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Série Barracões: Rocinha promete enredo para exaltar a raça negra

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Por Diogo Cesar Sampaio

Um grito de valorização a raça negra. É esta a mensagem que a Rocinha pretende mostrar em 2019 em sua apresentação na Sapucaí. De volta ao carnaval carioca e de casa nova, o carnavalesco Júnior Pernambucano explora no enredo “Bananas para o Preconceito” a mesma temática que o fez despontar no maior espetáculo da Terra. Em entrevista a reportagem do site CARNAVALESCO, o artista contou como surgiu a ideia do enredo e de que forma pretende desenvolvê-lo.

roca barracao2019 1“O enredo da Rocinha foi uma proposta minha. Surgiu a partir daquele caso de racismo que aconteceu com o jogador brasileiro Daniel Alves. Aquilo ali me causou muita curiosidade em poder desenvolver um enredo desses. E partiu do ponto que já vinha pensando em construir um enredo com essa temática, em alguma escola que eu fosse entrar, ou que eu fosse fazer de um ano para o outro. E acabou que se encaixou super bem com a Rocinha, foi muito bem aprovado pela direção e pelo presidente da escola. Mas já aviso que a Rocinha não vai falar especificamente do preconceito ou fazer referências a casos de violência racial. No nosso desfile, mostramos que todos nós somos iguais. Não há o foco de mostrar o que é um preconceito contra o negro. A gente o valoriza, e não transforma isso em um enredo melancólico e nem sofrido. A Rocinha traz esse enredo para exaltar a raça negra”, explicou.

Para exaltar a figura do negro da melhor maneira possível, Júnior foi a fundo em suas pesquisas para elaboração do enredo. Ele destacou alguns nomes de negros que foram importantes na história, e estarão presentes na avenida em seu desfile.

“O que mais chama minha atenção nesse enredo é a parte do negro, do africano que chega ao Brasil. A gente começa a pesquisar mais um pouco sobre o Dom Obá, sobre a Aqualtune que era avó do Zumbi, sobre o próprio Zumbi dos Palmares… E isso causa bastante curiosidade em ver o quanto que causaram, o quanto que foram importantes para a nossa cultura. E entre outros nomes como artistas brasileiros, escritores, poetas e atores, que com suas histórias e legados fazem com que a gente se empolgue ainda mais em homenageá-los”, contou.

roca barracao2019 2Quando perguntado sobre a sua grande aposta para o desfile, Júnior Pernambucano destacou a abertura e o encerramento do desfile como os grandes trunfos de seu trabalho.

“Eu gosto muito do início da escola. Ele traz certa irreverência, mas ao mesmo tempo, é um dedo na ferida. E tanto o carro abre-alas como as duas primeiras alas, o casal de mestre-sala e porta-bandeira, a comissão de frente, faz essa ligação muito forte. Aposto muito nisso. E destaco também o último setor que traz essa valorização, esse desabrochar do negro da favela. Uma metamorfose do negro que tem toda a ligação com a Rocinha. É algo bonito para se fechar. O início e o fim estão muito bem desenvolvidos e vão ter um efeito muito legal”, antecipou o carnavalesco.

O carnaval da crise

O carnaval de 2019, antes mesmo de acontecer, já vai ficar marcado por ser um dos mais difíceis de toda a história. Independente de grupo, a crise atingiu todas as agremiações da folia. A Série A vive o drama de um corte de 50% na verba do ano anterior, anunciado na reta final dos preparativos. Para piorar, nem mesmo a parcela do valor que as escolas ainda têm por direito foi paga pela prefeitura, mesmo as vésperas para o carnaval. Ao falar sobre o assunto, Júnior confirmou as dificuldades, e admitiu que está sendo o ano mais difícil da sua carreira.

