O intérprete Daniel Silva, do Império da Tijuca, publicou um vídeo cantando o samba de 2020 adaptado para o combate ao Coronavírus. Veja abaixo:
No combate ao Covid-19, Zé Paulo ensina: ‘Ensaboa a mão’
A Viradouro publicou um vídeo nas suas redes sociais, neste sábado, com o intérprete Zé Paulo ensinando a lavar a mão para o combate ao Covid-19.
“Lave as mãos por você, seus pais, seus filhos, sua família, e toda humanidade. O Coronavírus não é brincadeira. Isso não pode terminar em samba. Então, ensaboa a mão”, disse o cantor.
Veja abaixo o vídeo completo:
Chopp não integra mais a comissão de Harmonia da Portela
Sidney Machado, o popular Chopp, um dos mais experientes e vitoriosos diretores de Harmonia do carnaval, não fará parte da comissão que comanda o segmento na Portela para o Carnaval 2021.
Após quatro desfiles na Azul e Branco, Chopp se despediu, nesta sexta-feira, publicando uma carta aberta nas redes sociais, em que diz que teve a “honra de defender o pavilhão de Oswaldo Cruz e Madureira”.
No texto, o sambista informa, ainda, que “chegou a hora de colocar as asas da águia nos ombros e levantar voo”. Na parte final da mensagem, além de agradecer a todos da agremiação pela parceria, Chopp destaca que tem a “certeza do dever cumprido”.
O presidente Luis Carlos Magalhães fez questão de reverenciar o veterano sambista. “Chopp é o samba. E Portela e o samba estarão sempre juntos”, afirmou.
Moacyr Luz adere à live em tempos de confinamento
Compositor de clássicos da música brasileira como “Saudades da Guanabara”, “Coração Agreste” e “Pra Que Pedir Perdão?”, Moacyr Luz, também conhecido carinhosamente como “Moa”, aderiu ao movimento de levar seu trabalho ao vivo para as redes sociais, em tempos de confinamento.
O músico carioca de 61 anos, há 15 anos à frente todas as segundas-feiras do Samba do Trabalhador, no Andaraí (Rio de Janeiro), fará sua primeira live musical nessa sexta-feira, dia 20 de março, cantando e tocando para os seguidores, de forma intimista.
“Gostei muito desse movimento, acho que é uma forma importante e democrática de levar nossa arte para a casa das pessoas. Estamos vivendo tempos difíceis e a música com certeza pode contribuir para deixar o cenário mais leve”, comenta.
Além de sucessos do samba, Moacyr deve mostrar canções que estão no seu mais recente álbum, lançado esse ano com o Samba do Trabalhador, “Fazendo Samba”, entre outras novidades. “Vou abrir para pedidos também, quem tiver acompanhando a live pode mandar a sua sugestão que eu tento atender!”.
A live será transmitida a partir das 18h, no canal oficial do artista no Instragram: @moaluz.
Porta-bandeira Maria Helena será enredo no Carnaval 2021
A Unidos de Manguinhos definiu seu tema para o Carnaval 2021. A agremiação contará a história da lendária porta-bandeira, Maria Helena. O enredo “Maria Helena – A Imperatriz da Passarela” é de autoria de Henrique César e será desenvolvido pelo carnavalesco Diangelo Fernandes.
Seis vezes campeã do carnaval, Maria Helena passou por diversas escolas, mas ganhou destaque na Imperatriz Leopoldinense, desfilando por mais de 20 anos ao lado de seu filho Chiquinho.
“Agradeço muito a comunidade e a escola de samba Unidos de Manguinhos. É muito emocionante receber esse convite, podendo contar minha história dentro do mundo do samba. Eu me sinto lisonjeada por tanto carinho e agradeço do fundo do meu coração. Vamos com tudo e vamos juntos rumo ao campeonato”, revelou Maria Helena, a homenageada.
