Após oito anos, o Bloco Filhos da Pauta voltará às ruas de Niterói, neste sábado, 8, às 16h, com uma roda de samba animada pelo Grupo Amanhecer. A festa será na Praça Betty Orsini, ao lado do Edifício Tower 2000, na Rua Visconde de Sepetiba, no Centro. O encontro marcará a revitalização da agremiação, criada por jornalistas em Niterói há quase 40 anos.
Foto: Divulgação
Quando surgiu, o Filhos da Pauta inspirou o nascimento de outros blocos de imprensa, incluindo homônimos, em vários estados do Brasil. Agora, renasce depois da despedida de blocos que reuniam parte de seus integrantes em Niterói (Segundo Clichê e Pauta Quente) e em São Gonçalo (A Pauta Caiu).
A roda de samba com o Grupo Amanhecer terá participações do intérprete do bloco, Edu Cigano, e do cantor e compositor Soares do Cavaco, entre outros convidados.
A agremiação tem o apoio da Neltur para a festa, planejada desde o ano passado. A camiseta dos componentes traz uma ilustração antiga do bloco, com Arariboia de repórter, assinada por Floriano Carvalho. Ele será homenageado ao lado de nomes de outros jornalistas falecidos, no reencontro do Bloco Filhos da Pauta.
A TV Brasil encerra a programação especial da folia com a transmissão exclusiva do Desfile das Escolas de Samba Campeãs do Carnaval de São Paulo, no Sambódromo do Anhembi, neste sábado, 8, ao vivo, a partir das 21h, na faixa Carnavais do Brasil.
Os apresentadores Flávia Grossi e Bruno Barros. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Os apresentadores Bruno Barros e Flávia Grossi destacam as agremiações que participam da festa. Os convidados para comentar a performance comemorativa na telinha da emissora pública são a ritmista Carolina Santos, o mestre-sala Felipe Gabriel e o jornalista Felipe Rangel, locutor da Rádio MEC. Direto do Sambódromo do Anhembi, a repórter Ana Graziela Aguiar traz as notícias com os foliões.
O Desfile das Campeãs reúne as cinco agremiações classificadas nas primeiras posições no Grupo Especial de São Paulo. A escola de samba Rosas de Ouro foi a campeã. Também retornam para celebrar Acadêmicos do Tatuapé, Gaviões da Fiel, Mocidade Alegre e Camisa Verde e Branco.
A programação também traz a campeã e a vice do Grupo de Acesso 1, Tom Maior e Mocidade Unida da Mooca (MUM), além da ganhadora e da segunda colocada do Grupo de Acesso 2, Pérola Negra e Camisa 12, respectivamente.
Para participar da transmissão da TV Brasil durante a cobertura especial do canal público, basta utilizar a hashtag #CarnavaisdoBrasil nas redes sociais. O público ainda pode interagir por meio do envio de mensagem de texto pelo WhatsApp para o número (21) 9903-5329.
Classificação do Grupo Especial, Acesso 1 e Acesso 2
A escola de samba Rosas de Ouro conquistou o oitavo título do Grupo Especial de São Paulo em 2025, depois da última vitória há 15 anos, em 2010. Com o enredo “Rosas de Ouro em uma Grande Jogada”, a agremiação trouxe a história dos jogos e fez um painel de como eles influenciaram a humanidade.
As demais escolas que voltam a se apresentar no Sambódromo do Anhembi são Acadêmicos do Tatuapé, Gaviões da Fiel, Mocidade Alegre e Camisa Verde e Branco que terminaram a apuração entre o segundo e o quinto lugar, respectivamente.
A acirrada disputa foi decidida apenas na última nota, nos critérios de desempate. A diferença entre as duas primeiras colocadas e as outras três agremiações que retornam para o Desfile das Campeãs foi de apenas um décimo.