roca barracao2019 3“Esse ano é um ano muito difícil para todas as escolas, tanto para as da Série A, quanto para as do Especial. A crise atacou muito a parte econômica de todas as escolas. Mas, tem solução. Eu que já estou no Acesso há muito tempo, já estou com esse costume de reaproveitar, de utilizar, de usar materiais recicláveis e de outras escolas. A gente já tem esse manejo. Todos os carnavalescos da série A sabem o que eu estou falando. Porém, realmente, esse ano está sendo muito pior. Até porque as escolas estão com as subvenções ainda para sair. A gente está com falta de grana, não está tendo aquele rendimento financeiro que tinha antes, isso faz com que fiquemos mais preocupados com o desenvolvimento e um pouco atrasados. Mas é aquela coisa, tem que ser mágico e sair mudando, transformando uma coisa em outra, para ter como andar com o trabalho e dar desenvolvimento ao carnaval da escola”, desabafou.

E mesmo em meio a toda essa crise, para Júnior Pernambucano, ainda é possível encontrar motivações para continuar, e sentir prazer em trabalhar nos bastidores do espetáculo.

“É possível sim, mesmo com todos os problemas, sentir prazer em fazer carnaval porque existe, até hoje, a essência do samba. As escolas de samba tem isso. E a gente não pode perder esse amor que tem pelo carnaval, pela cultura do samba. Isso sobressai, com toda crise, com tanto sofrimento. No fundo, a paixão grita. É compensador”, declarou.

seriea grito 278O artista ainda ressalta que uma boa ferramenta para superar os problemas é a criatividade. Para ele, ela é primordial em qualquer profissão ou atividade, principalmente para carnavalescos.

“Se não tiver criatividade, não é carnavalesco. Tem que ter criatividade, tem que saber desenvolver. E é aí onde está o truque. O cara tem que ser esperto. E isso não é só no acesso não, no Especial também. A pessoa tem que ser criativa, se não for muda de ramo, vai ser cabeleireiro ou outra coisa do tipo. E mesmo assim, para ser cabeleireiro precisa ser criativo. A gente tem que ser criativo em todas as áreas que a gente trabalha. Em tudo, tem que ter um ponto de criatividade, é fundamental”, afirmou.

Júnior também citou que mesmo com todas as adversidades, o acabamento em seus trabalhos é uma coisa que ele não abre mão:

“O acabamento é uma marca que eu sempre busco. A gente tem de ter um bom acabamento independente da pressa, do trabalho ser feito nas carreiras. Tempos sempre que preservar o bom acabamento. E é isso que eu vou levar. Com crise ou sem crise, a gente tem que manter isso. Pode ser a peça mais simples que for, o carro mais simples que for, ele vai estar bem acabado e bem executado”, ponderou.

O fim de uma era e o ano sabático

Em 2013, Júnior Pernambucano estreou no carnaval carioca pelo Império da Tijuca. Com o enredo “Negra, Pérola Mulher”, o até então desconhecido artista sagrou-se campeão da recém-criada Série A, e junto à escola, alcançou a sonhada vaga no Grupo Especial em 2014. No ano seguinte, Júnior continuou na agremiação e assinou o desfile “Batuk”, que apesar de cair nas graças de público e da crítica especializada na época, não conseguiu garantir a permanência da escola na elite.

Depois do descenso e do retorno a Série A, foram mais três trabalhos do carnavalesco pela agremiação do Morro da Formiga. Porém, logo após o carnaval de 2017, chegou ao fim o casamento entre Império da Tijuca e Júnior Pernambucano. Durante a entrevista, ele falou um pouco sobre essa saída.

festa cd seriea2019 69– Casamento, essa é a palavra certa. Eu e o Império (da Tijuca) fomos um casamento. Tinha ali ligações muito fortes, mas havia a necessidade de dar uma pausa. Já era o momento de eles conviverem com outro carnavalesco, e de eu conviver com outra escola. Havia essa necessidade, por isso que houve a pausa. Mas assim, é claro que um casamento é um relacionamento onde a gente teve grandes frutos, como é o “Batuk” (2014),“Negra, Pérola Mulher” (2013), entre outros carnavais que foram memoráveis e ficaram marcados na história. Não só na minha, como na deles. Da minha parte, posso dizer que existe sim uma admiração, um carinho e respeito pela agremiação, porque foram cinco anos de convívio”, disse Júnior.

