Estácio de Sá divulga versão inédita de seu samba-enredo gravada em espanhol
A Estácio de Sá divulgou uma nova versão de samba-enredo para o Carnaval 2019. O intérprete Serginho do Porto canta a obra sobre o enredo ‘A Fé que emerge das águas’ ao lado da cantora panamenha Sandra Sandoval e do grupo Afrodisíaco. É a primeira vez na história que um samba-enredo é gravado em outra língua, que não o português.
Em 2019 a Estácio de Sá será a terceira escola a desfilar no sábado de carnaval, pela segunda noite de desfile da Série A. O Berço do Samba apresenta o enredo ‘A fé que emerge das águas’ sob desenvolvimento do carnavalesco Tarcísio Zanon.
Vai-Vai demonstra evolução e desempenho de Grazzi Brasil é o destaque do ensaio técnico
Por Matheus Mattos

Encerrando a noite de ensaios do sábado, o Vai-Vai mais uma vez contou com a presença em massa do público que assistiu em grande parte no monumental e participou desfilando no final da escola. A agremiação trouxe placas em repúdio a violência contra a mulher.
Comissão de frente
Considerada um ponto alto para o desfile, a coreografia da comissão de frente mostrou estar bem entrosada. A dança usa a interação com o público de forma estratégica, principalmente com a presença de uma criança, que motiva ainda mais o sambista de fora. O ato faz com que a arquibancada participe ativamente de todo trajeto da ala.
Bateria
A bateria Pegada de Macaco, dos mestres Tadeu e Beto, realizou bossas que destacam os naipes em questão, seja ele o timbal ou o agogô.
“A batucada tá normal, não da pra você ver toda escola, a gente tá num setor e não da pra acompanhar tudo. Nós cumprimos o que tinha que cumprir de ponta a ponta”, explicou o mestre.
Evolução
A escola traz uma proposta bastante coreografada, e bem realizada, demonstra sinais de organização e comprometimento das pessoas envolvidas. Os passos não tornam a escola mecânica porque são feitas em trechos do samba. Talvez pela quantidade de pessoas que desfilam, o começo foi um pouco corrido. Com apenas duas passagens do samba, a primeira ala já estava em frente ao setor B.
Samba-Enredo
Por carregar uma letra forte e com alto nível de representatividade, o samba continua se mostrando a cara da comunidade. O componente canta, evolui de forma natural e isso gera um padrão sonoro.
“Acho que fizemos um bom trabalho, claro que sempre tem o que melhorar até o grande dia, mas foi gostoso, o pessoal cantou com a gente. O Vai-Vai tem um chão que pelo amor de Deus, eu sou suspeita né, mas o Vai-Vai tem um chão maravilhoso, todo mundo canta”, afirmou a cantora Grazzi Brasil.
Mestre-sala e Porta-bandeira
O casal oficial, Pingo e Paula, mantiveram o bom nível de entrosamento. Ambos carregam muita simpatia durante seu bailado com passos que valorizam o estilo clássico. Os dois voltaram a dançar no sambódromo quando a escola passou completamente pela linha final.
Harmonia
Houveram oscilações de canto entre as alas, principalmente entre os setores do meio da escola, mas nada que comprometesse o quesito.

“Durante a entrevista após o primeiro ensaio eu falei que o nosso objetivo era chegar no ponto mais alto da montanha, e que a cada dia a gente ia subindo um degrauzinho. Fizemos um primeiro ensaio muito bom, hoje fizemos um ensaio tecnicamente mais encaixado, ainda acho que falta encontrar uma explosão, que acho que acontece no momento certo”, disse Lourival, diretor de carnaval.
Outros Destaques
Circulou vídeos de um componente do Vai-Vai agredindo uma mulher durante o primeiro ensaio técnico. Em resposta, muitos setores da escola demonstravam seu repúdio com placas, faixas e mensagens nas roupas. Dentre todas as manifestações, o terceiro casal de mestre-sala e porta-bandeira se destacou ao bailar com o pavilhão repudiando o ato. A dupla evoluiu com máscaras representando o filme Pantera Negra.
X-9 Paulistana faz segundo ensaio mais cauteloso e prioriza lado técnico
Por Matheus Mattos