Ainda no Grupo Especial, as escolas de samba Acadêmicos do Tucuruvi e Mancha Verde foram as últimas classificadas, em 13º e 14º. Elas descem para o Grupo de Acesso 1 em 2026.
As agremiações Tom Maior e Mocidade Unida da Mooca (MUM) levaram o campeonato e a segunda posição do Grupo de Acesso 1, respectivamente, e desfilam no Grupo Especial em 2026. A apresentação foi acompanhada pela TV Brasil no dia 2 de março, sob o comando de Marilia Arrigoni e Tiago Alves.
As escolas de samba X-9 Paulistana e Unidos de Lucas ficaram no sétimo e no oitavo lugares. Elas foram rebaixadas para o Grupo de Acesso 2 no próximo ano.
As agremiações Pérola Negra e Camisa 12 conquistaram o título e o vice-campeonato do Grupo de Acesso 2, respectivamente, e desfilam no Grupo de Acesso 1 em 2026. A transmissão foi ao ar na telinha da TV Brasil no dia 22 de fevereiro, com apresentação de Bárbara Pereira e Muka. No mesmo dia, o canal exibiu o desfile do Grupo Especial de Vitória, em parceria com a TVE/ES.
As escolas Brinco da Marquesa e Raízes do Samba foram apenas a nova e a décima colocadas do Grupo de Acesso 2. Essas duas agremiações caem para o Grupo Especial de Bairros no próximo desfile.
Durante a folia, a emissora pública mostrou diversas atrações ao vivo de diferentes partes do país na faixa Carnavais do Brasil em parceria com as emissoras da Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP).
A TV Brasil transmitiu as apresentações dos Grupos de Acesso 1 e 2 de São Paulo, o Grupo Especial de Vitória, em parceria com a TVE/ES, e os blocos e trios elétricos com personalidades da música baiana do Carnaval de Salvador, junto com a TVE Bahia, no ano em que o axé comemorou 40 anos.
Serviço Desfile das Campeãs do Carnaval de São Paulo 8 de março (sábado), ao vivo, às 21h, para todo o país, na TV Brasil
A grande jogada da Rosas de Ouro deu o prêmio Estrela do Carnaval 2025, oferecido pelo CARNAVALESCO, como “Desfile do Ano”, no Grupo Especial de São Paulo. A agremiação, que conquistou o título deste ano, apostou todas as fichas no enredo “Rosas de Ouro em Uma Grande Jogada”, desenvolvido pelo carnavalesco Fábio Ricardo. Aliás, o artista também venceu a premiação na categoria “Carnavalesco”. Pelo Grupo de Acesso 1, o “Desfile do Ano” foi para a Mocidade Unida da Mooca. A festa de premiação será no dia 30 de março, a partir das 16h, no Pratifaria Bar, em parceria com os Doentes da Sapucaí. Em breve, vamos divulgar mais novidades.
Desfile do Ano: Rosas de Ouro
Samba: Barroca
Mestre-sala e Porta-bandeira: Diego do Nascimento e Jussara de Sousa (Tatuapé)
Comissão de frente: Estrela do Terceiro Milênio
Bateria: Mocidade Alegre
Alegorias: Tucuruvi
Fantasias: Gaviões da Fiel
Carnavalesco: Fábio Ricardo (Rosas de Ouro)
Baianas: Gaviões
Intérprete: Ernesto Teixeira (Gaviões da Fiel)
Acesso 1
Desfile: Mocidade Unida da Mooca
Samba: Tom Maior
Bateria: Tom Maior
Comissão de frente: Vila Maria
Cantor: Gilsinho (Tom Maior)
O Bloco dos Puxadores fará seu primeiro desfile neste domingo, 9, em Vila Isabel. A partir das 10h, os intérpretes Tinga (Vila Isabel e Império de Casa Verde), Marquinho Art’samba (Mangueira), Bruno Ribas (Unidos de Padre Miguel), Serginho do Porto (Águia de Ouro e Estácio de Sá) e Wantuir (Porto da Pedra) se juntarão à “Bateria Elite do Carnaval”, formada por ritmistas das 12 escolas de samba do Grupo Especial do Rio, para uma grande folia pós-Carnaval.
