No sábado, dia 23 de novembro, das 9h às 16h, a quadra do Salgueiro será palco de uma importante ação solidária. Em parceria com o Hemorio, a agremiação convoca a comunidade para participar da Campanha de Doação de Sangue, reforçando o compromisso com a saúde e o bem-estar coletivo. Além da coleta de sangue, o Centro Médico da escola estará no local para realizar agendamentos de consultas gratuitas em diversas especialidades, como neurologia (adulto), cardiologia, pneumologia, ortopedia, dermatologia, clínica médica, urologia e pediatria. Com atendimento mensal a mais de 500 famílias, o Centro Médico é um dos pilares dos projetos sociais do Salgueiro.
Todas as informações sobre quem está apto a doar podem ser encontradas no site do Hemorio (www.hemorio.rj.gov.br). Entre os principais requisitos para quem quer ser doador estão:
– Idade: ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos devem apresentar autorização dos responsáveis).
– Peso: pesar no mínimo 50 kg.
– Saúde: estar em boas condições de saúde, sem sintomas de doenças infecciosas ou crônicas.
– Documentação: apresentar documento oficial com foto (RG, CNH, etc.).
Preparação para doação:
– Alimentação: estar bem alimentado, evitando refeições gordurosas nas 4 horas que antecedem a doação.
– Hidratação: ingerir bastante água antes e depois da doação.
– Descanso: ter dormido pelo menos 6 horas na noite anterior.
Impedimentos temporários:
– Gripe, febre ou resfriado (aguardar 7 dias após recuperação).
– Gravidez ou período de amamentação (aguardar 12 meses após o parto em caso de amamentação exclusiva).
– Tatuagens ou piercings feitos nos últimos 12 meses.
– Vacinação recente (prazo varia de acordo com a vacina).
– Procedimentos médicos invasivos recentes, como endoscopia ou cirurgias.
Impedimentos definitivos:
– Histórico de doenças como hepatite após os 11 anos de idade (com exceção de hepatite A).
– Doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue, como HIV, sífilis, hepatites B e C.
– Uso de drogas ilícitas injetáveis.
É importante lembrar que, antes da doação, o voluntário passará por uma triagem clínica, onde será avaliada sua aptidão para doar. O objetivo é garantir a segurança do doador e do receptor.
A quadra do Acadêmicos do Salgueiro fica na Rua Silva Teles, 104, Andaraí.
A torcida alvinegra vai ganhar as ruas do Engenho de Dentro a partir desta sexta-feira. Se preparando para estrear na Marquês de Sapucaí, a Botafogo Samba Clube dará início aos ensaios de rua na sexta-feira, a partir das 18h30. A concentração será na rua José dos Reis, nº 562, em torno do Estádio Nilton Santos. Não há mais vagas para desfilar nas alas da comunidade. A escola recebeu em torno de 1600 inscrições em 48h e priorizou componentes que já haviam desfilados na Intendente Magalhães com a agremiação.
“Desde o nosso campeonato recebemos diversas manifestações de pessoas que queriam estar conosco nesta estreia. Priorizamos componentes que estão com a escola desde o início na Intendente Magalhães e fomos alocando os inscritos nas vagas disponíveis. O início dos ensaios servirá para aperfeiçoar ainda mais nossos componentes em busca de um desfile histórico”, revela o Presidente Sandro Lima.
A Botafogo Samba Clube abrirá o carnaval da Série Ouro, na Marquês de Sapucaí, como enredo “Uma gloriosa história em preto e branco”, desenvolvido pelo carnavalesco Alex de Souza.
No Mês da Consciência Negra, o Museu do Samba vai homenagear a força e o protagonismo das mulheres na cultura e nas tradições afro-brasileiras. No próximo sábado, 23 de novembro, o Museu do Samba realiza o “Encontro de Batuqueiras”, reunindo mulheres percussionistas que tocam samba e samba-reggae em escolas de samba e blocos do Rio de Janeiro e Brasília. O evento acontece das 10h às 19h e contará com roda de samba, feijoada e apresentações dos grupos Fina Batucada, Batalá e da Escola de Samba TPM. O “Encontro de Batuqueiras” conta com o apoio do Ministério da Cultura, por meio do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus). O Museu do Samba fica na rua Visconde de Niterói, 1296, na Mangueira.
