíla laiá Laíla laiá
Laíla laiá Laíla laiá
No meu coração mora um Beija-Flor
Foi essa paixão que me despertou
Voltei pra matar a saudade
É pra comunidade esse canto de amor