A Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro aprovou o Projeto de Lei, do vereador Alexandre Beça, que declarou o Paraído do Tuiuti como Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro.
“A Escola de Samba Paraíso do Tuiuti, fundada em 1952, desempenha um papel vital na cultura carioca, sendo uma das mais tradicionais agremiações do Carnaval do Rio de Janeiro. Sua trajetória de luta e resistência simboliza a força e a resiliência do povo brasileiro, especialmente das comunidades mais vulneráveis. Paraíso do Tuiuti não apenas preserva e dissemina a cultura do samba, mas também promove importantes iniciativas sociais e educacionais, beneficiando a comunidade local e fortalecendo a identidade cultural do Rio de Janeiro. Seus desfiles, conhecidos por abordarem temas relevantes, trazem à tona questões sociais e políticas de grande impacto. Reconhecer a Escola de Samba Paraíso do Tuiuti como Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro é uma forma de valorizar sua história, suas contribuições artísticas e seu papel na formação da identidade cultural carioca. Este reconhecimento também promove a preservação do samba e das tradições carnavalescas, que são essenciais para a cultura brasileira. Trata-se de um passo importante para o fortalecimento da cultura carioca e para a promoção da inclusão social através da arte e da educação”, disse o vereador em sua justificativa.
Diante do exposto, solicito aos nobres edis a aprovação deste projeto de lei, reconhecendo a importância da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti como Patrimônio Cultural Imaterial da Cidade do Rio de Janeiro.
Segundo a publicação, foram estabelecidas ações de proteção e valorização do Paraíso do Tuiuti. São elas: “promoção de atividades culturais, educacionais e de pesquisa que visem à divulgação da história e das contribuições da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti para o desenvolvimento cultural da Cidade; incentivo à realização de parcerias, acordos, convênios ou outros instrumentos congêneres com entidades da sociedade civil, órgãos públicos afins, instituições educacionais e culturais para a promoção de projetos e eventos relacionados à instituição; elaboração e implantação de programas de educação patrimonial, visando conscientizar a população sobre a importância da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti para a identidade e memória da Cidade; incentivo à pesquisa e documentação da história da Escola de Samba Paraíso do Tuiuti e sua contribuição para a cultura carioca”.
Um mês após a final da disputa de sambas-enredo, o Arranco do Engenho de Dentro gravou a faixa para o disco da Liga-RJ no estúdio em Marechal Hermes. Com o enredo “Mães que alimentam o sagrado”, desenvolvido pela artista Annik Salmon, a equipe do CARNAVALESCO esteve presente e conversou com Gabriel Sorriso, um dos compositores vencedores, junto aos co-escritores Nego Vinny, Jr Fionda, Cláudio Russo, Vando Cardoso e Manolo, além de ser também voz de apoio no carro de som. Ele nos contou como foi o processo.
“O processo foi diferente do que eu costumo fazer com os meus parceiros que é, no caso, estar presente. Nós escrevemos pelo WhatsApp. Cada um escreveu as suas ideias e chegamos em um denominador comum, com algumas mudanças que a carnavalesca pediu”.
É o segundo ano que Gabriel faz parte do coro do Arranco. Sobre esse momento em desfilar na Avenida com uma obra própria, ele confessou qual é o sentimento “Eu estou até me perguntando como será no dia do desfile, em saber como será dividir a atenção entre a obra e o trabalho no carro, devido à emoção. Só agradecer a confiança na escola em escolher o samba e agradecer aos meus parceiros que estiverem presentes nesse processo comigo”.
Casamento entre intérpretes
A dupla de intérpretes Thiago Acácio e Pamela Falcão encabeçam o carro de som. É o segundo ano que os cantores trabalham em conjunto e, para o próximo carnaval, Thiago falou sobre a parceria durante o processo de gravação.
“Nós dois temos o trabalho unificados, então eu e a Pamela estamos trabalhando o samba desde a final. Diariamente, estamos discutindo qual será a melhor nota, a melhor melodia, como fazer tal passagem. É um trabalha unificado. Estávamos ensaiando na quadra, com o nosso diretor musical e o mestre de bateria, para fazer ajustes e chegar no estúdio com tudo certo”.
A sinopse, escrita pela Annik Salmon e Artur Vinícius Amaro, reforça a força feminina através da maternidade espiritual em consonância com o Arranco ser uma agremiação predominante feminina. Desse modo, Pamela pontuou o trabalho em dividir o comando do carro.
“É um casamento. Isso que é o mais legal. Não precisou de eu colocar menos da minha voz ou vice-versa, pois são formas diferentes de interpretação. Nós temos tudo para fazer um desfile maravilhoso. É um enredo sobre mulheres e a escola é predominantemente feminina, mas o legal é falar desse casamento em até ponto podemos ir para cada um brilhar.”
Thiago ecoou a parceria após a fala dela, além de revelar um segredo. “Nós viremos com mais mulheres na nossa equipe, com mais vozes femininas”.
