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Vila Isabel atualiza calendário e terá dois ensaios de rua no domingo em dezembro

A Unidos de Vila Isabel anunciou a atualização de seu calendário para o Carnaval 2025. Devido à previsão de chuva forte nesta quarta-feira, o ensaio de rua desta semana foi adiado para domingo.

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Foto: Divulgação/Vila Isabel

Além disso, a azul e branca de Noel ganhou mais um dia de treino em dezembro: 15/12 (domingo) – último ensaio do ano. Em seguida, a comunidade entra em recesso.

Os ensaios de rua retornam em 8 de janeiro e seguem até 12 de fevereiro. Em 2025, os treinos acontecerão exclusivamente às quartas-feiras.

Confira as datas dos ensaios de rua:
Dezembro: dias 8, 11 e 15
Janeiro: 8, 15, 22 e 29
Fevereiro: 5 e 12

Vídeos: apresentação da Vila Isabel na Cidade do Samba para o Carnaval 2025

Vila Isabel 2025: ouça a versão oficial do samba-enredo

Caldeirão vai ferver! Salgueiro Convida Vila Isabel neste sábado

O evento queridinho dos sambistas segue a todo vapor e, neste sábado, o Acadêmicos do Salgueiro convida a todos a “embarcar neste trem da ilusão” em mais uma edição especial do Salgueiro Convida, evento tradicional que reúne grandes escolas de samba na quadra da Vermelho e Branco tijucana. Desta vez, a coirmã Unidos de Vila Isabel promete fazer o caldeirão ferver no palco da Academia do Samba.

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convida vila

A programação na Rua Silva Teles começa às 20h30, com um animado pagode de aquecimento. Na sequência, o elenco show salgueirense entra em cena, sob o comando do diretor artístico Carlinhos Salgueiro, do carro de som liderado pelo diretor musical Alemão do Cavaco e pela voz marcante de Igor Sorriso, além da esperada Bateria Furiosa, comandada pelos mestres Guilherme e Gustavo.

O destaque da noite será a apresentação da Unidos de Vila Isabel, com a Swingueira de Noel, sob o comando do mestre Macaco Branco, e o intérprete Tinga, que levarão ao público grandes sucessos da azul e branco, incluindo o novo samba-enredo de 2025, “Quanto mais eu rezo, mais assombração aparece”, com letra assinada por Raoni Ventapane, Ricardo Mendonça, Dedé Aguiar, Guilherme Karraz, Miguel Dibo e Gigi da Estiva.

No sábado seguinte, 14 de dezembro, a Academia do Samba receberá em sua quadra a Azul e Branco de Oswaldo Cruz e Madureira, Portela.

Próximas datas do Salgueiro Convida:
21 de dezembro: Imperatriz Leopoldinense
4 de janeiro: Beija-Flor de Nilópolis

Serviço: Salgueiro Convida Vila Isabel
Data: Sábado, 7 de dezembro de 2024
Horário: A partir das 20h30
Local: Quadra do Salgueiro – Rua Silva Teles, 104, Andaraí

Ingressos:
Pista: R$ 50
Jirais: R$ 100
Mesas (4 pessoas): A partir de R$ 250
Camarotes (15 pessoas): De R$ 1000 a R$ 1300
Vendas: Site Guichê Web
Bilheteria da escola

Paraíso do Tuiuti terá elenco com bailarinas trans na comissão de frente

O desfile do Paraíso do Tuiuti promete causar no próximo carnaval. A escola de samba terá na comissão de frente um elenco formado apenas por bailarinas trans – um fato inédito na história dos desfiles das escolas de samba. Os ensaios já começaram e a coreografia é dos consagrados Edifranc Alves, primeiro solista do Theatro Municipal, e de Claudia Mota, primeira bailarina do Municipal, que vai completar 20 anos de Avenida em 2025.

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trans tuiuti

As integrantes são: Alynah, Lua Maria, Eloá, Samy, Aurora, Loren, Pietra, Joanne, Daniela, Azueello, Bellas, Yuka, Candela e Kley.

No ano que vem, o Tuiuti desfila com enredo sobre a história de Xica Manicongo, considerada a primeira travesti não indígena do Brasil. O desenvolvimento é do carnavalesco Jack Vasconcelos.