A programação inclui também o lançamento, às 10h30, do livro “Yabás do Samba – Memórias e Receitas”, com perfis e receitas de 20 mulheres representativas da gastronomia do samba e da culinária preta ancestral. Baianas e pastoras da Portela, Mocidade e Mangueira, fundadoras de rodas de partido alto, donas de tabuleiros de acarajé e de barracas de rua – entre elas algumas sambistas da Feira das Yabás, em Oswaldo Cruz – são as protagonistas do livro “Yabás do Samba”. A publicação conta com o patrocínio do Banco BV e do Ministério da Cultura, por meio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
Escrita pelos jornalistas Jean Claudio Santana e Gisele Macedo, a obra conta histórias e segredos sobre a feijoada da Tia Surica da Portela, o prato preferido do compositor Candeia (receita da filha Selma Candeia), o doce da quituteira Clementina de Jesus (ensinado pela neta Vera de Jesus), e o feijão tropeiro da Tia Gessy, dona do mais longevo pagode do Rio de Janeiro, o Pagode da Tia Gessy, que funciona há 47 anos no Cachambi e onde despontou o cantor Xande de Pilares.
Música, conversa e gastronomia – Em sua primeira edição, o evento terá o formato de troca de vivências seguida de feijoada e apresentações musicais. Participam da mesa de abertura, às 10h: Mestre Ryco, fundador do Fina Batucada, projeto de inclusão social de mulheres por meio da percussão, criado em 1998 na Escola de Música Villa-Lobos, no Rio de Janeiro; Laís Viana, maestrina, coordenadora pedagógica do Movimento das Mulheres Sambistas; Márcia Rossi, fundadora e presidenta do Bloco Mulheres Brilhantes (Vila Isabel, RJ); e Bárbara Rigaud, fundadora e presidenta do GRES T.P.M. (Turma da Paz de Madureira), primeira escola de samba do Brasil exclusivamente para mulheres. A troca de vivências acontece entre 11h e 12h.
As apresentações musicais começam às 14h, após o intervalo de almoço. As primeiras a tocar serão as mulheres do Fina Batucada; depois é a vez das componentes da Escola de Samba TPM e, encerrando os shows, o samba-reggae contagiante do Batalá Brasília, criado em 2003 no Distrito Federal e que faz parte de um movimento mundial de percussão e dança fundado por um brasileiro (Mestre Giba) em 1997, na França. A partir das 18h, os três grupos tocam juntos.
“Reservamos o Mês da Consciência Negra para exaltar a força feminina do samba. Estamos reunindo importantes movimentos femininos de percussão, responsáveis em várias parte do Brasil pelo aumento da presença das mulheres nas baterias de blocos e escolas de samba, espaços que eram tradicionalmente ocupados por homens. Ao mesmo tempo, estamos lançando um livro que faz uma grande reverência e homenagem às mulheres que dominam a arte da gastronomia ancestral e do samba carioca, as ‘yabás do samba’ e suas receitas típicas”, conta Nilcemar Nogueira, fundadora e diretora do Museu do Samba.
SERVIÇO
Encontro de Batuqueiras
Local: Museu do Samba
Endereço: Rua Visconde de Niterói, 1296 – Mangueira
Data: 23/11/2024 (sábado)
Horário: 10h às 19h
Ingresso: R$ 20
Ingresso com feijoada: R$ 45
Vendas no Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/batuqueiras-do-samba/2732434
Valorizando a prata da casa, a Acadêmicos de Niterói anunciou a passista Carine Almeida como nova musa da comunidade para o carnaval de 2025. O anúncio foi feito pela Diretora de Carnaval, Amanda Palhares, durante o primeiro ensaio da agremiação, realizado nta terça-feira. Carine representou a escola no concurso da corte do carnaval carioca, mas segundo Amanda o cargo de musa da comunidade já estava nos planos da diretoria por toda dedicação e fidelidade da passista com a agremiação.
Pega de surpresa com o anúncio, a passista celebrou o anúncio e agradeceu a confiança e a valorização da diretoria. “É gratificante ver como a escola está valorizando a sua comunidade. Sempre me fiz presente pelo amor que tenho pela agremiação, não tenho palavras para agradecer o Presidente Wallace e a Diretora Amanda por todo suporte que recebi no concurso, pela confiança e agora esse verdadeiro presente. Representarei a comunidade com muito orgulho” – finaliza Carine.