Gilmar Cunha, mestre de bateria do Arranco, segue no comando da Sensação em 2025. No último carnaval, a bateria conquistou três notas 9,9 e um 10. Com objetivo de conquistar as quatro notas máximas no seu quesito, ele explicou como foi a gravação da bateria para o disco.
“Foi muito tranquilo. Desde a escolha, nós sabíamos o que iria acontecer, porque o samba tem uma melodia fácil. Acho que o samba tem tudo para acontecer. O enredo não é sobre macumba, mas iremos escutar um pouco dessa melodia”.
Além disso, Gilmar falou à nossa equipe sobre quais serão as melodias que podemos esperar da Sensação no Sambódromo ano que vem.
“Há várias bossas, não tem como colocar. Esse ano temos um trabalho mais consolidado. Nós teremos o atabaque, vamos ter macumba no esquenta e no setor um. Será um momento de arrepiar.
Em 2025, o Arranco do Engenho de Dentro irá se apresentar na sexta de carnaval, primeiro dia de desfiles da Série Ouro, sendo a segunda escola a cruzar a Marquês de Sapucaí.
No segundo dia disponibilizado para gravações, a Tom Maior usou o espaço para realizar o seu trabalho. Desta faixa o sambista pode esperar atributos de alta performance, pois é um samba-enredo muito querido no carnaval paulistano e, agora, eternizado na voz do intérprete Gilsinho. Dentro do estúdio, o cantor da comunidade vermelho e amarelo gravou rapidamente, sem precisar de repetições. Apesar de ter tido uma gravação como todas as outras, como etapas e tempo máximo, a escola terminou tudo mais cedo. Sem dúvida, a faixa número 1 do Grupo de Acesso 1, que corresponde à Tom Maior, será a grande ‘xodó’ do sambista paulistano. O clima de nostalgia da reedição do enredo de Angola em 2009 irá tomar conta. O CARNAVALESCO conversou com representantes da agremiação e todos avaliaram o trabalho feito.
Antes de entrar no espaço da gravação, o intérprete Gilsinho frisou que a escola vem se preparando com a reedição de 2009. “A gente vem se preparando bem. A gente tem um samba muito bom, que é bem conhecido já. É uma reedição de 2009. A gente fez uma boa gravação para o samba. Agora, se Deus quiser, vamos fazer uma boa gravação para o audiovisual”, disse.
O cantor revelou que, para o audiovisual, separou surpresas com o mestre de bateria Carlão. O músico exaltou o canto da vermelho e amarelo. “Eu não posso contar, se não é spoiler, mas sempre tem. A gente sempre tem uma surpresa. A gente sempre tem uma carta na manga. A comunidade está feliz com a reedição, cantando muito e não tinha como ser diferente. Depois do problema que a gente teve da escola descer, eu acho que ganhou uma força maior com isso. Está todo mundo muito feliz com a escolha do enredo. É um tema fácil, um samba que todo mundo conhece, já era muito cantado nos ensaios dos nos anteriores. Tudo se torna bem mais fácil”, completou.
Oportunidade de divulgação, comunidade forte e samba com empoderamento
Feliz com a gravação, a diretora de carnaval e harmonia, Érica Ferreira, parabenizou a Liga-SP pela realização do projeto. A líder diz que é uma forma de divulgar o trabalho da Tom Maior, visto que a agremiação teve o descenso e não há a divulgação em rede nacional. “A gente vem se preparando desde quando a Liga anunciou. Inclusive, quero parabenizar a Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo e toda a equipe por mais uma vez voltar a fazer esse tipo de ação, que isso é super importante para a valorização do carnaval de São Paulo, principalmente nós que estamos no acesso e a gente não vai ter esse ano a Rede Globo. Só tem vocês da mídia do carnaval que fazem um trabalho excelente. É um meio de podermos estarmos divulgando o trabalho da escola também”, afirmou.
Érica teceu elogios à sua comunidade, especialmente sobre o canto que os componentes têm realizado em todos os ensaios. Sobre a gravação, a diretora contou que quis dar oportunidade a todos os departamentos dentro do coral. “Todos os segmentos se prepararam. Bateria, casal, musas e o coral. É muito importante a gente valorizar as pessoas da nossa comunidade. A gente pegou as alas, harmonias, alegoria, um pouco de cada departamento da escola, ensaiou e está aí com uma nova Angola para realizar a gravação. O pessoal vem cantando, os ensaios a cada domingo na nossa quadra a partir das 17 horas vêm crescendo bastante. Estou muito orgulhosa com o trabalho da comunidade vermelha e amarela”, contou.
Perguntada da sua parte favorita do samba-enredo, a gestora disse que é onde se encontra o verso da ‘Rainha Nzinga’, uma personagem importante na luta contra a escravidão no continente africano. Érica diz que se vê representada na força da mulher. “Quando fala da rainha Nzinga guerreira. Pela história dela, pelo empoderamento, porque eu sou uma mulher e sou preta. Quando você vai estudar toda a história da rainha Nzinga, eu me identifico muito. É a parte que me toca muito por esse empoderamento”, concluiu.