A concentração será no Boteco Petisco, com o trio elétrico seguindo pelo Boulevard 28 de Setembro até a quadra da Unidos de Vila Isabel. “Vai ser um momento saudosista! Uma oportunidade de homenagear grandes nomes da nossa cultura”, destacou Serginho do Porto.
Inspirado nas cores lilás e amarelo dos abadás do “Pagodão”, bloco organizado por Alcione, Martinho da Vila, Roberto Ribeiro e Beth Carvalho, que abria os desfiles das escolas de samba do Grupo Especial nos anos 90, o Bloco dos Puxadores vai resgatar a essência do samba, homenagear grandes nomes do gênero e exaltar a versatilidade e o talento dos intérpretes, classe muitas vezes desvalorizada.
O intérprete Bruno Ribas adiantou um pouco do repertório: “Vamos cantar de tudo! Desde MPB, passando por marchinhas de Carnaval, até sambas-enredos”. Tinga complementou: “Queremos celebrar a versatilidade dos intérpretes. Acima de tudo, somos artistas e podemos transitar por todos os gêneros musicais”.
O evento é gratuito, mas os participantes podem adquirir abadás no valor de R$ 40, disponíveis no local e pelo número (21) 96425-6865. Todo o valor arrecadado será destinado à Associação dos Intérpretes do Carnaval do Rio de Janeiro (Assincarj).
A Assincarj, criada pelo grupo Os Puxadores do Samba, tem como missão garantir melhores condições para os intérpretes do Carnaval. Com mais de 120 membros, a associação oferece apoio em diversas áreas, incluindo produção de eventos, emissão de nota fiscal e plano de saúde.
“O principal objetivo do bloco é dar visibilidade à Assincarj. Nós vimos amigos, que eram grandes artistas, morrerem sem acesso a cuidados básicas e a missão da associação é garantir que isso nunca mais aconteça”, explicou Wantuir. “Os intérpretes do Carnaval são parte essencial do maior espetáculo da Terra. Precisamos valorizar essa classe”, reforçou Marquinhos Art’Samba.
Em fevereiro, o ensaio do Bloco dos Puxadores reuniu centenas de pessoas em frente ao restaurante Vizinhando, em Vila Isabel. O evento animou os foliões com marchinhas de Carnaval, sambas enredos ontológicos, MPB, e diversas outras canções marcantes da história brasileira.
Sobre o Bloco dos Puxadores
O Bloco dos Puxadores é uma iniciativa do grupo Os Puxadores do Samba, que surgiu após o Carnaval de 1999, integrado pelos grandes expoentes do samba: Dominguinhos do Estácio, Jackson Martins, Preto Jóia, Wantuir e Serginho do Porto.
Após um hiato de mais de 20 anos, o projeto ressurge, com força total, sob nova formação. Atualmente composto pelos por Tinga, Marquinho Art’samba e Bruno Ribas, Serginho do Porto e Wantuir, o grupo mantém a proposta de quando foi lançado: demonstrar que puxadores de samba-enredo têm a versatilidade e o talento necessário para transitar brilhantemente em diversos gêneros musicais.
Serviço
– Data: 9/03 (domingo)
– Horário: A partir das 10h
– Localização:
Concentração: Boteco Petisco – Blv 28 de Setembro, 238, Vila Isabel
Dispersão: Quadra da Unidos de Vila Isabel – Blv 28 de Setembro, 382, Vila Isabel
– Abadá: R$ 40
A reportagem do CARNAVALESCO ouviu torcedores e integrantes da Viradouro para captar o clima após o quarto lugar no Carnaval 2025. A escola levou para Avenida o enredo “Malunguinho – O Mensageiro de Três Mundos”, do carnavalesco Tarcísio Zanon. Apesar de não conquistar o bicampeonato, a Viradouro reafirmou sua grandeza com um desfile técnico e emocionante, marcado pela força do enredo e pela entrega de seus integrantes. Agora, a escola volta a se preparar com os olhos no título de 2026, mantendo viva a chama que a levou ao topo em 2020 e 2024.
Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval
Foto: Eduardo Hollanda/Divulgação Rio Carnaval
Anna Luiza Santos, passista de 15 anos, vibrou a cada nota durante a apuração. Apesar da expectativa por um lugar mais alto, celebrou o legado da escola: “Muita emoção, tristeza. Mas feliz porque a gente conseguiu chegar em quarto lugar. Já sabíamos que não seria o primeiro, mas estou orgulhosa por participar do Desfile das Campeãs. Ano passado trouxemos a vitória; este ano não deu. Carnaval tem altos e baixos. Algumas notas foram injustas, mas seguimos em frente”.
Michel Vermil, 39 anos, da Harmonia da Viradouro, avaliou o resultado como justo e parte da evolução da escola: “Justo! Todo desfile tem técnica, erros e acertos. Parabéns à Beija-Flor, campeã deste ano. Com o 4º lugar, só vamos melhorar. Nenhuma nota foi maldosa. Os jurados são profissionais”.
Geraldo Sudário, 67 anos, integrante da Velha Guarda desde 1987, não escondeu a ambição rubro-branca: “A quarta posição não reflete nosso suor. Na avenida, tudo pode acontecer. Trabalhamos o ano inteiro para chegar aqui, mas em 2026 queremos o título. Não vamos descansar até trazer o troféu para Niterói”.
Pai Henrique de Oxalá, 41 anos, representou a Jurema Sagrada e Malunguinho no desfile. Para ele, o reconhecimento transcende a colocação: “Seremos eternizados por contar essa história. Malunguinho esperou 190 anos para ser celebrado, e a Viradouro abriu essa porta. Seja primeiro ou quarto, estamos entre os melhores. A emoção ainda fala mais alto, mas com calma analisaremos cada detalhe”.
Em uma disputa acirradíssima, a Grande Rio se consagrou como a vice-campeã do Carnaval 2025, ficando atrás da Beija-Flor de Nilópolis por um décimo de diferença. A comunidade tricolor marcou presença em peso na quadra de Duque de Caxias para assistir à apuração na Quarta-feira de Cinzas. Houve muita comemoração ainda no primeiro quesito, quando a escola levou 10 em enredo. A cada tropeço da Nilopolitana e da Imperatriz Leopoldinense, a galera ia ao delírio e vaiava fortemente quando ambas recebiam a pontuação máxima. No final, apesar da ótima colocação, quem desfilou não conseguiu esconder a decepção por quase ter chegado lá.
“Não acreditaram que nós seríamos capazes de ganhar, mas a Grande Rio é a verdadeira campeã. Os jurados tiraram um ponto de onde nunca tínhamos perdido, que é a bateria. O mestre Fafá é o melhor. Ele não merecia isso, foi covardia. Não estou feliz pelo segundo lugar”, bradou a plenos pulmões a baiana Elisabete Avelar, de 65 anos, em total revolta. Em contrapartida, sua amiga e parceira de ala, Ivonilde Sabino, de 57 anos, tem sentimentos moderados em relação ao vice-campeonato, embora acredite que a escola sofreu uma injustiça.
“O segundo lugar é aceitável, até porque a Beija-Flor está perdendo um grande intérprete mas não justifica tirar dois pontos da bateria. Jamais! Foi covardia, sim! Infelizmente, existe isso no mundo do samba: não ganha quem foi o melhor, ganha quem contribui mais.”