Sem contrato com nenhuma agremiação para o carnaval de 2018, Júnior Pernambucano aproveitou para tirar um ano sabático. No entanto, não ficou completamente parado esse tempo, continuando a se dedicar ao carnaval da cidade de Três Rios, onde começou; além de se aventurar pela festa na cidade de Vitória:

festa cd seriea2019 68“Eu precisava dessa pausa. Eu já via essa necessidade de dar um descanso na minha cabeça, pensar e de ir à busca de uma nova casa. Não fiquei parado totalmente, que eu fiz carnaval em Vitória, no Espírito Santo, e faço carnaval em Três Rios há uns 12 ou 13 anos, que faço em uma escola lá de raiz, onde já estou há um bom tempo. Foi muito bom esse retorno ao carnaval carioca, voltando em uma escola com um nome muito agradável, aceito por todos, que é a Rocinha’.

Júnior Pernambucano se diz bastante adaptável a essas mudanças. Ele ainda explicou que mesmo havendo diferenças no modelo de trabalho ao qual já estava acostumado no Império da Tijuca para o da Rocinha, que já está completamente integrado ao esquema da nova casa.

“Cada escola é uma escola. É igual casa, igual família. Cada família é um sistema. O Império (da Tijuca) tem um sistema de trabalho diferente do da Rocinha. Claro que há um espanto de comportamento em um primeiro momento, que é normal, afinal cada escola reage a uma mesma situação de uma forma diferente. Mas eu sou adaptável. Já me adaptei ao sistema da casa e consegui desenvolver meu trabalho”, garantiu.

No embalo do enredo “Bananas para o Preconceito”, Júnior Pernambucano falou de um dos preconceitos presentes no mundo do carnaval. Segundo ele, os artistas que trabalham e são oriundos da Série A sofrem certa rejeição no Grupo Especial, tanto pelas escolas, como pelos jurados. Com isso, muitos carnavalescos campeões do acesso não ganham nem o direito de subir junto à agremiação, e são trocados na esperança de notas melhores.

festa cd seriea2019 77“Existem sim preconceitos no carnaval. Como a pessoa não conhecer o trabalho do outro e mesmo assim julgar. Às vezes aposta no nome, aposta em uma referência; mas não aposta na criatividade, não aposta no conteúdo que o artista ou o profissional pode desenvolver. Isso é um certo preconceito. Falando especificamente da minha área, nós carnavalescos que fazemos a Série A, sofremos um determinado preconceito para ir ao Especial, porque se acha que não temos aquela capacidade de ir ou de desenvolver um trabalho a altura. E pode ser que não, pode ser que seja uma grande sacada em dar esse valor e esse certo reconhecimento ao artista da Série A. Esse pequeno preconceito que rola de ‘ele é do acesso’ ou ‘ele nunca fez Especial’, isso para mim é muito chato e não deveria existir. A oportunidade deveria ter para todos, mas agora se o cara não tem a capacidade de aproveitar, aí já é outra história”, comentou.

Entenda o desfile

Terceira escola a desfilar na sexta-feira de carnaval, a Rocinha levará para Sapucaí aproximadamente 1200 componentes. Eles virão distribuídos em 22 alas e 4 carros alegóricos.

Setor 1: “No primeiro setor a gente joga bananas para todos, mostrando que todos nós somos iguais”.

Setor 2: “No segundo setor eu trago uma grande homenagem a esses negros de fora, que são os negros africanos, que trouxeram toda sua cultura para o Brasil”.

Setor 3: “O terceiro setor leva toda a homenagem ao negro da casa, a grande prata da casa, que é o músico, o cantor, o compositor, o artista da televisão, do cinema e do teatro também”.