Etapa concluída
Com a gravação já concluída, o mestre e presidente Carlão declarou que o audiovisual foi mais uma etapa da Tom Maior realizada rumo ao Carnaval 2025. “Eu sempre falo que o carnaval é feito de etapas. Essa gravação é mais uma etapa que a gente vai vencendo em relação ao Carnaval 2025. Eu gostei muito da produção. A Liga está de parabéns, o Guma também faz um trabalho muito bom, e principalmente também que agora tem um aspecto visual melhor para as pessoas poderem conhecer quem são os personagens da escola, desde as baianas, componentes, casal e todos os outros. Eu saio daqui muito satisfeito e o carnaval de São Paulo realmente está no caminho correto”, comentou.
Enaltecendo a competitividade da Tom Maior, Carlão diz que a escola sempre sai de sua quadra preparada. “Eu sempre falo que quando você sai da sua quadra, do seu terreiro, você tem que estar pronto pra fazer em qualquer circunstância. Para o desfile, ensaio técnico, apresentação e gravação também. Nós ensaiamos sim, e por isso que chegamos e fizemos de primeira”, disse.
O gestor também exaltou a reedição, afirmando que a agremiação fez a escolha certa ao levar Angola de 2009 novamente. “É um samba que, todos esses anos, desde 2009, é o mais cantado da escola. isso já fazia parte do nosso projeto, e hoje nós estamos cantando um samba que a comunidade adora, que o mundo do samba também conhece bastante e nós estamos felizes com essa escolha”. Finalizou.
A Portela realizou a gravação de seu samba-enredo no último dia 17 de outubro no Century Estúdio, em Jacarepaguá. A escola de Madureira gravou a faixa para o álbum das escolas de samba, e levará a Avenida em 2025 o enredo “Cantar será buscar o caminho que vai dar no sol – Uma homenagem a Milton Nascimento”, dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga. Com diversos integrantes presentes, o CARNAVALESCO conversou com alguns para saber como foi a gravação. Nilo Sérgio, mestre da “Tabajara do Samba”, comentou sobre o andamento que colocou na obra e como pensou nas bossas.
“No andamento botamos 140 BPM (batidas por minuto) para a gravação. Na quadra vamos ver o andamento para a avenida. Sobre as bossas, estava eu e a família do Robertinho Silva, que tocou com o Milton por 35 anos. Me mostraram cinco batidas do ‘Tambor de Mina’, e aí eu peguei essas batidas e construímos uma bossa dentro do samba”.
O mestre espera que ao escutar o samba, tanto Milton, quanto os fãs do cantor, possam identificar detalhes de obras do artita, destacando a sua musicalidade. “Quero que o Milton identifique o que colocamos de arranjos. Trouxemos para a bateria momentos das obras dele e a importância da musicalidade. Todo ano tem a responsabilidade de querer mostrar uma boa gravação. A bateria da Portela fez acontecer. Essa é a informação que eu tento levar, tento trabalhar junto com o portelense, de que a Portela está bem representada”.
Mestre Nilo Sérgio
O intérprete Gilsinho comentou sobre a sua preparação para gravar o samba de 2025, destacando também o refrão como a parte da obra mais chama sua atenção: “É a preparação de sempre, beber bastante água, economizar bastante a voz, descansar bastante, ter boas noites de sono e vir para cá confiante no trabalho que a gente tem planejado. O samba é muito bom, uma parte que toca bastante é justamente o refrão. É muito forte e expressa muito do que é o Milton Nascimento. Espero que ele exploda no carnaval”.
O cantor também falou sobre expressar bastante a emoção na hora da gravação, sempre aliada a técnica a ser utilizada: “O caminho é conseguir fazer o equilíbrio dos dois, botar muita técnica, mas expressar bastante a emoção que vai passar para a escola”.
Intérprete Gilsinho
Para Gilsinho, cantar Milton será uma grande homenagem em vida: “Milton Nascimento é um ícone da nossa MPB. É super importante. A gente está muito feliz em poder fazer essa homenagem para ele em vida. E que possa se emocionar, principalmente, no Carnaval, que fique bem feliz com essa homenagem que a gente está fazendo”.
Gilsinho também construiu o arranjo do samba, em parceria com Leandro Lima, e comentou o que foi feito, inclusive, se há algum instrumento especial: “Não posso falar muito porque senão vai ser spoiler. Mas eu preparei algumas coisas bem legais e os arranjos foram feitos por mim e pelo Leandro Lima, que é o nosso cavaco, o meu maestro, e está um arranjo bem bonito e emocionante. Acho que o portelense vai gostar bastante. Tem as bossas de bateria que são muito boas, o Nilo caprichou bastante”.
Leandro Lima, cavaquinista que construiu o arranjo junto de Gilsinho
Leandro Lima, cavaquinista que construiu o arranjo junto de Gilsinho, também falou com o CARNAVALESCO sobre o que foi feito e revelou mais algumas curiosidades relacionadas a gravação: “A construção do arranjo pensamos na musicalidade do Milton. Levamos uma viola, que é uma coisa que remete bastante a questão regional, para diversificar e compor também essa questão de identidade musical do Milton”.