Vídeos: apresentação do Tuiuti na Cidade do Samba para o Carnaval 2025

Galeria de fotos: apresentação do Paraíso do Tuiuti na Cidade do Samba

Paraíso do Tuiuti 2025: ouça a versão oficial do samba-enredo

Álbum da Série Ouro 2025 chega às plataformas digitais às 00h desta quinta-feira

Um dos momentos mais aguardados do pré-carnaval está chegando: o lançamento do álbum com os sambas de enredo da Série Ouro 2025. Com a produção musical de Macaco Branco, as 16 faixas buscam trazer a essência de cada composição e de cada escola de samba. O produto chega às principais plataformas digitais às 00h desta quinta-feira. Hugo Junior, presidente da Liga RJ, elogiou a qualidade musical do álbum e o nível das composições deste ano. Segundo ele, a safra de sambas reflete o esforço coletivo das agremiações e da equipe de produção.

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album ligarj2025

“O trabalho realizado por todos os envolvidos demonstra o talento e a dedicação das escolas e da equipe de produção. É um material que certamente elevará ainda mais o nível do nosso carnaval. Esta edição do álbum evidencia a força criativa das escolas da Série Ouro, com sambas que mesclam tradição e inovação, com obras emocionantes e marcantes”, analisou Hugo Junior.

Em seu terceiro ano consecutivo à frente da produção musical da Série Ouro, Macaco branco destacou o cuidado e a dedicação empregados em cada etapa da construção do disco. Segundo ele, o objetivo principal foi atingido com sucesso: um álbum que vai impactar os fãs do carnaval.

“Tivemos um processo muito bom. Iniciamos com a base, conciliando as ideias dos arranjadores com os mestres de bateria, nas partes harmônicas e de percussão. Depois, gravamos os coros, as vozes principais e finalizamos com a mixagem. Posso garantir que o álbum está repleto de musicalidade e sambas incríveis que ficarão marcados na memória de todos”, garantiu o produtor musical.

Os sambas foram gravados no M&C Studio e o processo de mixagem e masterização ficou a cargo de Maurício Fonseca. Os arranjos foram feitos pelos músicos Alan Vinicius, Victor Nascimento, Andy Lee, Victor Alves, Hugo Bruno e Kayo Calado, enquanto os coros tiveram as participações de Lissandra Oliveira, Millena Wainer e Ângela Sol, além dos cantores de cada escola.

Para marcar o lançamento, a Liga RJ promove o Esquenta Carnaval, no próximo sábado (7), a partir das 14h, na Cidade do Samba, com entrada franca. O evento contará com desfiles das 16 escolas da Série Ouro, proporcionando um aperitivo do que os foliões podem esperar na Marquês de Sapucaí.

Público destaca energia dos componentes das escolas nos minidesfiles do Grupo de Acesso 2

A Festa do Lançamento dos Sambas de Enredo do Carnaval de 2025 começou com os minidesfiles das dez agremiações que compõem o Grupo de Acesso 2 do carnaval de São Paulo. O público que compareceu à Fábrica do Samba no sábado teve a oportunidade de ter as primeiras impressões do que as escolas pretendem apresentar no Anhembi no próximo ano, sendo tema de conversa entre as pessoas.

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Boi-bumbá, samba de roda e estreias: os destaques do Grupo de Acesso II no minidesfile

Entre trabalhadores dos barracões, familiares dos desfilantes e sambistas veteranos, o público presente nas arquibancadas para apreciar o Grupo de Acesso 2 tinha no geral uma relação mais próxima com os desfilantes e as próprias escolas que passaram. Primeira da Cidade Líder e Camisa 12 foram as escolas mais mencionadas pelas pessoas que conversaram com o CARNAVALESCO, que aproveitaram para elogiar a organização do evento promovido pela Liga-SP, destacando principalmente a melhora nas arquibancadas.

Gabriel Serafim, 26 anos, analista de treinamento

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“Está incrível, a Liga está superando a cada ano. Ano passado eu não pude estar presente, assisti pela internet, mas estava maravilhoso e esse ano está incrível. Todas as escolas foram lindas. Eu estou aprendendo ainda os sambas, mas eu estou cantando bem dentro do que consigo. A Cidade Líder tem uma força única, e eles estão sempre batendo na trave, mas esse ano a gente vai ganhar. Camisa 12 também estava incrível”.

Elen Cruz, 37 anos, aderecista

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“Eu estou adorando. Está tudo muito lindo, essas escolas são muito bonitas e essa é a energia que a gente quer ver com as escolas no nosso próximo carnaval. Eu acho que todas as escolas foram muito bem, com muita animação. Sem dúvidas a Unidos do Peruche se destacou, com o enredo sobre Seo Carlão e toda energia perucheana. Todas as escolas no geral vieram muito bem. Pérola Negra, Camisa 12, até agora tudo está muito bonito”.