Destoando das parceiras, Solange Gomes, que completa o trio de amigas baianas, está satisfeita com o resultado. “É ótimo para mim, pois também amo a Beija-Flor. Gosto do Fafá e acho que foi injusto com ele, mas estou ótima com o segundo lugar da Grande Rio, porque é uma excelente colocação”, confessa a senhora de 69 anos, que agora só pensa em comemorar.
Anderson Reis, ritmista
A grande decepção da apuração veio da bateria, onde a escola perdeu dois décimos com duas notas 9,9. O ritmista Anderson Reis, de 44 anos, que toca marcação, acredita que houve um equívoco inexplicável por parte dos jurados ao apurar esse quesito.
“O sentimento é de derrota. A escola veio tão bem que não sei de onde os jurados tiraram esses dois 9,9. Mas fazer o quê? Carnaval é assim, uns sorriem e outros choram. Estou feliz que ela vai voltar nas campeãs, mas todos queríamos estar mais felizes ainda no primeiro lugar. Não acredito que tenham ocorrido erros na bateria, que é sempre muito certinha. Vamos esperar o resultado das justificativas para verificarmos o que os jurados viram de diferente que os outros não viram”, disparou logo após o anúncio do resultado.
Quem concorda com ele é Clenita Santos, de 56 anos, torcedora que desfila pela Grande Rio há três anos: “Estou muito chateada com esse jurado e espero que, lá na frente, ele entenda isso, porque nós, da Grande Rio, trabalhamos muito. O carimbó veio para mostrar o Pará. Ele tinha que estar presente na bateria. Esse 9,9 foi totalmente injusto. Estou muito frustrada. Eu não aceito o vice, porque nós somos campeões.”
Elisabete Moraes veio de Belém para assistir ao desfile
Na terça-feira (4), a plateia da Sapucaí se encheu de paraenses para ver a Grande Rio homenagear o estado do Pará com o enredo “Pororocas Parawaras: as águas dos meus encantos nas contas dos curimbós”. Esse mesmo público também estava presente na quadra verde, vermelha e branca, como é o caso de Elisabete Moraes, de 51 anos, que veio de Belém apenas para assistir ao desfile e, apesar da derrota, achou que a viagem valeu a pena.
“Acredito que foi um resultado justo. Assisti à Beija-Flor e achei muito bonita. Também é o último ano do Neguinho. Mas a nossa escola não ficou atrás, pois estava muito bonita. A Grande Rio fez um trabalho muito lindo e, quando entrou, levantou o público. Volto para o Pará muito feliz.”
Vice-campeã por apenas um décimo atrás da vencedora Beija-Flor, a Grande Rio tem como seu casal de mestre-sala e porta-bandeira o seu porto seguro. Isso se deve ao fato de que, há vários anos, a dupla Daniel Werneck e Taciana Couto consegue levar a nota máxima para a escola, sendo, nos últimos dois anos, a nota 40. O casal conversou com o CARNAVALESCO e celebrou o sucesso do último desfile.
O sentimento de Taciana neste carnaval é de alívio pelas notas conquistadas, mas a sensação do ‘quase campeonato’ também foi sentida. “Um sentimento de alívio e dever cumprido. Como em 2020, ficou aquela sensação do quase. Mais um pouquinho e a gente chegava lá no título. Acontece, é carnaval, quesito a quesito. Tenho certeza de que, para o próximo carnaval, a equipe vai continuar com essa mesma pegada, garra e dedicação. A Grande Rio tem uma equipe muito forte. Vamos buscar o título no ano que vem. Estou muito satisfeita com as notas. Foi um processo bem difícil e desafiador, mas, no final de tudo, a gente venceu”, disse.
Seguindo o pensamento da porta-bandeira, Daniel diz estar com o dever cumprido e já projeta o Desfile das Campeãs. “O nosso sentimento é de dever cumprido. A gente entende também que ganhar é consequência, mas o bom é que conseguimos trazer, por mais um ano, a nota máxima para a escola. Agora, vamos curtir o Desfile das Campeãs”, completou.