Junior Schall, diretor de carnaval da Portela
Júnior Schall, diretor de carnaval, comentou o que esperar da gravação da Portela no álbum, reforçando que espera que a faixa emocione a todos os portelenses, destacando a melodia do samba como seu ponto alto: “Esperar que diante de uma obra belíssima, os breves e sutis ajustes melódicos, possibilitem ainda mais força no canto de toda a comunidade. Cantar com cada vez mais alma e emoção. Mais uma vez, a gente entende que o samba é um fator definidor, para tenhamos a emoção como um ‘quesito portelense’ que a gente tem que gabaritar. O meu destaque é o fator de equilíbrio do conjunto de força com uma melodia que é muito portelense e ao mesmo tempo contempla a alma de Milton Nascimento. O conjunto da obra portelense é o grande ponto”.
Presidente Fábio Pavão
O presidente da agremiação, Fábio Pavão, também esteve presente na gravação, e falou ao CARNAVALESCO sobre o que esperar da faixa da escola no álbum e qual parte do samba mais mexe com ele: “Que seja o mais próximo possível do que é o samba na quadra, na avenida, na situação real mesmo. É isso que a gente espera da gravação, que ela possa ser o mais fidedigno possível com a realidade. Eu, particularmente, gosto muito do samba. Tem várias partes muito bonitas, tanto em relação à melodia, quanto em relação à letra. É a primeira vez que a gente está aqui, no estúdio Century. A gravadora optou por essa estrutura aqui, que é excelente”.
Na entrevista com os autores do samba da Portela para 2024, Samir Trindade, que assina a obra com Fabrício Sena, Brian Ramos, Paulo Lopita 77, Deiny Leite, Felipe Sena e JP Figueira, abordou a importância da obra para ele e do que espera do rendimento: “O samba é muito importante, pelo fato de a Portela ser a escola do meu coração, e, por esse enredo também que homenageia uma figura, um ícone da música popular brasileira. É um encontro de entidades da Portela com Milton Nascimento. E que esse samba continue emocionando o portelense, que ele cresça mais ainda. A gente espera atingir o ápice no dia do desfile da Portela”.
O Paraíso do Tuiuti retoma na próxima segunda-feira, dia 25 de novembro, a partir das 20h, os ensaios de rua para o Carnaval 2025. Os treinos têm concentração em frente ao Colégio Pedro II, em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio, e reúnem todos os principais segmentos do Tuiuti, como comissão de frente, casais de mestre-sala e porta-bandeira, bateria, baianas, passistas, Velha Guarda, entre outros.
No próximo desfile, a azul e amarelo será a segunda escola a desfilar na terça-feira de carnaval com enredo “Quem tem medo de Xica Manicongo?” sobre a primeira trans não indígena do Brasil. O desenvolvimento do tema é do carnavalesco Jack Vasconcelos.
Inscrições para as alas de comunidade
Quem quiser desfilar em uma ala do Tuiuti precisa ficar atento porque as vagas estão acabando. O cadastramento é realizado sempre às segundas-feiras, a partir das 19h, na quadra da escola. Os interessados devem se dirigir ao local, levando documento de identificação, CPF, comprovante de residência. Após o cadastro, os inscritos terão direito a receber a camisa do enredo. A quadra do Tuiuti fica no Campo de São Cristóvão, 33, em São Cristóvão.
Ensaios de rua do Paraíso do Tuiuti
Data: toda segunda-feira
Horário: a partir das 20h
Endereço: concentração em frente ao Colégio Pedro II, no Campo de São Cristóvão, em São Cristóvão – RJ
A Liga RJ, representada pelo vice-presidente Pedro Silva e pelo diretor de sustentabilidade Diego Carbonell, foi reconhecida com o prêmio “Global Quality Certification”, concedido pelo Latin American Quality Institute (LAQI). A entrega ocorreu na noite de 21 de novembro, durante o Quality Festival, evento de destaque que reúne empresas e líderes da América Latina para celebrar as melhores práticas de gestão, inovação, qualidade e sustentabilidade.
O festival, realizado anualmente em diversos países da América Latina, chegou à sua 18ª edição e, desta vez, aconteceu entre os dias 19 e 21 de novembro no Centro de Convenções Plaza Manaus. O ponto alto do evento foi a cerimônia do Quality Awards 2024, onde a Liga RJ foi reconhecida por sua atuação exemplar em iniciativas de sustentabilidade.
“Esta honrosa premiação concedida pelo Latin American Quality Institute, juntamente com nossa participação no G20 Social, valida o movimento pioneiro que iniciamos em 2022 de integrar sustentabilidade ao carnaval. Representar a nossa cultura em Manaus, dialogando com empresas e líderes de mais de 20 países, fortalece o networking da entidade e amplia oportunidades para atrair novos parceiros e investidores, visando um evento cada vez mais inclusivo e sustentável”, celebrou Pedro Silva.