Com faixa prestando solidariedade pelo incêndio que atingiu o alojamento da equipe de futebol sub-17 do Flamengo, a X-9 Paulistana entrou na pista para realizar o seu segundo ensaio. A escola trouxe um clima mais frio do que o primeiro treino no Sambódromo e priorizou a parte técnica dos desfilantes.
Comissão de Frente
Coreografada pela Yaskara Manzini, a ala trouxe o que pareceu ser a coreografia oficial. Os bailarinos encenavam passos de danças africanas e com presença do pavilhão com o emblema da escola. No primeiro ensaio o quesito apresentou uma coreografia informal, similar a que fazem na quadra. Eles trouxeram o gigante quadripé, porém optaram por não interagir.
“Foi quase a coreografia oficial, ainda tem um elemento surpresa que está no quadripé e que a gente não mostrou nesse ensaio, mas no próximo vai acontecer. A alma da coreografia veio hoje na avenida”, afirmou a coreógrafa.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Cercado por 20 guardiões, o casal Marcos Eduardo e Lyssandra Grooters, levantou a arquibancada ao realizar seu bailado. A dupla dançou com empolgação, carregado de sentimento e visível comprometimento máximo de ambos. Os dois voltaram a dançar após a última ala cruzar a linha final.
“Hoje a gente já conseguiu sentir mais a vibração da escola, até pela conta do som já estar na pista inteira. O gás que a gente tava no primeiro ensaio veio revigorado, foi um saldo positivo”, disse o mestre-sala.
Bateria
Assim como a bateria da escola anterior, a pulsação Nota Mil também realizou apagões, porém em trechos pontuais. Em comparação ao primeiro técnico, a dupla de mestres, Kito e Fábio, economizou e soltou paradinhas com mais cautelas, valorizando a sustentação do canto da escola.
“Foi um ensaio bem melhor que o primeiro, hoje a gente fez um ensaio pra escola num geral. Conversamos com os diretores de harmonia e vimos que a sustentabilidade é essencial, menos bossas, valorizando o andamento do samba. O primeiro ensaio foi muito na empolgação, hoje foi mais técnico”, explicou o mestre.
Evolução
A entrada no recuo comprometeu o quesito. A ala da frente não esperou e ocasionou um buraco em frente à torre 04. Problemas de distribuição de componentes e separação dentro das alas também foram notados.
Harmonia
Comparando com o primeiro ensaio, a escola caiu de nível na parte sonora dos componentes. Pelo fato de estar com um número maior de foliões, isso pode ter ocasionado a queda de nível no quesito. Nota-se integrantes que não sabem cantar o samba.
“A gente fez um primeiro ensaio muito na emoção. Hoje não, hoje a gente fez um ensaio mais técnico, tentamos arrumas problemas que tivemos no primeiro técnico. Não apresentamos o que a gente quer apresentar, mas foi um ensaio tecnicamente melhor”, disse o intérprete Darlan Alves.
Samba
Impulsionados por Darlan Alves, a ala musical teve um desempenho satisfatório. O samba tem pontos de explosão estratégicos e que traz a escola pra uma animação uniforme, principalmente, na retomada do refrão de cabeça e no meio da segunda estrofe.
A agremiação xisnoveana também teve que enfrentar um problema nas caixas de som do Sambódromo. Durante a passagem da bateria em frente ao monumental (setor B), as caixas se desligaram e oscilaram algumas vezes até voltarem definitivo. A falha não comprometeu o treino.
Outro destaque foi a emoção do presidente Branco durante a passagem da escola. Ele acompanhou o ensaio em frente ao recuo, interagia com a comunidade que passava na sua frente e encerrou o desfile no meio da última ala.
Um desentendimento entre integrantes da entidade no final também foi notado. Alguns diretores procuraram apaziguar a situação.
Gaviões da show de canto e mostra em ensaio que está pronto para briga
Por Fiel Matola