Setor 4: “O último setor, ele é o setor onde valorizamos o negro da favela, demonstrando a busca do seu trabalho, da sua interação com a comunidade, dá vontade de crescer e desenvolver o trabalho dele. É a vontade de ser reconhecido e de conquistar seu espaço na sociedade”.

Série Barracões: Portela terá águia clássica e setor da religiosidade para homenagear Clara Nunes

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portela barracao2019 11A ansiedade no coração de cada portelense aumenta à medida que o desfile de 2019 se aproxima. Mas este carnaval será diferente de qualquer outro para a apaixonada torcida da Portela. O terceiro trabalho (ela passou pela escola nos anos 70) de Rosa Magalhães à frente da Majestade do Samba vai homenagear um dos maiores ídolos da instituição, a cantora Clara Nunes. ‘Na Madureira moderníssima, ei sempre de ouvir cantar um sabiá’ é o título do enredo.

Clara Nunes dá nome à rua da quadra da Portela. Quando morreu, em 1983, recebeu uma despedida inesquecível no Portelão. No recente documentário ‘Clara Estrela’, onde a própria cantora conta sua trajetória, ela afirma que o único local onde imagina jamais ser esquecida era na Portela. Com razão. Por isso, ao receber a reportagem do CARNAVALESCO no barracão, Rosa Magalhães afirma sem pestanejar que o enredo veio de fora para dentro da escola.

portela barracao2019 5“O enredo foi um pedido do portelense, a nação que admira a Portela. A Clara que virou uma rua em Madureira, onde está a quadra da escola. Eu li bastante sobre ela, ouvi algumas histórias divergentes. Precisei seguir uma linha para não falhar em alguns aspectos. Dessa forma saiu o enredo. O livro do Vagner Fernandes foi onde mais me baseei para desenvolver esse enredo”, pontua Rosa Magalhães.

Do alto de seus sete campeonatos para colocar na mesa, Rosa Magalhães não faz rodeios e usa a sinceridade. Não era grande conhecedora da trajetória de Clara Nunes e imergiu em livros, documentários e registros sobre a vida da cantora.

portela barracao2019 9“Eu não sabia muita coisa sobre a Clara. Comecei lendo o livro do Vagner e depois me debrucei sobre outros. Li um sobre a Tarsila do Amaral. Vi que tinha essa relação dela com o bairro de Madureira. A religiosidade dela, ligada ao Candomblé, se manifesta no bairro. Juntei todas essas informações e deu no enredo da Portela”, confessa.

Rosa Magalhães ganhou pela última vez em 2013, na Unidos de Vila Isabel. A consagrada carnavalesca, chamada de professora, admite o frio na barriga e o tamanho do desafio que é produzir esse enredo na Portela.

portela barracao2019 3“Fazer esse enredo na Portela é um grande desafio. Eu acho até temerário. Depois de muito vem lá, vem cá, que é natural, chegamos a um ponto de convergência. Eu já desenvolvi muitos carnavais, em outras escolas, acredito que a responsabilidade todo ano seja alta. Mas fazer esse enredo aqui sem dúvida não é algo comum”, assegura.

Guardada como um segredo de sete chaves todo ano na Portela, a águia é sempre um ponto de muita curiosidade. Nos carnavais da azul e branca ela é uma das últimas esculturas a ser feita para não correr o risco de qualquer vazamento. Rosa Magalhães acalenta o vaidoso coração portelense. A águia virá clássica.

portela barracao2019 6“A águia é sempre o ponto de maior identificação com o portelense, é uma adoração mesmo, um símbolo que sempre vai ser eterno. Independente do enredo que eu faça, ela será o grande momento para qualquer torcedor da escola. É difícil superar aquela do Louzada em 2015, a mais impressionante que já foi feita, mas a minha para 2019 não será moderna não, será bem tradicional”, promete.

portela barracao2019 1Rosa não se furta a falar dos momentos de dificuldade financeira enfrentados pela Portela. O burburinho de que a escola vem enfrentando barreiras econômicas para concluir seu carnaval é confirmado pela carnavalesca que confirma ser um dos momentos de maior dificuldade de sua carreira.