Além da premiação, a Liga RJ marcou presença na programação ao abrir o segundo dia do evento com a apresentação do projeto “Liga RJ Sustentável”, conduzida por Diego Carbonell. A sessão contou com mais de 400 participantes de mais de 20 países da América Latina e foi amplamente celebrada, como destacou o diretor de sustentabilidade:
“Compartilhar o nosso projeto de sustentabilidade com participantes de diversos países da América Latina foi algo incrível. O feedback recebido de outras pessoas e culturas – como o caso de representantes do boi de Manaus – foi super positivo, e reforça que nossas iniciativas são acessíveis e referência em práticas de sustentabilidade para o mundo todo”, afirmou Carbonell.
Com essa conquista e a oportunidade de apresentar suas iniciativas no cenário internacional, a Liga RJ reafirma seu compromisso com a sustentabilidade, consolidando-se como referência em práticas que inspiram e promovem impacto positivo não só no carnaval, mas em toda a América Latina.
A cidade do Rio de Janeiro já tem sua Corte Real do Carnaval 2025. Kaio Mackenzie, 28 anos, foi reeleito Rei Momo. Com o primeiro título, conquistado em 2024, Kaio já havia se tornado o primeiro Rei Momo da história da Mangueira. Com a escolha ocorrida na última sexta-feira, tornou-se bicampeão.
“Em 2024, juntos fizemos história: representei com amor e orgulho a bandeira dos passistas, celebrando cada sorriso, vibrando em cada apresentação e levando a nossa energia para todos os cantos”, lembra Kaio. “Agora terei mais um ano para intensificar a alegria, o brilho e a representatividade que o nosso Carnaval merece! Em 2025, que o passista se sinta mais valorizado e que cada tradição continue viva e pulsante nas avenidas, nos blocos e em todos os recantos da cidade maravilhosa”, conclui.
A grande final que elegeu os representantes da Corte Real 2025 reuniu dez candidatas ao título de Rainha, cinco finalistas para o posto de Rei Momo, cinco finalistas a Musa, cinco a Muso e quatro a Não Binário. A família imperial da folia, pela primeira vez, terá sete integrantes: Thuane de Oliveira Rosário Werneck Maria Ribeiro (Rainha – Vila Isabel), Rhuanda Monteiro Risso (1ª Princesa – Mangueira), Jéssica Costa de Almeida (2ª Princesa – Força Jovem Vasco); Kaio Mackenzie (Rei Momo – Mangueira), Luís Otávio Antonio dos Santos (Muso – Salgueiro); Bianca de Oliveira Mourão Ermida (Musa – Beija-Flor) e Lucas Antonio Valentim da Silva (Cidadão Não Binário – Mangueira).
A ONG de Raissa Oliveira, ex-rainha de bateria da Beija-Flor, lançou uma campanha para arrecadação de fundos após a sede do projeto ser alvo de criminosos na madrugada do último domingo, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. As doações podem ser feitas através da chave Pix 21 96463-2711. A conta é registrada no Nubank e está em nome de Guilherme Offredi de Almeida Silva.
Irmão de Raissa e tesoureiro do projeto, Diego Oliveira, detalhou o cenário de destruiçãoFoto: Reprodução/Instagram
Durante o crime, os ladrões furtaram instrumentos de percussão, aparelhos de som, ventiladores, uma bomba de sucção e até a fiação do imóvel, que ficou sem fornecimento de energia elétrica. O que não pôde ser levado foi vandalizado.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, o irmão de Raissa e tesoureiro do projeto, Diego Oliveira, detalhou o cenário de destruição encontrado no local. Com a estrutura danificada quase que completamente, a instituição precisou interromper as atividades. Ao todo, 250 alunos foram afetados.
“Acabamos de chegar de um trabalho, e a ONG foi assaltada. Um ato de vandalismo. Isso é muito triste para a família ONG Raydi, que é uma entidade séria e que trabalha em prol da nossa comunidade. Cortaram o fio do freezer e jogaram a geladeira no chão. Está tudo revirado. Levaram diversas coisas de valores da instituição. Levaram tudo o que puderam”, desabafou Diego.
O caso é investigado pela delegacia de Nilópolis, a 57ª DP. Policiais civis estiveram na rua da ONG para buscar imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a identificar os suspeitos.
Batizado de Raydi, o projeto social foi fundado em 2006 por Raissa, além do irmão e de sua mãe, com o objetivo de promover a inclusão social de jovens da região Os primeiros passos da ONG foram dados em sinais de trânsito do Rio, com a música como carro-chefe.
No dia 05 de outubro foi a vez da Acadêmicos do Tucuruvi realizar a sua gravação do projeto audiovisual da Liga-SP. Dentro do estúdio a agremiação ousou. A Cantareira proporcionou uma das gravações mais complexas. Como a comunidade da Zona Norte irá para a avenida com um enredo indígena (“Assojaba – A Busca Pelo Manto”), a parte musical mergulhou de cabeça e usou diversos instrumentos para fazer alusão ao povo originário. Uma introdução com flauta predominante é um exemplo, além do uso de outros instrumentos em determinadas partes do samba-enredo e realizações de bossas. O CARNAVALESCO conversou com pessoas diretamente ligadas ao projeto da escola para o Carnaval 2025 e todos falaram sobre o trabalho da Liga-SP.