Estreando no Salgueiro, Paulo Pinna conseguiu garantir os trinta pontos máximos que podem ser levados por uma escola na apuração. Com três notas 10 e um 9,9 (descartado pelo regulamento), o profissional colaborou o máximo que pode para que o enredo “Salgueiro de Corpo Fechado”, desenvolvido pelo carnavalesco Jorge Silveira, ficasse na sétima colocação, com 269,2 pontos – dois décimos atrás da Estação Primeira de Mangueira e um à frente da Unidos de Vila Isabel.
Em entrevista exclusiva ao CARNAVALESCO após a apuração, Paulo Pinna falou sobre todas as sensações e emoções vividas nesta Quarta-feira de Cinzas, tradicional dia da apuração do Grupo Especial do carnaval carioca.
De volta ao gabarito
Em 2024, a Academia do Samba perdeu dois décimos no quesito Comissão de Frente – além do descarte proporcionado pelo regulamento. A volta da nota máxima ao vermelho e branco do Andaraí foi muito comemorada por Paulo Pinna: “É difícil combater algo estrutural. Eu sou um coreógrafo novo, que ainda preciso, de pouquinho em pouquinho, mostrar e provar o meu trabalho, a minha luta, a minha guerra, as minhas batalhas diárias. Eu acho que estava engasgado com essa nota, querendo muito essa nota, porque só eu sei o trabalho que é e a correria que é no dia a dia. Fazer carnaval não é nem um pouco fácil, é glamour zero. Estou aliviado. Ano novo agora, vida nova, carnaval novo. É trabalhar ainda mais para conquistar esses 40 pontos redondos. Fico feliz por ter ajudado o Salgueiro a ficar com uma colocação melhor. O trabalho continua e vamos embora. Estou muito feliz, estou muito grato”, afirmou, aproveitando para desabafar sobre assuntos alheios à folia.
Curiosidade
Na última cabine de julgamento do desfile de 2025, o Salgueiro perdeu um décimo no quesito – descartado, como citado anteriormente. Apesar de ter garantido os trinta pontos máximos no segmento, Paulo Pinna fez questão de frisar que quer ver o motivo pelo qual o jurado o despontuou: “Estou muito ansioso para ver a minha justificativa, para entender mesmo. Adoro ver e entender o que aconteceu, mas também estou ansioso para ver algumas outras, alguns quesitos que, de fato, eu não concordo com a nota do Salgueiro. Mas é de se esperar, a pressão acaba com a cabeça do jurado. Eu, como qualquer outra pessoa (a minha, a sua), sou um ser humano. Cada um tem uma percepção, tem uma análise, tem um gosto. É entender, tentar corrigir e fazer outro carnaval, mas estou muito feliz”, comentou, de maneira bastante tranquila.
Vale relembrar que o Salgueiro foi despontuado em dois décimos nos quesitos Alegorias e Adereços, Enredo, Samba-Enredo e Fantasias.
Descanso
Perguntado sobre o futuro, Paulo Pinna destacou que, agora, focará um tempo focado em si próprio: “Não tenho planos por enquanto. Se Deus quiser, estaremos aí, firmes e fortes. Estou muito cansado mesmo, mas é o cansaço que agora dá uma aliviada. A gente sempre reclama que quer que acabe logo porque, no final, está todo mundo cansado. Mas esse momento de hoje revigora. É tirar umas férias, claro, mas daqui a pouco a gente está de volta. Dá uma nostalgia, já”, finalizou.
Evelyn Bastos, diretora cultural da Liesa, rainha de bateria da Mangueira e presidente da escola de samba mirim Mangueira do Amanhã, esteve presente no desfile das escolas mirins na última sexta-feira, e conversou com o CARNAVALESCO sobre a parceria da Liesa com a Associação das Escolas de Samba Mirins.