“Faz parte de um dos piores momentos de toda minha carreira. Está tudo muito caro, os materiais. E ainda você tem de se preocupar com a mão de obra, você não pode ignorar as pessoas. É um trabalho, que rende um produto conhecido e famoso”.

Entenda o desfile

portela barracao2019 8Distribuído em cinco carros e 30 alas, ‘Na Madureira moderníssima, ei sempre de ouvir cantar um sabiá’, vai narrar a trajetória de Clara Nunes através de cinco momentos distintos, divididos em cada setor do carnaval portelense.

Setor 1: A relação de Clara Nunes com o bairro de Madureira. Ela virou nome de rua e sua religiosidade voltada ao Candomblé aflora nos terreiros no bairro.

portela barracao2019 10Setor 2: Quando vim de Minas. Clara trabalhou em uma tecelaria na cidade de Paraopeba. Existe até hoje inclusive. Perde o pai muito cedo, precisa trabalhar desde muito novinha.

Setor 3: Clara no Rio de Janeiro. Foi na cidade que ela descobre a relação com o samba e se transforma em uma das principais cantoras do gênero.

portela barracao2019 4Setor 4: A religiosidade de Clara. Ela já possuía uma relação muito forte com sua fé, mas foi ao descobrir o Candomblé que ela se encontra espiritualmente.

Setor 5: A Clara na Portela. Até hoje o portelense se arrepia com o clássico ‘Portela na avenida’, eternizado na voz dela. Clara dizia que jamais seria esquecida na Portela. Sua relação com a escola é algo além do tempo e do espaço físico.

Vídeos: apresentações dos casais da Vila, Mocidade e Tijuca nos ensaios técnicos

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    Governador costura apoio e Light fecha incentivo de R$ 15 milhões para escolas do Grupo Especial

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      witzelEm um acordo costurado entre a secretaria estadual de Cultura, o governador Wilson Witzel e a Light ficou acertado que a empresa de energia irá incentivar o Carnaval 2019 do Grupo Especial com R$ 15 milhões, divididos entre todas 14 agremiações. O jornal O Globo confirmou na noite de quarta-feira o acordo.

      A verba para o apoio será dada através da Lei do ICMS, de Incentivo à Cultura, e a Light abaterá de seu pagamento de ICMS ao governo estadual.

      Verba da Prefeitura saiu no Diário Oficial

      Nos próximos dias ou no máximo até segunda-feira será feito também o pagamento da verba de R$ 500 mil para cada agremiação do Grupo Especial pela Prefeitura do Rio. Os contratos já foram publicados no Diário Oficial.

      Grande Rio realiza sua Feijoadíssima na Marina da Glória

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      GR 2560No dia 23 de fevereiro (sábado), a partir das 13 horas, a Marina da Glória recebe o Acadêmicos do Grande Rio para a realização de mais uma edição de sua Feijoadíssima. O evento, já tradicional no calendário do verão carioca, promete ser marcante e contará com shows de Ferrugem, Nego do Borel, Ludmilla e Rennan da Penha, além do tradicional show da bateria da escola e demais segmentos.

      Os ingressos custam a partir de 250 reais, com direito a buffet e bebidas liberadas e podem ser adquiridos antecipadamente nas lojas South, no barracão da Grande Rio na Cidade do Samba e salão Simone Sangelis em Duque de Caxias. Também é possível comprar pelo site www.kingingressos.com. Mais informações e reservas pelo telefone (21) 99692-6992. A classificação é 18 anos.

      Serviço:
      Feijoadíssima da Grande Rio
      Local: Marina da Glória
      Data: 23 de fevereiro de 2019
      Horário: 13 horas
      Ingressos a partir de 250 reais

      Lins Imperial liquida fantasias das alas comerciais

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      Logo 2019Faltando poucos dias para o carnaval, a Lins Imperial oferece descontos especiais para as fantasias ainda disponíveis. Em tempos de crise, a escola oferece todas as alas pelo valor de R$ 30,00.