O vice-presidente e diretor de carnaval da Tucuruvi, Rodrigo Delduque, classificou como prazeroso para a sua agremiação estar participando da iniciativa da Liga-SP. “Eu acho bacana. Tudo que é bom para o carnaval, a Tucuruví está sempre de cabeça. Acho que é bem legal esse modelo que o presidente Sidnei Carrioulo está trazendo de volta. Movimenta um pouco a escola, nos preparamos para vir também, assim como todo evento nós fazemos. Para nós é sempre uma grande honra, um prazer”, disse.
Com tudo feito, o gestor maior elogiou o coral e se diz contente com a comunidade, que desde o Carnaval 2024 realiza intensos trabalhos específicos de canto. “A gente vem fazendo um trabalho paralelo de canto já desde o ano passado que vem dando muito certo, a escola também vem apostando nisso, eles por si também se cobram muito e a escola está entendendo esse momento. A gente tem sempre falado que a oportunidade está aí e só depende de nós. Acho que está surtindo efeito. Estamos bem felizes e bem contentes com a nossa comunidade”, comentou.
Grande dia e característica marcante
É a primeira vez que o intérprete oficial da agremiação, Hudson Luiz, realiza uma gravação com a Liga-SP. O cantor elogiou a estrutura do estúdio montado e disse que a característica do álbum conversa com o sentimento da escola, além de avaliar como vem sendo o desempenho do módulo musical. “É uma iniciativa muito legal. Eu acho que você ganha um pouco a questão do sentimento. Você sente de fato o que está rolando ali. Não é aquela coisa mecânica do estúdio, que também é muito importante, mas essa gravação ao vivo, eu acho que ela serve para gente sentir como de fato está o nosso samba, bateria, as cordas e a própria comunidade que faz o coral ali conosco. Eu gostei demais de hoje estar participando da minha primeira gravação ao vivo pela Liga. Eu gostei demais do formato e espero que o produto seja muito bem aceito, não só no carnaval de São Paulo, mas como no carnaval nacional”, declarou.
O cantor elogiou a sua ala musical, explicando como funcionam as vozes de seus apoios no carro de som. Segundp Hudson, tudo foi montado de acordo com seu tom de voz. “Quando eu cheguei na Tucuruvi , eu vim com a proposta de fazer um coral timbrado de acordo com o meu timbre de voz. E aí como que funcionou? Eu sempre pego as vozes mais leves e coloco na frente. As meninas são maravilhosas, Helen Cristina e Carol Oliver, duas cantoras que dispensam comentários. E os outros dois cantores, que é o André Luiz, ele tem um médio-agudo um pouco mais baixo, fazendo a conexão de graves para os agudos e o Thiago Melodia, que tem uma voz muito potente, mais pesada para o grave. A gente tem um carro de som bem equilibrado e que a gente consegue hoje fazer um grande trabalho de acordo com o que a escola sempre nos dá, que é o samba eu tive a sorte de cantar já um grande samba no Carnaval 2024 e, agora , para o segundo ano, um outro grande samba”, explicou.
O coral foi outro destaque na gravação. Os integrantes presentes mostraram grande sinergia com a trilha-sonora da Cantareira para 2025. Luiz revelou como funciona o entendimento do samba-enredo junto à comunidade, dizendo que fazem leitura da obra junto com a comunidade para todos entenderem. “A gente faz um trabalho de leitura do samba, de entendimento do samba e esse trabalho é feito para a comunidade, os setores e todos os segmentos. E eu através do nosso gestor Rodrigo Delduque, faço isso junto com a nossa harmonia. Fazer essa leitura, passar para os componentes como de fato é a pronúncia de cada palavra. A gente consegue realizar esse trabalho e fazer com que eles cantem de fato a real melodia. Nesse ensaio a gente não tem absolutamente nada de bateria, nada de som, é tudo no gogó. Eu costumo dizer muito que cada componente nosso é uma célula reprodutora”, contou.
Trabalho incessante dentro do samba
Antes da gravação, o mestre Serginho se dizia bem confiante após o hiato de quatro anos sem gravações. “Ficamos quatro anos longes. A última gravação que a gente fez foi antes da pandemia. A estrutura está linda, maravilhosa, como sempre. A Liga sempre faz uma estrutura legal. Saímos lá da quadra para chegar aqui e fazer os reparos tudo certinho. A gente tá bem confiante. A escola também está trabalhando muito”, disse.
O mestre revelou que, desde a escolha do samba-enredo 2025, o trabalho vem sendo intenso e aproveitou para elogiar o intérprete Hudson Luiz. “Estamos fazendo ensaios gerais e a bateria desde quando escolheu o samba está ensaiando direto. Não parei um minuto ainda. Eu nem sei o que é férias. O importante mesmo é que a comunidade já abraçou. A semana desses dias lá atrás a gente foi lendo de quatro horas. Todo mundo já sentiu que o samba já cresceu. O Hudson está cantando demais”, declarou.