Quando se fala em uma escola de samba que veio de uma torcida organizada, muitos viram a cara, porém, os Gaviões da Fiel mostraram no ensaio deste sábado, que tem como unir tudo e mostrar um grande trabalho.
Com aproximadamente uma hora de treino, a escola iniciou com o presidente Rodrigo Gonzales pedindo para todos se abraçarem, dizendo que um ensaio era um desfile para eles, que nunca poderiam esquecer a origem que é a torcida. Mais uma vez, um integrante foi homenageado, dessa vez foi Thomas, que acabara de falecer, ele que foi o compositor do primeiro break de estádio da torcida, este break que foi cantado pelo próprio presidente e intérprete.
Foi cantado o hino do Corinthians e em sequência o samba-enredo do ano, que é uma reedição de 1994. A entrada no Anhembi já foi positiva, com um início bem atuante.
Comissão de Frente
A começar pela comissão de frente, a escola emocionou, um grupo de componentes de máscaras com expressão de mau brigavam com outros que estavam com máscaras sem expressão.
Uma mulher fazia uma dança para um engravatado que esbanjava dinheiro. Em seguida, entrava em cena um componente todo caracterizado como se tivesse “banhado” à lama fazendo referência ao acidente em uma barragem em Brumadinho.
O engravatado então “bate” neste componente, passando veracidade à cena e deixando o público presente emocionado. No final, os mascarados ficam em volta do componente de lama, este que mostra sentimento de falta de ar. Um participante vestido de bombeiro carrega-o pelo braço. A comissão do coreógrafo Edgar Júnior foi aplaudida por todos. No meio da cena levanta-se um cartaz com os dizeres: “Toda fortuna do mundo não VALE uma vida… Força Brumadinho/MG!”
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
Vestidos com fantasias, o casal Wagner Lima e Adriana Mondijan, bailaram com sincronia e tranquilidade. Ele sempre com olhar fixo para ela, com uma dança bem coreografada e sem muitos percalços pelo caminho. A fantasia deles era toda preta, a dela acendia luzes led’s vermelhas.
Harmonia e Samba
O canto da escola foi excelente, o samba ajudou, mostrando que a escolha foi certa por essa reedição. Uma obra que foi muito cantada pela torcida que estava na arquibancada. Ernesto Teixeira e sua equipe do carro de som, mais uma vez, mostraram força e boa performance. O apagão da bateria que ocorreu na frente do box que estava a torcida foi cantado por toda comunidade. Vale ressaltar que a comunidade fez bem seu papel e era difícil notar alas sem cantar, uma harmonia para ninguém botar defeito. O intérprete fez o balanço do ensaio.
“Um ensaio cheio de emoção, nós perdemos um grande colaborador da Gaviões hoje, o Thomas nosso autor do primeiro break de estádio, e isso altera ainda mais a adrenalina e a emoção mesmo sendo ensaio. Trabalho bom e perfeito, todos setores sincronizados, caminhando no rumo certo”, explicou o intérprete.
Evolução
Com um andamento bom, sem acelerações, clarões ou impressão de parada militar. O componente brincou. Vale destacar o momento do samba em que todos abrem os braços e vão para um lado e para o outro como se fossem gaviões. A diretora de harmonia, Regina Dercoli, pontuou que ainda há coisa para melhorar.
“Eu sou muito crítica, tem bastante coisa para melhorar, mas no próximo ficará 100%”.
Bateria

Mestre Ciro estava ao lado de Sabrina Sato. Ela que trajava uma fantasia prata esbanjando simpatia, e ele que estava com o rosto pintado de branco e preto como todos da bateria e alguns componentes da harmonia. A bateria teve um bom andamento e fez bonito no Anhembi, com um apagão na parte do samba “Vou, vou pra Bahia Acende a chama No terreiro de iá iá é a força da magia que me arrepia e se espalha pelo ar.”
“Estamos satisfeitos. É emocionante trazer essa reedição, passando por tudo que estamos passando, estou muito satisfeito, acho que esse ano vem coisa boa para Gaviões. O significado do nosso rosto pintado de preto e branco é que nossa raiz é da arquibancada, e o que a arquibancada faz, nós repetimos aqui também na avenida e é com a raça corinthiana que a gente vai em busca do título”.
A escola de samba Gaviões da Fiel aposta na reedição do carnaval de 1994, que traz o enredo: “A Saliva do Santo e o Veneno da Serpente”. A agremiação encerra a noite de desfiles de sábado.
Com boa condução do carro de som, Águia de Ouro oscila em sua harmonia no ensaio técnico
Por Fiel Matola
Com um samba cadenciado e bem cantado pelo carro de som, a comunidade da Pompéia
pintou de azul, verde e amarelo o Anhembi na noite de sábado. Com uma hora e dez de
duração, a evolução e a bateria foram pontos positivos para a escola, já a harmonia oscilou
bastante no segundo ensaio. Às 20h10, Tinga e Douglinhas iniciaram o esquenta da escola, com sambas antigos, música do Tim Maia e o samba exaltação. O presidente Sidnei, pediu força e garra aos componentes. Ele disse ao site CARNAVALESCO que queria mostrar através do carnaval que o brasileiro é forte, mas que a festa está aí para ser brincada.
“O momento para nosso enredo é propício, é um momento de reflexão para o povo brasileiro, um momento de olhar para trás e não permiti que se repitam as coisas ruins. O foco do nosso enredo é esse, olhar para o passado e ver que há mais de 500 anos se faz o que vem acontecendo nos últimos anos e que o povo foi para rua para dizer basta. Carnaval é magia e no momento estamos planejando tudo para proporcionar um bom espetáculo para todos e que o brasileiro se identifique com o nosso carnaval, porém, carnaval é alegria e a festa está aí para ser brincada”, disse o dirigente.
Comissão de Frente