A verde, rosa e branco de Manguinhos integra o Grupo de Acesso da Intendente Magalhães, organizado pela Liesb. Em 2020 levou o enredo “Axé – Expressão de uma Raça”.
Estácio coloca a quadra à disposição para o combate ao Covid-19
A direção da Estácio de Sá disponibilizou a quadra para que o poder público possa utilizar como base para combater o Coronavírus. Veja abaixo o comunicado da escola.
“Em nome do nosso presidente Leziário Nascimento, o GRES ESTÁCIO DE SÁ encontra-se à disposição dos órgãos públicos em combate ao Covid-19. Estamos, também, cancelando nossas atividades até que haja controle sob esse mal que assola o mundo. Lembre-se, enxágue bem as mãos com água e sabão e faça o uso do Álcool em Gel 70%. Busque ajuda nas Unidades de Saúde em casos de sintomas graves (insuficiência respiratória ou falta de ar e febre alta), em sintomas brandos (febre baixa, coriza e tosse) o melhor é ficar em casa e entrar em contato com o médico. Respeitem os decretos governamentais e cuidem de suas famílias”.
Julgadores tiraram décimos do casal da Mangueira por falta de sintonia, problema na fantasia e criatividade
Depois de três carnavais tirando nota máxima, com a porta-bandeira alcançando desde o carnaval de 2015, Matheus Olivério e Squel Jorgea levaram apenas uma nota dez no carnaval 2020, do jurado Paulo Rodrigues. Entres as justificativas: falta de sintonia, problema na indumentária e pouca criatividade.
“Belo casal com boa musicalidade. Porém a coreografia foi pouco elaborada, usando pouco os espaços e desenhos cênicos. Se limitando aos movimentos tradicionais do bailado, usando pouca criatividade nos elementos coreográficos, explorando poucas sutilezas. Baixando assim a apresentação com pouco brilho e muito centralizada. Talvez arriscar mais coreograficamente torne a apresentação mais interessante e dinâmica. O aro da (indumentária) saia da porta-bandeira um pouco grande demais, por vezes o mestre-sala penetrava pelas plumas para se aproximar de sua dama. 9.9”, justificou Mônica Barbosa.
Aurea Hämmerli deu 9.9 para o casal, a jurada do quesito sentiu falta da marca do casal e justificou da seguinte forma a sua nota: “Senti muita falta do brilho e da dança marcante desse casal, de conhecimento de todos nós. Atenção: No momento que, entra a teatralidade nesse quesito, o importante sempre será a dança, o bailado onde o foco é o que representa o pavilhão, o pulsar e o coração da escola. Estou julgando o momento, o hoje, o aqui e agora. O teatro, não pode ser maior que a dança e o símbolo maior da escola. Figurino/fantasias belas, mas não me trouxeram o que foi descrito no livro abre-alas. Ficaram duvidas e perguntas”.
“O mestre-sala Matheus apresentou-se caracterizado como Jesus – o homenageado do enredo. Segundo a errata do abre-alas de domingo, ele viria “elegantemente trajado” para cortejar a porta-bandeira que, por sua vez, vestiria as cores da bandeira. A indumentária, no entanto, falhou ao não conferir majestade ao mestre-sala, deixando-o diferente de sua fama quando os dois deveriam estar igualmente nobres”, disse Beatriz Badejo.
O jurado João Wlamir pontou a falta de sintonia e dinâmica entre o casal. “Dinâmicas diferentes entre o casal, acabaram prejudicando a performance em geral. M.S com vigor em demasia contrastava com a P.B, que estava em outra sintonia – tal excesso de vigor provocava terminações sem definição e até gestos bruscos ao segurar o pavilhão”.
Julgadores de Samba-Enredo criticam a falta de criatividade no Salgueiro
Em mais um ano o quesito que já tirou o Salgueiro da briga pelo campeonato foi despontuado levando apenas uma nota máxima em Samba-Enredo, dada pelo jurado Felipe Trotta. Melodicamente todos os outros jurados despontuaram a escola por conta das repetições melódicas.