Carine é moradora de Niterói, mãe de duas meninas, cursa administração e trabalha como fiscal de loja. Iniciou no mundo do samba em 2016, pela Acadêmicos do Sossego, onde já desfilou como passista e foi mulata show. No carnaval de Niterói passou por agremiações como Folia do Viradouro, Bem Amado, Alegria da Zona Norte e Folia do Viradouro. Já foi passista da Viradouro de 2018 a 2022, musa dos passistas do Data Vênia Doutor, 2ª Princesa do Bloco Arrasa Tudo e Rainha de bateria da escola de samba Morro do Castro. Atualmente integra a ala de passistas da Acadêmicos do Niterói e da Acadêmicos do Cubango.
A Superliga, que administra as séries Prata e da Série Bronze, que desfilam na Intentende Magalhães, lança nesta quarta-feira nas plataformas digitais os sambas oficiais para o Carnaval 2025. Produzido por Jeferson Carlos, o projeto reflete a energia e dedicação de cada escola envolvida.
“Muito feliz em participar desse projeto das séries Prata e Bronze com profissionais de alta qualidade, estúdios com toda estrutura e suporte, além da dedicação das escolas que foram importantes no processo do tempo curto de produção. Tenho certeza que o público vai adorar. Aproveito a oportunidade para agradecer ao presidente Vinicius e ao vice Heitor pela oportunidade dada nossa equipe”, declarou o produtor.
Os EPs também contam com a participação de Victor Alves, responsável pelos arranjos e cordas, mestre Vitinho, que assina a percussão e arranjos, e a arte gráfica de Duda Sales. As gravações aconteceram em dois estúdios: a Série Prata foi registrada no estúdio do Maurício, enquanto a Série Bronze ganhou vida no estúdio do Prates.
Para Vinícius Macedo, presidente da Superliga, este trabalho é um marco importante: “Registrar esses sambas em um EP é fundamental para fortalecer a nossa cultura e valorizar o trabalho de tantos compositores e intérpretes talentosos. É um legado para o samba e para todos os amantes do gênero”.
No Carnaval de 2025 as escolas da Série Prata desfilam nos dias 2, 3 e 4 de março e as da Série Bronze nos dias 7 e 8 de março na Intendente Magalhães.
A “última dança” será em homenageam ao parceiro Laíla. Assim, Neguinho da Beija-Flor anunciou que fará no desfile do ano que vem sua última apresentação como intérprete oficial no carnaval do Rio de Janeiro. Um dos maiores nomes da história da escola de Nilópolis e do carnaval possui mais de 50 anos de serviços prestados ao samba.
“Nesse Carnaval de 2025, em homenagem ao Laíla, que trabalhou comigo antes da Beija-Flor, é meu último carnaval na Sapucaí com a Beija-Flor. Encerro minha carreira na Avenida. É isso! É difícil falar isso. A gente morre duas vezes. Quando morre mesmo e quando para de atuar. Estou perando depois de 50 anos de Beija-Flor como intérprete na Avenida. Tudo tem o seu tempo. Ele é maravilhoso, tanto que cheguei aos 75 anos de idade. Depois de 50 anos com essa convivência com a família Beija-Flor é difícil parar”, afirmou Neguinho da Beija-Flor, em entrevista ao “RJTV1”, da TV Globo.
A Beija-Flor se pronunciou sobre a saída de Neguinho da Beija-Flor. Veja abaixo o texto da escola.
“O desfile de 2025 será marcado por uma emoção ainda mais especial. Além de homenagearmos o inesquecível mestre Laíla, será também o momento de nos despedirmos profissionalmente de nossa maior e inigualável voz no microfone oficial: Luiz Antônio Feliciano Marcondes, o nosso Neguinho.
Em 11 de junho de 1975, o então conhecido “Neguinho da Vala” chegou a Nilópolis, a convite do nosso presidente de honra, Anísio Abraão David, que também foi responsável por sugerir o nome artístico que se eternizou: “Neguinho da Beija-Flor”. Desde então, sua voz ecoou em cada verso que cantamos, em cada vitória que celebramos e em cada nota 10 que nos fez vibrar. Agora, após cinco décadas de dedicação à Beija-Flor, ele decidiu encerrar sua jornada profissional no mesmo ano em que prestamos homenagem ao legado de seu grande amigo Laíla.
Essa despedida, no entanto, é apenas do posto de intérprete oficial. Neguinho é, e sempre será, a essência da Beija-Flor. Não há Beija-Flor sem ele. Sua história está gravada em nossas cores, nossos sambas e nossos corações.