Janete Ribeiro, 59 anos, pedagoga e estudante de direito

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“Todos os anos eu venho e acho que a cada dia está melhorando mais, principalmente esses espaços que aumentaram agora para a gente. Eu acho maravilhoso, melhorou muito, muito mesmo, a Liga está de parabéns pela organização. A parte da arquibancada das pessoas, eu acho que ficou ótimo porque as pessoas ficavam todas acumuladas aqui na frente, não deixavam os de trás verem, e como fizeram essa arquibancada ficou maravilhoso. Todas as escolas foram excelentes, principalmente os componentes que a maioria é amigo da gente. É muito bom, muito gostoso. A Imperador e o Raízes eu achei excelentes”.

Flávia Gomes, 45 anos, vendedora

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“Festa maravilhosa. É fantástico porque eu amo o carnaval e hoje eu acompanho o Carnaval pela minha filha. Carnaval é vida, carnaval é alegria, carnaval é esperança, eu amo o Carnaval. Os minidesfiles foram maravilhosos, todas as escolas estão de parabéns. A Cidade Líder foi fantástica, a energia deles estava maravilhosa”.

Flávio Morganti, o Sukata, compositor

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“A festa é muito bem-organizada pela Liga. A cada ano que passa, o evento fica mais fácil de você vir. Você chega em um bar fácil, chega para comer fácil, para estar esse ano tem o estacionamento do terreno, os banheiros todos limpos, tudo muito bem-organizado. Pelo que vimos nos minidesfiles, acho que se você começar a tirar uma temperatura de hoje, o que vem pela frente, o negócio vai ser bom. Do Acesso 2 se destacaram a Imperador do Ipiranga e o Morro da Casa Verde. Do Morro, o samba é muito bonito e a Imperador porque é uma escola que eu tenho uma paixão, aí já é mais paixão do que razão. Eu acho que até agora está tudo muito bem-feito”.

Eugênio Leal sobre o samba da Grande Rio para o Carnaval 2025: ‘É força de caboclo’

“A Mina é Cocoriô” tem grande chance de ser o verso mais cantado, ouvido, gritado no carnaval de 2025. O samba da Grande Rio é uma rara espécie de “clássico instantâneo” no gênero samba-enredo. Desde que foi lançado como concorrente causou impacto. Isso porque alcançou a árdua tarefa de unir, com extrema sensibilidade, o samba carioca à magia da musicalidade paraense. Sua maior virtude é ter muito da sonoridade local, é ter cheiro de Pará. Isso lhe confere uma “verdade” pouco comum no universo de sambas de enredo, quando se fala de temas distantes do Rio de Janeiro.

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O enredo dos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad constrói, a partir da lenda das princesas turcas, um mosaico da cultura popular paraense. É uma história envolta em magia, ancestralidade e fé. Tem como base as religiões Tambor de Mina e Catimbó-Jurema, braços da Umbanda, muito populares na região. E abraça a cultura do local através de ritmos como o Carimbó que tem muitas músicas cujas letras abordam estes cultos miscigenados. Algumas destas músicas estão inclusive presentes na sinopse como forma de compor o cenário místico do enredo e mostrar o quanto ele se identifica com a crença dos paraenses.

As princesas Mariana, Herondina e Jarina teriam partido da Turquia fugindo de uma guerra, que teoricamente é a guerra que marcou o fim do Império Otomano – há pouco mais de um século, e chegado até Ilha de Marajó, ou perto dali. Vítimas de um naufrágio, se encantaram e passaram a receber proteção de uma entidade local, o Verequete, indo parar no fundo dos rios amazônicos. Reza o misticismo popular que cada uma se transformou num animal da fauna local, como diz o samba. Aliás, vamos a ele.

Vídeos: apresentação da Grande Rio na Cidade do Samba para o Carnaval 2025

É uma obra que partiu do concurso realizado entre as Escolas de Samba de Belém, a pedido da Grande Rio. Cada agremiação de lá apresentou seu concorrente e dois deles se classificaram para a semifinal em Duque de Caxias. O compositor paraense Ailson Picanço, que há anos já participa das disputas de samba-enredo nas escolas do Rio de Janeiro, foi convidado pela escola “Deixar Falar” para compor o samba deste concurso. Mestre Damasceno, referência da cultura popular marajoara, também foi convocado. Junto com Davison Jaime, Tay Coelho e Marcelo Moraes eles assinam o belo samba da tricolor de Caxias.