Eri Galvão elogiou a letra do samba mas criticou a falta de criatividade melódica. “Letra – dentro do enredo e muito bem construída. Música – Os tromba regular, mas sem aquela pegada característica dos sambas do Salgueiro. Pelo menos contando com um grande refrão. Melodia com pouca criatividade.”
“Melodia (-0,1). A melodia perde em criatividade Por ter muitos trechos em que são usados recursos de repetição de notas ou variações simples entre duas mesmas notas, sem elaborar um melhor discurso melódico. Exemplo repetição: “na corda bamba da vida”, “tantas vezes”, “quando num breque…”, “quando a tinta insiste”, “na pele o tom da cora…” exemplo 2 notas: “com o peito repleto de amor” até “tinta insiste”, “há esperança entre sinais””, explicou Alfredo Del-Penho.
Alice Serrano despontuou a letra pela falta de criatividade e a melodia sem uma unidade entre a obra. “Letra – Proposta poética prejudicada em criatividade, com rimas previsíveis e
pouco originais na maior parte literal, apresentando as rimas ligadas do enredo, como trampolins e Benjamins. (-0,1) Melodia – Uma colagem de trechos melódicos, desconectados, sem uma espinha dorsal que dê uma unidade a proposta melódica, apresentando diversas vezes quebras acentuadas tais como: do verso “na companhia do luar para “feito sambista”; “na cara da gente um nariz vermelho” para “num circo sem lona, sem rumo, sem par” para “mas de todo show tem que continuar” para “bravo”; “salta menino!” para “a luta me fez majestade”, tudo isso transformando o samba num agrupamento de frases melódicas ao invés de uma estrutura encadeada, costurada. A melodia do refrão do meio de apresentou inadequada para um refrão, não se destacando enquanto refrão, mas apenas seguindo a melodia dos dois versos anteriores. (-0,2) O samba não funcionou bem na avenida”.
“Na primeira estrofe o trecho entre “beija o picadeiro da ilusão” até “vai onde o povo está” tem melodia muito confusa e sem ligadura com o primeiro refrão soa forçado. Isso se repete na segunda estrofe entre o trecho “(bravo) bravo!” até “salta menino””, justificou Clayton Fabio.
‘Nascimento’ de bebê e outros problemas foram responsáveis por perda de décimos do casal da Portela
O grupo de jurados mais tradicional do julgamento é, sem dúvida, o de mestre-sala e porta-bandeira. Já foram vários os casais que deixaram a avenida com notas baixas por ousar inovar no sagrado bailado. De duplas inexperientes a casais consagrados, todos são severamente punidos se a apresentação tirar o brilho da dança. Não foi diferente com o casal da Portela em 2020, Marlon Lamar e Lucinha Nobre. Ao introduzirem a simulação de um parto no fim da apresentação assumiram um risco alto e praticamente jogaram fora um ano de preparação, pois não obtiveram uma nota 10 sequer.
Para João Wlamir, por exemplo, faltou sutileza na apresentação e o parto simulado era dispensável e tirou todo o brilho da apresentação da dupla. É o que ele explica ao justificar sua nota 9,9.
“A pouca sutileza na terminação dos movimentos, provocada pelo excesso de teatralização, conduziu à uma perda de elegância do casal em alguns momentos de sua dança. O nascimento da criança ficou gratuito e gerou um anticlímax na sua realização, mesmo o casal já tendo terminado sua apresentação”, criticou.
Mônica Barbosa não puniu apenas a derrapada que fez a bandeira de Lucinha enrolar no terceiro módulo de julgamento. O acidente não fez a jurada fechar os olhos para a apresentação diante de seus olhos.