Os componentes da Comissão de Frente apresentaram coreografia dentro do samba, metade deles vieram vestidos de branco e a outra metade de preto, demonstrando uma luta, que seria do bem contra o mal. Perguntado sobre o que a escola iria trazer em sua comissão, a coreógrafa antecipou ao site um pouco do que ela trará.
“A Comissão de Frente trará a garra do brasileiro, quando a gente não quer ser dominado e nós não queremos ser explorados, seja pelos portugueses que nos colonizaram ou pelos políticos que nos dominam hoje em dia”, disse Cris Rabelo.
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
João Camargo e Ana Paula Reis ensaiaram com um bailado bonito e solto, o casal trouxe para o Anhembi a leveza da porta-bandeira e o olhar do mestre-sala para com ela. Com passos sincronizados e apresentação do pavilhão, a porta-bandeira teve que lutar contra o vento, que pelo menos nas primeiras torres de julgamento deram trabalho para ela, fazendo com que fizesse força para não deixar a bandeira enrolar.
“Isso é uma luta que trabalhamos o ano inteiro, por isso, tem os ensaios, nós viemos já esperando esses ventos que entram justamente no meio da torre. Mas, graças a Deus a gente vem com destreza. Porta-bandeira tem que ser guerreira”, comentou Ana
Paula.
Perguntado sobre o balanço do ensaio, o mestre-sala disse que foi positivo: “Sempre positivo com muita sinergia, com muita tranquilidade e maturidade, um trabalho coeso que a gente vem trabalhando há bastante tempo, e o mais importante é que estarmos com o grupo em sintonia, termos movimentos ordenados, sincronismo e bastante entrosamento no olhar”.
Harmonia e Samba
A escola teve oscilações em sua Harmonia. O início não foi tão forte como a parte central
da escola próximo à bateria. De qualquer forma, o Águia de Ouro vem com um carro de som para ninguém botar defeito, Tinga e Douglinhas deram show na condução do bom samba de 2019. A obra que é dolente e mais cadenciada, pedia da comunidade da Pompéia
emoção, esta que veio em algumas partes, como no “apagão” da bateria, momento em que a bateria para e ouve-se o canto do componente. Douglinhas disse que o ensaio deste sábado foi melhor do que o da semana anterior e Tinga pontuou que o trabalho deve ser feito a cada dia.

“Só temos que melhorar cada vez mais, vamos com gás para o carnaval. A gente continuará trabalhando com nossa comunidade, dia a dia, para quando chegar no desfile estarmos bem. Segura que eu quero vê”, finalizou Tinga.
Evolução
O presidente no início do ensaio apontou que desejava que os componentes viessem mais soltos. E foi o que ocorreu, o componente dançou o samba e estava livre, sem problemas de buracos ou correrias. A escola passou bem tranquila. Vale ressaltar que pode-se notar uma quantidade grande de componentes, deixando claro que a escola é sim de Grupo Especial. Alan, diretor de harmonia fez o balanço do ensaio.

“O primeiro foi bom, hoje tivemos um trabalho de deixar um pouco mais solto o componente. Então, o que a gente queria a gente conquistou, temos mais uns acertos a fazer, mas, até o desfile estaremos perfeitos”, assegurou.