A abertura do samba é de uma sonoridade incrível. As palavras são de fácil dicção e a melodia as usa para construir um cenário musical, que combinada com a história que está sendo contada, nos atiça a imaginação e nos transporta para os rios da floresta. Quando um samba toca a imaginação de quem o escuta atinge o máximo do que se pode esperar de uma obra artística musical.

Grande Rio 2025: ouça a versão oficial do samba-enredo

Ailson Picanço contou ao Podcast SAMBA LEAL que a frase “A mina é cocoriô”, que inicia o samba, é usada para iniciar os rituais religiosos do Tambor de Mina. Na sequência a história das princesas é contada com muita sensibilidade de uma forma que só poderia ser feita por quem conhece a fundo essa cultura porque vai desfilando uma série de itens locais e encaixando-os com maestria no desenvolvimento da trama… “Feitiçaria Parawara (o que vive no rio) / A mesma Lua da Turquia / Na travessia foi encantada / Maresia me guia sem medo / Pro banho de cheiro / Na encruzilhada, espuma do mar / Fez a flor do mururé desabrochar”. Este verso, por exemplo, é como se a chegada das princesas despertasse a vida nas plantas aquáticas.

A letra segue desfilando referências locais para descrever a vida em meio às águas amazônicas. “Pororoca me leva pro fundo do igarapé / Se desvia da flecha, “não se escancha em puraqué…”. Aqui há uma citação à música “Este rio é minha rua”, escrita por Ruy Barata e seu filho Paulo André, sucesso na voz de Fafá de Belém. Puraqué é um grande peixe elétrico das bacias amazônicas, que dá choque. Escanchar seria montar no peixe. Quem “se escancha em puraqué” é porque não sabe o que está fazendo e vai se dar mal. Na sequência novas citações a seres do folclore “Quem é de barro, no igapó (parte alagada da floresta), é Caruana (energia subaquática) / Boto assovia, Mãe d’Água dança… Se a Boiúna (cobra grande do fundo do rio) se agita, é banzeiro (movimento das ágias que pode até virar um barco), banzeiro”.

No meio do refrão os autores introduzem outra referência musical. “Quatro contas” é uma das músicas da cantora Dona Onete, que estará no desfile. Essas contas são as três princesas e a Jurema, árvore sagrada. Para depois citar os animais em que se transformam as turcas: “Quatro Contas, um cocar (da Jurema) / Salve Arara Cantadeira (Mariana), Borboleta à espreita e a Onça do Grão-Pará (Herondina)”. Na mitologia Jarina, a terceira princesa se transforma em Jiboia e não em borboleta. Mas há um trecho da sinopse que cita uma borboleta azul em que se pode voar. Lembrem que é um enredo baseado em encantarias e não em fatos científicos.

Galeria de fotos: apresentação da Grande Rio na Cidade do Samba

A segunda parte do samba mergulha fundo nos rituais religiosos. “Na curimba de Babaçuê (Tambor de Mina) / Tem falange de ajuremados / A macaia (ritual na mata) codoense (Codó é uma cidade no Maranhão, estado vizinho ao Pará) é macumba de outro lado / Venham ver as Três Princesas “baiando” no Curimbó / É Doutrina (músicas do tambor de mina) de Santo rodando no meu Carimbó”. Este trecho tem melodia picotada, swingada que dá um balanço diferente para remeter aos batuques.

O samba parte para sua reta final jogando o tom lá no alto em melodia crescente para explodir no refrão enquanto a letra segue tratando do que acontece nos terreiros do tambor de mina. “E foi assim… Suas espadas têm as ervas da Jurema / Novos destinos no mesmo poema / E nos terreiros, perfume de patchouli / Acende a brasa do defumador
Pro mestre batucar a sua fé / Noite de festa… Curió (pássaro cujo nome é indígena e significa amigo do homem) Marajoara / Protege Caxias, nas Águas de Nazaré”.

E chega o refrão muito valente, daqueles para empurrar a evolução da escola. Porque “É força de Caboclo, Vodun e Orixá / Meu povo faz a curva como faz na gira / Chama Jarina, Herondina e Mariana / Grande Rio firma o Samba no Tambor de Mina!”. Um perfeito resumo do enredo citando as princesas, a escola e o tambor de mina.