Ela iniciou o papo comentando sobre a importância do apoio da Liga para a realização do desfile das escolas mirins.
“Representa um braço atuante para que a gente tenha mais estrutura, que a gente tenha mais visibilidade, o que para mim é a parte, eu sempre digo, a parte mais bonita do carnaval, que é a parte que cuida do futuro do carnaval. Se a gente acredita que temos a maior parte popular do mundo, se a gente acredita na nossa cultura, na nossa manifestação popular, a gente precisa cuidar dessa base. A Liesa abre os braços para poder estruturar e melhorar as condições do desfile das mirins”.
A diretora cultural também explicou como a Liga ajudou na realização do carnaval mirim com a questão financeira e em outros suportes.
“Além da condição financeira mesmo, porque a verba que as mirins recebem chega a ser vergonhosa, mediante o tamanho que as escolas mirins têm. Acaba que na condição financeira ajuda-se muita gente, porque a gente sustenta o barracão desde de outubro. São até 20 funcionários, entre costureiras, aderecistas, da mesma forma que acontece nas escolas-mães. Mas a gente está mais estruturado, com o suporte de transporte, do chegar e sair dos ônibus das crianças. Tudo isso está sendo somado também a esse braço da Liesa com a AESM”.
Para 2026, a rainha de bateria da Verde e Rosa já enaltece uma parceria com a secretaria de Educação do município, e se prepara para, após os desfiles, ver o que buscar para melhorar ano que vem nos desfiles.
“Em um primeiro momento a gente, por exemplo, está fazendo uma parceria com a secretaria de Educação. Tivemos esse ano 2.600 crianças das escolas municipais do Rio de Janeiro assistindo aos desfiles mirins. Isso é inédito, pela primeira vez, e assim que acabar a gente faz um diagnóstico do que deu certo, do que poderia ter sido melhor, mas com certeza essa experiência para as crianças está sendo mágica, incrível, enriquecedora, e inesquecível. Estamos muito felizes com essa realização, com essa parceria com a secretaria municipal de Educação, e a gente já agradeceu ao secretário e toda a equipe por estar com a gente, por acreditar no desfile dos mirins, por acreditar no carnaval mirim, e ao nosso presidente também, Gabriel David, que deu os esforços para fazer com que tudo isso fosse possível”.
Evelyn também fez um balanço deste primeiro ano na frente da área cultural da Liesa, destacando o trabalho livre e coletivo dentro desta área na entidade responsável pelo Grupo Especial.
“Tive o aval do nosso presidente para aumentar, e a minha equipe é majoritariamente composta por mulheres, que já trabalham comigo em outras vertentes, que eu confio 100%, que também são do setor de cultura, sustentabilidade, educação, e a gente está fazendo um trabalho coletivo. Eu sempre digo que para mim funciona melhor, e acredito muito em um trabalho coletivo. A gente é muito livre. O nosso presidente Gabriel dificilmente ele bloqueia alguma coisa, não é do perfil dele, ele é um cara que ouve, está sempre pronto para ouvir e agregar. Estou muito feliz, realmente me surpreendi, inclusive, a gente pode aprofundar, e trazer mais ainda as pessoas, o povo, para conhecer a nossa história. Temos um acervo incrível, uma história incrível que está dentro da Liga, e os nossos planos para o futuro é fazer com que o povo também tenha ainda mais acesso a essa história do carnaval carioca”.
A rainha da Mangueira falou sobre o prêmio Estrela do Carnaval Guanabara na categoria “Rainha de Bateria” neste ano de 2025.
“Eu fiquei muito feliz. Foi um ano que a gente trouxe um enredo muito potente, muito forte, educacional também, porque a gente acabou ensinando muito sobre a cultura banto, sobre o quanto nós somos banto. Eu fico muito feliz toda vez que eu recebo um prêmio, ainda mais do CARNAVALESCO. Sempre digo que é um algo a mais para mim, porque é um veículo que me acompanha desde o meu início, desde os meus primeiros passos de rainha de bateria. Poder ganhar um prêmio diante de tantas rainhas maravilhosas, com recorde de rainhas comunidades, para mim é honroso demais”.