Bateria
Com bossas arrojadas e dentro do samba, mestre Juca ousou em sua bateria. Pode-se notar uma pausa da bateria em uma parte do samba, ouvindo somente o canto do componente.
Perguntado sobre o rendimento no ensaio, o mestre que em todo momento expressava tranquilidade com sua bateria foi rápido.
“Muito bom, a escola passou tranquila com o andamento que nós pedimos, daqui até o desfile, teremos alguns ajustes. Temos mais um ensaio técnico para nós ajustarmos e vamos que vamos”.

A Águia de Ouro será a primeira escola a desfilar no sábado de carnaval pelo Grupo Especial da Liga SP. A azul e branca apresenta na avenida o enredo “Brasil, Eu Quero Falar de Você!”. Laíla, Fran Sérgio, Sérgio Caputto Gall e Beth Trindade formam a comissão de carnaval da escola.
De volta ao Salgueiro, Sidclei e Marcella trocaram o figurino do desfile para o Carnaval 2019
O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira do Salgueiro, Sidclei Santos e Marcella Alves, foram reapresentados à comunidade na madrugada deste sábado no ensaio da Academia do Samba, no Andaraí, Zona Norte do Rio de Janeiro. A dupla estava afastada desde que deixou a escola por um desentendimento com a ex-presidente Regina Celi e mesmo com a vitória de André Vaz, precisaram esperar a recuperação da porta-bandeira, que deu à luz à pequena Maria Rita há cerca de dois meses.
Sidclei e Marcella revelaram à reportagem do CARNAVALESCO uma importante decisão nos bastidores da agremiação. Pediram e foram atendidos pelo carnavalesco Alex de Souza para fazer outra roupa, completamente daquela que seria usada por Jaqueline e Vinicius Pessanha.
“Fizemos esse pedido tanto à direção, quanto ao carnavalesco Alex de Souza. Fomos prontamente atendidos. O Alex até brincou dizendo ter gostado mais dessa segunda versão que criou. O figurino é bastante tradicional e o antigo não era. Nós gostamos mais assim, pois a indumentária do casal faz parte da nota. A roupa já está pronta e já fizemos alguns ensaios com ela no ateliê”, afirmou a porta-bandeira Marcella.
O companheiro de Marcella foi bastante elogiado pelo presidente André Vaz, por ter cuidado da parceira todo o tempo que ficaram de fora. Ao CARNAVALESCO, o dançarino revelou que o ritmo de ensaios só foi interrompido para Marcella dar a luz e cuidar do bebê nas primeiras semanas.
“Nunca paramos de ensaiar. Quem conhece a Marcella sabe o quanto ela é profissional. É uma atleta mesmo. Nem parece que teve filho né? Enquanto aguardávamos a definição da política na escola, seguimos o ritmo normal de ensaios, pois sabíamos que se não fosse dessa forma não conseguiríamos atingir o padrão ideal para o desfile”, explicou Sidclei.
O presidente André Vaz subiu ao palco para falar da dupla e disse que todos os salgueirenses estão felizes com o regresso de Sidclei e Marcella.
“É um momento de muita felicidade para todos nós. Estávamos bastante ansiosos pelo retorno do Sidclei e da Marcella. Eu admiro bastante os dois, pela perseverança que tiveram. O Sidclei não abandonou a Marcella em nenhum momento. Cuidou mesmo dela, isso me faz admirá-lo ainda mais”, derreteu-se André.