O próximo Carnaval da Beija-Flor, portanto, terá um sabor ainda mais especial: será a celebração de uma vida inteira dedicada ao samba. Seremos, mais uma vez, testemunhas de sua grandeza, celebrando juntos uma trajetória que soma mais de 50 anos, 14 títulos, 6 Estandartes de Ouro e um grito de guerra que ecoará para sempre no Carnaval brasileiro.
Agradecemos por cada momento, cada nota e cada emoção que Neguinho nos proporcionou. Se somos essa “comunidade que impõe respeito e bate no peito”, é porque ele sempre esteve ao nosso lado, construindo essa história.
Depois do êxito das três edições do “Carnaval de Dados” e diversas edições temáticas da série “Rio em Dados” – como o “Réveillon em Dados”, publicações da Prefeitura do Rio lideradas pelo Instituto Fundação João Goulart (FJG) e pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE), foi lançada a publicação “G20 em Dados”, sobre os diversos eventos ligados ao grupo das maiores economias do mundo, que correspondem a 85% do PIB mundial e 2/3 da população global, e impactaram a economia carioca em aproximadamente R$ 600 milhões durante a presidência do Brasil no grupo.
“O G20 no Rio é mais do que um evento econômico, é uma vitrine da capacidade do Rio de integrar a agenda global de desenvolvimento. Esse legado de transformação e impacto econômico que vemos é resultado do compromisso de todos os órgãos e da dedicação de cada cidadão carioca que participa da construção de um Rio mais forte e conectado com o mundo”, comemorou o prefeito Eduardo Paes.
Todos esses projetos são iniciativas desenvolvidas inicialmente por meio da metodologia GTT (Grupo Transversal de Trabalho) do Instituto Fundação João Goulart (FJG), com equipe formada por Líderes Cariocas – servidores públicos de diferentes órgãos da Administração Pública Municipal, que prestam uma “consultoria interna”, sem custos, fora dos seus horários de expediente, para entregar um produto ao cliente, posto este que, no caso dos GTT “Carnaval de Dados” e “Réveillon em Dados” foi ocupado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico (SMDUE) e agora no GTT “G20 em Dados” é compartilhado entre o Comitê Rio G20, a Coordenadoria de Relações Internacionais e o FJG.
“O “G20 em Dados” reafirma o potencial do Rio para eventos de grande escala, deixando um legado tangível de cooperação e infraestrutura aprimorada, consolidando sua imagem como uma cidade pronta para os desafios do presente e do futuro. Gosto de destacar a competência de servidores do Programa Líderes Cariocas, da Prefeitura do Rio, na construção desse relatório. Os números do G20 no Rio ajudam a revelar uma cidade global que não se esquece daquilo que a faz única: os cariocas”, afirmou Rafaela Bastos, presidente do Instituto Fundação João Goulart, que também é diretora de marketing da Liesa, organizadora da publicação “G20 em Dados” e das edições do “Carnaval de Dados”.
A importância do “G20 em Dados”, assim como acontece com o “Carnaval de Dados” e o “Réveillon em Dados”, é municiar a todos – imprensa, classe política, brasileiros e, principalmente, os cariocas – da sua importância econômica, além de cultural, o chamado soft power.
“O Rio é o Brasil no mundo. As pautas do G20 se traduziram em mais de uma centena de reuniões ao longo de um ano. Alianças globais, comunicados, declarações, regras e padrões que impactam as finanças e a política de todo o mundo foram produzidos no Rio, buscando um futuro sustentável para o crescimento econômico. Os impactos econômicos nos setores de eventos e negócios reforçam a estratégia de décadas, consolidada sob a liderança do prefeito Eduardo Paes, de sediar grandes eventos internacionais na cidade. O legado, porém, é também diplomático, simbólico e intangível”, disse o presidente do Comitê Rio G20, Lucas Padilha.
E há alguns dados relacionados ao Carnaval na publicação “G20 em Dados”. O PIB do G20, por exemplo, equivale a 98,3 mil vezes a movimentação econômica do Carnaval carioca, que é de R$ 5 bilhões. Já a população do G20equivale a 1,5 milhão os desfilantes de uma Escola de Samba.
Os participantes dos mais de 130 eventos do G20 Rio (122,8 mil) equivalema 40,9 vezes os desfilantes das Escolas de Samba.
E, por fim, todos os eventos do G20 Rio tiveram, no total, 917 horas, que equivale a 688 desfiles das Escolas de Samba.
