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Portela 2019: bateria ao vivo no desfile

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São Clemente: galeria de fotos do desfile

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Segundo carro da São Clemente alfineta os grandes camarotes da Sapucaí

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Por Juliana Cardoso

São ClementeAbrindo o segundo dia de desfiles das escolas do Grupo Especial, a São Clemente levou para a Avenida a reedição do enredo “E o Samba Sambou”, de 1990. A agremiação criticou, com leveza e diversão, o fato de o carnaval ter se tornado um grande negócio. Ela reverenciou também a verdadeira festa carioca, feita pelo povo. Com o carro “Nosso Povão Ficou Fora da Jogada”, alfinetou os grandes camarotes da Sapucaí, aos quais a maioria da população não tem acesso.

Neste sentido, a segunda alegoria retratou a imagem de um camarote, cheio celebridades e petiscos caros. Colorido e irreverente, o carro simulou uma pista de dança, com direito a mesas, cadeiras e um show de cantores sertanejos. Componentes vestidos como estrangeiros e famosos, eram servidos por garçons. Grandes ovos de codorna e camarões foram distribuídos pelo carro e, no segundo andar, um DJ comandava as playlists da balada na Sapucaí. Tudo remetendo a luxuosidade destas festas, que excluem, por seu valor exorbitante, a maioria dos foliões.

São Clemente 2“Os camarotes deveriam ser mais acessíveis! O carnaval é uma festa grandiosa e todos têm o direito de poder curtir as regalias de um evento assim”, disse David Rodrigues, que estava na alegoria.

Paula Guedes, outra componente, disse que tais festas são válidas até certo ponto, pois elas atraem pessoas que geram dinheiro para o estado. No entanto, o que acontece dentro delas precisa ser dosado.

“Eu sou uma pessoa que valoriza muito o espetáculo, então acredito que deveriam existir limites para o camarote. Os participantes esquecem do desfile, que deveria ser o foco da noite. A alegoria alfineta com humor esses eventos. Ela está incrível, a cara da São Clemente. Uma crítica com carinho”, ela completou.

A escola passou irreverente e divertida pela Avenida e foi a primeira a pisar na Marquês de Sapucaí nesta segunda-feira.

Baianas da São Clemente se apresentam com crítica às escolas que pedem componentes emprestadas para montar a ala

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Por Nathália Marsal

Sao Clemente Desfile2019 124

O aviso “Promoção imperdível: aluga-se baiana” na fantasia das baianas da São Clemente parecia mesmo fazer uma oferta de mercado. Afinal, diversas mulheres que estavam ali hoje com a sua saia rodada já desfilaram ou vão desfilar em outras escolas neste carnaval. Acompanhando o enredo “E o Samba Sambou”, uma reedição do de 1990, ala das baianas trouxe uma crítica às escolas que não têm mulheres suficientes e precisam trazer muitas de outras agremiações.

Clemilda Maria de Souza, de 63 anos, começou a maratona com diferentes roupas de baiana na sexta-feira, com a Acadêmicos da Rocinha. Depois, rodou com a Imperatriz e São Clemente. Ela ainda rodará sua saia na última escola a cruzar a Avenida nesta segunda-feira, a Mocidade Independente de Padre Miguel. Na terça, será a vez da Lins de Imperial, na Intendente Magalhães. Apesar da lista de desfiles, Clemilda torce mesmo para a Unidos de Vila Isabel, mas, por conta dos horários de ensaio, não conseguiu desfilar na sua favorita.

“A gente não recebe nada, vai por amor. Eu era passista, mas hoje não tenho mais condições. Então, há 15 anos, escolhi brincar de baiana. Só precisamos ser mais valorizadas, pois carregamos muito peso, e as presidências só sabem cobrar”, contou.

São Clemente 3Gabriela Lopes, de 26 anos, sai pela Preta e Amarela da Zona Sul há dois anos, mas é sua primeira vez na ala das baianas da escola. A vontade de ser uma das mulheres de saia rodada começou na União do Parque Curicica, aos 15 anos. Gabriela se destaca pela idade já que muitas baianas são idosas.

“Falta uma atenção voltada para as baianas nos ensaios. Usamos fantasias que pesam mais de dez quilos. Precisam pensar mais nesse peso, na nossa saúde. Já vi muitas desistirem de entrar na Avenida por isso”, afirmou.

Baiana desde os 18 anos, Luzia Alves, de 73, desfila desde 2009 pela São Clemente, mas já passou pela Imperatriz Leopoldinense, Salgueiro, Mangueira e Paraíso do Tuiuti. Ela começou a se arrumar às 19h e só vai parar depois do desfile da Paraíso do Tuiuti, no qual também pretende desfilar.

“Enquanto der para brincar, a gente vai. A maioria aqui é emprestada. A baiana é a alma da escola. Nós não ganhamos nada, mas a escola perde ponto se não formos ao desfile”.

A ala das baianas é uma obrigatoriedade das agremiações, que devem levar para a Avenida, pelo menos, 70 mulheres, valendo ponto para a escola.

Pavão da São Clemente é uma crítica à vaidade que cerca os bastidores do Carnaval Carioca

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Por Juliana Cardoso

São Clemente 4Primeira escola a pisar na Marquês de Sapucaí nesta segunda, a São Clemente reeditou seu enredo de 1990. Alfinetando o grande mercado em que o Carnaval Carioca se tornou, a agremiação passou pela Avenida com alegorias e fantasias irreverentes. O quarto carro, chamado “Carnavalescos e Destaques”, retratou a grande vaidade que permeia os integrantes da festa popular.

A alegoria tinha como figura central um enorme pavão multicolorido, rodeado por componentes em cima de uma escadaria, que usavam fantasias nas cores do arco-íris e seguravam grandes leques. Nas laterais, um camarim foi retratado, com penteadeiras iluminadas e integrantes da escola vestidos e maquiados exageradamente. Na parte superior, um ringue de luta representou a disputa de egos de personalidades ligadas ao evento, como musas e rainhas de bateria.

“Esse carro representa a pura verdade dos bastidores do carnaval, onde um quer ser melhor que o outro. Virou um verdadeiro pavão, quanto mais enfeites e exagero, melhor! A crítica foi bem-feita pela São Clemente. Jorge e Thiago, responsáveis pelo carro, elaboraram belos adereços. Eu também participei da decoração”, disse Lucas Alves, que estava no carro.

São Clemente 5Para André Lucas, que também desfilou na alegoria, a ideia foi diferente, e o tema foi acertado pela São Clemente. “A proximidade do tema com a realidade é perfeita”, concluiu.

A escola abriu o segundo dia de desfiles do Grupo Especial e levou para a Avenida a reedição do enredo “E o Samba Sambou”.

Eugênio Leal analisa o desfile da Vila Isabel

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