      Os interessados em desfilar na escola precisam correr, pois restam poucas vagas. A agremiação possui apenas cerca de 20% do total de contingente do desfile. A compra deverá ser feita através de telefone. Os figurinos e contatos estão disponíveis em www.linsimperial.com.br. Para o Carnaval 2019, a escola apresentará o enredo “Malandro é Malandro, Bezerra é da Silva” de desenvolvimento do carnavalesco Guto Carrilho.

      Veja fotos e informações de cada figurino:

      Ala 3 – Malandro de Verdade é Trabalhador
      Responsável: Marcos Mola
      Telefone: 9740-39622

      Ala 4 – Rapaziada Reunida, Novas Melodias, Novos Versos
      Responsável: Elaine
      Telefone: 9983-12445

      Ala 5 – O Porta-Voz das Favelas
      Responsável: Alessandra
      Telefone: 9820-26286

      Ala 6 – Pai de Santo Trambiqueiro
      Responsável: Aninha
      Telefone: 9647-64779

      Ala 7 – Quem Usa Antena É Televisão E Corno Também!
      Responsável: Crea e Aninha
      Telefone: 9869-89449 / 9647-64779

      Ala 8 – Quem é Caguete, Cagueta Em Qualquer Lugar
      Responsável: Carla Felizardo
      Telefone: 9791-49189

      Ala 13 – Que Mato É Esse Que Eu Nunca Vi?
      Responsável: Oliveira
      Telefone: 9816-79399

      Ala 15 – O Canalha de Colarinho Branco Com Listras Pretas
      Responsável: Aline
      Telefone: 9763-33039

      Ala 16 – O Candidato Cheio de Caô
      Responsável: Crea
      Telefone: 9869-89449

      Ala 17 – Quando O Morcego Doar Sangue…
      Responsável: Crea e Aninha
      Telefone: 9869-89449 / 9647-64779

      Ala 19 – Bezerra É Funk, É Rock, É Hip-Hop
      Responsável: Marilda
      Telefone: 9980-59896

      A agremiação ensaia todos os domingos a partir das 17 horas. A quadra de ensaios fica localizada na rua Lins de Vasconcelos 623 – Lins.

      Vila Isabel termina entrega de fantasias esta semana

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      fantasias vilaPlanejamento, investimento e trabalho sério! Estas são as vertentes que conduzem a Unidos de Vila Isabel no Carnaval 2019. A azul e branca do bairro de Noel, a mais de duas semanas do desfile, está concretizando a entrega de todas as suas fantasias de alas de comunidade. O fato, incomum no carnaval, serve para valorizar quem de fato é responsável por um grande rendimento na Avenida, de acordo com Fernando Fernandes, presidente da escola.

      “Hoje o componente da Unidos de Vila Isabel é valorizado! Não tem nada pior do que a pessoa ficar, na semana do carnaval, esperando em uma longa fila. Ou ter que voltar ao barracão em várias ocasiões pra saber se a fantasia está pronta. É uma situação absurda e que cansa o desfilante. Precisamos deles motivados, felizes, esperançosos no carnaval da escola. O ‘’Povo do Samba’’ assim é imbatível. E o componente da nossa escola sabe que vamos brigar pelo título esse ano. Estamos muito felizes”, afirmou.

      O efeito positivo das palavras do presidente da Vila percebe-se claramente nas impressões dos componentes logo depois de pegar a fantasia. Ana Rita, que desfila na ala 16, relembra momentos não tão bons que passou como componente da escola.

      “Estou feliz demais! A minha fantasia é linda e leve, além da organização da escola para entrega-la. Nos anos anteriores era um desespero. A fantasia veio com meu nome, tamanho certo de sapato, tudo certinho. Calço 36, e não há mais aquele negócio de me darem um tamanho 42 para desfilar”, conta ela.