O enredo de ‘Ifá’ foi um marco na agremiação. Apesar de não conquistar a posição desejada, a Tucuruvi “Se a gente for comparar com ‘Ifá’, a gente foi engatinhando aos pouquinhos. ‘Assojaba’ já tá tipo como se tivesse acabado o carnaval e a gente já foi direto. A escola está a mil por hora. De novo nós escolhemos um grande samba-enredo e o Hudson, vou repetir de novo, mandou demais”, completou.
Representatividade da obra
Dennis Moraes, um dos compositores do samba-enredo, elogiou a produção da Liga-SP e afirmou que o álbum vai ficar para a história. “Realmente, é um projeto maravilhoso. Nós passamos por isso no Rio de Janeiro, agora aqui na Fábrica do Samba. É um espetáculo, a produção está maravilhosa. O álbum do Carnaval 2025 de São Paulo vai vir para estourar, marcar mesmo a história, fazer parte da história do carnaval”, afirmou.
Sobre a sua composição, o escritor da obra trata o tema da escola como atual e com muita representatividade ao carnaval. “É um tema atual demais e todos somos o povo originário, não tem jeito de ter confusão disso. O enredo trata da volta do manto para a nossa terra, para o povo originário, que tem muita representatividade e o carnaval só tem a ganhar. Acho que vai ser um tema muito atual”, concluiu.
A Unidos de Padre Miguel deu início a sua temporada de ensaios de rua na noite da última sexta-feira, na Vila Vintém, rumo à sua estreia no formato atual do Grupo Especial. Em noite de canto forte da comunidade, os tambores do mestre Dinho ecoaram pela escola e deram o tom de um ensaio vibrante, carregado de vontade dos componentes de manterem vivo o sonho da permanência na elite do carnaval carioca. A performance do carro de som, já no primeiro dia, mostrou que o ritmo será um dos trunfos da UPM para sacudir a Sapucaí. O Boi Vermelho será o primeiro a desfilar, pelo Grupo Especial de 2025, no domingo de carnaval. A escola apresentará o enredo “Egbé Iyá Nassô”, desenvolvido pelos carnavalescos Alexandre Lousada e Lucas Milato.
Bruno Ribas no comando do microfone principal. Fotos: Allan Duffes/CARNAVALESCO
O primeiro ensaio quase não aconteceu. Por volta das 20h30, escola chegou a anunciar o cancelamento devido ao mau tempo, mas em menos de meia-hora o ensaio foi mantido. Estava chovendo, mas São Pedro conversou com Nanã e “suspenderam a chuva”, e foi criada a condição para que a Unidos de Padre Miguel desse a sua largada na preparação para o tão sonhado desfile.
“Começou a dar uma chuvinha fraca e, para resguardar nossos componentes, a gente decidiu cancelar. Mas, depois viu que o vento levou a chuva e o povo pedindo, ligando e falando: “mantém, mantém, é na chuva que a gente gosta, não está chovendo tanto’. A Unidos de Padre Miguel é 99% comunidade. E a gente só fez atender o pedido deles”, explicou o diretor de carnaval, Cícero Costa.
Diretor de carnaval, Cícero Costa
Ou por causa da chuva que caiu antes ou por conta do então cancelamento, o contingente não era dos maiores que a UPM já apresentou em ensaios na Belisário de Souza, mas quem ensaiou mostrou que o clima na escola é o melhor, de uma comunidade onde todo mundo está em sintonia e parece que se conhece. Cícero Costa falou sobre o clima leve da UPM.
“Desde quando a gente conseguiu o acesso, a comunidade está feliz, a escola está leve e o barracão está todo vapor. Começamos o ensaio de canto na quadra, agora viemos para a rua e está tudo dentro do nosso cronograma. O que posso dizer é que todo mundo estava esperando a escola vir para a rua para mostrar a força da nossa comunidade e do nosso canto”, disse o diretor de carnaval.
A diretora de carnaval, Lara Mara, também contou que a escola está dentro do planejamento e mandou um recado para a comunidade ficar tranquila pois, no que se refere a estrutura da escola, está tudo em ordem. Em entrevista ao CARNAVALESCO, ela brincou que tem dormido tranquila ao saber que o barracão está em ordem e dentro do calendário proposto pela diretoria.
Diretora de carnaval, Lara Mara
“Podem ficar calmos que a gente vai passar o nosso Natal tranquilo. Estou dormindo tranquila, em novembro. Espero em janeiro estar dormindo tranquila com tudo montadinho. A gente está bem organizado. Eu estou muito feliz com tudo que a escola está vivendo e tudo que nós estamos proporcionando para a comunidade viver”.
Samba e bateria prometem levantar a Sapucaí
Um dos quesitos para deixar a UPM tranquila é o samba-enredo. De letra forte de uma parceria e refrão potente de outra, que permite a comunidade bater no peito e berrar, a obra mostra que a junção foi um acerto e ganhou a boca do povo, que grita com orgulho morar em terra de macumbeiro.
Durante este primeiro ensaio, o samba para cima, motivado pelo ritmo imposto pela bateria, levou a escola a cantar sem cair o andamento, ainda que este não está definido pela parte musical da Unidos. O cantor Bruno Ribas, elogiou o samba e está confiante em uma ótima performance.