A ex-porta-bandeira do Salgueiro, Rita Freitas participou da homenagem ao casal e ficou muito emocionada no palco ao falar sobre a dupla. À reportagem do CARNAVALESCO, Marcella revelou que nunca duvidou que voltaria para o posto de porta-bandeira do Salgueiro.
“Sempre tive fé e acreditei. Deus sempre esteve ao meu lado, jamais me faltou. Por isso tive a serenidade necessária para aguardar o momento de voltar. Estou com meus dois amores no coração: a minha Maria Rita e o meu pavilhão do Salgueiro. Engordei 10 quilos na gravidez e já perdi 12. Minha filha é calma, puxou ao pai. Não nego que é cansativo, mas por outro lado é o maior amor do mundo. Como ainda estou de licença das aulas como personal, estou conseguindo conciliar legal com os ensaios”, finaliza.
Fim da espera! Sambódromo recebe a volta dos ensaios técnicos com Vila Isabel, Mocidade e Tijuca
O programa mais amado por todo sambista está de volta depois de um longo, doloroso e arrastado inverno. Neste domingo os ensaios técnicos, criação do carnaval carioca, voltam a acontecer na Avenida Marquês de Sapucaí, no Sambódromo. Três escolas brindam o público com suas prévias dos que estão preparando para o desfile oficial. Unidos de Vila Isabel, Mocidade Independente de Padre Miguel e Unidos da Tijuca inauguram o calendário da temporada 2019. O início da festa está prevista para às 20h deste domingo. A entrada é totalmente gratuita.
Para o diretor de carnaval da Unidos de Vila Isabel, Wilsinho Alves, o objetivo da azul e branca do bairro de Noel é manter na Marquês de Sapucaí o rendimento do chão da escola nos ensaios de rua realizados no bairro toda quinta-feira.
“A expectativa é que a Vila siga fazendo o que vem sendo feito em nossos ensaios na 28 de Setembro. O samba tem funcionado de maneira espetacular. O canto e a evolução da comunidade estão da maneira que conhecemos. O mais importante é que desfilemos de maneira compacta e organizada, como será necessário no nosso desfile”, disse.
O diretor de carnaval da Mocidade, Marquinho Marino, avalia que o ensaio técnico da escola servirá para a manutenção do trabalho técnico desenvolvido pela agremiação nos últimos anos e que eventuais problemas não desnortearão a sequência do que vem sendo realizado.
“A expectativa é manter o nível do que já estamos fazendo há três anos. Muita técnica e canto. Acho que o principal é atender a vontade dos componentes e do povão que querem ver suas escolas mais de perto. A escola já está super preparada para o desfile e esse ensaio técnico não mudará em nada o nosso planejamento”, disse Marino à reportagem do CARNAVALESCO.
Acostumada a deixar a Marquês de Sapucaí com ótimas impressões em seus ensaios técnicos a Unidos da Tijuca pretende manter o padrão, ao menos de acordo com as declarações do diretor de harmonia, Fernando Costa.
“A nossa expectativa é a melhor possível até porque estão todos muito ansiosos pelo fato de não ter havido ano passado. Recebemos a confirmação na quinta-feira, mas a Tijuca vai entrar com tudo para fazer o nosso ensaio. Nossa comunidade vai chegar junto e se Deus quiser faremos um ensaio grandioso”.
SERVIÇO:
Ensaios Técnicos no Sambódromo
Vila Isabel, Mocidade e Unidos da Tijuca
Horário: a partir das 20h
Entrada Franca
Como chegar: As estações de metrô Central do Brasil e Praça Onze atendem ao Sambódromo. Além disso, linhas de ônibus municipais e intermunicipais circulam na Avenida Presidente Vargas, na altura da Marquês de Sapucaí.
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Professora Rosa Magalhães enaltece homenagem em exposição: ‘É fruto de dedicação, não é amadorística’
Professora, artista plástica, cenógrafa e figurinista, essas são algumas das outras profissões da consagrada carnavalesca Rosa Magalhães, que é homenageada na exposição “Uma Delirante celebração carnavalesca: o legado de Rosa Magalhães”, no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, no Centro do Rio de Janeiro.
A exposição conta com peças do acervo e um pouco da trajetória de Rosa nas escolas de samba por onde passou, mostrando principalmente a singularidade artística da carnavalesca. O curador Leonardo Antan conta como surgiu a ideia de homenagear Rosa Magalhães em forma de exposição.

“Eu já trabalho no carnaval, tenho um projeto chamado Carnavalize, já fizemos pequenas exposições que duraram um dia e contaram com a Rosa. Nessas exposições homenageamos o Fernando Pinto e o Arlindo Rodrigues. A partir daí e eu vi a necessidade de crescer esse projeto. Veio o nome da Rosa, por ser uma pessoa viva e em atividade. A exposição está dentro desse projeto, de abraçar o carnaval em outras instituições e vertentes, levar o carnaval para outras circulações”, explicou.
O curador afirma que a exposição é uma homenagem em forma de leitura poética.
“A exposição promove uma releitura sobre o universo. É uma grande obra em homenagem a Rosa, não é uma exposição memorial ou que tenta produzir a carreira da Rosa linearmente. É uma homenagem em forma de leitura poética sobre o universo da Rosa” complementou o Leonardo Antan.
Com peças exclusivas feitas especialmente para a exposição, Antan diz que convidou artistas contemporâneos e carnavalescos para fazerem parte dessa produção. Segundo ele, o intuito foi fazer o contraponto dos trabalhos de Rosa e o conceito artístico protagonizado pela carnavalesca.
A artista plástica Colombiana, Maria Andreia, contou como recebeu esse convite e afirmou mesmo sendo de outra nacionalidade, conhecer o trabalho de Rosa Magalhães.