      Ana Rita e outros cerca de 3.000 componentes colocarão todo esse amor e energia pra fora na noite de segunda-feira do Carnaval 2019. A escola será a segunda a desfilar com o enredo ‘’Em nome do Pai, do Filho e dos Santos, a Vila canta a cidade de Pedro’’. O tema será desenvolvido pelo carnavalesco Edson Pereira.

      Lierj inicia venda de ingressos de arquibancadas para desfiles da Série A nesta segunda-feira

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        4F8460F5 F822 43CC 9AA6 D96D25319607A Lierj, em parceria com a Central de Atendimento e Vendas da Liesa, inicia nesta segunda-feira, dia 18, a venda de ingressos de arquibancadas para os desfiles da Série A. Os preços seguem populares. Todos os setores disponíveis possuem entradas a R$ 15, com exceção do setor 9, que sai a R$ 50.

        As vendas acontecem no estande montado atrás do setor 11 do Sambódromo, na Rua Salvador de Sá, no Estácio, de segunda a sexta-feira, entre 10h e 16h.

        Os desfiles da Série A acontecem na sexta-feira, 1º de março, e no sábado, 2. Em ambos os dias, as apresentações começam às 22h30.

        Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 2233-8151.

        Enredo da Viradouro em 2003, Bibi Ferreira morre no Rio aos 96 anos

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        Bibi FerreiraMorreu nesta quarta-feira no Rio de Janeiro a atriz, diretora, cantora, compositora e apresentadora Bibi Ferreira, uma das mais importantes personalidades do teatro brasileiro. Bibi faleceu em seu apartamento e tinha 96 anos. Filha de Procópio Ferreira, Bibi brilhou por décadas em palcos e telas, mantendo uma carreira ativa até o fim da vida.

        O mundo do carnaval prestou à Bibi uma das mais importantes homenagens que ela recebeu em vida. No Carnaval 2003, a Unidos do Viradouro contou a vida e a obra da cantora na Marquês de Sapucaí. Embora tenha terminado na 6ª colocação naquele ano, o samba da vermelha e branca para homenagear Bibi é um dos mais belos de toda a discografia da escola, cantado até hoje na quadra e regravado recentemente na voz do intérprete oficial da Viradouro, Zé Paulo Sierra.

        Na ocasião a Viradouro tinha como carnavalesco Mauro Quintaes, que estreava na agremiação apenas três anos depois da saída de Joãosinho Trinta. O desfile foi embalado por uma grande interpretação de Dominguinhos do Estácio, que na ocasião recebeu o prêmio Tamborim de Ouro, do Jornal O Dia, como melhor intérprete do Grupo Especial. Bibi participou do desfile e deixou a avenida bastante emocionada.

        Entrevistão com Júnior Escafura: ‘Julgamento de Harmonia está muito pautado no carro de som’

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        ensaio imperatriz 2019 018O diretor de harmonia da Imperatriz, Junior Escafura, é um dos maiores militantes do quesito no carnaval. Experiente, ele revela em entrevista concedida ao site CARNAVALESCO que 80% dos décimos descontados se baseiam no carro de som e não no canto da escola. O dirigente abre o coração na entrevista, fala da possibilidade de se candidatar à presidência da Portela e revela que ainda sonha em ter filhos com sua esposa, a porta-bandeira Rafaela Theodoro. Confira o entrevistão com Escafura.

        Por que a Imperatriz perdeu décimos em harmonia nos últimos desfiles?

        “Acho que fizemos nosso dever de casa, um trabalho bom de canto, entrosamento entre a bateria e o carro de som. O julgamento está muito pautado no carro de som. Fomos julgados totalmente em cima do Arthur. Eu acho que isso precisa ser mais esclarecido. Eles estão julgando apenas o carro de som. Se você tem um instrumento mais alto, descontam. Em 2017, os jurados alegaram que o microfone do cantor principal estava mais alto. Isso é óbvio. A Série A subdividiu o quesito. Acho que é um avanço”.