“Um dos grandes focos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Econômico, além da elaboração e execução de diversas políticas públicas e ações de desenvolvimento econômico, é a análise e elaboração de estudos econômicos sobre a economia do Rio. E depois de estudos sobre o Carnaval, Réveillon, Web Summit Rio, show da Madonna, o G20 não poderia ficar de fora, já que além de ser um instrumento de discussões globais, também é um claro vetor de desenvolvimento econômico local, movimentando a economia carioca, com arrecadação de impostos e geração de emprego e renda!”, afirmou o subsecretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Marcel Balassiano, organizador da publicação “G20 em Dados” e das edições do “Carnaval de Dados”.
A publicação completa está disponível no Repertório e no Observatório Econômico do Rio.
A Mocidade gravou no último dia 22 de outubro o seu samba para o álbum oficial do Carnaval de 2025, no Century Estúdio. A Estrela Guia de Padre Miguel levou alguns de seus componentes integrantes para gravar a faixa da escola, que levará o enredo “De volta para o futuro – Sem limites para sonhar”, dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage, para a Sapucaí no próximo ano. O CARNAVALESCO conversou com alguns integrantes da escola, entre eles, mestre Dudu, que começou falando sobre o andamento empregado para a gravação da escola.
“Fico feliz pela obra que foi entregue para gente. Acho que os compositores estão entendendo que a nossa bateria é diferenciada e muito cadenciada. E nós botamos andamento na gravação de 138 BPM (batidas por minuto) e ficou perfeito com o nosso samba”.
Dudu comentou sobre bossas utilizadas na gravação da escola, destacando que, somado a gravação da escola, deu a oportunidade de observar as paradinhas para o samba da escola. “A gente não perdendo a nossa característica, me lembrou muita coisa do passado, até botando a paradinha na hora que fala da mão que faz a bomba. Depois da escolha do samba para cá, começamos a estudar mais a obra e abriu muito a mente. Além dessa gravação aqui, a escola produziu uma, que me deu a oportunidade também de gravar outras paradinhas. Sei que vai ser sucesso”.
Mestre Dudu. Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO
O mestre comentou sobre estar mais uma vez a frente da “Não existe mais quente” em uma gravação para o álbum oficial da Liesa: “É sempre bom entregar o melhor para a nossa escola. Fico feliz em mais uma vez comandar essa bateria de mestre André, mestre Coé, mestre Jorjão. É motivo de muito orgulho. Eu sempre conto histórias, que não passava na minha cabeça ser mestre de bateria e de um tempo para cá eu comecei a acordar, enxergar e acho que está em boas mãos. Venho fazendo um belo trabalho. Não é à toa que estão vindo os resultados, juntamente com a minha direção”.
Mauro Amorim, diretor de carnaval. Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO
Mauro Amorim, diretor de carnaval da Mocidade, destacou que a gravação oficial visa emocionar o torcedor da Verde e Branco, destacando como é emocionante presenciar a gravação do samba do qual destacou o techo que mais mexe com ele: “É uma gravação para mexer com a emoção do independente. É um trabalho realizado dentro dos padrões que a Liga estipula de igualdade para todas as escolas, mas cada uma vai dar seu tempero especial. A parte: ‘Naveguei, no afã de encontrar eu me emocionei’ vai emocionar o torcedor. É um samba aclamado pela escola, foi consagrado por unanimidade dentro de todos os segmentos, o que mostra uma escola unida. É muita emoção estar aqui vivendo este momento que a Mocidade está atravessando e é um pré-carnaval que remete muita esperança a todo torcedor independente”.
Jorge Cardozo, responsável pelo arranjo. Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO
O maestro Jorge Cardoso foi o responsável pelo arranjo da escola para a gravação e explicou como elaborou e pensou o mesmo em cima do enredo e do samba escolhido: “A primeira coisa que a gente faz quando vai fazer um arranjo é ler a sinopse do enredo. Depois ver o que a gente pode usar musicalmente dentro do samba-enredo. Esse é um enredo que lembra os carnavais da Mocidade e faz uma alusão ao futuro. É um samba com a letra muito inspirada, bem feita, dentro do enredo, com uma melodia muito bonita, rica. Quando você tem um samba com uma melodia rica, facilita mais para quem vai fazer o arranjo, porque é a melodia que te dá os caminhos para você fazer harmonia e fazer aqueles truques e paradinhas. É muito bem construído e vai render muito mais, e, principalmente, com a escola sendo a primeira a se apresentar na terça de carnaval, ele vai trazer um ar de novidade. As pessoas vão sorrir e se sentir bem”.