“Eu trabalho principalmente com pintura. Recebi o convite do Leonardo, ele achou pertinente essa conversa entre coisas que eu pinto e o trabalho da Rosa, que tem muito a ver com o imaginário de universos exóticos, indígenas. O nome do meu trabalho é Diego el Diablo?. Me sinto muito honrada de fazer parte dessa homenagem”.
O carnavalesco Jorge Silveira, atualmente na São Clemente, revelou como surgiu a ideia de fazer uma leitura relativa ao trabalho de Rosa Magalhães.
“Coube a mim fazer um brincadeira com o aspecto indianista do trabalho dela. Me remeti ao desfile dela de 1994 na Imperatriz, que ficou icônico com a comissão de frente dos leques. Me inspirei na última alegoria daquele carnaval, que trazia uma biblioteca abraçada pela floresta. Fiz uma estante abraçada pela mata em homenagem a ela. A Rosa é um ícone de todos nós, ela é imortal para o carnaval”, declarou o carnavalesco da São Clemente, que contou como estreitou sua relação com a homenageada.

“Eu tenho uma história pessoal com ela, a substitui em dois momentos, uma no carnaval de São Paulo, que ela fez a Dragões da Real e depois na São Clemente, que ela me antecedeu. Tenho uma relação de carinho muito grande com ela, é uma honra homenageá-la e uma honra maior ainda é ver que ela está produzindo o carnaval”.
O também carnavalesco Jack Vasconcelos, responsável pelo Paraíso do Tuiuti, afirmou que resolveu estudar na Escola de Belas Artes quando descobriu que Rosa Magalhães era professora de lá e falou sobre a influência que a carnavalesca tem em sua carreira.
“As pessoas sabem do meu histórico com a minha mãe na Imperatriz. Ela foi baiana da escola, hoje em dia é da Velha Guarda. É a escola que eu desfilei na minha adolescência, nesses enredos da Rosa. O Leonardo Antan percebeu essa influência do trabalho da Rosa no meu jeito de fazer carnaval, e ele está corretíssimo, a Rosa pra mim é minha referência profissional. A minha referência artística é a Rosa Magalhães”, afirmou Jack.
O carnavalesco do Paraíso da Tuiuti relatou também sobre sua peça na exposição.
“Eu fiquei muito feliz, inclusive, quando ele falou do carnaval do Jegue (Imperatriz 1995), que pra mim é uma das obras primas da Rosa. Esse humor e essa ironia que ela tem nos enredos, era muito latente no jegue, e está muito presente no meu trabalho. Tem tudo a ver com peça, remete também ao carnaval deste ano que eu estou falando de um Bode do Ceará. É um sonho poder realizar isso”.

É claro que a anfitriã do evento não poderia faltar. Rosa Magalhães autografou livros e contou a emoção que é ter uma exposição em sua homenagem.
“A exposição está muito bonita, gostei muito, o lugar também é lindo, esse prédio é muito bonito. É o fruto de dedicação, porque deve ter sido muito difícil trazer as coisas pra cá, colecionar todas essas coisas, numa época confusa. Época de carnaval sempre é assim, com esse tempo que não sabe se chove ou se faz calor e no meio disso tudo, ele (curador Leonardo Antan) e a equipe conseguiram fazer um trabalho muito bonito. A qualidade das obras que estão aí, não é uma coisa amadorística e colegial, é uma coisa séria e muito bonita”, disse Rosa Magalhães.
A atual carnavalesca da Portela relatou também como está sendo a preparação do Carnaval 2019.
“Está uma dificuldade muito grande, o carnaval está sofrendo. Por enquanto, o carnaval da Rosa Magalhães em 2019 é uma incógnita, estamos esperando essa verba que não sai nunca”, lamentou Rosa.