O MetrôRio volta a funcionar em esquema especial neste fim de semana para atender aos clientes que vão assistir ou participar do Desfile das Campeãs na Sapucaí. O serviço metroviário retoma a operação 24 horas a partir das 5h deste sábado (8/03) até 23h de domingo (9/03), somando mais 42 horas sem interrupção. Ao todo, este ano, a concessionária registra 181 horas de funcionamento durante a megaoperação de carnaval.
Neste sábado e domingo, a linha 2 vai circular entre Pavuna e General Osório/Ipanema, e as linhas 1 e 4 seguirão o trajeto Uruguai-Jardim Oceânico/Barra da Tijuca. A transferência entre as linhas 1 e 2 poderá ser feita no trecho entre as estações Central do Brasil/Centro e General Osório/Ipanema.
Thiago Freitas/Ascom Setram
No sábado, quem tiver ingresso para os setores do lado ímpar da Sapucaí ou for desfilar nas escolas que se concentram perto do edifício “Balança Mas Não Cai” ou vai ao Terreirão do Samba deve desembarcar na estação Central do Brasil/Centro. Já a estação Praça Onze é a mais próxima para os clientes com ingressos para os setores pares ou que vão sair nas escolas que se concentram ao lado do edifício dos Correios.
Funcionamento das estações do Centro e da Zona Sul
Por conta do grande fluxo de pessoas previstas nos desfiles de blocos e megablocos de rua, as estações Uruguaiana/Centro, Carioca/Centro e Cinelândia/Centro terão funcionamento especial e contarão com estruturas de contenção para direcionar o público. A concessionária recomenda o uso da estação Carioca/Centro, que abrirá para embarque apenas pelo Largo da Carioca, onde haverá uma bilheteria externa especial. Já o desembarque para os clientes que vão sentido Zona Sul será pelo acesso C (Convento); e para quem seguir sentido Zona Norte, no acesso A (Rio Branco).
A estação Cinelândia/Centro terá horário de funcionamento diferenciado, das 6h às 20h, no sábado (8/3); e das 7h às 20h, no domingo (9/3). O único ponto de embarque será o acesso E (Presidente Wilson), e só poderá embarcar quem possuir cartão pré- adquirido. Já o desembarque será pelo acesso D (Odeon), ao longo da operação. Os demais acessos da estação permanecerão fechados no carnaval. Na estação Uruguaiana/Centro, apenas o acesso D (Presidente Vargas) ficará aberto para embarque e desembarque durante o carnaval.
Pagamento por aproximação
A concessionária recomenda o uso do pagamento por aproximação, disponível nos cartões de crédito e débito Visa, Elo e Mastercard, ou em dispositivos com tecnologia NFC, como celulares, relógios e pulseiras. Outra orientação importante é antecipar a compra ou recarga dos cartões de passagem Giro, unitário do MetrôRio ou Riocard Mais, incluindo a compra da volta, facilitando a entrada no sistema. Os créditos podem ser adicionados pelo site, aplicativo do MetrôRio ou app RecargaPay.
SERVIÇO
Funcionamento do metrô para Desfile das Campeãs na Sapucaí
Metrô – Linhas 1, 2 e 4
Sábado e domingo (8 e 9/03): funcionamento 24 horas, sem interrupção, a partir das 5h de sábado até as 23h de domingo.
Estações indicadas para acesso à Sapucaí
Setores pares: Praça Onze | Setores ímpares: Central do Brasil/Centro
Transferência entre as linhas 1 e 2
Sábado e domingo (8 e 9/03): no trecho compartilhado entre as estações Central do Brasil/Centro e General Osório/Ipanema