É um samba com um recheio cultural consistente que se percebe na letra e transborda na melodia. Tem tudo para conduzir a Grande Rio a um desfile inesquecível, com a força dos povos do Pará e de Caxias.

Boi-bumbá, samba de roda e estreias: os destaques do Grupo de Acesso II no minidesfile

Abrindo os minidesfiles que marcam o lançamento do CD das escolas de samba de São Paulo no ano seguinte, a Fábrica do Samba recebeu as dez escolas do Grupo de Acesso II – divisão com cada vez mais destaque pela diminuição gradativa de agremiações (eram doze em 2023 e serão dez em 2025), aumentando a competitividade; e pela mudança na data, saindo da segunda-feira de carnaval para o sábado no fim de semana anterior à folia de Momo. Mostrando criatividade e emoção, as escolas inauguraram com força o já célebre dia 30 de novembro de 2024. O CARNAVALESCO acompanhou todos os minidesfiles das dez agremiações e compartilha os destaques de cada instituição no evento que já se tornou o maior do pré-carnaval paulistano.

Galeria de fotos: minidesfiles do Acesso II de São Paulo para o Carnaval 2025

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Raízes do Samba

Estreante nos grupos organizados pela Liga-SP, o Raízes mostrou desenvoltura na estreia entre as coirmãs mais tradicionais da cidade de São Paulo. Prova disso é a utilização de um elemento com o emblema da escola, para que todos já se familiarizassem com a novata. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Danielle Santiago e Alex Augusto, aproveitou para mostrar que os giros estão em dia, utilizando bastante tal artifício na frente de cada uma das arquibancadas – que aplaudiam o pavilhão da instituição. Dentre os casais, por sinal, destaque para o terceiro, com máscaras faciais. Juninho Branco, intérprete da instituição, empolgou os componentes com vários gritos de guerra, deixando os desfilantes animados e com uma evolução bastante solta – sintetizadas pelas baianas, que estavam coreografadas e girando com frequência.

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Imperatriz da Pauliceia

Com alguns componentes bastante conhecidos no mundo do samba, a escola da Vila Esperança também investiu em pinturas faciais – logo de cara, na comissão de frente. Ronaldo e Leila, primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, valorizaram o samba no pé para o público presente. A parte musical, entretanto, foi o destaque: em mais uma grande exibição de Tiganá, o samba-enredo foi potencializado por uma ótima tarde da Swing da Pauliceia, comandada por mestra Rafa. Por sinal, muito provavelmente influencida pela comandante, foi possível notar muitas mulheres ritmistas e, também, com diretoras de naipes.

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Unidos do Peruche

Um dos lançamentos de enredo mais emocionantes do carnaval paulistano neste ciclo foi coroado com um chão muito forte da Filial do Samba no minidesfile. Com seo Carlão, fundador da escola e grande homenageado do enredo, à frente, ficou nítido que a “peruchada”, como descrito no samba-enredo, comprou o samba – e fez questão de deixar isso bastante claro, cantando forte a canção. Foi interessante, também, ver a montagem da agremiação, com a bateria (com muitos ritmistas, diga-se) encerrando a apresentação. A Rolo Compressor, comandada por mestre Marcel Bonfim, teve uma das maiores cortes de todos os minidesfiles: cinco destaques à frente.

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Torcida Jovem

Conhecida no mundo das escolas de samba como “cabeça”, a entrada da agremiação chamou bastante atenção. A escola, que homenageará São Luís, veio com um boi-bumbá à frente, interagindo com outros componentes da comissão de frente. Entre os dois primeiros casais de mestre-sala e porta-bandeira (Gabriel Vullen e Joice Cristina, o primeiro deles, esteve bem sorridente e com movimentos leves), uma ala coreografada também chamou atenção. Comandados por mestre Marcelo Caverna, a Firmeza Total fez uma bossa no refrão principal que contagiou – a canção, por sinal, foi bem levada pelos componentes ao longo de toda passarela. Ainda falando sobre a bateria, vale destacar a presença de um pandeirista à frente dos ritmistas.