“A direção da Unidos de Padre Miguel pensa muito positivamente no chão da escola. E a decisão de ter o refrão de um samba e o corpo do outro foi exatamente para que a comunidade pudesse estar mais apegada na melodia. Nós temos um samba ótimo e está dominado pela comunidade, então o primeiro passo já foi dado. A gente precisa potencializar o samba na sequência de ensaios para que possa chegar lá e fazer lindo”.
Bruno Ribas explicou que os primeiros ensaios servirão de ajustes. Nessa toada, mestre Dinho contou que precisava ouvir o samba na rua para ajustar o andamento, junto com o carro de som e com a direção musical da escola. Segundo ele, o público pode esperar coisas grandiosas já no minidesfile, que acontece que no próximo dia 29.
“Hoje, eu vou sentir o samba e, depois, sentar com o cantor, com a harmonia e a direção para definir o andamento. Mas, com certeza a gente vai fazer umas coisas grandiosas. Logicamente que eu não vou colocar tudo no minidesfile, mas uma boa parte a gente vai apresentar para o público e para mundo do samba”.
Mostra disso, é que a UPM já tem a introdução do samba. Ela será feita com a cantora Lissandra, acompanhada com toques de atabaques, para criar o clima de terreiro para as apresentações da escola. Na bateria, o mestre está querendo muito. Já no primeiro ensaio, deu o tom da apresentação com três bossas e, segundo mestre Dinho, ao longo da preparação surgirão outras.
Mestre Dinho
Casal focado e adiantado no ritmo da escola
Em novembro, Lara Mara está dormindo tranquila. O samba já tem a sua introdução. A bateria já tem as suas bossas e apresenta três, de início, para mostrar a que veio. E o casal de mestre-sala e porta-bandeira, Vinicius Antunes e Jéssica Ferreira, já até ensaiou no Sambódromo e tem coreografia quase pronta.
“Ontem (quinta), a gente teve a oportunidade de começar cedo a ensaiar no Sambódromo. Eu fiz questão de já ir testando os movimentos que a gente já tem coreografia pronta, mas até o carnaval isso vai mudar bastante. O ensaio lá foi marcado entre 21h30 e 22h, para a gente já testar o vento desse horário. E fomos surpreendidos com chuva e vento. Então, eu falei: ‘Papai do Céu, já fomos testados, agora não precisa mandar mais para gente’. Mas, correu tudo bem”, contou a coreógrafa Vânia Reis, se derretendo pelo casal com quem faz novo trabalho, em 2025.
Vinicius Antunes e Jéssica Ferreira com a coreógrafa Vânia Reis
Ela contou que está apaixonada pela dupla e que, além do talento, eles têm a energia lá em cima. Xodós do Boi Vermelho, Vinicius e Jéssica tem a confiança da UPM inteira para fazer um bom trabalho e garantirem a nota máxima. No clima leve do casal que não precisa mais provar a que vieram, eles ensaiam na rua como se estivessem flutuando com o pavilhão.
“É muito bom ter o apoio da nossa comunidade e da nossa diretoria e saber que eles acreditam e confiam na gente. Essa confiança vai aumentando a cada dia com a nossa coreógrafa, nosso preparador físico, nossa psicóloga… Esse combo ajuda a gente a chegar ao único objetivo, que é o sucesso. A nossa fantasia já está em andamento e a escola está com um planejamento muito bom, para dar tudo certo”, contou o mestre-sala, Vinicius Antunes.
A porta-bandeira, Jéssica Ferreira, comentou sobre a energia da escola e da comunidade. Para ela, é sem igual poder ensaiar pelas ruas da Vintém, sentindo o calor do público. “Está faltando espaço para caber tanta gente”, diz Lara Mara.
A UPM precisou aumentar o número de componentes para desfilar no Grupo Especial. Ainda na Série Ouro, era uma escola muito procurada por desfilantes. A diretora de carnaval, Lara Mara, revelou que, ao pensar que conseguiria encaixar todos o que pedem para desfilar na escola, se deparou com o número de pedidos aumentarem mais que o número de vagas. Ainda na opinião dela, esse é ponto que mais muda na ascensão de grupo, uma vez que a escola já fazia trabalhos robustos no Acesso.
“Devido aos nossos desfiles que já eram muito bem feitos e todo o trabalho que a escola já vinha fazendo, o que muda no Grupo Especial é só uma questão de preparação e de ter uma organização a mais. Porque a quantidade de componentes triplica, de carros alegóricos aumenta”, contou a diretora.
O próximo compromisso da Unidos de Padre Miguel é na Cidade do Samba, no dia 29 de novembro, celebrando o Dia Nacional do Samba, com um desfile especial para festejar a data. Será a primeira escola a se apresentar e a direção fez um pedido não tão especial para a comunidade.
“A gente pediu o que eles sabem fazer: cantar o nosso samba. Cantar não, berrar! É uma marca da nossa comunidade e, hoje, é o pontapé de partida. Dia 29, a gente tem um compromisso na Cidade do Samba e o que a gente vai pedir é que a comunidade berre nosso samba”, revelou Cícero Costa.