“Marlon e Lucinha, casal lindo, musical, entrosado, técnica precisa e com maturidade cênica. Toda a minha admiração e respeito. A apresentação contou a história, teatral e tecnicamente, usando dinâmicas diferentes e planos. Figurino com uma certa estranheza, mas de acordo com o enredo. A saia da porta-bandeira muito grande. Infelizmente a bandeira enrolou após um deslize da porta-bandeira (uma provável torção de pé). O tão sagrado pavilhão não foi totalmente desfraldado por um momento no módulo 3”, destacou.
O julgador Paulo Rodrigues também tirou décimos devido ao parto realizado no final da apresentação. Segundo ele, além de dispensável, o ato fez com que Marlon amassasse a saia de Lucinha para retirar o bebê do interior da roupa da experiente porta-bandeira.
“Casal belíssimo com nuances maravilhosas. Mestre-sala e porta-bandeira com forte interpretação, porém indumentária da porta-bandeira não teve o efeito desejado. Com dois giros não mostrou leveza e suavidade, não senti a porta-bandeira voltar com naturalidade. Em várias execuções técnicas, estava um pouco contida. Mestre-sala evoluiu bem tecnicamente, porém precisa cuidar do seu gestual, com os braços mais suaves e elegantes. Não senti clima de cumplicidade do casal e sendo que no final do bailado, no nascimento do bebê, mestre-sala se aproximou muito da porta-bandeira e amassou muito sua indumentária por duas vezes no módulo 4. Este detalhe tirou o brilho e glamour deste momento mágico”, avaliou.
Áurea Hämmerli alertou não somente o casal portelense mas todos aqueles que eventualmente pensem em criar situações que deixem a sagrada dança do mestre-sala e da porta-bandeira em segundo plano: nada é mais importante que eles naquele momento na avenida.
“Aconteceram alguns problemas técnicos durante o bailado devido a saia volumosa e mais a teatralização que fizeram com que a dança, o bailado, não fosse o foco principal. A dança saiu prejudicada e o pavilhão ficou em segundo plano, no todo da apresentação. Algumas questões da teatralização precisam ser discutidas com muito cuidado e rigor artístico para não prejudicar o quesito com as suas características e importância. O mesmo acontece para o figurino. Nessa caso, quando um novo elemento esteve presente na roupa da porta-bandeira. O casal nesse momento precisa ter extremo cuidado, durante ensaios e preparação”, disparou.
Já Beatriz Badejo pontuou que além de todos os problemas pontuados por seus colegas a porta-bandeira Lucinha Nobre não evoluiu com a leveza exigida para o bailado do casal, aplicando um 9,8 à dupla.
“Representando ‘purabore’, uma mulher grávida, e trajando uma indumentária que não se adequou satisfatoriamente no bailado, a porta-bandeira Lucinha Nobre não evoluiu com leveza. Além disso, movimentos não coordenados comprometeram a harmonia do casal”.
Renovados com a Portela para 2021, Marlon e Lucinha receberam voto de confiança da direção após não tirarem uma única nota 10 de cinco julgadores. Contando com as duas notas descartadas eles deixaram quatro décimos no julgamento.
Julgadora diz que Selminha Sorriso ‘iniciou bailado tenso e com movimentos de cabeça trêmulos’
A experiente jurada do quesito Mestre-Sala e Porta-Bandeira, Beatriz Badejo, penalizou o casal da Beija-Flor de Nilópolis, Claudinho e Selminha Sorriso, com o desconto de 0,1 (1 décimo). Porém, o que causou estranhamento foi a justificativa dada pela julgadora.
“A porta-bandeira Selminha Sorriso iniciou o bailado visivelmente tenso, com giros e movimentos de cabeça trêmulos, comprometendo o equilíbrio e a leveza de sua exibição. Aos poucos, foi recuperando o controle corporal”, disse.
Após ler a justificativa, Selminha Sorriso postou o texto: “Pensando…. A ética me faz respeitar, mas não aceitar!”.