Zé Paulo, intérprete da Estrela Guia, contou como foi sua preparação para botar a voz na faixa oficial do samba: “A gente trabalha com fono, faz aula de canto, descansa bastante, apesar dos períodos corridos e curtos. Bebi bastante água, mas o que preocupa é a mudança de tempo. Toda hora está calor, faz frio, chove, a gente entra no ar condicionado, sai de ar condicionado. É ter cuidado com a imunidade para não baixar. E o restante é tudo parte técnica mesmo: fono, aula de canto e concentração”.
O cantor também destacou trechos do samba que mais mexem com ele: “Acho que na primeira: ‘Será que é de ter carnaval sem minha cadência? Alas em tom digital no fim da existência’, é muito bonitq. É uma frase, um trecho que mexe muito comigo. Mas no final do samba: ‘naveguei no afã de me encontrar, eu me emocionei. Lembrei da corda bamba que atravessei. São tantas as viradas dessa vida’. Além de fazer parte do enredo, contempla qualquer pessoa que passa por um motivo difícil e está vivendo isso, ou já viveu. As pessoas vão se identificar bastante com essa parte, é a que vai mais emocionar. O samba pede um pouco de técnica e pede muito de emoção. Ele é dramático em certas partes. Tem tem um apelo mais emocional, mais interpretativo”.
Zé Paulo falou sobre a expectativa que ocorria em relação à escola escolher uma obra que fosse para o lado do Caju, de 2024. O cantor falou sobre sambas populares e como o fenômeno foi um momento único para o carnaval: “São sambas de propostas diferentes. A gente, infelizmente, não teve nenhum samba de apelo popular como Caju, neste ano, que eu acho que faz falta para o carnaval. É totalmente o oposto do caju, mas tem momentos de popularidade. É um samba muito mais denso, com muito mais desenvolvimento crítico. Pode acontecer e se tornar popular por alguns motivos e detalhes que ele tem. Mas acho que o Caju foi um momento único até para o carnaval, há muito tempo a gente não vivia isso no carnaval e de uma hora para outra o samba acaba viralizando e entrando para a história do carnaval. O caju não é um samba campeão do carnaval, mas é um samba campeão de audiência. As escolas têm que aproveitar isso. Toca em roda de samba, toca em outros países, toca em outros estados”.
Compositor Léo Peres. Foto: Matheus Morais/CARNAVALESCO
Léo Peres, um dos compositores da obra de 2025, comentou sobre a importância do samba para ele: “É uma obra muito importante. A nossa parceria veio de uma vitória em 2018, o samba da Índia, também um samba muito bom, e a gente veio batendo uma trave nas últimas disputas e, graças a Deus, esse ano deu tudo certo. É um samba bem completo, que propõe e entrega muito ao enredo. Tem uma questão social muito grande, em prol do meio ambiente, da sociedade. Possui dois refrões muito fortes, uma saída de segunda muito forte. Se encaixa e dialoga a cadência e o andamento da ‘Não Existe Mais Quente”.
A Unidos de Padre Miguel dá mais um passo na sua preparação para o Carnaval 2025 com o início dos ensaios de rua. Após semanas de ensaios de canto realizados na quadra da agremiação, os treinos agora ganham as ruas de Padre Miguel. O primeiro treino acontecerá na sexta-feira, a partir das 21h, na Vila Vintém, na Rua Lomas Valentina, na altura da Loja Chiquita Rações. Todos os componentes e segmentos da escola estão convocados para este importante momento.
“Os ensaios de rua são essenciais para trazer a comunidade para perto e ajustar cada detalhe técnico que será avaliado na avenida. Nossa preparação para o desfile de 2025 está intensa e com muita dedicação. Queremos levar o nome da Unidos de Padre Miguel ao mais alto nível do Carnaval carioca”, afirmou a Diretora de Carnaval, Lara Mara.
Com o enredo “EGBÉ IYÁ NASSÔ”, desenvolvido pelos carnavalescos Alexandre Louzada e Lucas Milato, o Boi Vermelho da Zona Oeste promete emocionar com um desfile que celebra a história afro-brasileira e o legado de Iyá Nassô. A escola será a primeira a desfilar no domingo de Carnaval em 2025.