        Você considera que a Imperatriz se acomodou?

        imperatriz gravacao2019 15“A Imperatriz em nenhum momento desistiu de ganhar. Tanto que o presidente vem ano a ano substituindo aquilo que na visão dele não vem dando certo. Se pegarmos, por exemplo, o desfile de 2014, na homenagem ao Zico, a escola poderia ter sido campeã. E eu nem estava aqui ainda. Não tem tanto tempo assim. Fui convidado em 2015. A bateria não vinha acertando e o presidente foi buscar o Lolo e hoje é referência. Comissão de frente ele também vem tentando buscar. A escola foi premiada em outros anos. Em 2016 entrou como favorita. Em 2017 merecíamos uma posição melhor. Ano passado tivemos um problema logo na entrada e isso deu uma murchada. Faltou um pouco de sorte também”.

        Por que a Imperatriz parou de disputar as primeiras colocações?

        “Eu acho que pode ser um mix de coisas. Não vou dizer aqui que somos perfeitos. Temos falhas, mas temos todas as condições de melhorar. Eu vejo que são situações pontuais. Em 2015 e 2016 realizamos desfiles para brigar. A Tuiuti ano passado pegou na veia. Tinha um grande samba e uma comissão histórica. Isso tudo conduziu o desfile e pode ocorrer com qualquer uma”.

        Não ter ensaio de rua prejudica o trabalho?

        imperatriz final2019 78“Dificultar dificulta. Mas tecnicamente o espaço precisa ser bom. Existem ensaios de rua que é mais evento e celebração, que algo que vá agregar tecnicamente. Ano passado ensaiamos na Quinta da Boa Vista, pois não tivemos a Sapucaí. Eu não acho que isso possa servir como desculpa para eventuais deficiências em harmonia na avenida. A quadra atende perfeitamente às necessidades técnicas que possuímos. O importante é o trabalho de base, pois nenhuma escola consegue ensaiar com 100% do contingente. Os harmonias precisam incentivar os componentes”.

        Como fazer para não perder o mestre Lolo?

        “O carnaval hoje é profissional. O presidente da Imperatriz é correto. O que ele combina ele acerta. Mas quem tiver insatisfeito e quiser sair, vai sair. o Lolo é um cara responsável demais, pé no chão, talentoso. Ele tem o pé no chão. Aqui ele está muito bem”.

        O Junior Escafura vai se candidatar à presidência da Portela?

        imperatriz final2019 37“Hoje, o Junior Escafura só pensa na Imperatriz e em fazer um grande carnaval pela escola. Nesse momento só falo da Imperatriz. O futuro pertence a Deus. Quero que a Portela faça um grande carnaval, todos sabem que sou portelense”.

        O que você acha daquela estratégia de alguns harmonias que mandam os componentes mascar chicletes?

        “Eu acho que cada um tem a sua estratégia. A minha não é essa. Te garanto que em frente à cabine nenhum componente fica sem cantar”.

        O que você mudaria no julgamento de harmonia?

        “Eu acho que deveria ser subdividido o quesito, em carro de som e canto da escola. Em 2015 perdi um décimo pois encontraram erro na bateria. Aí o cidadão julgou a bateria duas vezes. Às vezes a nota não vem e não é um problema da direção de harmonia. Te falo que 80% dos décimos descontados são em cima do carro de som”.

        Defende que o jurado de harmonia julgue da pista?

        imperatriz gravacao2019 7“Para julgar da forma que se julga é só da pista. Mas para descer tem que ter conhecimento de causa. É músico? Conhece harmonia de corda, afinação de bateria? Descer para fazer bobagem não adianta”.

        Você e Rafaela pensam em ter filhos?

        “Conversamos sim. Sou doido para ter mais filhos. Mas a Rafaela hoje vive o auge. Eu não fico falando muito para não dar moral (risos). Tem que ser bem pensado e programado. Daqui uns três anos quem sabe vem o herdeiro?”