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Pérola Negra

Desde 1988 sem disputar o terceiro pelotão do carnaval paulistano, a tradicionalíssima escola da Vila Madalena contou com alguns nomes de destaque. Bruno Ribas, um dos intérprete da instituição, esteve presente em um modelito inteiramente vermelho. A cor, por sinal, esteve muito presente nos primeiros figurinos, talvez indicando algo para o desfile. Lucas Donato, que completa a dupla, veio na cor azul e branco – completando as cores oficiais da instituição da Vila Madalena. Outro ponto de atenção foi a estreia de Carlos Augusto Rezende, o Sombrinha, como mestre de bateria da Swing da Madá: e ele já começou com o pé direito, fazendo uma bossa no refrão principal que vai albuns versos além. Por sinal, a escola teve bom nível de canto, sobretudo nos últimos versos do refrão – “Se você não respeitar/A Vila Madalena vai te cobrar”. Dentre os bandeirões que fecharam o minidesfile, destaque para o que homenageava Mydras, torcedor declarado da escola e famoso compositor de sambas-enredo na folia paulistana.

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Morro da Casa Verde

A entrada do Morro foi destaque e nem precisou de muito investimento em algo estético para isso. O carro de som da escola, conduzido pelo renomado Wantuir, cantou o tradicional hino da verde e rosa, depois executou uma versão de “Muito Obrigado Axé” (clássico de Carlinhos Brown) e emendou uma passagem inteira do samba com uma caixa de guerra na marcação, timbau, cavaco e tantan, tal qual um samba de roda – com os componentes cantando bem desde então. Só depois o intérprete deu o grito de guerra e a marcação tradicional do samba-enredo começou. A comissão de frente dava destaque para um integrante todo paramentado, e a ala seguinte era coreografada, com alguns componentes representado orixás. As baianas trouxeram folhas de arruda para benzer os caminhos da agremiação, e a Bateria do Morro, sob a batuta de mestre Fábio Américo, fez uma ótima bossa depois do refrão do meio.

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Imperador do Ipiranga

Enquanto a bateria esquentava, a escola fez algo que poucas fizeram nesse ano: lançaram papel picado, dando um destaque especial ao momento. Na comissão de frente, Yasmin, a menina que encantou no quesito no desfile de 2024, novamente apareceu destacada na coreografia – que contou com leques por parte dos integrantes. Estreando na agremiação, Alex Malbec sambou bastante para acompanhar Naiomy Pires, formando o novo primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da instituição da Vila Carioca. A estreia de mestre Renato Fuskão à frente da Só Quem É também foi marcante, com uma bossa nos versos antes do refrão principal e com o carro de som deixando a agremiação cantar à capela.

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Primeira da Cidade Líder

Mais um conjunto musical foi destaque na apresentação da escola que homenageará Pai Tinho, famoso pai de santo da Zona Norte paulistana. A Batucada de Primeira, comandada por Alexandre Junior, o mestre Alê, fez uma inventiva bossa na segunda estrofe do samba. A escola também contou com ótima condução do aclamado samba por Thiago Melodia. Formando o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Fabiano Dourado e Sandra de Jesus investiram nos giros, mostrando sincronia e velocidade. Por fim, importante citar a solução da agremiação para se apresentar: após a comissão de frente, guardiões carregavam peças que, juntas, formavam a palara “Líder”.

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Brinco da Marquesa

Após cair e voltar em um período de dois anos, a agremiação do Cursino mostrou força e animação, com uma evolução bastante leve dos componentes. Mesmo com umvento bastante forte soprando, Samuel Lemos e Mariana do Carmo souberam conduzir o pavilhão com força, aproveitando para mostrar samba no pe. A Fantástica, sob a batuta dos mestres Bigode e Maurício Camilo, aproveitou para também mostrar criatividade ao fazer uma série de convenções – incluindo um apagão no verso “Mas alguma coisa acontece no meu coração”, último antes do refrão principal.

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Camisa 12

Encerrando os minidesfiles do Grupo de Acesso II, a agremiação foi recepcionada com fogos – das poucas e utilizar tal artifício tão comum em eventos carnavalescos no Anhembi. A Ritmo Doze, comandada por Luís Felipe Moreira, o mestre Lipe, não fez o primeiro recuo e foi direto para a passarela, optando por improvisar um box na esquina das duas alamedas que formavam a passarela – os ritmistas, por sinal, estavam bastante cadenciados. Luã Camargo, primeiro mestre-sala da instituição, veio com um chapéu africano para dançar com Estefany Righetti, mestre-sala – e ambos também resistiram à ventania. A 12, por sinal, trouxe quatro casais próprios e mais um da Academia de Casais e veio bastante leve para evoluir.

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Público destaca energia dos componentes das escolas nos minidesfiles do Grupo de Acesso 2

Galeria de fotos: minidesfiles do Acesso II de São Paulo para o Carnaval 2025